Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 30
Capítulo 30 - Odin e Frigga


Notas iniciais do capítulo

Mais um.....



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Jovens executivos brilhantes – Revista Busness

Loki Odinson

Cargo: Diretor financeiro da Yggdrasil Corporation – Soluções Tecnológicas.

Brilhante profissional de seu ramo, Loki Odinson tem só 27 anos e um currículo vasto, como falar em mais de seis línguas, dois doutorados além de uma carreira sólida que daria inveja a qualquer empresário veterano. É o filho caçula do grande empresário Odin Odinson. O jovem Odinson é um tanto misterioso e costuma ser muito reservado. É descrito com um profissional impecável, frio e bom com números...

"Vou fazê-lo pagar, Odinson" pensou uma certa pessoa que lia a revista.

Oslo duas semanas depois ....

Após voltar de Nova York, Loki e Sigyn foram recebidos pelos pais da jovem no aeroporto, e Fenris também estava lá. O cachorro estava tão saudoso que ao pular em seu dono acabou o derrubando no chão. Loki nem se importou, apenas fez vários cafunes na cabeça de seu amigo de quatro patas.

Dois meses depois....

Naquela noite eles jantaram na casa dos Narvik, Nana e Balder também apareceram por lá. A janta foi agradável, Sigyn e Nana aproveitaram para matar a saudade e jogar conversa fora. Enquanto isso, Loki e os demais conversavam na sala. Era bom estar em casa Sigyn pensava, ainda mais depois da tensão repentina que ocorreu em New York. A jovem estava mais atenta ao noivo, tanto que o obrigou a listar os problemas de saúde que ele tinha. Ela ficou um tanto surpresa com o que listou.

– Alergia a amendoim;

– Alergia a alguns tipos de flores (as glicínias)

– Asma;

– Picadas de abelha;

– Choque anafilático provocado por algumas das opções acima (como aconteceu naquela noite em os dois estavam no Burger King).

Em outras palavras, Loki era um poço ambulante de problemas de saúde. Isso explica o seu jeito tão fresco e exagerado quando a comidas e limpeza. Sigyn também conversou com Frigga. A senhora Odinson lhe contou que Loki costumava ser bem frágil quando criança. Que isso se devia ao fato de ele ter passado por uma gestação conturbada e prematura.

Loki havia nascido com mais de sete meses, era pequeno e segundo Frigga, ele saiu do hospital após seis meses de internação. E aos poucos, foram aparecendo as alergias, com três anos Loki teve que tirar as amídalas, aos cinco, uma crise de apendicite, fora as inúmeras crises de asma que ele tinha. Odin então optou por privá-lo em casa, tudo lhe era acessível dentro de casa, mas nada de desbravar fora das janelas da mansão Odinson.

– Houve uma vez em que eu realmente achei que Loki partiria de vez – Frigga tinha uma expressão pensativa no rosto – não gosto muito de lembrar daquele ano.

Sigyn apenas a ouvia, a bela mulher a encarou de volta.

– Ele tinha nove anos na época.

Foi fim do outono quando o frio dava seus picos iniciais, Loki fugia com Thor para brincar com ele e seus amigos, mas naquele dia ele não se agasalhou com devia, ele me contou que havia esquecido o cachecol no quarto. Ele e Thor voltaram tarde da noite, e Odin ficou furioso, disse que Thor era um irresponsável, ele tinha só quatorze anos, foi uma briga feia. Ninguém notou quando Loki fugiu da sala, o primeiro a perceber foi Balder. Procuramos Loki por toda a casa, e depois no jardim e então no bosque. Eu nunca tinha visto Odin e Thor tão desesperados. Foi quando eu e Balder o encontramos desmaiado entre as arvores, ele tinha uma mochila nas costas e sua pele estava tão gelada...

A esta altura meus olhos estavam começando a ficar molhados, ao mesmo tempo em que encarava a foto de um bebê branquinho e pequeno. Frigga também parecia emotiva.

– Desculpe! – ela falou – eu não devia falar essas coisas, Loki não gostaria,,.

– Continue por favor – eu gentilmente segurei a sua mão.

Ela então anuiu.

