Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Certo gente, desculpe msm pelo meu surto daquele dia, mas eu realmente não tava legal.
Eu ia deixar esse cap pra postar mais pro fim do mês, pois não táh tendo cm escrever, mas depois que vi a super (primeira) recomendação da FuckingStar eu simplesmente não resisti e postei. Não era o texto original, mas depois dessa linda recomendação, eu editei o finalzinho para não parecer MUITO com o filme.
Esse cap vai pra vc, linda, vllw pela recomendação!!



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Capítulo 7

- Não me lembro desse caminho. – queixou-se Susana.

- Mulher é assim. – disse Pedro. – Nunca consegue guardar um mapa na cabeça.

Eles andavam por entre rochedos altos que ficavam no meio da floresta, à procura de um caminho para seguir que o levassem até a Mesa de Pedra. Porém, as coisas haviam mudado desde a última vez que estiveram ali. E Lena, como não conhecia absolutamente nada, preferiu andar ao lado de Lúcia e Susana. Poderia muito bem ter ido com Edmundo, já que tinha mais convivência com ele, mas desde que chegou ali ela não sentia que fosse certo tentar continuar a relação deles do mesmo jeito que era antes.

Parecia extremamente errado enganar a si mesma desta forma. Mas, de algum modo, sentia que estava sendo observada por trás. Sempre olhava para verificar, flagrava o menino olhando diretamente para ela. Dava de ombros, imaginando que era porque ela estava bem à sua frente e continuava a caminhada.

- É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas. – defendeu-se Lúcia.

Elena riu, mas ouviu outra risada discreta sobrepujando a sua. Olhou para trás e viu Edmundo dando de ombros para ela. Ela sorriu, sem poder evitar.

- Queria que tivesse ouvido NCA logo de cara. – reclamou Susana.

- NCA? – perguntou Edmundo, sua voz grossa reverberando pelos ouvidos de Lena e fazendo os pelos de sua nuca se arrepiarem.

- Nosso Caro Amiguinho. – respondeu Elena, trocando olhares divertidos com as duas meninas ao seu lado.

Edmundo parou sobre um pedregulho, com a mão na espada e olhando divertidamente para o anão logo abaixo.

- Que apelido mais carinhoso, não é mesmo?! – ironizou o anão.

- Você ainda não viu nada. – disse Edmundo, descendo da pedra e seguindo ao lado do anão.

- Acho que terei medo de descobrir mais.

- Acredite, Lena não é muito gentil nos apelidos. – disse Edmundo, lançando um olhar sonhador em direção à menina, que não passou despercebido pelo anão.

- Gosta dela?

- O que?! – Edmundo assustou-se com a pergunta repentina e tropeçou em uma raiz protuberante. Felizmente, o anão o segurou pelo pulso, impedindo-o de cair.

- Acho que não precisa responder. – retrucou o anão, apressando o passo e deixando Edmundo emerso em pensamentos.

Continuou em frente, atravessando um portal de pedras, mas parou. Pedro entrava parado em frente a uma grande lacuna de pedras que estava no meio do caminho.

- Eu não estou perdido. – resmungou, frustrado.

- Não. – disse o anão, descendo de uma grande pedra. – Só está indo pelo caminho errado.

- Você viu Caspian no Bosque Trêmulo e o melhor caminho é atravessar o rio Veloz. – insistiu o loiro.

- A não ser que eu esteja enganado – disse o anão, olhando em volta e depois voltando a encarar o menino – não existe passagem por aqui.

Elena bufou. Já estava ficando sem paciência de tanto andar. Ela não fora feita para caminhar e a dor em suas pernas mostrava bem isso. Ela deu alguns passos para trás, certa de que haveria uma lacuna de pedras há alguns metros para se escorar. Mas ao invés disso esbarrou em algo um pouco mais macio e apenas não caiu de susto, pois braços a seguraram firmemente pela cintura. Olhou para trás e encontrou dois pares de olhos escuros e misteriosos.

