Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Presentinho pra vocês: mais um cap!



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Fechei os olhos já pressentindo o choque de seus dedos na minha bochecha, mas isso não aconteceu.


– Você não vai encostar um dedo nela. – Edward falou segurando o braço da nossa avó a centímetros do meu rosto.


Se antes eu achava que Eleanor estava com raiva, nada se comparou a este momento. Ela puxou com força o braço, se libertando dele.


– Eu vou e não é você que vai me impedir, moleque. – mais uma vez ela levantou braço para mim, mas antes que eu pudesse reagir, Edward interceptou seu ataque novamente.

– Não, você não vai. – ele disse, me protegendo. Vovó viu que não teria como discutir com Edward, e ela nem faria questão disso. Como filho de Esme, Edward era um de seus netos preferidos.

– Edward, por favor, eu não estou brigando com você, não se meta nisso.

– Não, vó. Não vê a que extremo a senhora está chegando? Querendo bater em Bella? – ele tentou contornar a situação pelo jeito mais fácil, atingindo justamente sua imagem. – Alguém como você querendo agredir outra pessoa? Ainda mais a sua neta?

– Essa menina me tira do sério! Eu já estou cansada de ter que lidar com ela e todas as asneiras que ela comete! – ela se exaltou e começou a andar pelo salão. Mamãe e Alice estavam chocadas demais para tomar alguma atitude.

– O que eu estou fazendo? Me diga, Eleanor? O que eu tanto faço de errado? – gritei para ela.

– Você me envergonha! Não somente a mim, mas a toda a sua família! Você leva o nosso nome à lama, Isabella. – ela apontou o dedo pra mim. – Primeiro me saem essas fotos de uma suposta traição, depois você bêbada! Você quer me levar a falência?

– Então é isso? É dinheiro? É dinheiro que a senhora quer? Pois bem, eu lhe dou dinheiro! – rapidamente peguei minha carteira de tirei meu talão de cheques dali. – De quanto foi o prejuízo que eu lhe causei? Dez milhões? Isso está bom pra você?

– Agora quer me dar dinheiro? Se dê ao respeito, sua criança! – ela debochou. – Logo se vê que sua mãe não lhe deu um pingo de educação mesmo. – voei pra cima dela sem me controlar. Se tinha uma coisa que me cegava, era falar da minha mãe. Faltando dois passos para chegar até ela, senti os braços fortes de Edward me segurando.

– Não vale a pena, Bella, calma, por favor. – ele sussurrou no meu ouvido.

– Você pode me atingir o quanto quiser, - lhe apontei o dedo ainda tentando me libertar do aperto de aço do meu namorado. – mas não ouse abrir a boca para falar de minha mãe, pelo menos ela foi uma mãe, ao contrario de você.


Empurrei Edward para longe de mim e saí dali. No hall, o mordomo estava parado como uma estatua. Escancarei a porta de entrada e saí a batendo com a maior força que eu tinha, a estrutura da casa tremeu em reação.


– Filha da puta! Quem ela pensa que é?


Só então eu me toquei que estava sem carro. Voltei para dentro da casa e do hall eu pude ouvir o choro de minha avó, mas não liguei. Entrei por uma porta que dava acesso a um corredor longo que levava a área externa de trás da casa. Ali encontrei a porta da garagem e entrei. Não havia nenhum carro lá dentro, apenas quatro funcionários lavando o local.


Abri uma das gavetas dos armários que existiam ali, dentro da gaveta havia um cofre. Digitei a senha e o cofre se abriu. Tirei a chave do Audi e fiz o caminho de volta, já que se eu quisesse sair pela garagem eu teria que contornar a casa pela área externa e isso demoraria demais.


Eu estava saindo da propriedade quando meu celular tocou. Edward.


– Oi. – atendi deixando no viva voz e colocando o celular sobre minhas pernas.

– Cadê você?

– Saindo da casa.

– Eu to aqui na frente, vem me buscar.

– Ok.


