Pov Angie

Eu cochilei um pouco e despertei com Matias me chamando.

Matias: Ei, toma esta água!

Angie: Eu não quero nada que venha de você! Prefiro morrer!

Matias: Tudo bem, mas depois não me chame quando quiser água!

Naquele momento, eu não sentia sede, ou fome, estava fraca por não beber e não comer mas eu só pensava em German e Violetta, tinha medo de nunca mais vê-los!

Pov German

Peguei os papeis no escritório e sai! Deixei Violetta com Olga, Pablo já tinha ido embora, e o delegado também, mas iria investigar melhor e tentaria voltar com noticias boas no outro dia, mesmo assim eu não poderia esperar por outro dia! Eu nunca iria conseguir esperar sentado de braços cruzados, pensando que Angie estava em perigo, que o amor da minha vida estava correndo riscos, que talvez eu nunca mais fosse vê-la!

Levei em conta a hipótese de Laura estar envolvida, peguei o currículo dela e fui até o endereço que estava descrito nos papeis, e para minha surpresa, o endereço estava correto, “Se ela tinha a intenção de sequestrar Angie desde o inicio, como ela colocou o endereço da própria casa no currículo?” pensei comigo mesmo! Eu desci do carro e bati na porta, e quem atendeu? Laura! Ela levou um susto ao me ver!

German: Olá Laura, eu quero saber se você sabe onde está Angie! Ela desapareceu de madrugada, e não tenho noticias, tudo indica que ela foi sequestrada! – Eu disse em um tom que transparecesse que eu estava a acusando indiretamente!

Laura: Desculpa, eu não sei de nada... – Ela ia fechando a porta, e eu segurei!

German: Sim, eu sei que você sabe, então me diga!

Laura: Por favor vá embora! – ela tentou fechar a porta mais uma vez e não segurei.

Quando percebi que ela não queria me dizer, eu entrei na casa.

German: Ou você me diz onde ela está, ou eu chamo a policia!

Laura fechou a porta me empurrou no sofá e começou a me assediar.

Laura: Sinceramente, eu não entendo como um homem, tão fino, lindo e rico, vê naquela magrela, loira e sem sal! – ela estava me alisando com suas mãos, quando eu a empurrei e me levantei do sofá!

German: Mas o que é isso? Você acha mesmo que me assediando você vai me convencer? E outra, a Angie é a mulher perfeita para mim, e eu a amo, e muito pelo contrario de você, ela é uma mulher digna, que me ama também, você nunca chegará aos pés dela, e eu vou fazer de tudo para encontra-la!

Laura: Eu não sei onde ela está!

German: Me diga logo onde ela está! – eu segurei em seu pescoço de modo que ela ficasse contra a parede, mas não que a machucasse, mesmo que ela fosse uma pessoa horrível, ela era mulher, e eu não podia usar minha força sobre ela – Se não sabe onde ela está, me diga quem a levou!

Laura estava com medo, eu podia ver claramente em seu olhar!

Laura: Matias e Jade, me contrataram para que eu entrasse na sua casa e passasse informações para eles, para que pudessem sequestra-la, eles levaram-na para uma casa velha... – Laura me deu o endereço e todas as descrições da casa.

Sai e bati a porta, e muitas perguntas vinham em minha cabeça, “Como eu pude por uma pessoa desconhecida dentro da minha casa?”, “Como Jade pode fazer isso?”, “Porque o dinheiro sobe tanto a cabeça das pessoas?”, “É tudo culpa minha, se Angie está em perigo a culpa é minha” !

Dirigi um bom tempo até que finalmente cheguei a casa, abaixei os faróis do carro e deixei um pouco longe, estava escuro e de madrugada, eu passei pela cerca, e percebi que não tinha ninguém na casa, provavelmente apenas Angie. Eu mexi na porta e estava trancada, rodeei a casa e encontrei uma janela aberta, eu entrei por ela. Tinha alguma coisa afiada por ali, e cortei meu dedo, “Droga” pensei. Andei pelos corredores e procurei por Angie.

German: Angie? – Falei baixinho. Abri uma porta e estava escuro, mas eu sabia que tinha alguém ali! – Angie? É você meu amor?

Angie: German? – ela disse falando baixo também! – German meu amor! Eu sabia que você viria!

Pov. Angie

Eu estava um pouco sonolenta, provavelmente por causa da pancada, mas escutei claramente quando German me chamou, eu fiquei muito feliz mas eu estava sem forças, não comia e nem bebia nada desde a noite anterior!
German me desamarrou rápido, nos abraçamos, e ele me pegou nos braços, eu mal tinha forças para andar, saímos pelo mesmo lugar que ele entrou, e quando entramos no carro senti que tudo aquilo tinha acabado! Ele me colocou no banco do passageiro e entrou do lado do motorista, ele me olhou, e passou e me acariciou com as mãos e eu sorri para ele!

