Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340255/chapter/5

Nesse momento meu celular tocou, o barulho me tirou do meu transe e eu li o nome na tela: Riley.

Eu estava fodida.

Respirei fundo tentando me acalmar. Eu atendia ou não? Se eu não atendesse, eu estaria declarando a minha culpa, e por mais que essa culpa fosse real, eu ainda esperava contornar a situação de alguma maneira. Eu tinha que dar um jeito de diminuir o sofrimento de Riley.

– Alô? – optei por atender, eu não teria como fugir dele.

– Você está no coffee shop? – ele perguntou com a voz mais grave que o normal. Murmurei que sim e ele continuou após um longo suspiro. – Abra o maior sorriso que você tiver, Isabella, e negue tudo. Diga que sou eu, apenas isso, e venha para minha casa agora.

Curto e grosso, Riley desligou. Assenti para o nada, enfiando um pedaço do muffin na boca. O deixei pela metade, peguei meu café e fui em direção ao caixa pagar a conta. Sorri de leve enquanto tirava o dinheiro da carteira e entregava a Kelly, que estava visivelmente nervosa ao me encarar. Agradeci a ela e me virei olhando para o mar de paparazzi na minha frente. Ao sair pela porta, os flashes aumentaram e uma explosão de perguntas surgiu.

– Bella, quem é o rapaz da foto?

– Por que você traiu Riley?

– Você e esse desconhecido vão se assumir?

– Você está grávida?

Olhei incrédula para o homem gorducho que tinha feito a ultima pergunta.

– Gente, nada disso é verdade. – menti como a boa atriz que sou. – Essas fotos são velhas, do ano passado, e na foto é sim o Riley. – revirei os olhos como se estivesse indignada com tamanho absurdo. – Esses programas não têm mais o que fazer para conseguir audiência e ficam inventando calúnias desse tipo. Eu fico triste por vocês acreditarem nisso.

Com uma carinha de santa, encerrei o depoimento e andei mais rápido. Olhando se não passavam carros, atravessei a rua entrando em meu carro e saindo logo dali. Meu celular tornou a tocar e o visor avisava que era minha mãe. Ignorei, totalmente concentrada no que eu diria ao Riley.

Mas também, o quê eu poderia dizer? Riley, mais que qualquer um, sabia que não era ele nas fotos. E eu estava nas mãos dele.

Cheguei em frente ao prédio dele e entreguei o carro ao manobrista. Apertei a campainha do apartamento 201 e esperei.

– Entre. – foi tudo o que ele disse ao abrir a porta. Seu rosto estava duro, os olhos um pouco avermelhados. Segui para sua sala de estar e sentei-me numa das poltronas que adornavam o local. – Quem é ele? – ele perguntou sentando na poltrona a minha frente.

– Riley, eu...

– Quem é ele? – ele apertava as mãos, numa tentativa inútil de se acalmar. Eu não poderia responder isso a ele. – Você me deve essa resposta. E é a última vez que eu pergunto. Quem. É. Ele?

Abri a boca para respondê-lo, mas a fechei novamente. Eu não queria dizer que era Edward. Como ironia do destino meu celular tocou, anunciando uma mensagem. Riley foi mais rápido que eu, e o tomou da minha mão. Ele leu a mensagem e sua expressão passou de mágoa para ódio.

– Eu não acredito nisso! – ele deixou que meu celular caísse no chão e se distanciou de mim, andando pela sala. Peguei o celular do chão e li a mensagem que o perturbou tanto.

 “Eu vou enfrentar isso com você.”

Era de Edward.

– Sabe qual é o pior disso tudo, Bella? – neguei com a cabeça vendo-o aproximar-se de mim. – O pior é que eu já suspeitava. Eu sou corno e eu já sabia. Que legal, não? – sua voz transbordava o sarcasmo e a ironia que a situação exigia. – Mas me diga: até quando você achava que podia me enganar? Ein? Responde, porra!

Me encolhi em meu lugar, sentindo as lágrimas descendo por minhas bochechas.

– Agora você fica de boca fechada, né? Mas pra ele, pro Edward – falou com nojo o nome dele – você abre a boca, e abre com prazer, pelo que eu pude perceber. Maldita!

– Me desculpe, Riley. Me desculpe, eu...

– Você o quê? Você não queria? Vai dizer agora que ele te obrigou? Por favor, Isabella, não precisamos disso. Eu só queria saber o que eu fiz pra merecer isso...

– EU NÃO FIZ PORQUE EU QUIS! SIMPLESMENTE ACONTECEU! – explodi, sem saber ao certo onde eu chegaria com minhas palavras. – Você acha que tudo foi premeditado? Aconteceu! Não sei explicar como, mas aconteceu, Riley. Eu não queria te machucar, nunca! Nunca! Mas eu não tive como evitar, eu... Eu...

– Você o ama? – seu rosto agora denotava todo o sofrimento que a pergunta o causava, e a dor só aumentou ao ouvir a minha resposta.

– Sim.