Fiz o retorno e levei mais dois minutos para entrar de novo. Por ser a mansão Higginbotham, toda segurança é pouca. A casa em si já era valiosa, mas os objetos ali dentro valiam muito mais. Obras avaliadas em milhões de dólares, joias, carros, móveis etc, tudo ali era meticulosamente protegido, por isso a burocracia para conseguir entrar no lugar. Eram duas guaritas, uma primeira onde o carro era liberado e mais a frente uma segunda, onde o carro passava por um imenso raio-x, tipo aqueles de aeroporto, mas em maior escala. Os carros de qualquer Higginbotham entravam com mais facilidade, mas se pra gente já demorava dois minutos, imagina para as visitas.


– Pra onde você ia? – ele perguntou ao entrar no carro e assim que colocou o cinto e se acomodou, depositou sua mão sobre minha perna desnuda, já que a saia que eu usava havia subido um pouco por eu estar sentada. Achei ótimo que ele não quis falar do fatídico episódio ocorrido há minutos atrás.

– Estou indo encontrar Jane, preciso saber da repercussão dos últimos acontecimentos e ver minha agenda. Semana que vem vai ser a premiere de One Last Love e eu não sei como será a dinâmica. Aliás, eu preciso arrumar um vestido. – comecei a repassar mentalmente meus compromissos. – Amor, pega meu celular e liga pra Rachel Zoe, por favor.

– Está bem. – ele ligou e em dois toques ela atendeu.

– Hey, Rach. – a cumprimentei.

– Hello, my Love.


Rachel Zoe era a melhor stylist que eu conhecia. A mulher era simplesmente magnífica, além de ser um amor de pessoa.


– Rach, OMG, semana que vem é a premiere de One Last Love.

– Eu sei, Jane ligou segunda-feira confirmando, eu já tenho o vestido perfeito pra você. It’s BA-NA-NAS. – ri do jeito engraçado que ela tinha.

– E como ele é?

– Um transparente dourado, tomara que caia, do Zuhair Murad. É maravilhoso, você vai ver. Vem aqui amanhã pra gente experimentar e fazer os ajustes.

– Ok, marcado então. E como está o Skyler?

– Meu filho está mais bagunceiro que nunca. – ela disse gargalhando. – Mas eu amo.

– Imagino. Mande beijos pro Rodger e pra ele. Outro pra você!

– Beijos, honey, love you.

– Love you, too. – desligamos.

– Essa é aquela stylist que faz um reality? – assenti. – Ela é doida.

– Ah, para! Rach é uma workaholic, tem nada de doida.


Conversei mais umas amenidades no caminho até a casa de Jane.


– Vamos? – perguntei estacionando o carro na frente da casa de minha amiga.

– Não, você está me devendo algo. – franzi a testa em dúvida, mas logo entendi seu recado.


Me aproximei e encostei meus lábios aos dele. Passei minha língua sobre a pele macia para logo em seguida morder a parte inferior de sua boca. Ele entreabriu os lábios deixando a abertura necessária para eu invadi-lo. Levei minha mão até seu cabelo e o puxei com força. A mão dele, que antes estava em meu pescoço, desceu até minha cintura e me apertou com vontade, para depois descer mais um pouco e apalpar minhas pernas. Tentei me jogar mais pra ele, mas o pouco espaço do carro me atrapalhou e eu acabei quebrando o beijo.


– Dorme na Alice hoje, por favor? – Edward pediu com a cara de cachorro abandonado que ele sabia que me convencia de qualquer coisa.

– Durmo. – tratei de me reaproximar e beijá-lo mais uma vez, não querendo nunca parar de apreciar seu gosto. Passamos mais uns cinco minutos dentro do carro antes de finalmente avisar Jane que estávamos ali na frente.


Já na casa dela, a apresentei oficialmente a Edward, e lhe contei tudo que aconteceu com a gente, assim ela entenderia a história de uma vez por todas. Fiquei feliz ao ver que os dois se deram bem, menos uma pessoa contra a gente.


**********


Porra. Porra. Porra!


O maldito táxi não chegava e já estava atrasada. Eu tinha quinze minutos para chegar no Familjen e nada do taxista. Edward me ligou, provavelmente para perguntar onde eu estava.


