Desde o acontecimento que houve no aniversário de Hoshina Utau, uma cantora muito famosa. Amu e Misaki não trocaram sequer uma única palavra desde então. Para evitar o clima pesado das duas, a rosada começou a fazer as refeições depois que todos já tinham se alimentado. E como consequência disso, Haru cada vez ficava mais desanimado com isso e reclamava de sua irmã gêmea  teimosa e cabeça-dura.

— Posso me juntar a você? – Perguntou o moreno de olhos safiras, Ikuto.

A mulher que estava comendo calmamente apenas concordou com um aceno de cabeça. Ainda não tinha esquecido do pequeno “teatrinho” que o mesmo fez com ela na frente de Tadase e dos outros convidados.

— Eu queria me desculpar. – Disse finalmente. – Sei que errei e fui um pouco infantil. – A rosada a sua frente, levantou uma de suas sobrancelhas, fazendo o mesmo suspirar. – Certo. Muito infantil. Desculpe-me.

— Em qual parte você está se desculpando? – Pronunciou ela pela primeira vez. – Pelo seu teatrinho ou por novamente me chamar de mentirosa?

Aquilo o pegou um tanto de surpresa. Assim como ela, ele era realmente insistente neste assunto. Amu afirmava  que não havia acontecido nada entre ela e o seu ex-namorado de infância. E Ikuto acreditava em seus olhos. Ele certamente viu algo. Porém, isso já estava desgastante entre ambos. Eles tinham as mesmas briguinhas pelo o mesmo motivo por quase três anos. O que levou o divorcio.

Não.

Não foi as briguinhas e sim a desconfiança.

— Amu. – Ele a chamou agora com um tom calmo, porem sério. – Vamos parar por aqui.

— Ikuto, eu já parei com isso faz tempo. Quem insiste neste assunto é você. – Falou ela.

E a mesma não estava errada. Quem sempre começava com o mesmo assunto era ele. A mulher juntou seu prato e talheres e o pôs na pia e começou a lavá-los.  Ele sempre batia na mesma tecla. Sempre. E isso a chateava cada vez mais, ser acusada de traição doía muito o seu coração, e sem contar que a sua própria filha acha o mesmo. Isso a machucava profundamente.

— Eu estou querendo dizer... – o moreno se levanta, pegando um dos braços de Amu, fazendo ela vira-se para si. Assim que o fez, seus olhos dourados continha lágrimas.

— Já não basta você, agora a Misaki também?! Ikuto, eu não aguento! – Quase gritou as ultimas palavras, puxando o seu braço das mãos dele. – Talvez eu faça uma reserva em algum hotel até que a reforma do meu apartamento fique pronto. Assim vocês irão viver em paz.

— Amu! – Gritou o nome dela, fazendo a mesma se assustar e se calar rapidamente. Nunca ele havia gritado assim. Respirou profundamente para se acalmar e prosseguir. – Eu estou pedido desculpas por tudo. Também cansei dessas nossas briguinhas de sempre. Por favor, me perdoa.

Suas desculpas eram sinceras. Cada palavras. Ele realmente queria parar com tudo aquilo. Ele ainda a amava, ainda a desejava como mulher. Ela sentiu que o homem a sua frente estava arrependido por tudo o que tinha feito, e a atitude dele – o mesmo abaixou a cabeça no pedido de desculpas – era o que mostrava o quanto ele estava falando sério desta vez. E um pedido desses, não se nega.

— Tudo bem.

O Tsukiyomi levantou o seu olhar, a vendo a dar um pequeno sorriso enquanto limpava suas lagrimas. Como ela era atraente. Pensou ele enquanto o mesmo levava a sua mão até o rosto da mesma, se aproximando dela. Estavam tão próximos...

— Pai! – Haru apareceu rapidamente, fazendo com que os dois se afastassem. – Er... Etto...

— Que foi? – Perguntou o mais velho, como se nada estivesse acontecido.

— A Nagisa-san quer falar com você. – Disse o menino de cabelos escuros e olhos dourados, entregando o telefone sem fio.

O pai pegou o aparelho e foi para a sala. Amu o observou pela a porta da cozinha, enquanto isso Haru procurava algo na geladeira.

