– hora do incesto – fodeu – beije o Itachi – cof cof, espera, é só eu dar uma de Pucca e tá tudo certo – na bo-ca e bem molhado, tendeu ou quer que eu desenhe – *nota: tomar cuidado quando for brincar de interrogatório ou sacanagem, ninguém aqui é de deus.

– o desgraça – me virei pro lado, já que sentei do lado do meu maninho, e meio a contragosto fui me aproximando. Ficamos nessa de nos encarar, esmeraldas nos ônix, ônix nas esmeraldas. E aos poucos eu fui ficando com mais adrenalina, minha respiração descompassou e eu senti uma descarga elétrica percorrer meu corpo.

Ele tocou de leve meus ombros, conforme ia se aproximando eu ia fechando meus olhos, a ultima coisa que eu olhei foram seus lábios, finos e bem desenhados. Podia sentir sua respiração em meu queixo. Ele tocou com o polegar meu rosto, e ele ficou ali, um bom tempo acariciando minhas bochechas. O silencio era torturante, podia sentir o peso dos olhares sobre mim. Durante quanto tempo ele pretendia me fazer esperar?

– Vai logo caramba – a voz inconfundível de Ino, fez com que Itachi se afastasse num pulo rápido. Franzi o cenho e encarei a loira, que encarava irritada para Itachi, que por outro lado parecia aéreo a tudo, olhava abobado para um canto qualquer na sala. Mas sua expressão logo mudou.

– É um beijo que você quer? – Ele perguntou desafiador, mas meu nii-chan estava desafiando ninguém mais ninguém menos que Yamanaka Ino. Boa sorte tentando fazer ela dar o braço a torcer. E parece que hoje não foi seu dia de sorte, Ino aceitou com um sorriso astuto nos lábios.

E num movimento rápido, Itachi subiu em mim, me abraçou e fez com que eu me deitasse no chão frio da sala. Nessa brincadeira boba seu cabelo acabou por soltar, de modo que eles acabassem servindo como uma especie de cortina. 

Estava espantada demais para fazer qualquer coisa, meu corpo não se mexia. Ele foi se aproximando, com uma mão começou a acariciar meus lábios. Não me diga que ele realmente vai me beijar? Não, não, não, mil vezes não.

– Itachi... – droga, se o idiota queria me seduzir tinha conseguido, com aqueles olhos ônix que estavam com um brilho tão fora do comum, ele se aproximou, de modo que nossos narizes se tocassem. Murmurou alguma coisa que eu não consegui entender. Queria sair de debaixo dele,  mas por mais estranha e desconfortável que essa situação deveria ser, era na verdade, muito familiar e confortável.

Ele prensou o dedão entre minha boca e beijou o próprio dedo. Ai meu deus, não me diga que essa foi a ideia dele? Tomara que de para enganar o povo na sala. Eu não fechei os olhos, mas ele sim. Apesar de nossos lábios não se tocarem diretamente, eu podia ver em seu rosto que aquilo estava incomodando ele, mas por que? Afinal, nós somos irmãos, não de sangue, mas de consideração. É errado do mesmo jeito, então por que ele parece tão chateado?

Ele parou o "beijo" e ficou me encarando, como se esperasse uma bronca, mas não, eu não conseguia olha-lo nos olhos. Virei o rosto e tenho certeza de que estava muito corada, seu perfume forte combinava perfeitamente com o shampoo de alguma marca cara, e o aroma que isso proporcionava ficava na mente, e, de certa forma, era bem excitante.

– Feliz? - ele perguntou saindo de cima de mim, todos na sala estavam estatizados. E não era pra menos, aposto que nenhum deles achava que nós iriamos nos beijar, mas nós não... Só que eles não precisam saber!

– Eu não acredito... – Tenten olhava perplexa para mim – Ino ganhou a droga da aposta – ela terminou, muito brava por acaso. Mas que droga de aposta? A loira começou a rir igual uma hiena.

– Eu não disse? Itachi tem essa carinha de bom moço, mas na hora do vamos ver ele não tá nem ai – olhei pro meu maninho que parecia saber tanto quanto eu o que estava acontecendo.

Depois de um tempo a loira explicou que apostou com a Pucca, se Itachi me beijasse, a loira ganhava, se ele se recusasse o premio, que nenhuma delas falou qual é, ia pra Tenten.

O resto do jogo foi bem agitado, não quanto o meu quase beijo, mas agitado á seu modo. 

Quando deu Tenten x Obito o lado fujoshi da morena despertou, e ele teve que deixar Shisui excitado. O pior de tudo é que conseguiu. O coitado entrou no banheiro e não saiu mais depois dessa.

Quando foi Ino x Shikamaru o coitado teve que beijar a Temari, mas nenhum de nós sabia que o Gaara tinha um lado superprotetor tipo Uchiha, então o Shikamaru quase virou picadinho quando tentou alguma gracinha. E a loira se divertia com a situação de um jeito impressionante.

Kakuzu ficou calado só até a própria vez, quando deu Hidan x Kakuzu o coitado pareceu ter um treco. Escolheu verdade e se ferrou. Agora todo mundo sabe que ele dorme de cueca samba canção rosa pink.

Neji fez Kankurou tirar a maquiagem e por Kami, que pedaço de homem. Ele é lindo de morrer. Mas acho que só eu percebi mesmo por que as duas pervertidas nem ao menos lançaram um olhar desconfiado pra mim. 

