Lorien Remains escrita por MH Lupi


Capítulo 34
Capítulo 31 - Adolescência.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeey o/
Sim, dois caps num dia, Not Bad Hum?
Hope Enjoy It:
Ah, dedicado á Mrs. Pettyfer. Acho que ela vai gostar do cap U.U



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Você não está errado, criança.

A maldita voz volta pra minha cabeça.

Você viu o que vai acontecer. Viu como acabará. E não pode fazer nada pra mudar o que viu. Sabe que acontecerá. Sabe que é verdade. Sabe que não acabará bem. E o melhor: Você sabe que acabará.

Acordo assustado. Movo-me tão rápido que bato a cabeça no banco da frente, acordando Seis, que tinha trocado de lugar com Sarah.

-QUAL O SEU PROBLEMA?! – Ela berra acordando o resto.

-São muitos pra serem contados – respondo automaticamente – Desculpa.

Ela olha pelo retrovisor pra mim. Os olhos cinzentos mudavam de cor constantemente, dependendo da luz. Um olhar raivoso e curioso ao mesmo tempo. Ela devia estar procurando os olhos vermelhos que vira ontem à noite. Sinto vontade de voltar pro dia de ontem. Quando ela me chamou pro seu quarto. Eu não sentia algo assim desde Liah, e realmente não queria sentir de novo. De todas as vezes que sentira isso, nenhuma acabou bem. Desvio meu olhar pros prédios. No outro carro, Quatro voltara á dirigir, depois de dar espaço pra Nove. Entro em sua cabeça.

Há quanto tempo estamos dirigindo mesmo?

Muito tempo, ele responde. Talvez fosse melhor parar. Já nos afastamos o suficiente.

Certo. Eu aviso a Sarah.

-Sarah – aviso – Quatro vai procurar um hotel, para descansarmos. Diminua.

    ~~~~~~~~~~~/Algum tempo depois./~~~~~~~~~~~~

Jogo-me na cama do meu quarto. Graças á cena de ontem à noite, ninguém quer dividir o quarto comigo.

Talvez não seja tão ruim ser mal de vez em quando.

Enfio a minha cara no travesseiro e sinto meu corpo relaxar outra vez. Não vou dormir. Não quero escutar aquela voz outra vez. Ela sabe do sonho. Ela deve ter causado o sonho. Mas não quero pensar nisso. Eu preciso não pensar nisso. Escuto batidas na porta.

-Vamos no restaurante do outro lado da rua – Quatro avisa – Você vai?

Vou, mando por telepatia sem perceber.

Com telecinese, puxo uma roupa que tinha comprado e visto-a lentamente. Arrasto-me até o restaurante. Todos estão sentados numa mesa de oito lugares. Seis, Quatro e Sarah de um lado e Oito, Dez e Sete do outro. Nove está na ponta, e adivinha qual o único lugar vago?

A outra ponta. De frente pra ele. Sento-me na cadeira de madeira, ponho meus braços na mesa e deito a cabeça nos braços. Controlo minha audição até ela ficar num zero absoluto. Só posso escutar a pulsação do meu coração nos meus ouvidos, mas até isso eu ignoro.

Penso em dormir, mas não estou com sono, estou com preguiça. Penso em entrar na cabeça de alguém, mas seria arriscado demais. Penso em voltar pro quarto, mas a fome não permite.

Faço minha audição voltar. Todos estão conversando entre si, mas eu não faço muita questão de prestar atenção. Então, finalmente, as pizzas chegam.

Comemos e voltamos ao hotel. Quatro e Sarah vão na frente, Sete e Oito atrás de nós. Dez, na sua forma de sete anos, estava nas minhas costas, e Seis ao meu lado. Não precisava ler os pensamentos dela pra saber o que ela pensava. Chegamos ao corredor dos quartos. Dez desce das minhas costas e vai com Marina e Sarah pro quarto. Nove, Quatro e Oito entram no quarto á frente do das garotas, deixando eu e Seis sozinhos no maldito corredor. Nenhum de nós fala uma palavra enquanto andamos pelo corredor. Os nossos quartos – já que eu ia dormir sozinho, ela também queria. Criança. – ficavam no fim do corredor.

