Meu Príncipe Às Avessas escrita por Puella


Capítulo 19
Capítulo 19 - Do doce ao amargo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Antes de mais nada, desculpa pela demora na postagem, prometo que vou tentar não demorar muito nessa fanfic, na verdade eu tecnicamente entrei de férias hoje (então me deem um pouco de crédito) e sem falar que eu estava com um bloqueio nela, pra ser mais específica. E as minhas outras fics Incompatíveis e Nina ou doce punição de Loki estavam me fervilhando de ideias, e eu sou do tipo cíclico, tenho um ideia aqui, interrompe o fluxo ali... tipo tenho mais ideias pra uma fic e a outra fica de lado e vice-versa. Por espero pela compreensão de vocês, então sem mais delongas... boa leitura!



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Entre conversas de chá à parte, só sei que em pouco tempo eu estava com uma aliança de ouro em meu dedo anelar direito. O pedido repentino de Loki parecia ter surtido um efeito surpresa tanto na família – adotiva – dele, quanto na minha. Não queria admitir, mas estou me sentindo nas nuvens. Depois daquela noite eu havia achado que Loki estava apenas brincando, e eu respondi brincando, mas a coisa foi bem diferente quando ele me levou dois dias depois ao Castelo de Arkhesus, tamanha foi a minha surpresa quando vi aquela caixinha preta em suas mãos. Eu o havia abraçado com tanta força que nós dois caímos no gramado verde e fofo com a linda paisagem do castelo atrás de nós.

Balder e Nana foram passar a lua de Mel em Paris, romântico. Três meses se passaram desde então, e aqui estou trabalhando com meu noivo, ah ás vezes fico sorrindo feito uma boba quando reparo nisso, talvez pareça tolice, mas eu simplesmente não consigo evitar. Agora mesmo Loki analisava de forma concentrada um dos relatórios do departamento financeiro, e como era de se esperar, mais uma vez o departamento chefiado por ele havia cumprido a meta semestral. Eu apenas o observava, meio aérea, o seu perfil. Os cabelos escuros perfeitamente arrumados, o nariz, bem Loki não era narigudo, mas o seu era um pouquinho avantajado, mas nem por isso era feio, os olhos ora azuis ora verdes fixados no papel e seu óculos de leitura encaixado de forma perfeita no rosto. Ele não era “lindo” como os dois irmãos dele, mas, ele era lindo do jeitinho dele, do jeitinho que eu mais gostava. Sem querer soltei um suspiro, e ele soltou um meio sorriso sem me encarar.

– Aposto que está pensando em mim, não?

Eu ri disfarçando o meu leve rubor. Encarei meus pés e depois o fitei nos olhos.

– E o que faz pensar isso? – respondi divertida.

– Eu sei que está - ele falou – pensa que não reparei? Você sempre faz isso – ele deixou os papéis de lado e se levantou da cadeira ficando agora próximo a mim.

– Convencido – eu respondi enquanto ele encurtava a distância entre nossos rostos dando um discreto beijo que aos poucos ia seguindo um ritmo mais forte. Loki então me segurou pela cintura colocando meu corpo mais próximo ao dele.

– Loki... – eu ri entre um beijo e outro – zona vermelha, esqueceu?

A tal “zona vermelha” era o nome que havíamos dado a lugares onde não poderíamos bem... ficar assim como estamos agora, lugares como trabalho ou em qualquer recinto que meu pai estivesse, embora já fizesse algum tempo que eu Loki estávamos juntos, meu pai ainda de vez quando gostava de fazer suas piadas de conotação sexual só para deixar Loki constrangido.

– Eu não esqueci – ao dizer isso ele me guiou até a mesa dele, onde ele se abaixou e eu tive que fazer o mesmo, estávamos os dois embaixo de sua mesa.

– O que é isso? – eu falei rindo.

– Ninguém pode nos ver do outro lado – ele riu malicioso, de fato a parte da frente da mesa era toda fechada.

