Projeto Tenten escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 6
Curry da vida... De novo!


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora!! É que eu tive que fazer alguns desenhos que me pediram e a minha mão acabou machucada ¬¬ Aí minha mãe(médica) me proibiu de digitar ou escrever ou desenhar... Enfim, eu me senti uma inútil que não pode fazer nada -_-'**LEIAM AS NOTAS FINAIS!!****LEIAM AS NOTAS FINAIS!!**



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Curry da vida, de novo...

Quando entrei no quarto, vi aquele pássaro empoleirado na janela. No fundo eu me sentia aliviada e mais confiante, só por tê-lo ao meu lado, mas é claro que eu não queria, e não iria, admitir isso.

– Eu não acredito! Até aqui? - Falei me jogando na cama. Nejimaru voou até o meu ombro e se instalou ali. Eu nem tentei espantá-lo, pois sabia que ele voltaria. - Certo, se você quer ficar, que seja. Agora me deixe dormir.

Ele pareceu entender pois saiu do meu ombro e foi para o chão, um pouco afastado de onde eu estava. Deitei-me na cama e me virei, de modo a ficar de costas para a ave. Podia sentir que era alvo do seu olhar e aquilo me deixava realmente desconfortável. Virei-me e revirei-me na cama sem que o maldito sono me fizesse adormecer.

Só depois de algum tempo é que eu caí em um sono sem sonhos e que só terminou quando Hinata veio me chamar para tomar café da manhã. Ainda não sei o que ela tem contra acordar depois das nove da manha.

– Olha quem acordou! Você não era dorminhoca assim, Tenten!

– Bom dia Vovó Sanshou! É verdade, eu não sou mais a mesma. - Respondi enquanto me dirija à uma das mesas.

– Bobagem, você ainda é aquela garota animada que não gosta de Curry picante. Mas hoje eu preparei um delicioso Curry da vida pra você e sua amiga.

Imediatamente minha garganta ficou seca e meu estômago começou a se contorcer. E eu estava prestes a recusar o Curry, quando lembrei de como isso poderia deixá-la triste ou decepcionada, então eu resolvi aceitar:

– Muito obrigada vovó Sanshou! E onde está o Ranmaru e o Karashi?

– Eles devem estar lá fora treinando. - Sanshou me entregou um belo prato de café da manha, não era curry e sim onigiris (bolinho de arroz japonês). Estava delicioso.

– Como assim treinando?

– Ranmaru não tinha um físico muito bom, então Karashi decidiu treinar com ele para que ambos ficassem mais fortes. Basicamente eles correm aí fora e fazem alguns exercícios básicos que eles viram o jovem Lee fazer.

– Sempre usando o Lee como exemplo. - Suspirei, se o Lee estivesse aqui, ele poderia comer a minha parte do Curry da vida.

Terminei o café e fui falar com Hinata, que estava do lado de fora da loja, tomando um banho de sol.

–Ei Hinata! Quando vamos seguir para a próxima aldeia? - Pousei a mão em seu ombro para chamar sua atenção.

– Ah sim, como estamos bem adiantadas, podemos ficar aqui por mais uns três ou quatro dias. - Ela voltou a fitar o horizonte, no rumo onde ficava a aldeia da folha.

Suspirei e sentei-me ao seu lado. O dia estava agradável e a leve brisa que batia no meu rosto era refrescante e ajudava a me acalmar.

– Mas se ficarmos aqui durante esses quatro dias, depois não precisaremos correr para a próxima vila não é? - Torcia para não ter parecido estar tão preocupada e até desesperada, como estava.

– Não, poderemos ir tranquilamente, como fizemos durante todo esse tempo até aqui.

– E você chama aquilo de ir tranquilamente? - Ela estava me irritando de propósito? Isso não parecia ser do feitio da Hinata. Mas ela parecia estar tentando conter o riso, então supus que era verdade.

– Bem, eu vou entrar. Depois nós nos vemos, Tenten - E com isso ela voltou para dentro da loja de Curry, e de lá já emanava o nostálgico cheiro do Curry da vida.