German: Eu fiquei com muito medo de te perder! Eu te amo!

Angie: Eu também, fiquei com medo de nunca mais poder ver você, a Violetta, Eu te amo muito! Eu sabia que você me encontraria, acho que isso me dava forças para continuar, mesmo fraca!

E nós nos beijamos! Quanta falta eu senti daquele beijo, eu senti muito medo de nunca mais poder sentir-lo e nunca mais poder viver aqueles momentos!

German e eu voltamos para casa, foi uma hora de estrada, fomos o tempo todo de mãos dadas, e nos olhávamos e sorriamos, até que notei que ele tinha um corte no dedo.

Angie: German o que foi isso?

German: Isso o que, meu amor?

Angie: Seu dedo, você se cortou?

German: Sim, quando entrei na casa, mas está tudo bem, o que importa agora é que estou com você!

Eu sorri pra ele e ele sorriu para mim!

Angie: Mas quando chegarmos em casa, você vai fazer um curativo!

German: Sim! E você vai comer, porque você está muito fraca!

Angie: Como descobriu onde eu estava?

German: Laura...

Angie: Eu sabia que ela era estranha!

German: Eu me sinto totalmente culpado por isso! – German deixou uma lagrima cair de seus olhos – Se você está assim é tudo culpa minha!

Angie: Meu amor, não foi culpa sua, você só tentou ajudar a moça, ela que tinha más intenções e você não percebeu... Só isso! E outra, já estamos bem e é isso que importa!

Eu limpei sua lágrima, dei um beijo no rosto dele e ele voltou a sorrir!

Logo chegamos em casa, eu não via a hora de estar finalmente em casa!
German me carregou nos braços e me colocou no sofá, eu disse que já conseguia andar, mesmo assim ele insistiu, quando ele me pois no sofá, Olga e Violetta vieram me abraçar!

Violetta: Angie... Eu tive tanto medo! Que bom que você está aqui com a gente!

Olga: Senhorita Angeles, que bom que está bem! Quer que eu lhe prepare um banho? Uma sopa? Um suco? Um sanduiche? ...

Olga e Violetta estavam desesperadas e alegres!

Angie: Eu também fiquei com medo de perder vocês Violetta! Mas eu sentia que seu pai iria me encontrar... Calma Olga, calma... Só uma sopa! Violetta me ajuda com o banho, né Villu?

Olga: Vou preparar uma sopa no capricho! – Olga foi em direção a cozinha!

Violetta: Sim Angie, eu te ajudo!

Violetta sorriu pra mim, e German e ela me abraçaram! Subi com a ajuda de Violetta e German, tomei um banho. Enquanto eu tomava banho, Violetta ligou para Pablo e avisou que já estava em casa e estava bem e acho que ele queria ir me ver naquele momento, mas Violetta disse que German já estava cuidando de mim e que era melhor que ele vinhesse no outro dia de manhã! Vesti um pijama, tomei a sopa de Olga que estava um delicia, e estava melhorando... German bateu na porta do quarto, já de pijama também!

German: E como vai minha princesinha? Está melhor? – Ele me chamava de princesinha, com muito carinho, e eu gostava que ele fosse meu príncipe!

Angie: Sim meu príncipe valente! Eu estou melhor, tomei um banho e a sopa da Olga estava uma delicia, agora um noite tranquila de sono e amanhã estou melhor!

German: Pois bem... Eu vou dormir com você aqui hoje!

Eu olhei para ele e sorri, nem disse nada, eu queria mesmo que ele estivesse ali comigo. Nós nos beijamos e deitamos, eu deitei sobre o peito dele! Me sentia confortável e acho que ele também, me sentia muito segura nos braços dele, era como se nada de ruim pudesse nos acontecer quando estávamos juntos, e cada dia mais eu tinha certeza que o amava!

Pov German

O dia tinha sido cheio, Laura tinha dado em cima de mim, decidi que não contaria para Angie, ela não precisava saber disso! Andei quilômetros atrás de minha amada, e andaria milhas para encontra-la! Cortei meu dedo... Mas o que mais importava era que eu finalmente estava com Angie de novo, deitados e abraçadinhos, e aquilo era o paraíso para mim! Eu temi muito nunca mais poder tê-la em meus braços, nunca mais sentir seu perfume, nunca mas poder ver aquele sorriso lindo, que brilhava quando recebia meus beijos, lembrei de todos os nossos momentos juntos, desde que ela tinha entrado na casa para ser governanta de minha filha, e conclui que simplesmente, eu a amava e não poderia viver um dia sem ela!