1 ano e 6 meses depois

Carol, depois do episódio com Bill foi para o Egito. Ela havia recebido uma proposta de um dos melhores hotéis de lá, para ser gerente e guia de turismo nas pirâmides. Ela havia recusado de primeira, como ela poderia abandonar a vida ao lado do amor da sua vida ? Mas essa proposta se mostrou excelente para fugir. Afinal, era o sonho dela ir para o Egito, exercer sua profissão.

 Mexendo um pouco na internet, Carol viu uma notícia que despertou  uma ferida que havia recebido muita morfina.

Tokio Hotel iria ao Brasil. Carol ficou feliz, logo ela que havia lutado tanto para que os meninos fossem ao Brasil, para que ela pudesse realizar o sonho de ouvir a voz do Bill. Mas o que aconteceu á esse sonho ? Foi afogado, morto ? Não, o sentimento por Bill seguiria Carol pelo resto de sua vida. Ela só jogava morfina muitas vezes ao dia, quando a voz dele surgia nos seus ouvidos, quando sua pele arrepiava como quando ele a tocava.

Logo abaixo da noticia do show, veio uma noticia que era pra deixar Carol feliz. Bill estava namorando.

 Uma onda de lágrimas invadiu seus olhos, uma sensação de que o mundo saiu do eixo, um banho de água gelada e seu coração querendo explodir de dor.

 Ela se segurou na cadeira, não conseguia sentir mais nada, só a dor.

 Tentava se consolar, tentava dizer a si mesma que ele seguiu em frente, como ela pediu á Evelyn.

 Desde aquele dia, ela liga para Evelyn, dizendo que estava bem e sempre perguntava como estavam as coisas, nas Evelyn nunca comentava sobre Bill, em respeito á dor da amiga.

Abaixo da noticia estava uma foto do casal, a garota era bonita, mas tinha um olhar de cobiça. Bill ao seu lado, não estava sorrindo. Sempre nas fotos em que ele aparecia com Carol, ele sempre tinha um sorriso gigante sem seu rosto. Agora, ele parecia cansado, como se estivesse travado uma luta. Teria ele ganhado ou perdido ?

- Alô ?

- Evelyn ? Sou eu.

- Oi Carol ! Que saudade amiga.

- Também estou com saudades, mas e aí, novidades ?

Evelyn hesita um pouco, não sabia se Carol já estava á par do novo namoro de Bill.

- Nenhuma amiga, e você ?

- Eu já estou sabendo que o Bill está namorando. E estou feliz com isso.

- Pensei que você não iria saber. Sabe, ah nem sei o que falar.

- Nem precisa amiga. Ele está feliz com ela ?

- Ele não pode ser feliz com ninguém Carol, só com você.

- Ele pode sim. E eu não consigo mais falar nisso, vamos mudar de assunto.

E assim a conversa fluiu, fofocas e mais fofocas.

Carol continha as lágrimas, não queria demonstrar a tristeza a sua amiga. A dor voltou, mas muito mais intensa do que das outras vezes.

 Não era isso que ela queria ? Que Bill odiasse ela, e amasse outra pessoa ? Agora ela não tinha mais tanta certeza disso.  A dor era demais pra alguém agüentar sem enlouquecer.

 Será que a solidão a deixaria louca mesmo ?

Depois de um tempo tentando se recuperar, Carol ligou para uma amiga muita especial.

- Raquel ?

- Sim, quem fala ?

- É a Carol, amiga !

- CARA, É VOCÊ !

- Poxa, me senti mal por nunca mais ter ligado pra você. Saudade bateu aqui, e resolvi ligar.

- Ainda bem que lembrou da sua amiga aqui. Quando você vai vir pra cá me visitar ?

- Tava pensando em ir ai semana que vem. O que você acha ?

- ÓTIMO ! Ai que bom que você vai vir. Irmão ta querendo usar aqui, daqui a pouco eu te ligo pra gente combinar, ok ?

- Sim sim, até mais.

Raquel era uma amiga antiga de Carol, era uma grande amiga virtual que ela teve, e virou uma grande amizade na realidade.

 Raquel morava em São Paulo, e Carol pretendia, pela última vez, ouvir a voz que movia sua vida.