Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 38
Capítulo 38 - Estranho despertar maternal - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Eu de novo.... o capítulo não é grande e hoje ele é um tanto mais simples e envolve três partes... espero que gostem.... não sei se os próximos vão sair rapidamente, mas naquele combinado, se houver uma brechinha, um capítulo novo!
Boa leitura :)



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Às vezes as pessoas tendem a mudar de ideia, quanto mais de opinião.

Mansão Odinson. Quase um mês depois.

– Viu só? Mexeu de novo! – Nanna colocou a minha mão para sentir um pequeno chute.

– Não dói?

– Isso não, mas teve uma vez que ele mexeu perto da costela, aí doeu, e eu estava no meio de ensaio de concerto, mas foram pouquíssimas vezes.

– Como estão suas pernas?

– Na mesma – ela me falou se aconchegando ainda mais no sofá – é normal pra essa época, mas olha, essa falta de circulação me mata, mas logo isso vai passar, daqui uma semana.

Em uma semana Nanna estaria ganhando um bebê. E a sua barriga estava assustadoramente grande, ela que era magra de ruim estava mais cheinha e corada, e tão bonita. Já vi gravidas com uma aparência pavorosa, mas Nanna era exceção, mesmo com os seus pés inchados. Ela e Balder optaram por ter um parto humanizado, em casa na companhia de sua médica e Marta que era a sua doula, ou simplesmente aquela que faz todo o acompanhamento da gestante antes, durante e depois do parto, além de suporte emocional.

Marta era maravilhosa, pelo que soube já havia estado com outras jovens mães de famílias fluentes de Oslo e até hoje mantem amizade com todas elas. Era uma mulher madura no alto de seus quarenta anos mas uma expressão jovial que lhe diminuía a idade. Agora ela chegava com um bule e algumas xicaras de chá com biscoitos e frutas.

– Marta – disse Nanna – ele mexeu de novo!

– Aposto que foi outro chutozinho?

– E não foi? – Nanna mostrava seu sorriso natural e tão bem desenhado. Ela sempre foi alegre, mas nestes momentos recente ela parecia com uma alegria incomum que nunca havia visto antes.

Era tão bom assim estar grávida?

Mesmo cansada, dolorida e mau andando ela ainda conseguia exibir aquele sorriso. Talvez fosse algo que só mães entendem.

Marta serviu chá para nós duas, Frigga e mamãe estavam no andar de baixo conversando com Odin e papai, eles ficaram ainda mais próximos depois da gravidez de minha irmã, antes eles eram os sogros de ambos os lados, agora pareciam amigos de longa data. Odin mesmo estava diferente, aposentadoria lhe fizera bem, ele era muito preocupado com a gravidez de Nanna, ele que insistiu que o parto fosse feito aqui na mansão com toda a equipe médica necessária.

Nos últimos meses ele tem tido uma relação mais amistosa com Thor, mas com Loki bem, eu tinha que admitir que ele estava tentando, mas Loki era sempre formal e frio. Já eu fiquei ainda mais amiga de meu sogro, que era a única pessoa que não nos enxia com conversas sobre bebês. Porem teve uma vez que ele conversou comigo sobre tal assunto de uma maneira diferente.

– Vocês são um casal jovem ainda, não se incomodem tanto com os comentários dos outros. Porem eu seria um hipócrita se não dissesse que iria gostar muito de que você e Loki me dessem alguns netinhos.

Eu ri de seu comentário.

– Você tem medo minha jovem – ele disse com ar paternal – é normal que sinta assim.

– O senhor faz o assunto não parecer incômodo.

– É bom saber disso – ele riu – mas sério mesmo, eu algum dia teria alguma esperança?

– Não sei - e ao dizer isso apenas ri.

– Bem, se sim ou não, você continua sendo a minha nora favorita!

– Sigyn? – a voz de Marta me trouxe de volta a realidade.

– Ah, desculpe Marta, estava com mil pensamentos na cabeça – balancei a cabeça sem jeito.

– O seu marido acabou de chegar – e então fitei Loki que conversava com minha irmã e então nos encontramos com nossos olhares. Ele fez um cafuné na barriga da minha irmã.

– Ei pequeno, aqui quem fala é o seu tio chato – Nanna e Marta riram juntas.

– Não pensa em ter um senhor Odinson? – Marta perguntou.

– Hum, acho que tio já está bom pra mim – e então ele me fitou.

– Marta, vai ser difícil convencê-lo – falei brincando.

– Ora, até onde sei meu benzinho também não.

– Espere só ela engravidar Loki – Nanna comia um biscoito.

– Bem, é difícil minha cunhada, nós somos do tipo....

– Cuidadoso – emendei me levantando do sofá ficando do lado dele.

– Viu?

Nanna e Marta se encararam como se fossem cúmplices.

– Um dia vocês saberão, é algo único.

– É, até onde eu sei é único mesmo apesar choro, baba e fraldas sujas de cocô – Loki respondeu bem humorado arrancando risos – bem moças e pequeno – ele fitou a barriga de Nanna – estamos de saída.

– Qualquer coisa me ligue – eu disse dando um beijo na bochecha da minha irmã e em seguida um beijinho na barriga dela, depois dei tchau a Marta que com uma feição maliciosa falou.

– Não está na semana fértil está?

Apenas ri do comentário.

– Deveria aproveitar – ela piscou.

*

– Não acha impressionante – Loki falou enquanto dirigia.

– O quê? – eu o fitei.

– Essa coisa de gravidez, parece uma epidemia, uma engravida e todos falam sobre isso e ficam se estimulando a engravidarem também. Vê a sua irmã, parece um palito com uma bola no meio.

– Loki – eu tentei me manter séria mas não conseguindo – você falando assim só falta me dizer que Nanna está feia.

– Não disse isso, mas nossa que barriga enorme!

– O que você esperava, ela acabou de fazer nove meses essa semana.

– Mesmo assim.... e sabe na hora que eu coloquei a mão na barriga dela o pequeno chutou bem aonde a minha mão estava.

– Sério?

– É, tipo “titio é você”?

– Que fofo?

– A propósito, o que Marta quis dizer com você está fértil?

– Fértil, quando a mulher está mais propensa a... você sabe.

– Entendi. E você está?

– Sei lá, eu nunca prestei atenção nisso.

– Eu sempre achei que basta um casal transar sem proteção nenhuma e boom encomenda da cegonha.

– Na verdade é mais complicado.

– É, então vamos mudar de assunto, estou querendo comer um temaki.

– Nossa que mudança de assunto....

Um sábado à noite não foi feito para conversar sobre bebês, fertilidade e gravidez não é? Mas céus, a irmã de Sigyn está com a barriga tão grande que às vezes minha cabeça imagina uma cena bizarra onde uma agulha espeta a barriga dela e tudo explode. Só que não.


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Notas finais do capítulo

Comentários..... só lamento não estar no meu pique mais criativo...