Diário De Sophie: A Rosa Negra escrita por Victor Everdeen Jackson


Capítulo 9
IX




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07 de fevereiro de 2013, noite.

Dois dias, foi o tempo que levou para Sophie se recuperar.

  Ela não saiu do quarto desde que tivera aquele horrível sonho. Não fora a escola, sinceramente? Ela não achou que essa foi a pior parte, não precisar ver Lindsay olhando com uma fúria assassina para ela, toda a sala encarando-a como se fosse um animal em um zoológico.

  Erick veio ver ela os dois dias, trazendo noticias da escola, os pais de Lindsay armaram um barraco na escola, exigindo que ela saísse da escola, como o diretor disse não, eles juntaram todos os pais e repetiu a exigência, o diretor disse não novamente, então eles se irritaram, falaram mal do diretor, ele chamou a policia, eles foram presos, pagaram a fiança e foram libertados, ainda assim o diretor disse não.

  – Lindsay esta inconformada, aposto eu ela queria te ver bem longe da escola – falou Erick tentando animá-la, não conseguiu, mas ela fingiu que sim, para ele não ir embora, Sophie adorava a companhia do garoto.

  Seu pai sempre levava comida – café-da-manhã, almoço e jantar – para ela, tentando agradar a garota, sua madrasta não olhava para Sophie, mas era óbvio que estava com raiva da atenção que Edgar dava a garota.

  Sabe, eu até gosto dessa atenção que Edgar me dá, mas eu só acho estranho isso, agora ele me trata como filha, não como uma estranha, algo inédito.

  A Srta. Cenoura me deixou em paz, mas na primeira noite que eu fiquei em casa, ela entrou em meu quarto, mais ou menos à meia-noite, eu estava acordada, fitando o teto, não consegui dormir, pensando no sonho que eu tive, da Elena e do tal Ethan, lembra? Eu te contei.

  Então, ela se esgueirou até minha cama, silenciosamente, algo que não deu certo, porque ela estava de salto alto, eu fechei os olhos, fingindo dormir, mas agucei os ouvidos, quando senti que ela estava a um metro de mim, ela pegou um travesseiro do chão e colocou em meu rosto.

  Ela estava tentando me matar.

  Eu ergui os braços e tentei manter o travesseiro longe de mim.

  “Sua diabinha” Sibilara ela “Porque você tem que existir? Eu e Edgar somos tão felizes, você só atrapalha.”

  “Socorro” Eu gritei “Pai, socorro.”

  Minha madrasta tirou o travesseiro de cima de mim e jogou na janela, no momento em que meu pai entrara, ela correu para a janela, abriu-a e gritou:

  “Safado, covarde, volte aqui, seja homem.”

  “O que aconteceu?” Perguntou meu pai, olhando ao redor.

  “Pai...” Mas ela me interrompeu.

  “Um ladrão, um maldito ladrão, eu estava terminando de assistir tevê e ouvi uns barulhos e vim aqui para verificar o que era, quando entrei vi um homem forçando um travesseiro contra Sophie e ao mesmo tempo colocando algumas coisas no bolso, então Sophie me viu, gritou socorro e ele pulou pela janela, fugindo com um covarde, não é Sophie?” Ela me mandou um olhar que dizia: Concorde ou eu te mato, então eu só balancei a cabeça.

  “Ele te fez alguma coisa?” Perguntou meu pai. “Ele te machucou querida?”

  “Não pai, obrigada, eu estou bem, só quero dormir” Declarei, fingindo cansaço.

  “Claro, amanhã de manhã mesmo eu vou reforçar a segurança dessa casa, ah se vou”

  “Está tudo bem meu amor, Sophie está bem não está? Viu, vamos dormir” A Srta. Cenoura empurrou meu pai para fora do quarto, lançando-me um olhar maléfico.

  Então eu afundei no colchão e dormi, mas não tive nenhum sonho, incrivelmente.

  Sophie bocejou e fechou o diário, colocou-o debaixo do travesseiro e se ajeitou para dormir.

  Ela fechou os olhos e tentou dormir, mas não conseguiu, tinha medo do que podia ver se tivesse outro sonho parecido com os dois últimos.

 – Sophie.

  Sophie ouvia os pios das corujas, nas árvores ao redor.

  – Socorro.

  Seus olhos tremiam, tentando abrir, mas ela os manteve fechados, queria dormir logo, queria descansar.

  – Estão me perseguindo também, eu preciso que me ajude.

  Ela ergueu a mão no ar, tentando agarrar a maçaneta...

  Estava sonhando com uma porta, de madeira, com a maçaneta dourada, ela colocou a mão na maçaneta e fechou-a, virou a mão, tentando abrir, não abriu estava trancada, ela começou a ouvir uma voz, que Sophie percebeu que vinha do interior da porta.

  – Me ajude Sophie, estou em perigo – a voz sussurrava.

  – Quem é você? – perguntou Sophie.

  – Me ajude – o sussurrou continuou – Me ajude.

  08 de fevereiro de 2013, manhã.

Os raios de sol bateram no rosto de Sophie, acordando-a, ela abriu os olhos, com sono, duas palavras martelando em sua mente: Me ajude... Me ajude...

  Ela se levantou e se lavou, prendeu o cabelo em um rabo-de-cavalo e desceu as escadas, preparando-se para o “confronto” com sua madrasta e a escola.


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