Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 37
Capítulo 37 - Dois anos, um resumo por Sigyn Odinson


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas e amadas leitoras, devem ter sentido a minha falta, da mesma forma que eu senti a de vocês. Tudo o que posso dizer é que o estágio me ocupou de tal forma que não tive com parar nem para escrever um parágrafo se quer, mas ele terminou na sexta feira passada, agora é da-lhe no relatório! Como a minha professora é um amor ela nos deu um descanso até quarta feira. então aproveitei neh pra tentar escrever alguma coisa já que estava meio fora de forma, e pelo jeito a fic vai ser mais longa do que eu esperava, mas garanto que nas férias de dezembro - em que já iniciarei a minha escrita de TCC - estarei postando mais decentemente, vou tentar por um ou dois por semana, conforme a minha criatividade permitir. Peço desculpas de novo pelas minhas demoras, mas saibam que estou numa fase conturbada, final de curso é fogo, e me formo só no próximo semestre.... A Puellinha tá viva só um pouco atarefada demais (e ainda dou apoio para as autoras que leio) sem delongas e boa leitura!!!



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Oslo, dois anos depois.

Sábado, shopping, compras, sozinha.

Isso tem se tornado um pouco frequente desde que há três semanas Loki assumira a presidência da Yggdrasil Corporation, e, eu para minha própria surpresa fiquei em seu lugar na diretoria financeira, fiquei com medo de alguém falar alguma coisa por eu ser sua esposa fora do ambiente profissional.

“Não a teria escolhido se fosse por sua competência, você conhece a minha forma de trabalho e ritmo do departamento, e depois, eu ainda estarei monitorando você (risinho)”

Bem não sei por quanto tempo vou durar na direção, Loki percebeu isso e colocou Heimdall como meu vice diretor, o que me deixou surpresa por os dois nunca se deram bem, Loki não se dá bem com quase ninguém nessa empresa o que já não é novidade, porém o seu jeito frio e calculista de pensar as coisas o faz ver as pessoas como instrumentos, no que me refiro a, digamos, o que você sabe fazer muito bem. Em miúdos,” eu não gosto de você, porém você é útil para mim no sentido mais profissional possível”.

Ambos trabalhamos muito, muito. E agora que Odin se aposentou e colocou ele como seu substituto, nós mal nos vemos, só a noite, e bem cansados (fora o MBA de negócios finanças que estou cursando três vezes por semana).

Outras novidades ocorreram durante esse tempo.

Thor e Sif romperam o noivado, ou melhor Sif tomou a iniciativa, revelando a todos que estava tendo uma caso com um engenheiro americano de nome Eric Masterson. Não demorou muito para que Thor engatasse um relacionamento com a colega Jane Foster, que não durou nem três meses. Como Loki disse, fora “fogo de palha”, Thor ficou arrasado e deprimido e acabou trancando o curso de medicina. Fiquei com uma pena dele, teve até um dia que eu o convidei para jantar conosco, não foi lá uma noite agradável, tive que emprestar o meu ombro para ele chorar a noite inteira, perdi a conta de quantas caixas de lencinhos ele gastou, não imaginava que ele fosse tão sensível na época. Atualmente ele tem trabalhado com produção musical, e parece-me ter superado a fase difícil, mas voltar a fazer medicina isso ele não quer mais.

Nanna, minha agraciada irmã caiu na armadilha da gravidez acidental, pois é, eu e Loki seremos tios em breve, falta cerca de um mês para a vinda da criança, um menino. Meus pais estão louquinhos, meus sogros, Frigga e Odin não ficaram muito atrás. Nanna estava assustada no início, ela não queria filhos ainda, mas ao ver a felicidade nos olhos do marido a fez mudar completamente de ideia.

Isso é ótimo, para ela, para nossa família.

Mas há um momento em que isso passa a ser chato de mais.

“E vocês dois não pensam em ter um não?”

“Quando vão ter um?”

“Pra quando vem o bebê?”

“Não” era o que respondíamos, um não seco, prático e intransitivo.

