Diário De Sophie: A Rosa Negra escrita por Victor Everdeen Jackson
08 de fevereiro de 2013, manhã.
– Bom dia – falou Sophie, falsamente animada, dando um sorriso radiante ao seu pai, para sua madrasta ela reservou uma careta.
– Bom dia filha, vai tomar café conosco? – seu pai retribuiu o sorriso.
Nada como um desmaio para melhorar a relação com seu pai.
– Não, obrigada, eu tenho que ir – ela deu um beijo estalado na bochecha de seu pai e saiu.
– Nossa – Edgar fez uma cara de espanto – Tchau.
Sophie saiu de sua casa, o tempo estava fechado, ameaçando a chover, nenhum raio de sol passava pelas nuvens.
Erick saia ao mesmo tempo de sua casa, sua mãe, que fechava a porta, olhou estranhamente para Sophie, seu olhar dividido entre raiva e nojo.
– Não se preocupe – Erick falou ao se aproximar – Hoje ela acordou ao avesso, tá gritando com todo mundo.
– Eu sei – Sophie disse –, Erick, posso te contar uma coisa?
– Claro. – Ele parou na frente dela – O que foi?
– Elizabeth... Minha madrasta tentou me matar ontem à noite.
– O que? – Erick quase gritou.
Sophie te contou o que acontecera ontem, ela recomeçou a andar e Erick também, na frente da garota, andando de costas, absorvendo cada detalhe do que a garota lhe contara.
– Essa mulher é louca – ele disse – Porque você não contou ao seu pai?
– Esse é o problema, eu não sei, ela me olhou de um jeito... Não sei, acho que homicida deve ser a palavra certa, mas ao mesmo tempo confusa, como se não soubesse o que estava fazendo.
– Sophie, claro que ela sabia o que estava fazendo, ela tentou te matar.
– Fala baixo – Sophie pediu olhando ao redor – Por favor.
– Tá – o garoto abaixou a voz – Mas mesmo assim, conta para seu pai
– Acho que devo deixar com está, pelo menos por enquanto.
– Por quê? – insistiu Erick.
– Não sei, por favor, Erick, deixa como tá.
– Tudo bem. – Declarou o garoto, por fim – Mas então, preparada para voltar à escola?
– Para uma escola onde todos me odeiam? – Sophie fingiu pensar – Talvez, se tivesse pessoas novas, tipo alunos, professores e demais funcionários.
Erick riu, Sophie achou que ele ficava lindo quando dava um sorriso, covinhas apareciam em suas bochechas, seus olhos brilhavam.
A garota balançou a cabeça, de onde surgiram aqueles pensamentos? Erick sempre foi seu amigo, além do mais, aqueles pensamentos não eram dela, Sophie nunca foi romântica, ela sempre agia friamente, era o único jeito de ser ela mesma.
Chegaram à escola, o porteiro não lhe fez nenhuma pergunta, embora tivesse relutado em deixar os dois entrarem.
Quando pararam em frente à porta de sua sala, o caminho dos dois foi barrado por um vulto enorme, que ocupava o portal inteiro, tinha uma barba por fazer e rugas profundas no rosto.
– Desculpem, não podem entrar – ele falou.
– Quem é você? – Perguntou Sophie.
– Professor Hentric – ele estendeu a mão que Erick apertou hesitante.
– Porque não podemos entrar? – ele perguntou.
– Seus nomes foram retirados da lista de alunos dessa escola, vocês não estudam mais aqui.
– Como não? – Sophie estava indignada – Não nos avisaram de nada, e... O que aconteceu com a Sra. Fleir?
– Pediu demissão – ele respondeu simplesmente.
– Como assim? – Perguntou Erick – Ela adorava esse emprego.
– Mas pediu demissão, agora se de dão licença, tenho que dar aula.
E bateu a porta na cara dos dois.
Erick bateu na porta com os nós dos dedos e o professor abriu a porta, irritado.
– Nos deixe entrar! – O garoto exclamou e tentou passar, mas o homem empurrou-o para trás, ele caiu no chão.
– Ei! – Sophie exclamou e empurrou o homem.
– Sophie, não – gritou Erick.
O homem, instintivamente ergueu o braço e atingiu o rosto da garota, que caiu.
Erick se levantou e avançou contra o homem, provavelmente sem pensar, Erick levantou a perna e deu um chute na barriga do homem, parecia que tinha atingido uma parede.
O professor avançou contra o garoto e fechou a porta, não deixando que os alunos dentro da sala vissem o que acontecia no corredor, o Sr. Hentric atingiu um soco poderoso no peito do garoto empurrando contra a parede, Sophie se levantou e por trás do professor o agarrou, juntando os braços do homem ao corpo, ela, porém não era forte o suficiente para dete-lo, que girou no mesmo lugar, jogando a garota vários metros adiante.
– O que está acontecendo aqui? – Uma voz masculina pode se ouvir, Sophie ergueu os olhos e viu quem era: o Diretor Nathan, o diretor de sua escola.
Ah, legal, eu volto para escola, brigo com o professor e encontro o diretor, esse dia tá cada vez melhor.
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REWIEWS? Por favor, por favorzinho inho inho...