Tapas E Beijos ( REVISÃO / HIATUS) escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Como eu estava bastante inspirada para Tapa E Beijos, aqui tá mais um cap.



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Assim que sua mãe os deixaram na frente daquela mansão, os gêmeos tocaram o interfone para avisar que tinham acabado de chegar. E logo o grande portão foi aberto para os dois. Um homem ruivos e olhos esmeraldinos os receberam com um largo sorriso e logo bagunçando os cabelos azulados de seus sobrinhos.

— Yo! – Cumprimentou Haru, iniciando um de seus cumprimentos de mãos complicados com o homem mais velho.

— Misaki. – Posou sua mão na cabeça da menina.

Souma Kukai era a segunda pessoa, depois de Amu, que chamava Misa de Misaki. Ela não se incomodava nenhum pouco com isso. Mas preferia que todos a chamasse de Misa, assim era mais feminino, segundo Haru – que foi o primeiro a por este apelido em sua irmã.

Antes de sair, o tio logo informou onde o restante do grupo estava. Assim que o casal de gêmeos deixaram suas mochilas no quarto onde iriam ficar, foram ao encontro de seus amigos. Abriram uma porta de um salão não tão grande, onde tinha uma mesa de sinuca, um balcão com várias bebidas diferentes, alguns quadros e uma grande tevê com um x-box, um sofá e uma mesa com algumas cadeiras. Aquele era um tipo de sala onde o pai de Hitomi se reuniam para passar um tempo com os amigos.

— Finalmente chegaram! – Falou a loira de olhos verdes se aproximando.

— Hitomi. – Cumprimentou Haru com o típico sorriso bobo que ele sempre dava para a sua prima.

— Hmf. – Bufou a morena dos olhos de mel, afastando dos dois e indo na direção dos outros. Apenas os cumprimentando com um aceno de cabeça.

Depois que todos já estavam acomodados, colocaram o papo em dia e os seus planos também. Os gêmeos contaram tudo, desde o que aconteceu na noite de festa da tia como também o que se passaram na casa do pai e claro que não deixaram de fora da pequena conversa que eles ouviram “sem querer” dos seus pais com o Tadase, o meio irmão de Ikuto e ex-namorado de infância de sua mãe.

Haru acreditava cegamente em sua mãe, sabia que ela não mentia em nenhum momento. Já Misaki acreditava em cada palavra que o seu pai falou. Hitomi estava com a boca aberta de surpresa, era um grande assunto; Riki, filho de Rima e Nagihiko,  coçava a cabeça, não sabia bem o que dizer sobre aquilo e Yori, filha de Yaya com Kairi, apenas estava lendo um de seus costumeiros livros que sempre levava pra onde fosse.

— Vocês realmente acham que a Tia Amu traiu o tio Ikuto com o Tadase?  -  Arriscou perguntar a loira.

— Não!

— Sim!

Falaram os gêmeos igualmente. Ambos não concordavam um com o outro sobre este assunto.  E também não arriscaram a tentar conversar com os pais sobre isso.

— Vocês apenas estão vendo o lado da tia Amu e do tio Ikuto. – Pronunciou pela primeira vez, a menina de cabelos curtos esverdeados fechando o seu livro. Todos a olharam um tanto que desentendidos, fazendo com que ela prosseguisse, e com os mesmo costumes de seu pai, a mesma mexeu nos seus óculos de grau. – O que eu ‘tô querendo dizer é: Porque não perguntam o que aconteceu há três anos ao Tadase? Assim vocês poderiam ver qual versão se bate melhor com o que ele disse.

— É isso! – Exclamou o moreno animado, agarrando a mais nova de lado, fazendo ela ficar levemente corada. – Mandou bem, Yori!

— Ele pode mentir para tentar defender aquela mulher. – Seu tom e o jeito como se referia a sua mãe, mostrava o quanto ainda a morena estava indignada.

— Você não acha que está sendo um pouco dura com a sua mãe? – Perguntou o loiro de olhos âmbar. Como resposta de Misa o ignorou.

— Esse tipo de assunto deveriam deixar para os adultos resolverem. – Comentou a loira com um tanto de empolgação.

— Você é a mais que tá interessada nele... – Disse Misaki.

Conversa vai, conversa vem. Planos e mais planos. Escolheram o próximo passo que iriam dar para tentar juntar aquele casal complicado. Por tanto, depois da conversa que Misa ouviu, ela nem tava tão afim de prosseguir com aquilo tudo. Cada um tinha direito de pensar o que quisesse sobre aquilo, mas eles iriam sim continuar com tudo, até porque estava sendo divertido, segundo eles.

