Narradora Avulsa:

-VAMOS ALICE! - Roberta berrava do andar de baixo da casa onde as duas moravam.

-Calma, já terminei. - Alice descia as escadas com sua última mala.

-São só três semanas sua louca! Pra que isso tudo de mala?

-Ah Roberta. Me deixe. - Roberta Bufou.

-Sem briga meninas. - Eva apareceu. A campainha tocou.

-DIEGO! - Alice gritou e foi correndo até a porta, a abriu e deu um abraço no seu melhor amigo.

Roberta foi até a porta, bufou, e separou os dois saindo até o carro, que era uma mini vã.

-O que deu nela? - Diego perguntou

-É chata assim mesmo. - Alice deu de ombros e Diego pegou suas malas.

Roberta olhou para os bancos onde todos dormiam.

Revirou os olhos.

Voltou até a porta onde Diego saia carregando MUITAS malas. Ela entrou e pegou suas 2 malas. Olhou para mais 3 que haviam no chão... De Alice. Pegou suas malas e foi andando até a porta quando cai. Olhou apara cima e viu Alice sorrindo sarcástica, mas antes que pudesse pensar em falar algo ouviu alguém.

-Alice! - Diego a repreendeu. - Você tá bem Rô?

-Sim. - Roberta falou rápido, e Diego a ajudou a se levantar.

-Deixa que eu levo isso. - Pegou as 2 malas de Roberta e as levou para vã.

-Obrigado. - Ela agradeceu a entrou na vã, se sentou no banco atrás do motorista, que era Diego, e Alice sentou sentou no banco da frente, do lado do de Diego.

[...]

Narradora Avulsa:

Depois de horas com Carla, Pedro e Tomás dormindo, e com Diego e Alice conversando animadamente, ainda faltavam muito quilômetros para chegar, Roberta estava quase passando mal.

-Diego. - Falou baixo.

-Oi?

-Você pode parar no próximo posto?

-Ih... Lá vem! Fica quieta ai selvagem.

-Alice! - Diego novamente a repreendeu. - Tudo bem Roberta.

Depois de mais uns 5 minutos eles chegaram no posto. Ele era antigo, sem cor nem vida, mas ainda parecia funcionar. Diego parou a vã, e Roberta desceu. Procurou um pouco até achar o banheiro feminino, e quando achou entrou.

Usou o banheiro e foi até a pia. Se olhou no espelho, estava pálida. Jogou um pouco de água em seu rosto, e quando levantou novamente a cabeça viu alguém atrás de si. Se assustou e virou-se bruscamente, mas viu que não havia ninguém ali. Sacudiu sua cabeça, com certeza era sua fértil imaginação tentando lhe pregar uma peça. Sentiu uma presença atrás de si, voltou sua atenção novamente para trás, e não viu ninguém.

Por fim ouviu uma voz.

"Corra, fuja, mas não se livra-rá de mim."

Dizia a voz.

Roberta deu um grito, mas não correu, não conseguiu, ficou imóvel. 

Lágrimas já saiam de seu rosto. Estava assustada, nunca havia passado por algo parecido.

Ouviu a porta se abrir em um estrondo, ela encostou na parede e se encolheu ali.

Ela chorava compulsivamente. Ouviu então aquela voz, não a mesma voz que a estava fazendo chorar, mas uma voz doce, a única que podia lhe acalmar.

-Roberta? - Diego perguntou espantado, e ela continuava a chorar. Em seus olhos era possível ver o medo que ela sentia.

Diego vendo que ela não estava em condições de falar algo, apenas a puxou para cima, e a abraçou de lado, a levando para fora dali.

-Alice, vai pro banco de trás. - Diego falou.

-Oque..

-Por favor. - Diego pediu.

-Tá.

[...]

-Quer me contar o que aconteceu? - Diego perguntou, e Roberta apenas fez que não com a cabeça.

-Tá. - Ele bufou.

Roberta achou que devia deixar aquilo pra lá... Mal sabia ela que aquele era só o começo.

Continua...