— Mãe, eu e Misa iremos passar a noite na casa da Tia Utau.

— Falou com o seu pai? – Perguntou ela virando-se para o menino.

— Sim. – o mesmo senta em uma das cadeiras da mesma e encara a mulher a sua frente. – E você vai ficar bem?

— Com o que? – Perguntou desentendida.

— É que você vai ficar sozinha em casa. Já que papai vai sair daqui a pouco também. – Deu de ombros o rapaz, lambendo a colher que estava cheia de doce.

— Vou sim. Não se preocupe e se divirtam. – Disse a rosada bagunçando os cabelos do mesmo.

Algumas horas se passaram, e Amu agora estava esperando os gêmeos terminaram de se arrumarem para que a mesma os levassem para a casa dos tios deles. Ikuto também estava arrumado, arrumado até demais. Observou a mulher de cabeleira rosa.  

O moreno de olhos safiras foi até a porta assim que a companhia havia tocado, mostrando uma figura de uma mulher mais jovem que Amu alguns pequenos anos. A mesma tinha olhos e cabelos escuros, trajava um lindo vestido acima de seus joelhos.

— Boa tarde, Ikuto-Kun. – cumprimentou com uma voz doce, esbanjando um sorriso encantador.

— Boa tarde, Nagisa. – Falou o mesmo, dando passagem para a convidada.

Amu não deixou de notar a beleza da jovem. E que diabos foi aquilo de por o sufixo “kun” no final do nome dele? Por acaso ela acha que Ikuto é um estudante do colegial? Mas uma coisa era certa, ambos tinham algum tipo de intimidade pelo o modo de se falarem.

— Não me diga que aquela é a Srt. Hinamori! – Perguntou a menina para o mais velho enquanto encarava com os olhos brilhando a mulher. Assim que viu o mesmo concordar, a mesma foi até ela. – Sou sua grande fã. Adoro seus artigos nas revistas!  

— O-Obrigada... – Agradeceu um pouco sem jeito, e com uma enorme gota em sua cabeça pelo o modo da abordagem da mais nova.

Não demorou muito para que os gêmeos descessem as escadas e cada um tinha uma pequena mochila em seus ombros com os seus pertences. Assim que avistou a morena, ambos foram cumprimenta-la. E a mesma os cumprimentou com um alisamento em suas cabeças e com grandes elogios de como eles estavam grande e cada vez mais bonitos, até mais bonitos que o próprio Ikuto.

Amu observava aquilo e deduziu que ela quase sempre vinha a esta casa os visitar. Até percebeu um tanto de afinidade da tal Nagisa com a Misaki. Sim, ela estava com inveja e ciúmes daquela mulher. Até estava pensando que ela talvez seja algo de Ikuto.  Sabia que o mesmo gostava de garotas novas. Por isso deduziu que eles poderiam estar saindo.

— Pervertido. – Murmurou pra sim mesma os encarando.

— Disse alguma coisa, Amu?

— Não. – Mentiu pegando suas chaves em cima da mesinha de centro.

Todos saíram da casa. Nagisa entrou no carro de Ikuto,  Amu foi para o seu carro com os gêmeos. Assim que os deixaram na casa de sua amiga e tia deles, rapidamente voltou para casa. Iria aproveitar o seu dia de folga como qualquer outra mulher solteira faria. É, ela teria a casa só pra si mesma. Para usufruir como quisesse. Ligou o som com suas músicas favoritas, olhou em volta, levantou suas mangas.

— Vamos começar!

Sim, era exatamente isso que vocês estavam pensando – ou não. – Ela fez uma grande faxina na casa. Limpou até o que não estava sujo, lavou as roupas – mesmo que não precisando. – Já estava de noite quando ela terminou tudo, agora a mesma relaxava numa banheira com espumas enquanto bebia uma taça de vinho. Como sentia falta disso. Fazia tempo que tinha uma garrafa de vinho disponível apenas pra ela relaxar.

Assim que saiu do banho, vestiu uma camisola cinza de seda que tinha comprado não muito tempo – até porque perdeu seu guarda-roupa inteiro no incêndio. – Cabelos presos em um coque alto e bagunçados. Descia as escadas com um livro abaixo de um dos seus braços, em uma mão a taça e na outra a garrava do seu companheiro daquela maravilhosa noite.