Nejimaru saiu voando de dentro do meu quarto e se empoleirou em um galho na minha frente.

– Então você decidiu que realmente vai me seguir. Então tudo bem, quer um pouco de Curry da vida? - Foi só uma questão de terminar essa frase para que o pássaro endoidasse. Ele alçou voo e foi parar em um dos galhos mais altos de uma velha árvore. - O que foi? Não gosta de comida apimentada? Parece até o Neji...

Balancei a cabeça para espantar alguns pensamentos estranhos que me invadiram nesse momento. Deixei que a ave ficasse naquele galho e fui para a parte de trás da casa, onde encontrei Ranmaru sentado, com um copo de chá na mão, observando Karashi correr de um lado para o outro.

– Bom dia Ranmaru-kun.

– Bom dia Tenten! Que pássaro é aquele que anda te seguindo? - Ele perguntou sem tirar os olhos do treino do Karashi.

– Como sabe sobre... Ah, sim. Os olhos, bem... Eu não sei direito o que o Nejimaru quer, mas...

– Espera, o nome dele é Nejimaru? - Ranmaru parecia levemente assustado com essa informação. - Entendi, agora faz um pouco mais de sentido...

– O que faz sentido? - Perguntou Karashi se sentando do nosso lado.

– Nada, não é nada! - Apressei-me a responder. Não queria que mais gente ficasse sabendo que um pássaro chamado Nejimaru estava me perseguindo. Lancei um olhar significativo para Ranmaru, que pareceu entender, pois acenou bem de leve com a cabeça, de modo quase imperceptível. Eu só reparei porque estava prestando atenção.

– Se você diz. - Karashi pegou uma garrafa de água , bebeu e se afastou. Fiquei conversando com Ranmaru durante alguns minutos, até que o cheiro do Curry ficou ainda mais forte. Decidi dar uma treinada, quem sabe assim eu não me atrasava para o almoço.

– Ainda não consegue comer aquele Curry? - Perguntou Karashi, que tinha voltado do seu "treino".

– Não. - Admiti um pouco irritada. Levantei e me afastei para algum lugar no meio das árvores. Ali eu teria mais privacidade para treinar e seria mais difícil me encontrarem. Como não estava com vontade de treinar a minha pontaria de novo, invoquei um bastão em que, nas postas, tinham pequenas lâminas escondidas. Fiquei treinando luta de curta distância durante quase duas horas, eu acho, e ficaria mais se a Vovó Sanshou não tivesse aparecido.

– Como sabia que eu estava aqui? - Perguntei depois que ela me chamou para almoçar.

–Hinata, ela usou os olhos dela. Vamos, o Curry está pronto. - Ela nem esperou uma resposta. Simplesmente virou e saiu andando, e eu resolvi segui-la, mesmo sem muita vontade.

Sentei em uma das almofadas. Na minha frente se encontrava um prato com uma substancia escura que parecia ter vida própria e que aparentava querer pular do prato e sair andando por aí. Engoli em seco.

–Itadakimasu. - Dissemos em uníssono, nem eu nem Karashi tocamos nos nossos Curry's no primeiro momento, mas depois, ele, com muita dificuldade, começou a comer. Só restava eu.

É então que eu sinto umas patinhas no meu ombro. Adivinhem quem era! Exato, Nejimaru tinha aparecido para me dar o seu apoio. Peguei uma colher pequena que estava em cima da mesa e fiz questão de fazer ele provar aquilo antes de mim, só pra ver se ele sairia voando dali, mas ele desmaiou. e foi em direção ao chão, e teria caído se eu não o tivesse segurado.

–Ei, Nejimaru, você está bem?? - Sussurrei. Ele não parecia morto, só parecia não ter gostado do Curry.

Depositei-o com cuidado em uma almofada ao meu lado e comi minha comida. Aquilo era tão ardido que eu pensei que cuspiria fogo se abrisse a boca. Com muita dificuldade, eu consegui terminar do comer. Não sei direito em que parte da refeição Nejimaru voltou a se empoleirar no meu ombro. Limpei uma lágrima do canto do olho, não era uma lágrima de tristeza nem nada, ela era uma prova da dificuldade que foi terminar aquele maldito Curry da vida.

