Narradora Avulsa:

Depois de um tempo Roberta finalmente se distraiu e dormiu como seus amigos. Diego se perdeu um pouco olhando para a loira... O que teria deixado-a tão assustada? Voltou sua atenção para a estrada, e continuou seu caminho para chegar até a casa.

[...]

Depois de mais alguns minutos na estrada, eles finalmente chegaram a casa. Diego saiu do carro e acordou os seus amigos.

-Já chegamos? - Carla perguntou sonolenta.

-Sim Carlinha, chegamos. - Diego respondeu, e Alice ficou um pouco enciumada com o apelido que o amigo tinha dado para Carla.

-Diih, pega minhas malas? - Diego olhou para Alice sem querer atender o pedido, mas apenas assentiu, e pegou as malas dela.

[...]

Depois de todos se instalarem na casa, eles finalmente pararam para descansar. A casa era grande, e luxuosa, haviam 6 quartos, 4 de casal e 2 de solteiro, mas Alice insistiu em ficar com Diego. 

Então ficou assim:

Alice e Diego em um quarto de casal

Roberta em um quarto de casal

Pedro em um quarto de casal

Carla em um quarto de solteiro

Tomás em um quarto de solteiro.

Eles estavam sentados nos sofás na sala, Diego e Carla no sofá menor, Roberta, Alice e Pedro no maior, e Tomás em uma poltrona.

Roberta vendo  o olhar enciumado de Alice para Carla e Diego que conversavam animadamente, resolveu provocar. 

-Diego, chega pra lá um pouco. - Roberta sentou-se no pequeno sofá, meio que abraçando Diego de lado, e chegando para frente, para ouvir o que Carla falava. Alice ficou ainda mais enciumada ao ver os três rindo. 

[...]

Alice estava sentada no sofá emburrada enquanto Pedro e Tomás nadavam na piscina da casa, Roberta e Carla faziam o almoço  e Diego... Bom, ela nem queria saber onde ele estava. Mas para sua infelicidade -ou não- ele apareceu na sala, e sentou-se do seu lado. Alice levantou-se e sentou-se em outro sofá.]

-Tá, o que houve? - Alice hesitou antes de responder, mas respondeu.

-Você me esqueceu. - Falou fazendo bico.

-Ah, que loira mais ciumenta essa que eu arrumei. - Deu um abraço e um beijo em sua bochecha. 

-Dois, o almoço tá pronto. - Roberta avisou. 

Eles se levantaram e foram pra cozinha. 

[...]

A noite caiu, e com ela uma forte tempestade, Carla, Alice, Pedro, Diego e Tomás, estavam jogando o jogo dos nomes.

-Hum... Deixa eu ver... Eu sou um... Objeto? - Carla

-Sim. - Falaram em coro.

-Eu... - Um estrondo se ouve e a luz acaba.

-Vish... A Luz acabou - Tomás.

Os clarões ficavam cada vez mais frequentes e com eles vários raios iam caindo quando...

-AHHH! - Alice gritou.

-O que foi? - Carla

-E-eu vi... vi, vi... Um ho-homem, na ja-ja-ja... JANELA!

-Coitado... Deve estar perdido ou sei lá, nessa chuva. É melhor a gente... - Carla

-NÃO! - Alice gritou novamente e todos olharam com cara de interrogação pra ela. - Ele, tava com... com, com... Uma fa... fa-fa-faca!

-Uma faca? Olha Lica é melhor a gente ir ver isso. - Diego disse. 

-Não Diih, por favor. 

Mas Diego não deu ouvidos a Alice, e foi até a porta, a abriu saindo.

[...]

-Lice, eu rodeei isso tudo, não tem ninguém lá fora, deve ter...

-AHH! - Desta vez Carla gritou. - Di-Di-Diego... Eu tam-tam-bém, vi!

Um clarão apareceu no céu, e um raio caiu. As garotas gritaram, mas Diego percebeu uma terceira voz... Roberta!

Roberta Narrando:

Estava no "meu" quarto, e resolvi tomar um banho. Tomei meu banho longo, e me vesti. Peguei meu livro e antes mesmo de abrir ouvi gargalhada vindo do andar de baixo. Era com certeza meus amigos e Alice jogando um jogo bobo. Revirei os olhos, me deitei e comecei a ler. Percebi a chuva caindo forte lá fora, e vários raios e relâmpagos. Ouvi um estrondo, e não enxerguei mais nada... A energia havia caído. Fechei os olhos por um bom tempo, e quando abri percebi que havia cochilado. Levantei-me da cama com intenção de fechar as cortinas, mas vi um clarão, e um raio caiu. Com o clarão vi uma pessoa na janela... Com uma faca. Gritei desesperada e ouvi mais dois gritos vindo do andar de baixo, mas eu não tinha forças para andar. Cai no chão encolhida, fechei os olhos e as lágrimas começaram a rolar. Eu chorava compulsivamente, mas novamente ele apareceu.

Diego Narrando:

-Roberta? - Eu entrei no quarto e ela chorava no chão, do mesmo jeito que eu ahavia encontrado no banheiro do posto. A levantei e abracei. Ela chorava compulsivamente... O que estava havendo? - O que aconteceu? - Perguntei, mas percebi que ela não estava em condições de falar. A levei para o quarto onde eu e Alice estava-mos dormindo. Deitei na cama junto com ela e a abracei.

[...]

Haviam se passado uns 10 minutos, Alice já havia me procurado, e pedi para ela me deixar junto com Roberta. Roberta já estava tranquila. Eu estava deitado com ela, a abraçava contra meu peito, e podia sentir sua respiração calma e serena.

-Quer me falar o que houve?

-Não. - Sussurrou.

-Roberta. - Me sentei, e ela também. - Já é a segunda vez que te encontro daquele jeito... Me fala.

-É uma bobagem... Uma bobagem que estragaria as suas férias.

-Ah... E você vai deixar uma bobagem estragar somente as suas férias, porque não que estragar as nossas?

-De qualquer forma você não acreditaria.

-Então me conta.

Ela apenas fez que não com a cabeça. Passei as mãos pelos meus cabelos, já estava ficando irritado com isso. Me levantei com a intenção de sair do quarto...

-Só... Não me deixa... Por favor. - Ela sussurrou, e pude perceber a mesma chorando.

-Nunca. - Falei e voltei pra perto dela, me deitei ao seu lado e e abracei. Ela chorava. - Não chora pequena. - Passei a mão por seus cabelos e por seu rosto. Percebi ela se arrepiar, e sua respiração se acelerando, mas ela estava parando de chorar. Sorri. Eu causava essas reações nela?

Continua...