Ele assentiu para a parede, as lágrimas brotaram de seus olhos e o choque que aquela revelação lhe trouxe era perceptível. Eu queria abraçá-lo, pedir que ele me perdoasse, e dizer que eu ficaria do seu lado, que eu casaria com ele. Mas eu não podia negar meu coração. Eu não podia negar que a minha felicidade não era ao lado dele.

– Riley, por favor, por mais difícil e doloroso que seja, tente entender. – pedi e ele me olhou, me dando a atenção que eu implicitamente pedi. – Eu gosto de você, você sabe que sim, do contrário eu não estaria com você. Mas eu nunca lhe enganei, eu nunca disse que lhe amava, com medo que você interpretasse de forma errada. Eu te amo, mas como um amigo, um companheiro. Eu nunca lhe escondi isso. – me aproximei dele, me agachando em sua frente.

– Eu sei, Bella, eu sei. Mas eu nunca perdi as esperanças de que um dia você me correspondesse, que fosse recíproco, porque eu te amo. E mesmo que você não me ame, eu te amo, e isso, estar com você, mesmo nessa situação, era melhor que nada. – meu coração apertou ao ouvi-lo verbalizar o que eu já sabia, mas, mesmo sabendo, ouvir seu desabafo doeu mais do que eu esperava. – Eu percebi que aquela viagem te mudou completamente, que você voltou outra mulher. Você não me dava mais carinho, era grossa comigo, me tratava como segunda opção, mas eu suportei, Bella, eu suportei. Eu acho que eu queria me enganar, dizendo a mim mesmo que era só uma fase sua, mas não, eu sabia que tinha algo mais. A culpa é minha por estarmos onde estamos hoje.

– NÃO! Não, Riley, não! Não tome esse fardo para si! É minha culpa, só minha! Eu que lhe trai, eu que lhe machuquei! – ele tomou minhas mãos, as apertando entre as suas. – Meu deus, meu deus... – parecia que só diante dele eu caí na real, somente assim eu percebi as consequências dos meus atos. – Me perdoa, por favor.

Continuei pedindo perdão ali onde estava, ajoelhada aos pés dele. Eu merecia a punição, o pior dos castigos por estar fazendo isso com ele.

– Eu... Eu posso ser seu amigo? – perguntou, depois de um tempo, me surpreendendo. – Eu não poderia me afastar de você assim, não tão de repente.

– Oh, Riley, obrigada! – me joguei em seus braços o abraçando apertado ao reconhecer o perdão que o pedido dele trazia. – Obrigada, obrigada, obrigada!

– Eu sei o que é e como é amar alguém, Bella. E eu nunca poderia lhe impedir de ficar com ele. E justamente por te amar, eu jamais deixaria esse peso na sua consciência. – beijei sua bochecha, sem condições de seguir falando. – Não vou lhe perguntar como foi, o que aconteceu, pois seria demais pra mim, mas eu realmente espero que ele te faça feliz.

Assenti ainda agarrada a ele. Riley não poderia ser melhor para mim. Como eu era sortuda por tê-lo. Passei mais um tempo no colo dele até nos separarmos e ele dizer que iria me ajudar em relação a minha família e a mídia.

– Te vejo amanhã então, amor. – gargalhei ao ouvir o “amor”.

– Até mais, Ry. – me despedi dele com um beijo na bochecha e voltei pro carro.

Combinamos que seguiríamos “namorando”. Riley daria a mesma desculpa que eu havia dado aos paparazzi mais cedo e continuaríamos juntos por mais um tempo até que alguma coisa nos “separasse”.

Ele perguntou se eu ficaria de vez com Edward e eu apenas neguei dizendo que havia mais coisas que nos impediam de tentar algo. Ele não tocou mais no assunto.

O relógio marcava exatamente 13h quando estacionei meu carro na garagem da residência Swan. Eu havia desligado meu celular depois da sexta ligação de alguém que eu não fiz questão de ver quem era. Passar o resto da manhã com Riley tinha me feito bem, estávamos nos acostumando com a presença um do outro como amigos, e até ele, mesmo que a contragosto, admitiu que a amizade parecia ser mais certa para nós do que um relacionamento. Conversamos sobre nosso relacionamento, relembramos coisas de passado e rimos muito. Era óbvio que ele queria me aliviar, deixar claro que ele realmente tinha me perdoado e não me julgaria mais, eu tinha ganhado um novo amigo.

Desci do carro com um sorriso no rosto, há meses eu não me sentia leve assim, sem o peso de uma traição nas costas. Abri a porta da frente da casa para me deparar com minha mãe sentada na sala com a expressão preocupada e, ao seu lado, Eleanor Higginbotham.

– Como você teve coragem de me envergonhar assim, Isabella? – minha avó perguntou. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiramente, quero me desculpar pela demora. Aconteceram algumas coisas nos últimos dias e só agora eu tive tempo de escrever e postar.

Queria também esclarecer que qualquer semelhança da fanfic com a vida real é mera coincidência. Eu não tinha reparado nessa semalhança até o capítulo estar totalmente pronto, e, a partir de um comentário, eu achei melhor esclarecer isso.
Reviews são sempre bem vindas e me ajudam a direcionar a fic. Haha

I hope you enjoy!