Fizeram uma pequena pausa para assim lancharem. E para finalizar a noite com chave de ouro, Riki sugeriu que a turma jogasse algum jogo, como verdade ou desafio. Claro, que Hitomi e Haru concordaram logo de primeira, Yori apenas deu de ombros e Misaki negava com a cara emburrada, dizendo o quanto era estupida essa brincadeira.

— Tem alguma coisa que não quer revelar, priminha? – Perguntou a loira provocativa.

Novamente a morena bufou, e com isso todos aceitou aquilo como uma concordância da mesma. Fazendo com que uma das pessoas procurasse uma garrafa vazia no balcão de bebidas que havia naquele salão.

— Todos sabem as regras, certo?

— Não. – Disse Yori.

Certamente aquela era a primeira vez que ela iria fazer isso, o seu jeito de ser indiferente com os outros na sua turma, fazia com que muita às vezes ela fosse excluídas de algumas reuniões de amigos. Com a resposta da mais nova, o loiro que estava presente falou todas as regras, como por exemplo: Cada pessoa poderia apenas fazer uma única pergunta e girar a garrafa apenas uma vez e explicou também que a tal pessoa no qual a garrafa apontar, pode escolher se quer a pergunta ou o desafio, e se caso a mesma pessoa não gostar da pergunta poderia escolher o desafio e visa e versa. Porém, se mentisse ou não cumprisse o desafio, teria que fazer os dois.

— Por isso acho essa coisa estúpida. – Reclamou a morena novamente.

— Medrosa. – Disse o seu irmão gêmeo.

— Não, Haru, não sou medrosa. – Disse ela raivosa encarando o seu irmão. – Só acho que têm certas coisas que outras pessoas não deveriam saber!

— Você falando isso é como contradizer o que tia Amu fez. – Comentou a loira apoiando a cabeça em uma de suas mãos, sorrindo para provoca-la.

— Certo, certo. – Murmurou o loiro. – Vamos começar!

Riki seria o primeiro a girar a garrava, assim que o fez, todos  prestaram bastante atenção naquele objeto, vendo-o ele apontar para Yori. A garota pediu logo desafio, queria saber que tipo de desafios era esses que se fazia numa brincadeira, o loiro esbanjou um sorriso de lado um tanto malicioso, e ele a desafiou ela a dançar, claro que ela ficou tímida, até chegou a pensar em trocar para uma pergunta, só que a garota não queria trocar isso logo de cara. Então assim cumpriu a sua tarefa, sem jeito fez.

No inicio foi coisas bobas e perguntas mais ainda. Agora era a vez de Hitomi, a mesma sorriu vitoriosa assim que viu a garrafa apontar para a sua prima.

— Verdade.

— Por que cortou seu cabelo?

A pergunta parecia idiota, mas o motivo nem tanto. Essa história era como cutucar a onça com a vara  curta para Misaki. E Hitomi sabia disto, até porque a morena adorava o seu cabelo longo.

— A resposta é bem óbvia, não acha? – Perguntou Riki um pouco irritado, vendo o quanto tedioso estava ficando aquela brincadeira que ele mesmo sugeriu.

— Mas eu quero ouvir a Misa falar. – Disse a loira.

— Arg! – Suspirou irritada. –  Um tempo atrás, essa patricinha ai pediu para que eu provasse que não estava nem ai para o Riki, já que todas as garotas do colégio falam que ele gosta de meninas com o cabelo cumprido.

Sim, isso era verdade. Quando mais nova, Misaki era muito amiga de Hitomi e desde sempre a loira nutria sentimentos pra Riki, e pra provar a ela e todo o colégio que não gostava do loiro, a morena fez o que fez com o seu precioso cabelo. Pegando de surpresa a todos, até mesmo os seus pais.

— Eu gostava do seu cabelo grande. – Comentou Haru.

— Hmm. – Sorriu o Fugisaki. – Que ousada. Mas confesso que ficou mais atraente como ele esta hoje.

Misaki realmente não estava se importando com os comentários dos garotos, mas a Souma sim, ela ficou extremamente raivosa com o comentário do loiro. Não o entendia.

Era a vez de Haru. Assim que a garrafa verde apontou para o seu amigo, uma das meninas perguntaram se o mesmo iria passar a vez, já que ambos são melhores amigos, não tinham segredos entre si, certo? Errado, tinha várias coisas que eles não compartilhavam e aquela brincadeira estava provando isso.

Riki estreitou os olhos. Como o moreno já tinha declarado que tinha uma pergunta, o loiro não tinha pra onde ir. Não que ele tenha algo a esconder. E com isso ele aceitou a pergunta.

— Por que você tem essa tara tão grande com a minha irmã?

— Ah, fala sério, pelo o amor de Kami! – Exclamou a de olhos esmeraldinos. – Vocês só vão falar de Misa, sério isso?

