Tapas E Beijos ( REVISÃO / HIATUS) escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 9
Capítulo 09




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Entre 3 a 2 anos atrás...

Numa estrada à noite, passava-se um carro porche prateado, e aos poucos ele foi parando, até que parou de vez. E os motores logo começaram a sair fumaça. A motorista que era uma mulher de cabelos médios rosados, sai do carro. Salto-alto, roupas de marcas e tudo que uma mulher bem sucedida poderia ter. Com uma expressão de irritada, ela encarava aquele vapor que saia dos motores de seu carro, que havia comprado não há muito tempo.

— Ótimo! – Exclamou ela ao ver sua situação. Logo pegou sua bolsa de grife e procurou o seu celular. Ao tentar ligar, seu celular estava sem sinal e com uns 5% de sua bateria. – Que maravilha! Estou no meio do nada. Tenho que entregar um relatório a Editora. Hoje é o jantar de aniversários dos meus filhos! E a droga do carro pifa! Será que dá para a situação ficar pior do que já estar?! – Falou ela com as mãos levantadas olhando para o céu.

Foi então que ela pode ouvir um trovão, e em seguida, pode sentir um pingo em seu rosto. E rapidamente, aquele pinguinho se tornou uma chuva muito forte.

— Eu e minha boca grande... – Murmurou.

Toda molhada e encostada em seu carro, ela espera que um carro amigo passar, para que pudesse lhe ajudar o mais rápido possível. Mas toda vez que um passava, a mesma tentava chamar a atenção de todas as formas, e claro, ela foi ignorada em todas elas.

Quem iria ajudar uma completa estranha, numa estrada no meio do nada onde era escuro e chuvoso?

[...]

Em uma mesa não muito grande e com um grande banquete e em volta tudo decorado com balões de aniversariantes, havia três pessoas em silêncio totais. Um casal de gêmeos que estavam sentados um do lado do outro, encarava a comida sem animo. O pai olhava o seu relógio a cada cinco minutos, tentando ao máximo ficar calmo com toda a situação.

— Ela não vai vim. – Afirmou a garota quebrando o silencio. – Como os outros anos!

— Também não é assim. – o irmão disse. – A mamãe deu a sua palavra que viria! Eu vi nos olhos dela que ela faria qualquer coisa para estar aqui, conosco!

Enquanto os irmãos discutiam, o pai procura o celular em seu bolso e logo disca uns números. Assim ligando para uma mulher que trabalhava no mesmo departamento que a sua mulher. Já que o celular da mesma estava como desligado. Rapidamente, o moreno de olhos safiras perguntou por sua esposa, e a mulher da outra linha logo disse que a mesma não se encontrava mais na empresa. Assim o deixando mais preocupado.

Logo um relâmpago acompanhado com um trovão, avisou que uma tempestade estaria por vim.

— Vai chover. – Comentou Haru, olhando para uma janela.

— Quer saber? Tô nem ai! – Deu de ombros Misaki. – Eu vou é comer. Então, obrigada pela a comida!

— Haru, você deveria comer também. – Disse Ikuto soltando um suspiro de tanto cansado como preocupado.

— Mas pai! Eu queria espera a mamãe... Eu fiz esse jantar especialmente pra ela. Já que fazia tempo que não jantamos em família. – O garoto de cabelos azulados e olhos âmbar, abaixou sua cabeça.

— Haru... Eu... – Murmurava o pai.

— Seu bocó! Ela não vem e ponto! – Reclamava a sua irmã. – Coma e seja feliz! Pensei que nunca iria dizer isso, mas... Você é muito bom na cozinha!

[...]

A mulher de cabelos róseos e olhos dourados, abre a porta de seu carro, coloca parte para dentro do veiculo, procurando algo por dentro. Sem perceber, um outro carro para, O homem baixa o vidro de sua janela . Assim mostrando o seu belo rosto, olhos rosa amigável e cabeleira loira.