Antes que eu dissesse alguma coisa me prensada entre a perna interna da mesa e ele que começou a me beijar novamente, seus dedos passeavam por meus cabelos e depois pela minha bochecha e pescoço. Eu segura a gola do terno dele com minhas mãos.

Curioso. Não costumávamos fazer isso, mas nas últimas semanas nós dois parecíamos querer brincar um pouco com fogo, parecia sempre ter um pouco mais do que um simples beijo ou um abraço, uma caricia, por sorte ainda tínhamos um “freio”.

Nos separamos um pouco devido à falta de ar, Loki se aproximou de meu ouvido enquanto o sentia inalar o perfume do meu cabelo.

– É difícil tendo você tão perto...

Eu corei e encostei meu rosto em seu pescoço, e então achamos melhor parar por ali mesmo. Depois disso nos levantamos e ficamos nos encarando.

– O que acha de jantar lá em casa amanhã?

– Tipo um jantar à luz de velas?

– É. Só eu e você – ele falou com seu costumeiro sorrisinho.

– E Fenris – eu acrescentei rindo, e ele acabou rindo também.

E quando estávamos quase nos beijando de novo a porta do escritório se abre revelando sr. Odin. Em puro ato de reflexo nos dois nos separamos, depois de alguns momentos de êxtase agora eu me via mais rígida que uma pedra. O dono da Yggdrasil nos encarou e logo um sorriso sacana brincou em seus lábios.

– Espero não ter interrompido algo importante – ele alfinetou no final da frase.

– Não, não interrompeu – Loki respondeu voltando a sua costumeira frieza de forma muito rápida – pode ir Sigyn.

– Com licença – eu disse educadamente indo até a porta com passos rápidos.

Após a jovem deixar a sala Loki e Odin se encararam.

– Bom dia papai – disse Loki cordial – é uma honra tê-lo em minha sala.

– Não precisa fingir Loki – disse Odin.

– Que bom – disse o moreno – já me poupa um esforço! Pode sentar, se quiser.

Os dois se sentaram, e Loki prosseguiu.

– E então? Do que se trata?

– Bom – Odin deu uma rápida pausa – já deve saber que em breve irei escolher o meu sucessor.

– Achei que o senhor já tinha alguém em mente – disse Loki.

– Não, eu não tenho ainda.

Loki arqueou a sobrancelha, Odin sorriu de lado.

– Não tem? – perguntou o jovem executivo.

– Não. Mas tenho possíveis opções – disse o velho – você sabe que eu queria que Thor assumisse essa firma, mas, ele frustrou todas as minhas expectativas.

– E então você escolheu Balder – Loki o interrompeu.

– Nunca disse isso – respondeu o velho.

– Não precisa fingir – retrucou o mais novo repetindo as mesmas palavras de Odin instantes antes.

Odin suspirou resignado.

– É eu achei que Balder seria um líder ideal, mas ele ainda não me parece pronto, lhe falta um pouco de inteligência, então eu pensei em outras possibilidades.

O velho encarou o mais novo prosseguindo.

– Embora não acredite Loki, eu o observei desde quando você iniciou como trainee dentro desta empresa até assumir a diretoria de finanças, e seu setor é melhor aqui dentro. Você tem um talento nato para gerir.

– Está dizendo que posso ver a ser seu sucessor? – Loki perguntou com a voz desprovida de emoção.

– É uma possibilidade, eu nunca disse que você estava fora da disputa. Eu sei que você almeja este cargo mais do que qualquer coisa.

Loki encarou o pai adotivo estreitando os olhos.

– O senhor sabe muito bem o que mais almejo – raiva e magoa contida eram perceptíveis em seus olhos – por acaso acha que se me der o cargo de presidente mudará alguma coisa entre nós?

Odin suspirou.

– Bom, acho já vim fazer o que deveria – e então se levantou – então de volta ao trabalho – e saiu da sala fechando a porta.

Loki desfez a expressão fria dando lugar a uma expressão melancólica, deu murro sobre a mesa fazendo o pote de lápis tremer, uma lagrima solitária caiu de um de seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Garanto que o proximo capítulo vocês vão gostar! Já estou até escrevendo ele....
Bjs!