Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 6
Capítulo 5




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Desci do carro com um sorriso no rosto, há meses eu não me sentia leve assim, sem o peso de uma traição nas costas. Abri a porta da frente da casa para me deparar com minha mãe sentada na sala com a expressão preocupada e, ao seu lado, Eleanor Higginbotham.


– Como você teve coragem de me envergonhar assim, Isabella? – minha avó perguntou.

– Olá pra você também, vovó. – dei um beijo na bochecha de minha mãe e me sentei por ali, encarando a visita. – Eu estou bem, e a senhora?

– Oras, Isabella. Não queira fugir do assunto. Você tem noção do que me causou? – ela disse fazendo um de seus típicos dramas. Rolei os olhos vendo como ela juntava as mãos no peito e fazia uma carinha de coitada injustiçada. Renée continuava calada.

– O quê eu lhe causei? Me diga o que eu lhe fiz porque eu realmente não me lembro. – sorri vendo ela ficar com mais raiva a cada palavra minha. – Suas ações na bolsa de valores caíram? Deixou de ser convidada pra alguma festa de elite? Ganhou uma ruga a mais? Me diga o que eu lhe fiz, vovó. Se foi uma ruga, não se preocupe, eu faço questão de lhe pagar uma plástica e...

– Bella! Por favor! – mamãe me interrompeu, num pedido mudo para que eu amenizasse minhas palavras.

– Você me humilhou! – seu tom subiu uma nota. – Me ridicularizou perante a sociedade. Envolveu O MEU NOME num escândalo de traição. O que eu fiz pra merecer isso, senhor? O que eu fiz? Eu não mereço... – ela continuou conversando com Deus. Eu não precisava daquilo. Me levantei apenas direcionando um olhar para minha mãe. Ela estava tão farta dessas situações quanto eu. Subi para meu quarto deixando que minha mãe aguentasse seus chiliques e ouvisse seus gritos. Quem não merecia aquilo era eu.


Joguei minha bolsa sobre a cama para jogar a mim mesma em seguida. Peguei meu celular e o liguei. 28 chamadas perdidas. Algumas de Renée, outras de Charlie, mais algumas de Edward e Alice e três de Jacob.


Jacob? O quê meu primo poderia querer comigo? Nós nunca fomos próximos o suficiente para que ele me ligasse, nos víamos nos eventos familiares e só. Resolvi retornar a ligação dele.


– Alô?

– Jacob? É Bella.

– Bella, obrigada por me ligar. Eu sei que não é uma boa hora, mas eu queria me desculpar com você. Eu vi a reportagem do Gossip TV e...

– Não, Jacob. Você sabe que não precisa disso. Você é tão vitima dela quanto eu. – o cortei antes que o assunto se estendesse.

– Eu sei. Mas ainda assim me sinto culpado de certa forma. – pobre Jacob, um dia fora namorado de Renata Goslin. Ela o namorou por cinco meses, fingia que o amava e que não vivia sem ele. Vadia. Ela o enganava apenas para estar dentro de nossa família e descobrir o que a mídia não publicava. Depois de Jacob, que fora quem mais sofreu já que ele realmente a amava, eu fui a mais afetada. As fofocas na época sobre mim aumentaram consideravelmente, algumas verdades e várias mentiras, mas que de certa forma me prejudicaram em minha carreira. Demoramos para descobrir que era ela quem nos apunhalava pelas costas, e quando finalmente descobrimos, vovó nos proibiu de fazer qualquer coisa, com medo que ela inventasse algo pior sobre os Higginbotham.

– Jake, sai dessa, por favor. – ele gargalhou do outro lado da linha.

– Está bem, Bella. Bom, sei que não somos muito próximos e tal, também não sei se essa noticia de hoje é verdadeira ou não, mas saiba que qualquer coisa você pode contar comigo. – ele disse meio sem jeito, mas era notável que ele realmente queria me ajudar de alguma forma.

– Obrigada, Jacob. Qualquer coisa, eu grito por você. – preferi não afirmar ou negar nada em relação à fofoca, eu não queria ter que mentir para minha família.


Assim que terminei a ligação meu celular voltou a tocar. E dessa vez era Edward.


– Oi. – atendia fria.

– Eu posso ir até a sua casa?

– Não. – eu não queria deixa-lo pensar que agora nós poderíamos ficar juntos, eu não podia dar esperanças de algo que nunca aconteceria.

– Como não, Bella? Eu acho que depois dessas fotos nós precisamos conversar. – sua voz indicava a ansiedade que ele deveria estar sentindo.

– Não. Não temos nada para conversar, Edward. Eu já cuidei de tudo. Para todos os efeitos, o cara da foto é o Riley e a foto foi tirada ano passado. Você não precisa se preocupar com nada. Tchau.


Desliguei antes que ele falasse mais alguma coisa. Eu fui extremamente estúpida com ele, mas era necessário. Edward parecia não entender que jamais poderíamos ter algo público, escancarado, nossa família não aceitaria, principalmente nossa avó. E se para que ele entendesse que o lugar dele não era do meu lado eu tivesse que destratá-lo, eu o faria.