— Precisa de ajuda, senhorita? – Perguntou gentilmente. Sua voz era calma que nem sua aparência.

— Ahn! – Com a tal repentina pergunta, a mesma se assusta, assim desastradamente batendo a sua cabeça no capô. Virando-se para o dono da voz, a mesma passa a mão onde havia batido a sua cabeça. – Preciso sim!

— Amu?! – Exclama surpreso o loiro.

— Tadase!

— O que estar fazendo aqui a uma hora desta? – Perguntou o rapaz. Novamente um trovão foi ouvido, e assim o rapaz abriu a porta dos passageiros. – Bom, é melhor você entrar.

Amu pega suas coisas dentro do carro, trancou e logo entra no carro de seu amigo que não o vinha há muito tempo. Durante um pequeno caminho, ambos ficaram em silencio. Não sabiam como começar uma conversa, já que não se falavam há muito, muito tempo. Durante a adolescência, eles eram namorados, mas logo terminaram, quando o loiro anunciou que iria estudar fora do país. Incomodada com o silencio, a rosada abre a boca e fecha, procurando uma palavra certa.

— Ahn... etto... O que você fez fora do Japão?

— Bem, como você sabe, estudei fora e pouco tempo depois que terminei os estudos, rapidamente comecei a trabalhar em uma empresa muito importante. E algumas vezes o diretor me manda para outros países como representante. – Explicou Tadase sem que tirasse a sua atenção da estrada. – E como isso fui promovido, agora cuido de algumas coisas da empresa que temos aqui no Japão.

— Uau! Então, tecnicamente você voltou para morar aqui, certo? – Perguntou a rosada olhando para o loiro.

— Certamente! – Ele a olha sorrindo gentilmente.

Eles ficaram conversando sobre as viagens do rapaz e rapidamente o tempo havia passado, E nem notaram quando tinham chegado a um apartamento. Amu tinha comentado que duas horas adiante da casa do loiro, era onde ela morava e que sua família poderia estar preocupada. Por tanto, Tadase pediu para que a mesma ficasse pelo menos essa noite em sua casa por causa da hora e para que ela descansasse um pouco. E assim a mesma concordou. Ambos entraram e pegaram o elevador, subindo para o quinto andar. Tadase pegou suas chaves e abriu a porta de seu apartamento, deu espaço para que a mulher entrasse primeiro.

Amu passou a vista por todos os lugares, era grande e confortável. Viu que ainda estava com varias caixas espalhada pelo o local, assim confirmando que o seu amigo tinha chegado ao país há pouco tempo. A rosada pega o seu celular novamente para ver se agora daria para ligar.

— Descarregado! – Suspirou. – Tadase, será que eu posso usar o seu telefone?

— Bom, como cheguei agora, ainda não o instalei... – Explicou ele passando a mão em sua cabeça, um pouco envergonhado.

— Eu preci... ATCHIM!— Espirrou.

— Venha, vou preparar um banho quente e procurar algumas roupas secas para você. – Disse Tadase, um pouco envergonhado e desconfortável com a sua situação.

Tadase acompanha Amu até uma escada, onde os levaram para apenas um quarto, ele fez sinal e dando permissão para a mesma entrar. Assim dando de cara com um quarto onde estava quase todo arrumado. O rapaz abre seu guarda-roupas o abrindo .

— Amu. .. Bem, o banheiro é esse que estar atrás de você. – Falou, apontando com a cabeça. Pegou uma toalha nova e entregou a mulher. – Aqui. Ah! Como não tenho uma roupa do seu tamanho, têm algum problema você usar alguma camisa minha?

— Ahn.. Nenhum... – Respondeu. Ela se controlava ao máximo para não ficar vermelha enquanto pensava no que estava fazendo ali.

— Então tá. Vou separar uma aqui e deixar na cama. – Disse Tadase voltando a sua atenção para o seu guarda-roupa. – Assim que você terminar, me dê suas roupas para que eu as coloque na secadora.