Passamos mais Três dias com a Vovó Sanshou, com Karashi e com Ranmaru. Foram dias bem divertidos, todo dia Karashi ia treinar e quando voltava ficava reclamando e resmungando sobre alguma coisa, até que Sanchou lhe dava uma colherada na cabeça para que karashi se calasse. E fico feliz em dizer que não precisei comer o curry da vida de novo durante esses dias que se seguiram.

Quando finalmente nos despedimos e seguimos viagem, senti um aperto no coração. O pássaro resolveu que realmente iria me acompanhar durante a viagem e agora ele se encontrava empoleirado na minha mochila. Tinha até descoberto um bolso especial que ele usava como ninho.

– Vamos montar o acampamento aqui. Depois continuamos a viagem. Tudo bem, Tenten? - Perguntou a garota, já tirando a mochila das costas.

– Tudo bem, Hinata. Temos quanto tempo para chegar na próxima vila?

– Devemos chegar lá no final do próximo dia, o que é tempo mais do que suficiente.

– Certo... - Ficamos em silêncio enquanto arrumávamos as barracas. Hinata pegou um punhado de alguma frutinha e colocou em um pote para o meu pequeno perseguidor comer.

– Você ainda não me falou que pássaro é esse. Ele me parece familiar. - Disse ela acariciando o pássaro.

– Nem eu sei direito, já faz um tempo que ele está me seguindo. Para ser mais exata ele começou a me seguir no cemitério, quando eu fui visitar o... - Não sei o porquê, mas essa conexão de fatores, ele ter começado a me seguir perto do túmulo do neji e até mesmo se parecer com o meu falecido amigo me incomodavam.

– Entendo... Ei Tenten, você acredita em reencarnação?

– P-porque essa pergunta agora, do nada? - Estava ficando cada vez mais nervosa com essa situação.

– Não, por nada. Acho melhor acendermos uma fogueira, essa noite promete ser fria.

– C-certo. - Droga. Pare de Gaguejar Tenten!

Fui buscar alguns gravetos para acendermos a fogueira. Eu não estava com frio, mas se alguém do antigo time 8 diz que vai ficar frio, é uma boa ideia acreditar. Voltei algum tempo depois com uns gravetos na mão e também um tronco maior para manter a chama da fogueira queimando por mais tempo.

Antes que Hinata pudesse me ver, consegui ouvir um final de conversa, mas com quem ela estaria conversando?

–Por que você apareceu logo agora, Nejimaru? - Tapei a boca para não dar um gritinho, ela falava com sua voz meiga de sempre, com um leve tom descontraído e divertido. - Mas sabe que foi em uma boa hora... Bem, pelo menos vai ajudar com...

Ela se interrompeu ao ver eu me aproximando de onde ela estava. o Pássaro perseguidor encontrava-se empoleirado na sua mão.

– Voltei. - Fingi que nada havia escutado, seria melhor assim. Mesmo que eu estivesse morrendo de curiosidade para saber no que ele ajudaria eu preferia não entrar em uma discussão com a Hyuuga.

Depois de comer, entrei no meu saco de dormir e fiquei me revirando sem que o sono conseguisse vencer minha inquietação. Só depois de muito tempo é que fui conseguir dormir, mas tive a sensação de que não dormi por quase nem uma hora antes que Hinata me acordasse.

E lá estávamos nós, andando para a próxima vila enquanto víamos o sol nascendo... Eu juro que quando eu voltar dessa missão, eu vou matar a Hinata!


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Notas finais do capítulo

MIL DESCULPAS!!!!! Sério!Então, eu estou com dois finais para essa fic! Um deles daria mais uns dois capítulos de 3.000 palavras e o outro final daria mais uns cinco ou seis capítulos de 3.000 palavras (sem contar com esse capítulo) Cabe a vocês decidir a duração dessa fic...Deixem suas preferências nos comentários!! Bjss! Até o próximo sábado!!



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