Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 46
Capítulo 46 - A Gravidez entre a utopia e a distopia – parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas amadinhas.... voltei depois de uns dias na minha amada Manaus, matei a saudade dos tios, dos primos e da vovó e ainda comi as coisas que eu não comia a um tempinho.... é eu vivendo nessa discrepância norte e sul hehehehe, mas em fim trouxe mais um capítulo, lembrando que agora a fic está próxima do fim e que vou fazer postagens só nos fins de semana agora... por mais que às vezes eu me empolgue um pouco.... por favor leiam as notas finais....

Boa leitura....



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Depois de um susto, tudo o que queremos é um bom copo d’água e um afago na cabeça acompanhado do “Está tudo bem”.

Eu estava perto de começar o sexto mês, e, em uma semana seria o aniversário de um ano do Phil. Ele era enérgico, e já estava dando os primeiros passinhos. Nanna disse que ele ainda não fala mas que às vezes arrisca alguns balbucios, estava fortinho e tinha muito mais cabelo na cabeça, os fios loirinhos e fartos enrolavam nas pontinhas e quando ria mostrava um par de dentes solitários na gengiva inferior, os bracinhos gordinhos e as perninhas grossinhas, tudo fofo.

Nesse meio tempo eu só imaginava o meu, ou melhor, a minha menininha, há alguns dias eu voltei do exame de rotina, ela estava ótima. E, embora a gravidez não seja uma doença parece que a gente nunca deve em momento algum baixar a guarda. Fora a minha dieta, eu tinha que tomar vários suplementos de ferro e cálcio, vitaminas e em fim repor o que eu perdia do meu corpo, já que eu tinha que transferir boa parte para o bebe. Eu continuava magra, porem com uma barriga de sexto mês, e meus seios.... ah, meus seios, nunca tive tanto orgulho deles, estavam redondos e cheios de leite, vistosos e grandinhos. Eu não parava de admira-los em frente ao espelho.

– Dá pra você parar com isso – Loki falou da porta do quarto, me pegando em flagrante pela quinta vez naquela semana.

– O quê? Me deixa – responde com um biquinho – não é todo dia que se tem seios tão bonitos assim – dei uma apertadinha e fiz um olhar sem vergonha para o espelho.

– Eu não teria ficado com você se fosse uma peituda.

Fiz uma careta.

– Está negando que eles estão lindos?

Loki deu um suspiro revirando os olhos.

– Se eu disser que são lindos você para com isso?

– Não posso prometer nada... – ainda me fitava no espelho vendo meu marido no reflexo.

– Tá, são lindos e cheios de leite – ele disse com uma expressão engraçada de tédio.

Eu apenas ri divertida, mas meu riso foi interrompido por uma leve fisgadinha.

– Aconteceu alguma coisa?

– Não – eu balancei a cabeça – é apenas uma coisa que eu lembrei, só isso, ah, Loki?

– Quê?

– Acho que vou querer outra torta de cenoura.

É cenoura. Sabe aquela coisa de desejo de grávida? Pois é, torta de cenoura, suco de cenoura, bolo de cenoura com cenoura ralada em cima, vitamina de cenoura e é claro, algumas cenourinhas para eu ficar mascando no final do trabalho. Meus desejos fariam com que minha filha nascesse rica em Betacaroteno.

– Você vai acabar transformando ela em uma cenoura humana – Loki disse enquanto fazia a torta.

– Vai questionar um desejo de grávida?

*

Num pulo estava na casa de Nanna e Balder, era aniversário do meu sobrinho Phil, eu e Sigyn demos a ele um ursinho azul chamado Sam, ele contava histórias sempre que se apertava a sua mão direita. Phil ignorou o urso completamente, ele queria apenas segurar a minha perna. E como um bom tio o peguei no colo.

– Como vai rapazinho?

– Ma ma ma ma ma – ele dizia balançando as mãos.

– Já está falando? – e ri para ele que fez o mesmo gesto rindo com alguns dentinhos a mais – Já falou com a titia?

Ele fitou Sigyn que já fazia um carinho em sua orelha. A família toda de ambos os lados estavam lá. Minha esposa era requisitada a todo momento, enquanto eu ficava esquecido num sofá ao lado de meu pai Odin e o tio Freyr que contava algumas piadas de conotação sexual, mas minha cabeça estava tão distante que não dei muita atenção. Minha cabeça divagava um pouco longe maquinando coisas.

Há algum tempo que Sigyn vem me enchendo sobre o quartinho da nossa filha, ela tem achado estranho o fato de não termos ido atrás nada, bem assim ela pensa. Ela mal sabe que eu comprei uma casa há cerca de um mês e que já comecei a decorar o quarto da bebê. É uma surpresa que estou fazendo para ela, como sou alérgico cheiro de tintas tive uma pequena ajuda do meu pai, sogro, irmãos e o tio Freyr para decorar o quarto. Balder e Odin cuidaram da pintura, Thor e tio Freyr fizeram um belo berço de madeira – não mencionei, mas Thor é um ótimo marceneiro – e eu o Sr. Narvik ficamos com a parte do resto da mobília. Agora era questão de tempo para que eu bolasse uma surpresa para Sigyn...

*

Outra fisgada.