Depois disso o Senhor e a Senhora Uchiha chegaram com Sasuke então tivemos que parar, ainda bem que eles não viram nada constrangedor. Ai meu deus, só agora eu fui perceber, e se eles tivessem visto o "beijo" com Itachi? Bem, acho que agora eu estaria indo de volta pro orfanato, num ônibus quebrado, que range o tempo todo, tem goteira e ferrugem, alem de não poder levar meus morangos na bolsa. Ai, ai, é tão triste que dá vontade de chorar só de imaginar.

Bom, o povo resolveu pedir esfiha, e como eu tava morta de fome ajudei a organizar tudo. Não coube todo o povo na mesa então fizemos um bom uso do tapete da sala. Sasuke fez questão de grudar no meu cangote desde que chegou, tomara que ele não tenha aprontado nada... bom, se ele tiver feito merda eu descubro.

Depois de alimentados e arrumados todos estavam se despedindo, chamei as meninas pra dormir aqui, mas elas não podiam por uma serie de fatores que eu estou com preguiça de explicar.

Subi todos os presentes em varias viagens, e todos aqueles Uchihas metidos a machos só ficaram olhando e rindo da minha desgraça. Quando finalmente acabei, me joguei na cama cansadona, resolvi tomar um banho pra tirar a inhaca do corpo.

Uma coisa que eu adoro é isso: desligar o chuveiro e sentir o cheirinho de vários produtos se misturando, o coisa boa. E enquanto a fumaça não se dissipa o cheirinho continua. É tão bom, você se sente limpa, cheirosa e maravilhosa.

Coloquei uma camisola qualquer de seda e percebi o quanto eu tinha crescido desde que cheguei. Essa camisola azul ficava larga e bem encima dos meus joelhos. Agora ela se modela no meu corpo e fina no meio das minhas coxas. Me sinto até mais... mulher.

Deitei na cama e peguei um livro para ler Belle: tem que ter coragem para perder a inocência. É um livro grande e muito bom, tem uma temática meio pesada mas prende o leitor, mesmo que de tempos em tempos eu tivesse que parar de ler pra respirar um pouco.

Depois de umas cem paginas de muito drama ouço alguém bater nas porta, estranho, achei que todos já tivessem ido dormir.

– Pode entrar – Digo sem gritar. A maçaneta gira e ele entra. Madara. A franja cobria seus olhos e dava um ar assustador, principalmente como ele estava no momento, sem esboçar nenhuma emoção.

– Boa noite flor – ele diz mudando sua expressão no mesmo momento. Um sorriso fino porem calmante preenche seu rosto. Eu fecho o livro e me sento direito na cama.

– Boa noite Madara – ele se senta na cama e me estende um potinho. Ai meu deus, morango com leite condensado. Não penso duas vezes antes de puxar o pote de suas mãos – Já disse que te amo?

Começo a comer que nem uma porca, ai como eu amo isso. Por mais doces que os morangos sejam eles continuam sempre um pouco azedos, e eu amo isso. Amo também o contraste que o leite condensado faz com isso.

– Na verdade, não – ele fica me encarando enquanto eu como, quero só ver, lá vem bomba.

– Desembucha  – ele ri e pega o pote da minha mão, reclamo um pouco mas fico só esperando depois. Coloco um morango que ainda estava em minha mão na boca e espero ele começar a falar.

– Você sabia que fica muito sexy desse jeito? – Ui, acho que vou ter um treco. Tenho certeza que estou vermelha igual um morango agora. Nego com a cabeça, quem ele pensa que é pra sair falando essas coisas?

– Pervertido – ele ri pelo nariz, mas logo seu rosto volta a ficar sem expressão nenhuma. Ele pega o ultimo morango do potinho e começa a limpar o leite condensado. Num movimento rápido demais para que eu percebesse ele se aproxima. Minhas costas batem na parede e ele fica ajoelhado sobre meu corpo – M-Madara!

– Né Sakura – sua franja volta a cair sobre os olhos daquele jeito que eu odeio, mas mesmo odiando fica um misto de suspense e terror muito excitante. Ele joga o pote em um canto qualquer do quarto e me segura pelo queixo – Itachi beija bem? Melhor do que eu? – Mas que droga de perguntas são essas? Podia ver um sorriso se formando nos cantos de seus lábios. Ele estava se aproximando muito rápido, nossos narizes estavam a centímetros. Eu nem ao menos tinha beijado Itachi, mesmo sendo o que todos pensam que aconteceu. 

– Eu nunca nem te beijei como eu vou saber? – Disse certa de que ele iria me soltar, resposta errada. O sorriso dele só aumentou e eu senti que isso ia dar merda.

– Então você quer testar? – Neguei com a cabeça o máximo que pude, ele chegou perto da minha bochecha e lambeu – Você sujou aqui de propósito? – Ele sussurrou perto do meu ouvido e eu senti borboletas no meu estomago – O que foi? Está gostando?

Ele colocou  a ponta do morango na minha boca e ficou encarando. Salivava como um leão que não comia nada a seculos e eu fosse um pedaço de carne. Mordeu a outra ponta do morango, selando nossos lábios. A fruta foi sendo espremida conforme nossas línguas brincavam entre si. O doce e o azedo do morango foram se misturando devagar os sabor de chocolate que ele proporcionava. Uma verdadeira tentação. Nos separamos por falta de ar, e meu deus, eu não sei que tipo de beijo Itachi pode dar, mas esse aqui foi o melhor beijo da minha vida.

– Gostou? – Ele perguntou ofegante. Me sentia muito constrangida para dizer qualquer coisa, virei pro lado e fechei os olhos. Senti ele se aproximar de minha orelha e sussurrar – Sakura... – Ele se moveu sobre mim e colocou seu joelho entre minhas pernas, forçando contra minha intimidade, o que me fez soltar um baixo gemido – Eu quero fazer você se sentir mulher.