Fire Signs escrita por Sissa Melo


Capítulo 11
All She Wrote


Notas iniciais do capítulo

OIEM
gente, foi mal, ontem eu n pude postar o capítulo pq tive que ficar tomando conta da minha irmãzinha, que por acaso fez cocô no chão e eu tive que limpar
limpar cocô não é a minha praia
desviando o assunto de cocô, para trilha sonora do capítulo, a música desse cap se chama All She Wrote, do Ross Copperman.



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Abro os olhos. Estou no meu cômodo.

Olho no relógio.

9:15AM.

A única coisa que me lembro é de ter tomado alguns goles de uma bebida. O gosto amargo, quase queimando a minha garganta, eu nunca sentira antes.

Sangue, fogo...

Fire Signs.

Acordo com estas palavras na boca. Soam quase tão amargas quanto a bebida que tomara sem nem saber o que o copo transparente continha.

Fora tudo um sonho?

Não consigo mais distinguir o real do imaginário. É como se o meu subconsciente assumisse o meu controle, quando menos espero.

Eu nunca tomaria um gole sequer de uma bebida que não reconheço.

Só pode ter sido um sonho.

Levanto da cama.

Percebo que estou com a mesma roupa desde ontem.

Acostumo os meus olhos a claridade excessiva.

Dirijo-me até o banheiro.

Enquanto a água fria cai sobre a minha cabeça e escorre pelo meu corpo, as imagens do meu sonho retornam.

Vejo a garota de cabelos loiros e mechas vermelhas segurando a lâmina com força, e dirigindo-a ao pescoço do garoto.

Vejo o sangue escorrer em um movimento retilíneo, até manchar por completo a gola de sua camisa.

Como em um flashback, a imagem das labaredas subindo da água me volta à mente.

“A água do rio” lembro de ter escutado alguém falar.

Fecho o chuveiro.

Coloco uma calça jeans rasgada nos joelhos, e uma camiseta branca.

Enquanto vejo as gotas de água escorrerem pelo meu cabelo, espero que junto a elas, o meu pesadelo se dissipe.

Abro a porta.

Hoje é o dia da semana que não tem aula no Via Solis.

Temos o dia livre para fazermos... Basicamente, nada.

Sento-me na grama e fecho os olhos, sentindo o calor do sol nas minhas bochechas. Aquilo me acalma.

Respiro devagar, mas constantemente.

Estava quase me convencendo de que tudo aquilo não passara de um sonho, até que ouço uma voz familiar.

- Esse é o meu lugar.

Abro os olhos.

- Fallena! – digo.

Ela me encara, franzindo as sobrancelhas com duas argolas prateadas presas a uma delas.

- Não te conheço – ela afirma.

Rio. Ela só pode estar brincando.

- Agora saia. Eu estava sentada aí antes de você chegar, o lugar é meu.

Sinto-me enjoada.

Ela está fingindo que não me conhece?

Não vejo sarcasmo em sua voz.

- Como assim não me conhece? Sou June – rio, nervosa – Ontem me guiou até o...

- Cale a boca – ela arregala os olhos, tapando os meus lábios com a palma da mão – e saia do meu lugar... Agora.

Me levanto, sentindo-me perdida novamente.

Ela tem vergonha de mim?

Vejo Lissa se aproximando e sentando-se ao lado de Fallena. Ela sequer olha para mim.

- Matthew – digo, quase sussurrando.

Ele me encara, como se me estranhando. Como se nunca houvesse me visto antes.

O que está acontecendo?

Não vejo o Logan e sinto-me sozinha.

Sinto uma brisa gelada e um calafrio percorre o meu corpo.

Corro até o meu cômodo, tropeçando nos três degraus.

Foi tudo um sonho.

Só posso estar enlouquecendo.

Bato a porta com força. O que eu quero é sumir daqui.

Voltar para a minha família, a minha vida.

Nada de sonhos estranhos, nada de pessoas estranhas...

Abro o meu caderno e componho mais um verso de uma música que venho compondo há anos.

A música.

O meu refúgio.

Sento-me na cama, com a janela ainda aberta da noite anterior.

Levanto os olhos do caderno rabiscado, até que escuto a voz de uma garota que reconheço.

Tem um garoto ao seu lado. Eles parecem estar discutindo.

Vivine levanta-se bruscamente...

Vejo-o.

É o garoto do meu sonho.

Como isso é possível?

Ele fica parado por alguns segundos, lamentando-se.

Até que ele se levanta e vai a sua direção.

Meu queixo cai. Levanto-me, quase sem sustentação nos joelhos.

Há uma marca recente na parte de trás de seu pescoço.

Um símbolo...


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