Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 47
Capítulo 47 -The carrot crumble


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas lindas!!!
Bem, venho com mais um capítulo fresquinho, só ficou maior por causa da falta de tempo, to numa semana cheia, mas vou tentar compensar no carnaval (se der).... sobre o título a tradução é O crumble de cenoura, caso alguém já tenha ouvido falar.... é uma delícia, eu comi essa semana na casa de uma amiga minha, e ele foi o responsável pela minha inspiração.... boa leitura!!!



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“Crumble, é um tipo de torta que não leva massa, mas apenas frutas com uma farofa doce por cima, assado é uma delícia. Tem de maçã, morango, cereja, e de outras coisas também, pode ser salgada também, mas normalmente se faz doce. Eu comi e adorei, mas aí fiquei me perguntando se existia Crumble de cenoura? Ouvi dizer que não, mas quem disse que isso importa para uma grávida? “

Fiquei três dias internada. A família inteira praticamente saiu dos eixos. Nanna e mamãe me encheram de sermões sobre ser mais cuidadosa com minha gravidez, mesmo que o motivo fosse o mais tosco que existisse, já bastava a suave a bronca da Dra. Skadi. Só não ganhei mais sermões porque Loki pediu para as duas calarem a boca, de forma educada é claro, melhor do que eu, já que me segurava para não manda-las à merda. Eu estava cansada e recém recuperada daquele susto horrível, apenas queria dormir. Frigga não me deu nenhum sermão, muito pelo contrário, foi calma e consolou durante minhas crises de choro no hospital. Meu pai não disse nada, apenas pediu em tom de bronca para que minha mãe e Nanna não me deixassem mais desconfortável.

Talvez eu tivesse um pouco de culpa, mas poxa, eu precisava de um descanso e de uma ausência de sermões sobre como ter uma gravidez tranquila, já bastava Loki todos os dias me dizendo o que ele havia lido em livros ou achado no Google. Nanna ainda dizia que eu deveria ter contratado uma doula desde o início da gestação.

Mas, para que uma doula, se eu já tinha Loki?

Na semana seguinte eu estava prestes a fazer sete meses e mais outra novidade: Loki havia pedido à Smila que liberasse a minha licença, eu não iria mais trabalhar. Não gostei muito, o que eu ficaria fazendo durante todo aquele tempo? Loki também reduziu sua jornada, faria parte do trabalho em casa só para ficar comigo. Muito fofo da parte dele tenho que admitir. Mas havia outra coisa que ainda me preocupava: os meus constantes pesadelos com partos.... A Dra. Skadi nos indicou uma terapia para gestantes, que é feita com casais de primeira viagem.

Na semana seguinte tratei de deixar Sigyn fora do trabalho, acho que ela precisa relaxar, eu sei que ela adora o trabalho, mas era melhor assim. Ela só não ficou emburrada porque eu disse que havia reduzido meu turno. Agora faltava a outra parte: a surpresa. Eu estava disposto a contar sobre nossa nova casa. Fiz tudo do jeitinho que ela gostaria, bem a Sra. Narvik me deu um boa mãozinha. Já estava praticamente tudo pronto.

Agora mesmo eu me preparava para ir para casa – meu turno na empresa era até o começo da tarde – quando Heimdall bateu em minha porta, entrando.

– Loki, posso falar com você um minuto?

– Claro – encarei-o – ele era mais alto e grande do que eu.

– Como vai sua esposa?

– Vai bem. Graças à você, a propósito.

Acho que ele não esperava que eu dissesse isso.

– Fiz o mínimo – ele tinha um pequeno sorriso – a propósito, o pessoal do financeiro me pediu para entregar isso à ela – ele estendeu a mão onde tinha um enorme cartão num envelope branco.

“Para nossa melhor chefe, com amor. Do Depto. Financeiro da Yggdrasill Corporation.”

– Ah que legal – eu ri forçado – pode deixar que eu entrego sim.

