Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 31
Capítulo 31 - O armazém do medo - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá galera!! mais um capítulo vindo do forno! Só alguns esclarecimentos: sobre as demoras de postagem, infelizmente elas são frequentes mesmo, como eu já falei aqui várias vezes, não posso evitar, até porque gosto de fazer a coisa bem feita, e ainda tenho as minhas cobranças do estágio na escola e tal, mas por falar em estágio, felizmente ele está findando, a partir das outras semanas eu ficarei só escrevendo o relatório final dele o que talvez (eu disse talvez) me facilite quanto as postagens dessa fic, tanto que parei de mexer nas outras para me focar nessa somente. As que reclamam pela minha demora, peço só um pouco mais de paciência. Sei que é chato mesmo a demora, mas conheço outras escritoras que tem o mesmo problema e procuro tbm ser bem compreensiva com elas. Acreditem, a compreensão de vcs é muito importante pra nós ficwriters, blz? Sem mais delongas, boa leitura!!



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Aquele pedido me fez simplesmente paralisar. Meu sogro estava ali pedindo minha ajuda depois de todo esse tempo de demonstração de indiferença? Fiquei surpresa, e ao mesmo tempo pensei em como Loki era parecido com ele. Ironicamente, entre os três filhos, era ele, o filho adotivo, que mais se parecia com o velho Odin. Bem, não em sua totalidade, pois, Loki era híbrido. Podemos dizer que seu lado racional, a sua “casca” tinha um pouco de Odin. Em seu lado emocional, a parte de dentro da “casca”, como eu diria, era muito parecido com o de Frigga, mas com uma pitada única dele.

Encarei o sr. Odinson e em meus lábios um pequeno sorriso se desenhou.

– O senhor não é o único a desejar isso – então virei o rosto mirando o retrato encontrando novamente os olhos fundos da criança magrela – ele também quer.

– O problema é que vocês dois são muitos teimosos para perceber isso – respondi voltando a encará-lo.

A risada de Odin encheu a sala.

– Você é sempre assim? Sem papas na língua? – ele perguntou bem humorado.

– Quase sempre.

Houve um breve silêncio.

– Sobre o outro assunto, bem, não posso fazer muita coisa, mas não vou deixar que ele se afaste de vocês – respondi com o meu mais sincero sorriso.

– Obrigada Sigyn.

Eram mais de dez horas da noite, e eu ainda me encontrava sentado no pub com meu irmão.

– Dá pra parar de olhar pra esse relógio! – Thor reclama impaciente.

– Eu quero ir embora!

– Nem pensar irmão – ele balançou o dedo indicador na minha cara – você nem ao menos deu um gole!

Revirei os olhos impaciente.

– Thor não sei se você percebeu, mas eu não posso beber, não quando eu sou o motorista.

– Vai ficar bêbado com um copo de cerveja?

Suspirei e me levantei da cadeira.

– Até logo, Thor – falei começando a andar mas meu irmão me puxou “delicadamente” me fazendo olhar para ele.

– O quê? – falei irritado.

– E sobre o que eu te contei? Você não disse nada!

– Isso não é problema meu, é você que tem que decidir o que quer!

Ele soltou um muxoxo.

– Por que você tem quer ser mal irmão?

– A questão não é ser mal, o fato é não cabe a mim ajuda-lo é você que tem fazer acontecer! Como acha que eu fiquei com a Sigyn? Eu fui atrás!

– Tudo bem irmão, desculpe, você tem toda a razão, eu irei tentar.

Bem não sou do tipo que faz rodeios, mas a história aqui é um pouco longa. Thor estava gostando de uma garota, uma tal de Jane Foster, sua colega de faculdade, e o sentimento parecia ser reciproco. O problema é que Thor tem um noivado de contrato com Sif. Foi por meio desse noivado que ele conseguiu deixar a empresa, a família de Sif é uma importante investidora nossa. Ou seja, não seria nada legal Thor romper o compromisso, pelo menos no ponto de vista dos negócios. E o pior é que ele não tinha coragem de dizer isso a tal Jane. E Sif? Bem, embora ela e ele finjam na frente dos demais, eu já percebi que por parte dela também há algum sentimento. Em suma, uma situação bem complicada.

E honestamente não sinto nenhum pingo de vontade de meter o pitaco para opinar.

Depois de alguns minutos eu parei na frente do portão da mansão Odinson, após me identificar no interfone eu entrei com meu carro. Meu objetivo era levar Sigyn para casa e só, sem conversas, sem delongas.

Fui recebido por Frigga.

– Loki! Entre – ela praticamente me puxou para dentro, como se achasse que eu fosse fugir. Caminhamos até a sala onde Odin estava sentado lendo um livro. Mas Sigyn não estava lá.

– Onde está Sigyn? – perguntei involuntariamente assim que não a vi.

– Dormindo – disse Odin.

