Projeto Tenten escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 7
Missão - parte III


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Não era a minha intenção ficar tanto tempo sem postar eu juro!! Mas a minha mãe me deixou de castigo sem computador até eu tirar notas boas.
Estudei muuuito para tirar notas boas só para voltar aqui e postar um capítulo para vocês.
ps: Eu ainda não saí do castigo completamente, ela deixou eu entrar hoje, mas sabe-se lá quando vai deixar de novo, já vou deixar sub entendido que não sei quando eu vou voltar a postar, mas nas féria é certeza que eu posto toda semana (vou pra casa do meu pai.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341625/chapter/7

Missão parte III

Fiquei pensando sobre o que Hinata falara para o Nejimaru na noite anterior enquanto andávamos. Realmente estava muito curiosa, mas algo me dizia que eu não queria saber o que as palavras dela significavam. Fiquei pensando em várias possibilidades, uma mais absurda do que a outra, e aquela história sobre reencarnação? O que aquilo significava? Para melhorar, o dia estava ensolarado e muito quente. O que me fazia suar e ficar cansada mais rápido. Onde estava aquele frio que fizera durante a noite?

– É aqui. - Disse a Hyuuga, parando de andar e apontando para uma vila que se aninhava entre um largo riu e uma montanha. o sol estava no topo do céu e a montanha refletia sua luz como se fosse feito de espelhos. Só depois de nos aproximarmos mais foi que pude perceber que a superfície daquela montanha era uma pedra lisa e totalmente coberta por uma fina camada de água que escorria lentamente.

– Ei, Hinata. eu estou curiosa sobre uma coisa, e já faz um tempo. - Eu não podia falar do pássaro, que aliás, estava no meu ombro, mas eu podia falar "disso" - O que tem escrito nos pergaminhos que você entrega para os líderes da vila?

Ela me olhou como se ponderasse o quanto poderia me contar. Em seguida a garota desviou o rosto na direção da vila. Um silêncio incômodo se instalou, eu mudei o peso do corpo de um pé para o outro, inquieta.

– Basta você saber que é algo que a Hokage acha importante que seja entregue.

Achei injusto que só ela soubesse, mas eu não iria entrar em uma discussão agora. Estava cansada demais para isso. Começava a me perguntar porque eu tinha sido chamado para aquela droga de missão.

Andamos por entre as casas da vila, que em geral, eram feitas de madeira e ficavam suspensas em deques, talvez aquele rio inundasse em outras épocas do ano.

– Não acredito que a Tsunade me mandou em uma missão com essa... - Resmunguei para mim mesma. Aproveitando que a Hyuuga ia mais a frente.

O pássaro bicou a minha orelha e eu juro que quase dei um tapa nele, mas me controlei quando percebi ou achei ter percebido as intenções do pássaro com aquele movimento. Quase tinha falado mal da Hinata e da Hokage de novo e sem motivo aparente. Me senti ainda pior ao reparar que estava sendo repreendida por uma ave.

Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos, de certo Nejimaru apenas achou conveniente me bicar porque estava com fome, sim, havia sido apenas isso.
novamente fomos até o líder e ela o entregou o pergaminho. desta vez fiquei mais atenta à conversa, mas eles apenas falaram sobre um acordo de troca de produtos com uma das vilas do país do fogo. o pergaminho deveria conter alguma informação sobre os produtos dos quais precisávamos ou aqueles que poderíamos oferecer.

Eu não sou uma negociante e nem uma diplomata, eu sou uma ninja, deveria ser enviada em missões de escolta ou para proteger alguém ou até mesmo missões de assassinatos. Mas isso não era nada parecido com uma missão para ninjas, isso era chato e tedioso.

Por fim, saímos dali e fomos comer alguma coisa em uma tenda. Aparentemente o líder da vila não tinha nada que pudesse oferecer no momento ou não estava em busca de um novo acordo com a folha.

– Hinata. Por que a Hokage me escolheu para essa missão? Pelo visto eu nem era necessária.

Ela pareceu pensar um pouco antes de responder no mesmo tom calmo e meigo de sempre:

– É que vamos ter que recolher algumas armas nas vilas ocultas e você é a pessoa mais indicada para isso. Eu não tenho todo o seu conhecimento em armas ninjas.

– Só por causa disso? Qualquer outro ninja teria servido para selar algumas armas em um pergaminho.

– Acontece que são armas muito perigosas e muito importantes e a Hokage confia em você. Deveria se sentir honrada. - Ela voltou a comer, dando a entender que a conversa havia terminado.

– Está certo então. - Eu ainda não estava convencida, mas decidi que não valia a pena tentar arrancar mais informações dela. Estava na cara que ela não queria me contar, ou pior, não podia, e nesse caso eu iria perguntar diretamente para a Hokage assim que eu chegasse à aldeia.

Passamos a noite em uma estalagem próxima ao rio. Foi uma noite tranquila, apesar do calor que me fez dormir sem a coberta e com um pijama mais fresco.