– Oi, amor. – atendi com a voz doce e sem transparecer meu estresse.

– Estou aqui embaixo.

– Mas o que?

– Desce logo.


Edward era um louco. Peguei minha clutch e desci. Entrei no carro e dei um selinho nele. Alice estava no banco de trás muito emburrada.


– Que carinha é essa, prima? – ela revirou os olhos e alisou o pano do vestido.

– Estou dentro do meu próprio carro e tenho que sentar no banco de trás. Isso é um absurdo.

– Ai que chata! – a xinguei e virei meu corpo para frente. Repousei minha mão na nuca de Edward, fazendo um carinho gostoso ali.

– Como foi seu dia hoje? – coloquei minha outra mão sobre a sua que já estava sobre a minha perna.

– Normal, Emmett foi lá em casa e nós resolvemos como será o trabalho comigo aqui. – ele virou sua mão pra cima e entrelaçou seus dedos com os meus. – E o seu?

– Divertido, fui no studio da Rachel e passei a tarde experimentando roupas. Acabei renovando meu closet.

– Ai, Bella! Você me prometeu que quando fosse me levaria. – Allie chiou no banco de trás.

– Ué, eu ia levar, mas ontem você disse que passaria o dia com Jasper matando as saudades. – finalmente ela e o namorado tinham reatado. – Queria que eu te interrompesse?

– Hum, não. Mas me leve da próxima vez, por favor.

– Pode deixar.


Alguns minutos depois chegamos ao Familjen, que era o restaurante da minha tia Sarah. Ela decidiu ser chef de cozinha desde nova, era apaixonada por culinária. Vivia sempre acima do peso, algo que incomodava e muito sua mãe. Sarah não era obesa nem nada do tipo, tinha apenas alguns quilos a mais do que deveria, mas Eleanor fazia questão de rebaixá-la por não ter o mesmo tipo físico da irmã mais velha. Encorajada pelo pai, Sarah frequentou escolas de culinária em vários países, acabando por se especializar na culinária mediterrânea. Quando tinha a experiência necessária, regressou aos Estados Unidos a abriu seu restaurante, hoje um dos mais famosos de Los Angeles.


Edward entregou o carro ao manobrista no mesmo momento que Emmett estacionou ali.


– E aí, pessoal? – Emm chegou nos cumprimentando com seu jeito bem humorado. – Preparados para um jantar com a nossa família?

– Eu não! – exclamei rindo. Emmett me puxou para um abraço de urso e eu vi estrelas de tanto que ele me apertou.

– Quer matar nossa prima, maninho? – Alice perguntou.

– Eu não, senão aí quem me mata é Edward.


Cuma? Encarei Edward em busca de uma explicação, mas ele apenas sorriu e deu de ombros. Entramos no restaurante sem precisar enfrentar a pequena fila de espera que havia ali. Na recepção estava uma moça que beleza exuberante. Era loira e um corpo que colocava qualquer mulher em depressão. Ela aparentava ter a minha idade.


– Boa noite, meu nome é Rosalie e eu lhes acompanharei até sua mesa. – ela disse como se já nos conhecesse.

– Boa noite. – respondemos todos, vale ressaltar que o de Emmett foi mais caloroso que o nosso.

– Me acompanhem, por favor.


Ela foi a frente e nós a seguimos até os fundos do restaurante onde uma mesa para quinze pessoas estava arrumada. Como não poderia ser diferente, dona Eleanor estava sentada na cabeceira. Ao seu lado direito estava vovô Rupert, seguido por papai e mamãe. Ao lado dela haviam três lugares vazios, onde me sentei com Edward e Alice. Emmett sentou no lugar vago do outro lado da mesa e então tia Sarah se levantou e começou a falar.


– Bem, eu queria dar boas vindas a todos vocês. Já fazia algum tempo que eu não tinha toda a família reunida aqui no restaurante, e devo agradecer a Edward por pedir que eu organizasse tudo. Preparei um menu especial para vocês e espero que apreciem.