Aquilo estava ficando estranho demais, afinal está tudo bem, eu acho. Fazia quase três semanas desde aquela primeira fisgada, e até então eu não estava sentido nada. Era madrugada e tive um sonho meio desconfortável com partos, é eles estavam me assombrando ultimamente. Parece que quando você se vê perto do sétimo mês a ficha vai caindo. Está cada vez mais próximo.

– O que foi? Você está suando? – Loki acordou depois de mim.

– Foi um sonho ruim – eu não quis detalhar.

A fisgada outra vez.

– O que foi agora?

Acho que minha expressão de dor ficou mais evidente.

– Acho que ela chutou – falei respirando um pouco – pra dentro.

– Isso dever doer.

– Um pouco...

Mas algo me dizia que não parecia ser um simples chute.

No dia seguinte eu tive uma conferência fora do trabalho, eu estava acompanhada de Heimdall. Nunca havia conhecido um homem tão educado depois de Balder. Heimdall era filho de imigrantes nigerianos, era formado em administração e ciências contábeis e era o então contador da Yggdrasill, mas foi promovido a vice diretor financeiro para trabalhar comigo, ele me ajuda bastante, devo confessar. Apesar de sempre sério, ele tinha um ótimo senso de humor.

Eu não estava muito concentrada durante a reunião e notou isso, então tivemos um intervalo.

– Sigyn se não estiver se sentindo bem é só me avisar – ele disse me dando um susto.

– Eu estou bem – na verdade eu não sei se eu estou bem.

– Você está grávida, e logo vai ficar de sete meses certo? – ele prosseguiu – se sentir mesmo alguma coisa me fale.

– Obrigada Heimdall – dei um sorriso tímido.

Mais tarde eu teria ouvido o conselho dele, mas não foi bem o que eu fiz e então isso acabou me rendendo um susto e tanto, que aconteceu logo depois do fim da reunião.

Enquanto saímos do prédio dos fornecedores eu senti que meus pês estavam um pouco inchados dentro dos sapatos e que tive duas fisgadas uma atrás da outra, mais fortes que as anteriores.

Um apavoro começou a crescer perto de mim.

Parei perto do carro colocando uma mão na porta e outra nas costas. E então uma outra fisgada mais forte que me fez dobrar o corpo ao meio. Eu só não caí porque Heimdall me apoio.

– Sigyn! O que houve?

Então meus olhos reviraram e meus lábios tremeram de frio.

Heimdall segurou a jovem que tremia os lábios, e então ele notou que a mesma estava febril e revirava os olhos.

– Sigyn!

Ele chama por ela preocupado. Em aos lábios tremidos a jovem conseguiu balbuciar algo.

– Hospital... me leva pro hospital...

*

Um susto tremendo.

Era o que Loki sentiu quando recebeu a ligação repentina de Heimdall, em pouco tempo o então presidente da Yggdrasill corria afoito pelo corredor do hospital procurando pelo quarto 134.

Sigyn havia tido um princípio de infecção urinária, por muito pouco ela poderia ter perdido o nenêm, porem felizmente, fora um susto. Ele chegou ofegante ao quarto 134 onde encontrou sua esposa adormecida. Ele controlou a respiração se aproximando da cama e acariciando os cabelos de sua esposinha. Notou como ela estava pálida e então se aproximou do rosto da jovem depositando um beijo na testa da mesma que aos poucos abriu os olhos.

– Loki... – ela falou baixinho fitando o esposo e depois olhando ao redor até perceber que estava num quarto de hospital.

Por puro instinto a jovem se assustou abraçando a própria barriga.

– Shhh – Loki tentou acalma-la.

– O bebê!

– Ela está bem – Loki disse com o tom mais calmo – a Dr. Skadi disse que você teve um princípio de infecção urinária, mas já está sob controle. Ela também disse que você vai ficar alguns dias internada...

Sigyn ainda o olhava aflita.

– Ela está bem.

A jovem sentiu que os olhos estavam se enchendo de lágrimas.

– Desculpe... – tinha a voz embargada pelo chorou.

Loki a abraçou enquanto fazia um cafone carinhoso em sua cabeça.

– Está tudo bem, está tudo bem. Já passou....


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Notas finais do capítulo

Ainda bem que correu tudo bem....
Pois é gente, não sei vocês sabem mas eu já vou fazer 6 anos com ficwriter aqui no nyah, pois eh, tenho que confessar que embora eu goste muito de escrever aqui, até pelo menos ano passado eu venho sido perseguida pelo fantasma da aposentadoria das fics, digamos que eu estou meio cansada ... fico triste só de pensar nisso, só não desisti ainda porque vocês me alegram com seus comentários e seria uma desfeita horrível largar tudo... por outro lado estou pensando em seguir para os originais (porque ainda sonho em escrever um livro e criar um universo só meu e não ficar só pegando outro emprestado), é que eu tenho feito com a minha fic Contos da Terra Média que embora esteja nas categorias do Thor e relacionados não tem nada ambientado do universo Marvel apenas se utiliza dos personagens da mitologia nórdica e os meus originais. É bem provável que após terminar Meu Príncipe Ás Avessas, eu me dedica apenas a Contos da Terra Média.... bem é isso, só queria um pouco dos meus dilemas....

E ainda responderei cada comentário de vcs viu?
Bjs!