Desci em direção da cozinha sentindo o cheiro maravilhoso da comida de Lana, a cozinheira dos meus pais. Renée estava sentada na bancada conversando com ela.


– Vovó já foi embora? – me sentei ao seu lado, pegando um pedaço de chocolate que tinha no bolo que estava sobre o balcão.

– Já, Bella. E eu juro que se você não fosse maior de idade eu lhe poria de castigo pela falta de respeito com sua avó.

– Fala serio, mãe. Eu não suporto mais essas crises malucas que ela tem. E se eu não falei mais nada, foi justamente por respeito.

– Sei. – ela se calou e mordeu um pedaço da maçã que estava comendo. – Vai me contar o que está acontecendo ou vou ter que acompanhar pelas revistas?

– Mãe, eu... Eu prometo lhe contar tudo. Mas não agora, por favor. Eu não aguento mais nem sequer pensar nesse assunto.

– Tudo bem. Você já falou com Edward? – Meu Deus! Minha mãe sabia de tudo.

– Hm... Já, por que? – perguntei apreensiva.

– Ele ligou pra cá, procurando por você, mas não disse o que queria. Eu apenas disse que daria o recado. – disse com naturalidade.


Alívio. Foi o que eu senti ao ouvir suas palavras. Mais cedo ou mais tarde minha mãe descobriria a verdade, mas eu queria que ela descobrisse por mim.


Almoçamos eu, minha mãe e Lana na cozinha mesmo. Se minha avó sonhasse que Lana comia junto com a gente... Teríamos outra guerra.


Após o almoço, entrei em contato com meus assessores para resolver o que faríamos com relação as fotos. Contei a eles a mesma versão que contei ao resto do mundo e eles prometeram tentar amenizar a situação para meu lado.


– Mãe? – entrei no quarto dela e a encontrei deitada em sua cama com os óculos de grau no rosto e lendo 50 Tons de Cinza. – Desde quando a senhora lê pornografia, Dona Renée?

– Desde muito antes de você nascer, filha. – ela gargalhou sem nenhum constrangimento.

– Ok, vou fingir que eu nunca ouvi isso. Será que eu poderia conversar com você agora? – ela se sentou ereta na cama, deixando o livro de lado.

– Sou toda ouvidos, bebê. – suspirei antes de conversar.

– De fato, o cara das fotos... Ele não é o Riley.

– Isso eu já sei, Bella. Não pense você que eu acreditei nessa mentira que você inventou de que as fotos eram antigas. Eu te coloquei no mundo, te conheço melhor que você mesma. Sei que nunca amou Riley e que ele não seria capaz de colocar aquele sorriso em seu rosto.


De repente as lembranças daquela noite me invadiram.



– Edward, não! – por mais que eu tentasse fazê-lo mudar de ideia, era tarde demais. Ele me puxou porta afora de seu apartamento, entrando no elevador que já estava a nossa espera. – Você é louco! – ele riu, me puxando para seus braços e me apertando, passei meus braços ao redor da cintura dele.

– Bella, nós passamos o dia inteiro dentro desse apartamento. Tava na hora de respirar um ar puro, não? – recebi um selinho.

– Não! – gritei pra ele, que apenas me calou juntando seus lábios aos meus. Abri minha boca para receber sua língua quente e convidativa. Aos mãos dele puxaram de leve os cabelos da minha nuca, fazendo um arrepio subir por todo o meu corpo. Me arrependi de não ter lutado um pouco mais pra ter ficado em casa. Agora poderíamos estar enrolados na cama, matando o desejo que ele acabara de criar em mim. – Eu odeio esse boné.

– Que mulher chata que eu fui arranjar, meu pai. – olhei pra ele com os olhos arregalados, fingindo uma falsa ofensa. – Você já disse isso três vezes só no caminho do quarto até o elevador.

– É porque eu realmente não gostei. – cruzei os braços e me afastei dele emburrada.

– Chata. – olhei mais uma vez com os olhos arregalados para ele, mas dessa vez sem fingimento. Ele não aguentou e caiu na gargalhada ao ver que eu realmente havia me ofendido. – Eu to brincando, bebê. – sussurrou na minha orelha. Sua voz rouca me provocando sensações proibidas para sentir-se num elevador. Ataquei sua boca com ferocidade, sem vontade de resistir ao seu charme.

Nos separamos quando o elevador apitou avisando que estávamos no térreo. Edward entrelaçou seus dedos aos meus, ajeitou o boné que eu havia tirado do lugar e me puxou para fora do prédio de luxo onde ele morava em New York. Andamos um três minutos e chegamos ao Central Park.


– O que é esse sorriso no seu rosto? – encarei minha mãe e resolvi abrir o jogo de uma vez.

– Mãe, o homem das fotos é o Edward. – fechei meus olhos e me encolhi esperando por uma briga, mas nada disso veio.

– Isso eu também já sabia. – falou tranquilamente enquanto meus olhos abriam-se ao máximo pelo choque.

– O QUE?










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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês!
O próximo já está pronto, e aí, posto ou não? haha

I hope you enjoy!