Blood Moon - A História da Loba Perdida escrita por LalaMarry


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aí está o primeiro capítulo.
Boa leitura, peoples!



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Eu quero tanto fugir, quero tanto correr...

Porque não me deixa ir?

O que você quer de mim?


Que pergunta mais óbvia de se fazer...



Capítulo 1


–Caroline, pare de chutar pedras vai acabar desgastando todo seu sapato. – disse a senhora que acompanhava uma jovem de cabelos negros.

A garota a qual ela chamara atenção revirou os olhos e expirou o ar acumulado.

–Eu tenho mesmo que ir a esse chá? – falou sem olhá-la.

A senhora deu um leve sorriso, como se não tivesse percebido a impaciência da jovem.

–Sou tutor me passou ordens e uma delas era levar você até o chá da Senhora Chloe. E que se você fugisse ou fizesse algo desagradável como da última vez, iria ter consequências graves. – se encolheu levemente ao dizer “consequências graves”.

Caroline sabia que tinha um dos piores tutores da região, não pelo fato econômico ou pelo status dele ser ruim, mas pela forma de tratamento que ele tem tanto com ela quanto com os empregados da mansão onde mora. Provavelmente na última vez, quando aconteceu o acidente com o candelabro, Lena, a empregada encarregada de cuidar dela, havia pagado um preço por isso.

Então, por consideração a ela, decidiu que se comportaria dessa vez. Levantou o vestido azul-bebê para subir as escadarias da grande mansão de Chloe, uma das mais elogiadas e bonitas, até mais do que a de seu tutor, já que havia os toques femininos que ela sempre gostava de mudar, como as cortinas ou cor externa da mansão.

Dessa vez ela se encontrava na cor rosa - claro o que dava impressão de estar entrando em uma casa de boneca luxuosa. O que para Caroline não era o mais confortável, já que quando criança era obrigada a usar vestidinhos cheios de frufru e quase sempre na cor rosa.

Quando chegaram à porta dupla, foram recebidas pelo fiel mordomo dela, a qual muitos dizem ela ter um caso, mesmo sendo casada com o segundo tutor mais rico.

Foram guiadas por um pequeno corredor até uma grande sala com poltronas e mini-sofás um pouco espaçados no centro, uma lareira, que estava apagada, e uma pequena mesinha que ficava ao lado de uma poltrona vinho, onde Chloe tomava uma xícara de chá delicadamente.

Chloe, ao primeiro olhar, parece ser a mulher perfeita, com seus fios caramelos e olhos mais claros, com cílios longos e espessos; vestida sempre com algum vestido dos mais caros. Além de seguir todas as boas maneiras à risca, mas de um modo que é transmitido de forma natural por ela. E, é claro, o que mais chama atenção nela, o grande sorriso que está estampado em seu rosto quase todo o momento. O que seria algo bastante forçado para qualquer um, principalmente Caroline, mas para ela tudo funcionava de forma incrivelmente natural.

A jovem lembra-se das primeiras vezes em que foi à casa de Chloe e chegou a ficar desconfiada de tal comportamento, talvez apenas pelo fato de nunca tiver lidado com uma pessoa assim, mas com o tempo percebeu que ela não era tudo aquilo que aparentava, afinal, as pessoas escondem muita coisa por trás de sorrisos gentis e perfeição.

Umas das coisas que percebeu desda primeira visita; ela era infeliz com o marido. Foi rara às vezes em que os viu juntos e era nesses momentos que o sorriso dela se tornava algo forçado e parecia contar os segundos para o evento terminar e se afastar daquele homem.

Logo depois descobriu que ela poderia ter um caso com o mordomo, que fora ela mesmo que contratara para ficar vinte quatro horas por dia atendendo a seus pedidos.

Pouco tempo depois disso é que começou a ficar desconfortável para Caroline o fato de entrar naquela mansão, e o nome dela era Isabele. Uma garotinha que agora tinha quase a mesma idade que ela e perturbadores olhos mel que a seguiam para onde fosse.

Isso a incomodava mais que tudo; às vezes ela encarava-a de volta para tentar fazer-la desviar o olhar como acontece com as pessoas normais, em vez disso as duas começavam a travar uma batalha de olhares e acabava em acidentes. O que foi o caso do candelabro.

– Que bom que chegaram! – Chloe levantou com o rosto iluminado e as recebeu, oferecendo chá e algumas guloseimas.

Sentaram em um dos mini-sofás enquanto ela tagalerava sobre algum negócio que seu marido havia fechado com os comerciantes da cidade e que os enriqueceria mais ainda.

Caroline não prestava atenção na conversa e seu olhar bateu na escada que havia no cômodo ao lado, onde havia uma escada lateral para o segundo andar. Ela estava lá, novamente, observando e encarando Caroline, que conteve o estímulo de arreganhar os dentes para ela em um aviso.

–Oh! Mocinha, seja educada, desça até aqui e venha falar com minhas convidadas. – falou com um tom que saiu com uma pontada de irritação, mas só era perceptível pelo tempo que convivia com ela.

Isabele desceu a desgosto, os cabelos castanhos partidos para os lados, destacavam seu rosto, que era um tanto vazio. O laço branco que estava preso em um dos lados do cabelo a fazia parecer infantil, apesar de já ter seus quinze anos.

Ela fez uma pequena reverência segurando a ponta do vestido.

–Bienvenue. – disse em francês, a língua com qual foi criada, e logo depois se retirou sem modificar a expressão.

Chloe balançou a cabeça, demonstrando decepção e voltou a sorrir.

–E como anda as coisas na mansão de Eric? – ela bebericou o chá.

Caroline demorou alguns instantes para perceber que falara com ela e repetiu o que sempre dizia toda vez que a perguntavam sobre os acontecimentos na mansão de seu tutor.

–O mesmo de sempre.

Para não botar a vida de nenhum dos empregados ou de quem trabalhava lá, ela preferia não entrar em detalhes sobre o que acontecia dentro dos portões negros, que a separavam do resto do mundo.

–Sei como é... E nunca quis sair daquela masmorra? – Chloe estava um pouco pensativa, comparando sua casa de estimação com uma masmorra.

–Não, senhora.

Aquela era a maior mentira que já saiu de sua boca, seu maior sonho era sair daquele lugar que a prendia, que a engaiolava.

O resto da tarde se passou tranquila; Caroline sempre respondia educadamente todas as perguntas que lhe eram feitas, mas preferia estar do lado de fora pegando um ar fresco e brisa no rosto.

–Quer ir um pouco lá para fora, querida? – Chloe parou no meio de sua fala para perguntar.

Ela aceitou o pedido timidamente e o mordomo a levou para os fundos da mansão, que se abria em um grande campo esverdeado e ao lado do pequeno muro de pedras que cercava a propriedade, ficava a floresta.


Para ela a sensação era muito boa de estar novamente semi-liberta. Correu até o final do campo, no limite do muro e olhou em volta, antes de pulá-lo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do início da história?



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