Desde que casamos eu e Loki nunca pensamos em ter filhos, um pensamento até normal para a sociedade europeia atual, até mesmo incentivos do governo estão sendo feitos para que o casal tenha filhos para manter em equilíbrio a pirâmide etária e essa coisas afins. Eu nunca quis ter um, desde que vi um vídeo de um parto normal no colegial, fiquei tão traumatizada que só a ideia de me imaginar com uma barriga roliça parecia ser um tremendo pesadelo. Lembro que quando um dia disse a Loki que não queria ter filhos ele sorriu e respondeu:

“Somos dois então. Para quê ter filhos se podemos fazer o que quisermos, seguir o queremos sem preocupações”

Preocupações. Era esse o nome que Loki dava ao assunto filhos.

E eu também não dava a mínima.

E assim íamos seguindo com nossa rotina apertada e atarefada, caminhando de manhã cedinho com Fenris, voltando e se arrumando para o trabalho, nem sempre conseguíamos almoçar juntos, trabalhos, curso, e só nos víamos a noite com olhar cansado e um pequeno sorriso no rosto.

Mas apesar disso, as brincadeiras acidas e descontraídas, o carinho e o sexo não deixaram de faltar. Já ouvi dizer que casais normais costumam ter problemas em rotinas muito atarefadas, mas não somos um casal normal, e a ideia de ser uma dona de casa me faz sentir um ligeiro incômodo, a ideia de ter muitas coisas para fazer é bem melhor.

Mas ultimamente tenho pensado até que ponto nós dois estamos bem vivendo assim. Até essa semana eu não me preocupava com isso, porém quando almocei com Frigga há uns dias atrás, ela me fez pensar sobre o assunto.

– Querida, você está tão parecida com Loki.

Estava?

Ou será que, de certa forma, sempre fui um pouco parecida?

De qualquer forma, não consegui decifrar tão pergunta, logo que cheguei em casa ele estava lá no computador, e Fenris com a cabeça deitada em seus pés.

– Como foi o passeio?

– O de sempre – ergui a sacola – compras.

Ele me encarou com seus óculos de leitura.

– Compras? – franziu as sobrancelhas – O que fez com o seu cabelo?

– Cortei – respondi mexendo nos fios, o comprimento estava no início dos ombros – o que achou?

– Não gostei – ele respondeu – seus cabelos eram melhores compridos. Por que fez isso?

Fiz um biquinho de desdém.

– Quis mudar um pouco... e depois, eles crescem de novo... – dei um sorriso sapeca – tem certeza de não gostou?

– Ficou horrível – ele disse sério.

– É – eu rodopiei com meu vestido azul recém comprado – mesmo eu usando este vestido?

– Também não gostei.

Lentamente fui desabotoando os botões até que ele visse parte da minha lingerie de renda preta.

– Nem isso.

– Nem... – ele me fitou melhor – bom não dá pra ver tudo.

Dei um meio sorriso deslizando a parte de cima do vestido.

Agora ele tinha sorriso sem vergonha no rosto.

– Achou mesmo que corte ficou ruim? – perguntei com rosto encostado em seu pescoço enquanto sentia sua mão deslizar pela minha costa desnuda.

– Eu me acostumo.

Dei um soquinho em seu peito e ele riu rouco.

– Seu estraga encantos!

– Tudo bem – ele fez uma cara de inocente – ficou bonito, é pelo menos você não raspou a cabeça.

– E eu lá sou do tipo que raspa a cabeça?

Um curto silencio e nós dois rimos um do outro.

Me aninhei mais em seus braços dando um beijinho em seu pescoço.

– O que eu queria mesmo é uma boa dose de férias...

– Poderíamos ir para a Toscana de novo – ele falou casualmente.

Me agitei ficando em cima dele.

– Verdade? Seria maravilhoso!

Ele me encarou de volta com seu riso característico.

Em poucos minutos estávamos aos beijos de novo, novamente eu estava sentindo aquele turbilhão de estrelas cintilantes em meus olhos enquanto me sentia pressionada entre o colchão e o corpo dele, noite era apenas uma criança e ainda bem que amanhã era domingo.


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Notas finais do capítulo

E então suas lindas e lindo se tiver algum, pode ser que eu demore pode ser que não, vai depender do ritmo da escrita do relatório, mas vocês sabem, ficwriters sempre dão um jeitinho neh?
Bjs!