– Ela estava muito cansadinha, ficou no seu quarto.

– No meu quarto?

– Vocês poderiam ficar aqui esta noite – Odin se levantou do sofá caminhando em nossa direção.

– Eu ia leva-la para casa – respondi.

– E acordar a menina? – disse ele – fique aqui, eu insisto, já até avisei os pais de Sigyn,

Desde quando Odin chamava Sigyn de Sigyn. Suspirei rendido.

– Bom, vocês pensaram em tudo pelo jeito.

– Só estou pensando na segurança de vocês.

– Não devia se dar ao trabalho.

– Loki! - Frigga me cortou, senti um leve aperto em meu braço.

– Que seja – apenas subi as escadas.

Loki caminhou até o seu antigo quarto, não teve como não sentir uma leve nostalgia. Girou a maçaneta e ao entrar nele notou um abajur acesso e em sua cama estava Sigyn deitada de lado. Ele andou devagar sentando com cuidado sobre a cama para fita-la. Ela tinha o sono tranquilo e estava abraçada a um retrato dele quando pequeno. Loki deu um meio sorriso e afrouxou a gravata, tirando a mesma do pescoço e em seguida o terno.

Devagar ele deitou abraçando a jovem por trás. A garota abriu os olhos levemente sentindo o cheiro do perfume amadeirado.

– Fiquei olhando pra ela até dormir – ela disse com a voz sonolenta – você era uma fofura...

– Como pode achar uma criança magrela e doente fofa?

Ela virou o rosto e o corpo para ele, apesar do rosto sonolento Sigyn tinha um beicinho de reprovação.

– Não estrague o encanto...

Loki riu.

– Veio dormir comigo? – ela perguntou a afundando em seu pescoço.

– Não tive muita escolha – ele sentiu um murrinho de leve – não que eu ache ruim dormir com você – ele respondeu com um toque de malícia na voz.

Um breve silêncio se fez enquanto o casal ficava apenas abraçado.

– Já pensou nisso?

– O quê? – a jovem perguntou curiosa.

– Em fazer amor nesta cama?

Sigyn corou, mas riu.

– O que é isso sr. Odinson?

– Foi só uma ideia – ele respondeu.

– Ah, não sei... seus pais estão aqui.

– Nana e Balder não pareciam se importar com isso.

– Loki! – outro murrinho seguido de uma risada baixa.

– Tá bom, a gente não vai fazer nada então – ele disse sem perder o humor – vou tentar pelo menos...

A jovem ficou por cima dele.

– Você estava falando sério? – ela parecia curiosa.

– Por que não?

E então ele ficou por cima da jovem, pegando-a completamente de surpresa. E em seguida a beijando com paixão, como se estivesse com saudades, e ela tratou de corresponder.

– Isso... tudo é saudade? – ela perguntou entre os beijos.

– Saudade, hormônios, desejo, o que você quiser achar – ele ficou em seu pescoço dando beijos lentos.

– Ah... – ela suspirou enquanto suas mãos passeavam pelas costas do rapaz – é impressão minha ou você está ficando craque nisso...

– Craque? – ele pausou o que deixou a jovem frustrada – eu já nasci com talento.

– Convencido - ela riu - continue, por favor.

Eles se olharam intensamente antes de voltarem a se beijar outra vez.

Alguns dias depois...

– Droga! – Loki praguejou – acabou o café!

– Se quiser posso comprar – Sigyn entrou supetão na sala que estava aberta.

– Não faça isso de novo – ele disse se recompondo do susto.

– Quer um café ou não?

– Quero – ele disse.

– O de sempre sem entornar – a jovem respondeu sorridente.

– É por isso que eu te amo.

– Só por isso? – ela se fez de ofendida.

– Não só por isso...com também por outras coisas – ele a olhava com divertimento e malícia – coisas que não posso citar no momento...

Sigyn riu e caminhou para fora.

– Já volto com seu café entornado.

A jovem caminhou para fora da empresa, alegre e distraída, a cafeteria ficava a um quarteirão dali. Sigyn fez seus pedidos e caminhou de forma cuidadosa fitando o café.

– Nem pense em entornar...

A jovem não havia percebido que estava sendo seguida, havia um beco ao lado da cafeteria. Foi tudo muito rápido. Uma mão grande e forte veio sobre os seu rosto tapando sua boca. A jovem foi puxada para dentro do beco e os copos de café logo vieram ao chão.

– Que tal darmos um passeio? - a voz fez a jovem entrar em pânico.

Antes que a garota reagisse tentando bater no sujeito, a outra mão dele veio com um lenço que continha um cheiro muito forte. Sigyn sentiu as pernas amolecerem e perderem as forças.

E a última coisa que ela viu antes de perder a consciência foi rosto de Obadiah Stane.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que muitas ficaram curiosas, mas vou tentar postar no próximo fim de semana ou antes se eu tiver alguma brechinha....
Bjs!!!!