Alice, eu e Edward iniciamos as palmas e o resto da família seguiu. Emmett e Jacob foram mais além e soltaram alguns gritos de incentivo assim como assobios. Tia Sarah ficou vermelha pela atenção dispensada a ela e se sentou ao lado do marido, recebendo um beijo leve nos lábios. Todos sorriram felizes pelo momento de descontração, exceto vovó, que abaixou a cabeça constrangida pelo comportamento inapropriado dos netos, afinal, estávamos num dos restaurantes mais chiques da cidade, um lugar onde uma algazarra dessas não era permitido. Em seguida Edward se levantou ao lado de Alice e pediu a atenção de todos. Ele não quis sentar ao meu lado, para que ninguém desconfiasse de nada.


– Bem, eu chamei todos aqui porque eu quero fazer um comunicado. Todos sabem que há quatro anos eu me mudei para New York para dirigir a filial da Higg Konstruktion de lá. E, de uns tempos pra cá, a vida tem me incentivado a regressar então, bom, eu vou voltar a morar em Los Angeles. – sorri de seu aparente nervosismo, ele ficava tão fofo quando constrangido.

– Isso é sério, meu filho? – Esme perguntou com lágrimas nos olhos.

– Sim, mãe.

– TRAGAM O CHAMPANHE! – Carlisle gritou, assustando a minha avó, essa, que por sinal, nem olhava na minha cara. Ele e Esme rodearam a mesa e foram abraçar Edward. Pude escutar os agradecimentos que Esme dispensava ao filho, dizendo que nada a faria mais feliz que tê-lo de volta em LA. Logo as garrafas de champanhe apareceram e todos brindaram a volta de Edward ao seio familiar.


O jantar se transcorreu normalmente e estávamos saboreando a sobremesa.


– Sério, tia, a partir de hoje eu vou vir comer todo dia aqui. – elogiei tia Sarah. – A comida estava maravilhosa, realmente uma delícia.

– Obrigada, Bella. – ela agradeceu ficando vermelha de novo. Acho que minha tia não era acostumada a receber elogios.

– Só estou falando a verdade. Aquele camarão, meu deus, eu quase tive uma síncope deliciando aquilo, estava divino!

– Obrigada, minha filha. Sempre que quiser, pode vir comer aqui. – ela convidou.

– Olha que eu venho mesmo, ein.

– E eu venho junto. Nossa, tia Sarah... – Alice continuou falando, mas eu desviei minha atenção dela. Senti uma vibração na mesa e reparei que era o celular de Edward. O celular dele, o meu e o de Alice estavam empilhados juntos e quando o peguei para entregar ao dono vi um nome estranho. Tanya. Estranhei por ver uma mulher lhe ligando a essa hora, já passavam das dez horas da noite. Pensei em desligar, o ciúmes me corroendo, no entanto, eu pensei melhor. E se fosse coisa do trabalho? Achei melhor deixar que ele atendesse.

– Ed. – o cutuquei pelas costas de Alice. – Tem alguém te ligando. – entreguei o celular para ele e assim que viu o nome no visor, Edward arregalou os olhos e atendeu com pressa.

– Alô? – ele me pareceu meio nervoso. – Agora? – Edward ouviu mais um pouco do que a mulher falou e se levantou da mesa. Achei que ele apenas ia se afastar para ouvir direito, já que o volume na mesa não estava muito baixo. Mas não, Edward saiu do restaurante.


Que porra está acontecendo?


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Notas finais do capítulo

Estou me saindo uma mentirosa de primeira! Digo que vou sumir e olha eu aqui com mais um capítulo pra vocês haha Mas os comentários que vocês deixam me animam demais e eu vou logo correndo escrever mais e mais. Vou aproveitar enquanto ainda estou com o computador e ir escrevendo ao máximo possível.

Com relação a briga Bella/Eleanor, eu não quis que elas se pegassem agora, essa briga vai acontecer mesmo quando a avó descobrir sobre beward.

Muito obrigada pelas reviews, elas estão aumentando cada vez mais! Consequentemente, terão os capítulos mais rapidinho heheh


I hope you enjoy!

ps: Tanya? hmmm