Ele contraiu uma forte pneumonia. Loki ficou internado por várias semanas, Odin mesmo por um momento achou que ele morreria. Mas... apesar de tudo, ele persistia tanto. Ele sempre foi um menino forte. Depois que Howard o levou ele mudou, ficou mais forte, mas saudável.

Frigga sorriu.

– Acho que eu e Odin o protegemos demais – ela falou – ele tem seus motivos para sentir raiva de nós.

– Frigga...

– Querida – a Frigga limpou o rosto – você faz tão bem a ele... não sei se faz ideia disso. É tão bom ver ele com os olhos brilhando, só espero que nós voltemos a nos dar bem de novo.

– Eu também espero – e então segurei a sua mão - estaremos todos juntos.

– Ora, não sabia que tínhamos visitas.

Nós duas encaramos o patriarca dos Odinson.

– Odin – Frigga fez um gesto carinhoso em meus ombros – Sigyn veio me fazer uma visita, Loki deu uma saída com Thor.

– Hum, certo – ele então me olhou com seus olhos perspicazes – Sigyn? Eu poderia ter uma palavra com você em minha sala, a sós?

Eu pisquei os olhos, surpresa.

– C-claro, sr. Odinson!

– Pode me chamar de Odin.

Eu caminhei atrás dele e me peguei olhando para trás e Frigga sorriu discretamente para mim. Entrei em uma sala escura, cheia de livros arrumados em uma estante e no meio um mesa grande, do lado direito, uma belo e grande retrato, do senhor Odin mais jovem, Frigga, Thor parecia ter uns 12 anos estava do lado direito dela, e ao lado dela e Odin estava Balder, um pouco menor que Thor, e no meio uma criança pequena e magra, tinha os olhos taciturnos, que pareciam querer atravessar para fora do retrato, Loki.

– Eram bons anos – a voz grave de Odin me fez voltar a realidade.

Eu agora o encarava.

– Por que não se senta?

– Ah, claro – eu me sentei e ele sentou na que ficava do outro lado da mesa. Acho que ele notou meu leve embaraço.

– Acho que eu não sou o melhor sogro do mundo. Sei que faz algum tempo, mas queria pedir que me perdoe por minha insensatez naquele dia no hospital.

– Ah, tudo bem – eu balancei a mão – não se preocupe com isso!

– Hum, você é bem diferente de sua irmã.

– Bom – eu ri – um diferente bom eu espero!

Ele riu. Eu e Nana éramos diferentes, eu era loira e ela morena, ela tinha cachos perfeitos, já o meu cabelo era reto e liso.

– Mas é isso que é o interessante – disse ele – pessoas tão diferentes serem irmãos.

Houve um silencio.

– Sigyn, acredito que saiba que eu e meu filho não nos damos bem.

– Eu já notei.

– Nunca se perguntou o porquê?

Embora soubesse jamais trairia Loki, seu segredo ainda estaria a sete chaves comigo.

– Não – disse – talvez, um dia ele me conte, quem sabe?

Ele estreitou os olhos.

– É, quem sabe? Ele tem me surpreendido muito, não só como executivo, mas como pessoa, apesar de nossas desavenças. Soube que ele ajudou o filho de Howard a desmantelar o esquema de corrupção na Stark Industries.

– Ah, sim.

Ele agora me fitou sério.

– Assim, como também fiquei sabendo que o sujeito conseguiu fugir do país.

Obadiah fugiu?

– Ele fugiu? – eu perguntei.

– Sim, Loki comentou hoje comigo pela manhã, Anthony o avisou. Eu havia sugerido a Loki que ele ficasse aqui em casa, e você também, apenas por precaução. Temo pela segurança de meu filho e minha nora.

Porem ele fitou as mãos.

– Mas Loki recusou minha ajuda. Aquele teimoso arrogante. Você poderia convencê-lo a mudar de ideia – ele pausou me olhando com certa veemência – você poderia trazê-lo para perto de nós, de novo.

Meu coração deu um breve salto.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.... Nó próximo teremos mais algumas coisas e uma possível aparição do Obadiah.... *suspense no ar*

Acho que temos uma ótica interessante dos pais adotivos de Loki.... sei que não fico longo, mas pelo não demorei dessa vez ;)