— Eu acho a Misa gostosa. – Respondeu sem rodeios o loiro de olhos dourando.

— Ela é uma tábua! – Exclamou Hitomi indignada.

— Cara, isso é nojento! – Falou Haru. – Ela é uma versão minha mulher!

Misaki o encarou, ficou completamente chateada com o comentário de seu irmão. Pra não passar em branco, a mesma deu um cascudo na cabeça dele, fazendo o mesmo xingá-la. Agora era a vez de Misa e a mesma girou o objeto, parando para a Yori e a menina pediu verdade.

— Revele a sua maior paixão.

— Etto... So-Sou uma Otaku! – Sim, afirmar o que era, era como dizer o quanto era apaixonada por todos os animes e mangás. E no Japão não era tão bem aceito. Misaki não fez for mal, queria que ela falasse para os seus outros amigos algo que ela não tinha coragem.

Aquela brincadeira estava fazendo várias coisas serem reveladas. E todos estavam se empolgando com isso. Várias outras rodas se passaram, até alguns micos quase todos pagaram. A garrafa que Riki havia girado tinha parado para Misa.

— Antes de você escolher, queria falar o desafio e a pergunta.

— Isso não é contra as regras? – Perguntou a de óculos.

— Não. Assim que eu falar ambos, ela poderá escolher o que ela prefere. – Respondeu o loiro. – Pergunta: Com quem foi o seu primeiro beijo? Desafio: Beije aquele que te deu o seu primeiro beijo.

— O que? – Perguntou a morena, quase ficando vermelha.

iki parecia satisfeito com as duas propostas. Já que um tempo atrás, quando criança, ele havia beijado a garota. E a Souma percebeu logo isso, a fuzilava com os olhos.

— Haru... – Murmurou baixinho, extremamente vermelha. Fazendo o mesmo a encara-la.

— Não ouvi. – Provocou o loiro, pensando que a garota tinha falado o seu nome.

— Foi o Haru! – Exclamou ela, fazendo todos se surpreenderem.

— Puf. Pare de bobagem. – Disse Riki. – Você esta mentindo, terá que fazer o desafio.

— Eu não est... – Foi interrompida pelo o moreno ao seu lado esquerdo, o mesmo puxou o rosto dela, depositando um selinho em sua boca.

— Ela não estava mentindo. – Defendeu o irmão gêmeo.

Misa estava tão surpresa quanto os outros. Não acreditava que o Haru realmente tinha feito aquilo novamente. Com a mão em sua boca, a mesma o encarava vermelha com o que acabou de acontecer, seu olhos dourados estavam tão brilhantes com as lágrimas que se formavam. A garota se levantou bruscamente da cadeira, fazendo todos a encararem.

— Não brinque comigo, seu idiota! – Gritou ela, saindo correndo daquele salão.

— Misa... – Haru se levantou, preste a ir ao encontro de sua irmã.

— Vocês praticavam incesto? – Perguntou a loira.

— Foi coisa de criança. – Respondeu normalmente. O que era verdade. – Eu preciso falar com ela.

— Parece que a brincadeira para por aqui. – Disse Yori também saindo do salão e indo para o quarto onde iria dormir.

Haru foi à procura de sua irmã, a encontrando em um dos quarto sentada em um canto chorando. Assim que percebeu a presença do mais velho - cinco minutos -, ela pediu para que ele fosse embora e a deixasse em paz. Claro que o mesmo não o fez, apenas se aproximou e sentou-se ao lado dela.

— Como pode fazer isso?

— Misa, me desculpe. Eu tinha esquecido...

Eles estavam falando dos sentimentos da garota, quando criança ela sentia uma grande paixão pelo o seu irmão gêmeo. Ela o amava. Tinha declarado seu amor por ele várias e várias vezes, só que tanto Amu como Ikuto falavam para a garotinha que eles não poderiam ter essa relação. Que tinham que se amar como irmãos. E sobre o cabelo longo, Haru tinha a elogiado o quanto ela estava linda com aquele cabelo cumprido e como ela combinava com ela. Por isso, ela o deixou grande. Porém, todos e inclusive Hitomi achava que ela gostava de Riki, e para provar cortou e assim decidiu também abandonar a sua paixão que sentia pelo irmão.

— Então você cortou o seu cabelo por causa do Riki... – Comentou o moreno. Vendo que ela nada falou, acrescentou. – Ele tem razão, esse corte ficou bom em você. Assim mostra mais a sua cara de chata que você é.

— Idiota. – Disse ela sorrindo.

— Vem cá. – Ele a abraçou de lado, e ela encostou sua cabeça no ombro do mesmo.


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Notas finais do capítulo

Leitores, por favor, comentem!
Comentários me animam.
E uma autora feliz e animada = Mais novos capítulos