No dia seguinte, acordamos mais tarde, o que eu considerei como um quase milagre, e depois de comermos e repormos os nossos suprimentos, partimos para uma outra vila. Esta ficava no meio do deserto e seria a nossa última parada antes da Areia.

Enquanto andávamos, minha mente vagava livre, meus pensamentos iam longe, lembrando do passado, tanto a parte boa quanto a dolorosa. Eu ainda trazia marcas da guerra que, pra mim, parecia tão recente. Como se tivesse acontecido na véspera.

Tantas pessoas morreram, tantas sacrificaram a própria vida para que o mundo ainda fosse como é. Mas a guerra também foi algo bom para algumas pessoas. Muitos laços foram criados junto com a aliança shinobi. E isso era a única coisa que não me deixa sucumbir nos meus momentos de tristeza e desespero, posso ter perdido um amor, mas ganhei companheiros de diversas aldeias diferentes.

Fiquei tanto tempo perdida em meus devaneios que mal percebi o movimento do sol, quando dei por mim já estava armando um acampamento e acendendo uma fogueira para passar a fria noite do deserto.

– No que você ficou pensando o dia todo Tenten? Não conseguia falar com você.

– O quê? Como assim não conseguia? Era só ter me chamado. - Disse, como se fosse óbvio, o que realmente era pra mim.

– Mas eu te chamei. - Disse meio envergonhada, coisa que eu estranhei já que só estávamos nós duas ali.

– Ah! Me desculpe se eu não escutei. Estava meio distraída. - e com isso, entrei no meu saco de dormir e caí no sono.

Não tive tanta sorte desta vez. Em meu sonho, eu estava de volta ao campo de batalha. No meio da guerra. Não conseguia ver ninguém da aliança, estava cercada por três ninjas invocados pelo edo tensei.

Eu lutava com todas as minhas forças, mas estava em desvantagem. Enfim chegou uma ajuda, o vulto de uma mulher. Ela sorriu para mim e eu a reconheci. Uma kunoichi da folha com quem eu havia conversado no primeiro dia em que, os ninjas da aliança, nos reunimos para a guerra. Nos entreolhamos por um momento e então ela se atirou contra os inimigos. A ninja lutou bravamente por algum tempo, mas depois foi vencida e sucumbiu aos ferimentos, bem na minha frente, o sorriso ainda no rosto.

A cena mudou e eu estava em outra parte do campo de batalha. Desta vez estou só observando, não faço parte da cena. Pessoas morriam ao meu redor. Ninjas são obrigados a lutar com seus antigos mestres e companheiros. Mas a próxima cena do meu sonho é a pior e eu sabia que ela iria aparecer cedo ou tarde naquele mesmo sonho.

Uma besta gigante com dez caudas lançou uma saraivada de gigantescos espinhos na direção do Naruto, porém Hinata se colocou na frente dele para servir de escudo, e com o ímpeto de protegê-los, Neji colocou seu próprio corpo entre eles e os espinhos. Estes perfuram seu tronco e ele cai.

Após dizer suas últimas palavras para Naruto ele morre, ali, na frente de todos. Na minha frente. Sinto lágrimas molharem minha face e uma dor tomar conta do meu peito como se uma kunai o tivesse perfurado. Então reparei em um pequeno pássaro voando acima daquela cena, isso poderia parecer só um detalhe sem importância, e eu também acharia, se o pássaro não fosse igual ao que me persegue.

"Porque me chamam de Gênio"

Mais uma vez, as últimas palavras proferidas pelo Gênio Hyuuga ecoam pelo meu sonho antes de eu acordar sobressaltada no meio da noite. Estava suando e minha respiração estava acelerada. Podia sentir as lágrimas que escorreriam pelo canto dos meus olhos enquanto eu dormia.

Resolvi levantar e dar uma volta para esfriar a cabeça, que latejava de dor. Andei às cegas por um tempo, até achar um pedaço de tronco caído e abandonado no meio do nada.

Sentei e fiquei pensando mais um pouco. Não era possível que fosse o mesmo pássaro, ou era?

Fiquei ali mais tempo do que pretendia. Quando percebi, o sol já despontava no horizonte. Só então compreendi que tremia por causa do frio. Se não fosse a minha tristeza e o frio, teria achado aquele nascer do sol lindo. Ele iluminava a areia que ficava em uma tonalidade dourada e o céu ficava alaranjado e ia, aos poucos clareando e adquirindo o tom de azul claro de um dia de sol, sem nuvens.

Levei um susto quando senti uma mão no meu ombro.

– Está tudo bem com você, Tenten? - Perguntou Hinata, seus olhos estavam voltando ao normal, o que mostrava que ela tinha usado o Byakugan para me encontrar. É claro... O sol estava nascendo, ela deveria ter ido me acordar e viu que eu não estava lá. Deve ter ficado preocupada comigo.