Cheguei no apartamento com minha mala e o envelope grande e branco no outro lado do braço. Fui recebido por Fenris que latia alegra na porta, entrei na sala encontrando minha esposinha com sua barriguinha redonda, vestindo o meu antigo moletom bordô da Harvard. Ela me deu um sorrisinho....

E eu tinha milimetrado tudo, para falar da surpresa que tinha para ela.

– Eu estou com desejo....

– Ah... que tipo de desejo?

– Eu quero um Crumble, um Crumble de cenoura!

– Existe isso? – me peguei perguntando para o teto.

Depois de um tempo entre pesquisar sobre o tal Crumble no Google, olhar a geladeira e descobrir que não tinha cenoura, ir no mercado e comprar farofa doce e cenouras e voltar para casa para fazer o Crumble....

Sigyn comeu com uma vontade monstruosa, como se não comesse a horas, mas da mesma forma como as outras... coisas com cenoura... por um momento imaginei ela com uma cenoura no colo, mamando em seu seio.

“Ela não é linda, amor?”

Aquilo era mais bizarro do que ter imaginado uma agulha estourando a barriga de Nanna.

– Amor – eu falei – não acha que vai enjoar de tanta cenoura?

– N...o – ela mastigava.

Suspirei me arriando no sofá.

– Sabe, nossa filha poderia se chamar “cenoura”.

Ela me fitou com as bochechas cheias, rindo.

– Sério, ela pode nascer sei lá.... tipo, uma, cenoura.

Sigyn engoliu o resto e me olhando risonha.

– Não exagere Loki – ela falou ainda com um sorriso em seu rosto, estava corada – não chamaria nossa filha de cenoura!

– É não – eu respondi vago – ah, o pessoal do departamento fez isto aqui para você, Heimdall me entregou quando eu estava de saída.

– Ai que lindo! – ela disse assim que abriu o enorme cartão que todas as assinaturas dos funcionários.

– Nunca fizeram isso pra mim antes – falei olhando para o canto.

– Ciúme? – ela riu – Bem, você não era lá muito legal com chefe do setor financeiro...

– Quanta ousadia – eu retruquei – mas não é sobre isso que eu queria falar com você.

– Você tinha algo pra falar comigo?

– Tinha. Até você me pedir o crumble...

Ela riu, estava tão risonha.

– E o que é? – falou com a voz doce e afável.

– Não posso dizer aqui, por que é uma surpresa....

Uma hora depois eu e Sigyn chegamos em frente a surpresa. Bem, ela não sabia porque estava vendada.

– Por que estou vendada?

– Não posso dizer ainda....

Caminhamos até o jardim, parando em frente à entrada casa.

– Vou tirar a venda, mas você só pode abrir os olhos quando eu disser, certo?

Ela deu um sorriso de pura excitação.

– Tá!

Eu tirei a venda delicada mente, e fitei seu rosto com os olhos fechados. Mordi os lábios, ansioso.

– Pode abrir.

Ela abriu os olhos e fitou surpresa a casa branca de andares, uma típica casa norueguesa tradicional, cercada pelos muros feitos de arvores baixinhas e perfeitamente aparadinhas.

– Gostou?

Ela me fitou meio confusa, mas ainda sorrindo.

– Gostei.... é linda...

– Eu comprei.

Ela me fitou boquiaberta.

– Você...?

Eu apenas sorri.

– Gostou da nossa casinha, amor?

Sigyn não conseguia conter o choro, abanando as duas mãos sob rosto rubro.

– É linda!!!

A jovem abraçou o marido, cobrindo sua bochecha de beijos, e Loki tratou de ter cuidado para não apertar a barriga dela no abraço. Ele tinha um sorriso bobo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários!!! Posso pedir por recomendações!!! Aproveitem já que a fic está perto do fim.... E se eu disser que podemos ver Sigyn Narvik em outra história (um crossover com algumas coisinhas diferentes), pois então é uma original que estou bolando, mas vou postar ela em forma de fanfic, mas o que posso dizer é que nela temos algo clássico como: viúvo rico com filhos, uma babá e... um casamento por contrato.... isso parece alguma coisa? O que acharam dessa possibilidade?

Até o próximo fim de semana!!!