Amu confirma com a cabeça e em seguida vai para o banheiro, para que pudesse tomar um bom banho quente. O loiro pegou uma camisa social branca e colocou sob em cima da sua cama. A mulher de cabelos róseos pôs suas roupas molhadas para fora do banheiro, sem que o seu amigo a visse. Tadase ao perceber, se aproxima da porta fechada, se abaixa e pega os trajes molhado da garota. Assim, podendo ouvir a água do chuveiro cair. O mesmo ficou ali, por um tempo. Suspirou e saiu em seguida. Pôs as roupas na secadora.

Alguns minutos depois, Amu havia descido as escadas. Ela estava extremamente envergonhada com o seu no traje. Uma camisa social de mangas longas, que passava se suas mãos, e que chegava mais ou menos na metade de suas coxas.

— Amu, eu...! – Tadase se vira, e assim a olhando, seu rosto branco ficou mais vermelho que um tomate. – Eu... bem, se você quiser um roupão... – Sugeriu rapidamente.

— Cla-Claro!

— Te-Tenho certeza que vi um por aqui! – Comentou o loiro revirando as caixas. Abriu a quinta caixa, retirando um roupão azul, e a entregou. – Aqui estar.

Amu o colocou e Tadase foi fazer algo para comerem. Então o mesmo perguntou como estava sendo e como foi a vida de Amu durante esses anos que não se vinha. E então a mesma contou tudo, onde trabalhava, das coisas que aprontou com a Utau e do inicio de namoro dela com o Kukai. Sobre Yaya e sua loja de doces e Kairi. E finalmente do seu casamento com Ikuto e a chagada dos gêmeos.

— Então você se casou com Ikuto... – Seu tom de voz foi de decepção, mas logo a olhou e sorriu. – Como fui ingênuo! Quando você falou que a sua casa era a duas horas daqui, pensei que fosse a casa de seus pais.

— Não acredito! – Riu-se a garota. – Então, quando eu puder, marcarei um almoço com o pessoal, e você esta convidado.

— Obrigado.

Conversaram por mais um tempo, até que finalmente o sono bateu. Tadase insistiu que a garota dormisse em sua cama enquanto o mesmo dormiria no sofá. Sabendo que o loiro era bem mais teimoso que a mesma, derrotada, concordou com a proposta.

Na manha seguinte, Tadase estava fazendo o seu café. O mesmo apenas estava com uma calça de dormir, cabelos bagunçados e alguns arranhões pelo seus braços e costas – Por causa de alguns insetos que não o deixaram dormir - o que deixava um tanto atraente.

— Nossa Tadase! Obrigada pela a noite. – Comentava a rosada descendo as escadas enquanto terminava de abotoar o restante dos botões de sua camisa. – Fazia tempo que não dormia tão bem...

— Fico feliz que você tomou essa decisão. – Disse o loiro sorrindo. Amu se a próxima do mesmo, e o beija na bochecha em forma de agradecimento.

[...]

Ikuto andava para lá e para cá em sua fala. Estava nervoso e preocupado, ainda não tinha noticias de sua mulher. Já ligou para seus amigos perguntando se os mesmos sabiam de algo. Ele já estava começando a pensar em ligar para os hospitais e delegacias. E então ele lembrou-se de mais alguém. Pegou o seu celular e digitou alguns números bem rápidos.

— Alô! Utau? – Sua respiração era apresada e pesada.

Ikuto? Sua voz... Aconteceu algo?— Perguntou sua irmã na outra linha.

— Sim, eu não tenho noticias da Amu, queria saber se ela está com você. Ou se você a viu em algum lugar.

Eu não a vi... Você já ligou para os nossos amigos e para a editora?

— Já sim. Ninguém a viu!

E ao Tadase?

— Tadase? Ele estar por aqui? – Perguntou o moreno franzindo as sobrancelhas.

Sim. Ele veio para o Japão há pouco tempo.— Disse. – E ele mora em um apartamento um pouco perto de onde a Amu trabalha. Você poderia ir lá ver se ele sabe de alguma coisa.