Suspirei e limpei o rosto com as costas da mão. Nejimaru pulou do ombro da Hyuuga para o meu e me bicou de leve.

– Sim, estou bem, obrigada por perguntarem. - Disse já me levantando. - Já está na hora de irmos?

– S-sim. - Hinata respondeu, ela me observava, talvez para tentar descobrir o que tinha acontecido comigo.

– Bem, então vamos. Temos que arrumar nossas coisas e...

– Eu já arrumei tudo, Tenten. Aqui está sua mochila. - Ela me entregou minha mochila. Aparentemente, ela realmente tinha arrumado tudo.

Seguimos em frente até a vila, que não estava tão longe assim. Chegamos por volta das onze da manhã.

Almoçamos primeiro, estava faminta então tivemos que fazer isso antes de ir ver o líder do lugar.

–Vocês pretendem seguir para a vila da areia amanhã? Se eu fosse vocês, eu não faria isso. - Disse-nos um dos homens do restaurante.

– E por que não? - Perguntei genuinamente curiosa.

– Está vindo uma tempestade de areia por aí. - Respondeu ele.

– Besteira, não tem nem vento para isso. - Disse voltando a comer. A comida dali era deliciosa, um prato típico do país do vento, eu acho.

– Tenten, eu acho melhor confiarmos na palavra de alguém que conhece melhor o clima daqui. - Disse Hinata docemente. Por incrível que pareça eu não fiquei com tanta raiva daquele tom dela. Apenas suspirei e continuei comendo.

A nossa visita até o líder da vila, um velho com mania de tamborilar na mesa, foi até que rápida. E ele nos preveniu sobre a tempestade de areia também. Não que eu me importasse. Quanto mais rápido chegássemos até a vila da areia mais rápido terminaríamos aquela missão.

Já havia passado quase um mês desde que saímos da aldeia da folha. Não que eu estivesse morrendo de saudade, só estava cansada daquela missão mesmo.
Depois de andar pela vila vendo alguns lugares fomos dormir em um hotel. Tentei convencer a Hyuuga de que deveríamos sair amanhã mesmo para a Vila do Gaara.

– Mas Tenten, já nos foi avisado que terá uma tempestade de areia.

– É só irmos antes dela chegar. E se formos rápido nem a pegaremos. O que me diz?

– Ainda acho arriscado demais, deveríamos apenas esperar ela passar e irmos depois, sem pressa. - Ela tentou me convencer, mas ao final de uma bela discussão, em que nenhuma das partes levantou a voz, acabou cedendo à minha vontade.

– Está bem, iremos amanhã bem cedinho para não pegarmos a tempestade.

– Obrigada por entender, Hinata. - Sorri de leve e deitei para dormir.

Graças a deus não tive nenhum sonho envolvendo a guerra ou o Neji, sonhei apenas que voava, livre como uma nuvem, mas só depois de muito voar foi que eu percebi que não estava tão livre assim, havia uma corrente amarrada na minha perna, e ela me ligava ao chão, não deixava que eu me distanciasse de um certo ponto.

Acordei antes mesmo de o sol nascer, acordei a Hyuuga. Não acredito que eu havia acordado a senhorita alvorecer, mas depois de me recuperar desse choque e tomar um café reforçado partimos para a aldeia da areia.

– Então vocês realmente vão. Boa sorte. - Disse o chefe da vila com um sorriso preocupado.

– Até mais. - Dito isso, nós partimos.

Estávamos andando a quase uma hora em um ritmo rápido. Nejimaru voava acima de nossas cabeças. Eu ainda não estava cansada mas minha garganta estava seca, e eu estava com cede. Paramos um pouco para tomar água e depois seguimos no mesmo ritmo de antes.

Mais duas horas e comecei a sentir um vento forte, um pouco de areia era levantada e eu tinha que cobrir os olhos, logo esse vento foi ficando mais e mais forte.

Eu e Hinata agora nos encontrávamos presas no meio de uma grande tempestade de areia. Nejimaru tinha desaparecido de vista já fazia um tempo.

Resolvemos nos abrigar em uma caverna formada pelo vão entre duas pedras. Devemos ter ficado ali durante quase três horas, e eu me amaldiçoava por não escutar o que os ouros haviam dito.

Foi então que vi Nejimaru ao longe, no meio da tempestade. Ele deveria estar com problemas para voar no meio de tanta areia, mas não parecia ter problema algum, só depois vi uma silhueta humana caminhando abaixo do pássaro. Parecia que uma bolha de ar o protegia da tempestade de areia. Depois que chegou mais perto percebi que era o Gaara. O próprio Kazekage vinha em nossa direção...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

De acordo com os pedidos de vocês eu farei o final com 6 capítulos (o mais comprido) E ainda farei um capítulo extra como desculpa por ter ficado um mês sem postar
Combinado?
*Desculpem os erros de português, estou com pressa*
Deixem Reviews e recomendações!! E favoritem a história para deixar essa autora feliz!!! *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Projeto Tenten" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.