Eu tentava brigar contra minha vontade de entrar em sua mente. De saber o que ela pensava. De sentir seu corpo novamente. Mas me controlava, mesmo sem querer.

Cara, por que isso é tão difícil? ODEIO a adolescência!

(N/A: Todos odiamos. Agora, cala a boca, e vai matar alguns Mogs)

Entramos nos quartos ainda sem falar nada. Chego ao meu quarto e deito-me na minha cama, deixando as pernas fora da cama.          Fecho os olhos e me concentro. Entro na mente de Seis. Pelo que vejo, ela está sentada na cama. Apoiada na cabeceira da cama, mexendo em seu celular.

Corto a conexão. Eu odeio quando isso acontece. E, pro meu azar, isso sempre acontecia. A vida ia ser tão mais simples se isso não acontecesse. Concordam?

Levanto-me e saio do quarto. Ou melhor, do hotel. Caminho entre as ruas geladas de sabe-se-lá-onde-estou. Fecho o casaco e coloco as mãos nos bolsos, encolhendo-me por causa do frio.

Vocês já perceberam que, quando vocês estão meio deprimidos, todo o mundo parece ficar feliz sem motivo nenhum? Pois é. Por onde eu olhava, casais felizes passavam abraçados; bêbados cantavam músicas, que eu não fazia idéia de quais eram; Até um mendigo ria descontroladamente escutando o rádio.

Minha única diversão era controlar o vento e fazê-lo soprar forte contra os casais, que se encolhiam e abraçavam-se ainda mais. Ou ainda, fazer a cerveja que os bêbados seguravam cair no chão, fazendo-os praguejar em seguida.

Passo numa cafeteria – essas coisas realmente existem por aqui? – e compro um copo grande de café, retomando minha caminhada logo depois. Passo na frente de um beco e vejo dois homens, cercando uma mulher.

Clichê né? Concordo.

-Posso ajudar, caras? – Grito, do começo do beco.

Os dois olham pra mim, falam algo entre si e um deles vem em minha direção.

-Melhor sair daqui! – ele diz e mostra uma faca – Não estou com paciência pra humanitários hoje.

-Dane-se.

Levito ele com telecinese e o lanço pra trás de mim. Eu nem sequer me viro pra olhar onde ele caiu. Só escuto um estrondo forte e um barulho alto. O outro cara aponta pra mim uma arma. Estralo os dedos e a arma voa da mão dele e bate na sua testa. Ele desmaia e cai pra trás. Olho pra mulher outra vez. Ela está num vestido vermelho bem decotado e uma bolsa pequena branca. Dou de ombros, tomo um gole do meu café e volto pra minha caminhada, ignorando a cena. Não me importava com isso. Não era a primeira vez que dava uma de herói. E, muito provavelmente, não seria a última. Nunca esperei agradecimentos. As pessoas ficavam assustadas demais pra fazer qualquer coisa, se não fugir. E eu não podia culpá-los. As vezes eu me assustava comigo mesmo. Como ontem, quando eu obriguei Seis á dirigir, e me senti inclinado á fazer muito mais que apenas dirigir.

Balanço a cabeça, tentando espantar as memórias. Boas e ruins. Olho pro meu relógio, que marcavam 21:49.

Já faz meia hora que estou andando?

Dou meia volta e começo meu caminho ao hotel. Mais meia hora depois eu chego ao meu destino. Caminho lentamente pelo corredor, sem pressa nenhuma, praticamente dormindo.

Escuto um barulho pequeno em algum lugar do corredor – meu cérebro estava muito lerdo pra saber onde foi exatamente. – quando chego á porta do meu quarto, mas ignoro. Ou ignorava, até o barulho puxar meu braço e me beijar. Abro os olhos e não sei se me sinto sortudo ou ferrado de novo. Seis se afasta com uma cara, no mínimo, cômica. Ela olha pra mim.

-Desculpa?

-Tudo bem...


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Notas finais do capítulo

U.U
Sim, eu imitei o final do IOMG do ICarly, pq eu não sabia como terminar. Então, terminei assim :3
Enfim, espero que tenham gostado :)
AAAACHO que next cap a ação volta... E eu acho que vão ser os últimos caps :/
Psé, psé, psé.
Until Next Guys! o/



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