— Ótima ideia. Pode me passar o endereço?

Assim a sua irmã o fez e rapidamente o moreno pegou as chaves do carro e foi em direção do local. Se passaram mais ou menos duas horas e Ikuto parou no apartamento que a loira tinha dito. Ele estacionou o carro e foi até a balconista perguntar o numero do apartamento de seu irmão, que também não se viam há anos.

Pegou o elevador e foi até o quinto andar, olhando de porta em porta para ver o numero que a mulher lá de baixo tinha falado. Assim que o encontrou, deu um suspiro de alivio. Mas então ele ouvia vozes.

Nossa Tadase! Obrigada pela a noite.— Ikuto ouviu uma mulher falar. E reconhecia aquela voz em qualquer lugar – Fazia tempo que não dormia tão bem...

Fico feliz que você tomou essa decisão.

O que era aquilo que ele acabou de ouvir? Era o que estava pensando?

Rapidamente o mesmo abriu a porta, e deu de cara com a rosada beijando o rapaz loiro. Tomado pela raiva ele adentrou no local, puxando a mulher pelo o braço. A segura com força. E com a repentina aparição do moreno, Tadase e Amu se assustaram.

— Ikuto?! – Falaram ambos.

— O que está acontecendo aqui? – Perguntou o moreno exaltado.

— Podemos explicar. – Tentou começar o loiro. Já percebendo que o seu irmão havia entendido tudo errado e que provavelmente ouviu errado também.

— Não é o que você estar pensando. – Disse Amu. – Agora você pode soltar o meu braço? Tá me machucando assim.

— Como você foi capaz de fazer isso comigo e com nossos filhos? – Perguntou ele sério, ele a solta. – Era o aniversário deles! Haru fez um jantar especialmente para você!

— Eu... Eu estava indo pra casa. Só que choveu e o carro pifou no meio do caminho! – Explicou a rosada. – O celular estava sem sinal e logo se descarregou. Então Tadase passou por onde eu estava e ele me deu carona e sugeriu para que eu passe a noite aqui já que estava tarde e...

— E então vocês dormiram juntos! – Completou Ikuto irritado. Lágrimas começaram a brotarem nos olhos da mulher a sua frente. O loiro logo se surpreendeu com o que seu irmão tinha dito.

— Não foi isso que aconteceu, Ikuto! – Intrometeu-se Tadase novamente.

— O beijo que acabei de ver me parecia algo. O jeito de como você tá vestidos e esses arranh... – Ele foi interrompido com por um tapa que acabou de levar. Os dois olharam incrédulo para a mulher que chorava.

— Como você pode pensar isso de mim? – Perguntou ela um tanto séria entre as lágrimas. – Um marido que desconfia da esposa... Significa que nunca confiou em mim de verdade!

— Amu... Eu!

— Não, Ikuto! Já chega! - Quase gritou. – Aposto que depois dessa, você com certeza tá imaginando coisas. Do porque eu chegar tão tarde em casa, não é?

— Sim! Estou! – Falou ele encarando os olhos dela. – As chegadas tardes, Tadase no Japão, a falta de carinho entre nós dois! Você nunca o esqueceu de verdade! Admita!

— Saia daqui! – Falou ela com os arredores dos olhos vermelhos por canto do choro. Suas lágrimas não paravam. – Acabou!

Tantos os olhos safiras se arreganharam, quanto os de rosas amigáveis. Amu retirou a sua aliança e jogou contra o peito do moreno que a segurou antes que a mesma caísse no chão. O mesmo deu um passo à frente, quando a mulher lhe deu as costas. Tadase novamente se intrometeu, avisando que agora não era uma boa hora de conversarem, fazendo assim o mais velho sai e fechar a porta com muita força.


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Notas finais do capítulo

Bom, não ficou como eu queria, mas chegou bem perto heheheeh
Espero que tenham gostado. Por favor, comente e me falem o que acharam!
Aceito dicas e sugestões para os próximos capítulos



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