Sentou-se no sofá, colocou a garrafa na mesinha, a taça no braço esquerdo do sofá, apoiou seus pés. Ficando numa posição completamente confortável, abriu o livro e continuou lendo de onde havia parado. Era uma página atrás da outra, a mesma até pensou que iria terminar o livro naquele mesmo dia, enquanto prestava bastante atenção nas letras, com a mão esquerda, ela procurava a taça do seu lado, assim fazendo o objeto transparente e com o liquido avermelhado cair sob a camisola nova. Rapidamente a mesma se levantou, praguejando tudo e a todos.

— Droga. Se eu não lavar isso logo, vai ficar uma mancha horrível!

A rosada foi até a cozinha, retirou a camisola apenas ficando com uma calcinha branca. Pôs a roupa de seda na pia e ligou a torneira enquanto esfregava o local de onde o vinho tinha caído.

A porta de entrada foi se abrindo devagar, sem sequer fazer algum barulho. Assim aparecendo uma silhueta de um homem, seus olhos safiras percorreu a fala toda, vendo assim uma garrafa de vinho e algumas manchas no chão. O mesmo ouviu algumas reclamações, e foi até onde a voz vinha, sem que fizesse algum barulho. Ikuto sorriu de lado ao ver como Amu estava. Aproximou-se da mesma devagar, pegou um de seus braços e tapou a boca da mesma, beijando atrás do pescoço.  Claro que ela tentou grita, mas reconheceu a voz.

— Seminua na minha cozinha. – Sussurrava o moreno na orelha da mesma, mordendo-a. – Assim me deixa excitado.   

Sim, aquilo a arrepiou. Ainda segurando seu braço e tapando a sua boca, o mesmo distribuía beijos no pescoço e ombros da mulher, fazendo com que a mesma afagasse constantemente com os toques da boca do moreno. Mesmo que ela negasse, ela sabia muito bem como ele, seu ex-marido era bom no que fazia e como arrancar suspiros. Desde que se separou, ela até tentou sair com outros caras, mas sempre os eles terminavam com ela antes de começarem as preliminares. Até um certo ponto dela não querer mais ninguém.

E Ikuto constantemente estava a provocando de diversas maneiras. Eles estavam sozinho, que mal teria duas pessoas darem alguns amasso? Ah, sim, tinha duas coisas: Primeiro: eles são ex marido e mulher;  segundo: ikuto estava saindo com uma tal de Nagisa, certo?

Assim que o mesmo havia tirado a suas mãos de onde estavam, e agora acariciava os seios da rosada. E continua com os beijos e mordidas no ombro e pescoço, Amu tentava falar enquanto tentava controlar os gemidos que queriam sair de sua boca.

— I-Ikuto...

— Fique quieta. – Disse enquanto descia uma de suas mãos.

— Nã-Não podemos... Você estar saindo com Nagisa.

O mesmo sorriu de lado. Estava achando engraçado o desentendimento que Amu estava pensando. Não iria responde-la agora. Com isso a penetrou com dois dedos, fazendo com que ela empinasse a bunda, e assim sentindo o membro do moreno. Percebendo que ela ainda não fez nada para afasta-lo, pensou que ela, assim como ele, fazia um bom tempo que não tinham um contado intimo de outra pessoa. Certamente que o moreno de olhos safiras tinha como se aliviar, mas e ela? Ela fazia a mesma coisa?

Vendo que a mesma ofegava com as caricias que ele fazia na sua intimidade. Parou e sorriu mais ainda com a expressão de emburrada da sua ex-mulher. Novamente aproximou-se se sua orelha, e sensualmente e provocante falou:

— Nagisa é apenas uma estudante das minhas aulas de violino. Filha de Higurashi, você deve se lembrar. – Querendo ainda provocar, novamente mordeu a sua orelha. – Sei que você tá precisando mais que eu, se quiser mais, vai ter que pedir com jeitinho, como nos velhos tempos.

Assim que terminou de dizer isso, o mesmo deu as costas para a rosada. A deixando para trás, completamente vermelhar e com uma grande vontade, porém não iria fazer as vontades daquele que a provocou.