- Então está explicado. – ouviu Pedro retrucar atrás de si, mas não se importou muito. – Você se enganou.

Os braços de Edmundo a soltaram tão rapidamente quando a seguraram.

- Desculpe. – Elena conseguiu se forçar a pronunciar. – Estava procurando uma pedra para me escorar. – depois de dizer, percebeu o quanto soava ridículo após ter trombado nele.

- Está cansada? – perguntou preocupado.

- Um pouco. – respondeu, fazendo uma careta.

Ela não queria sair de perto dele novamente, além de que sabia que ele perceberia que algo estava diferente nela. Então, Elena simplesmente se virou e tentou prestar atenção na discussão do anão e de Pedro, enquanto sentia que Edmundo envolvia seus ombros em um abraço de lado.

- Eu não me enganei. – disse o anão, mas Pedro não pareceu escutar.

- Podemos resolver isso civilizadamente? – perguntou Susana.

- Susana, não enche! – reclamou Pedro.

A menina pareceu ofendida.

- Só estou querendo ajudar...

- Vamos apenas continuar o caminho e pronto. – disse Pedro por fim, virando-se e seguindo por entre as lacunas.

Lena tentou seguir em frente, mas a dor em suas pernas era tão grande, que acabou tropeçando nos pés e quase caíra no chão. Parou alguns segundos para respirar e seguiu atrás dos outros pelo espaço mínimo entre as pedras. Edmundo, que estava bem atrás dela, estava cada vez mais preocupado. Elena parecia-lhe exausta e não parecia que aguentaria muito mais tempo sem descansar. Quando a viu se ancorar em uma árvore, minutos depois, viu que deveriam parar.

Aproximou-se da menina, com o cantil de água em mãos e ofereceu a ela. Elena não estava suada, apenas cansada. Ela balançou a cabeça, recusando.

- Estou bem, é sério. – garantiu, mas Edmundo sabia que era mentira.

- Pedro! – gritou pelo irmão, pedindo que ele parasse.

Todos pararam e olharam para trás, à procura de algum problema.

- O que foi agora? – perguntou o anão rudemente, mas todos recuaram e pararam sobre uma árvore um pouco distante. Trumpkin não teve escolha senão segui-los.

Lena, vendo que não tinha escolha senão parar, caiu sobre as pernas à base da árvore. Edmundo sentou-se ao seu lado, ainda disposto a fazê-la beber um pouco de água.

- Beba, Lena. Você está cansada.

- Eu estou bem. – insistiu a menina.

- Deixa de ser teimosa! – disse Edmundo, pegando a mão da menina e colocando o cantil ali. – Beba, por favor.

Lena suspirou, sabendo que sua teimosia só era superada pela dele. Levou o cantil aos lábios e saboreou o líquido fresco passando por sua garganta. Devolveu o cantil depois de ter bebido dois pequenos goles e sorriu ao ver que Edmundo não percebera o quão pouco tomara.

- Melhor voltarmos a caminhar.

Mas Edmundo ainda não estava satisfeito, pois sabia que ela estava cansada. Virou para Pedro, que estava há alguns metros de distância.

- Cinco minutos? – gritou.

Pedro assentiu e quando o moreno voltou a olhar para a menina ao seu lado, viu aquele olhar sanguinário que ela lhe lançava toda vez que ele fazia alguma besteira.

- Eu falei que estou bem!

- E eu falei que está exausta. – disse ele calmamente, vendo que ela estava se acalmando. – Isso não é como aquelas aulas de educação física que você sempre chega à meta.

- Como assim? – perguntou Lena.

- Isso aqui é uma guerra e eu farei de tudo para protegê-la.

Elena sentiu suas bochechas queimarem e, impulsivamente, deitou-se no ombro de Edmundo, sentindo-se totalmente protegida.

- Obrigada, Eddie. Mas você sabe que nem sempre preciso de proteção.

- Sim, eu sei. – disse ele, aprumando o corpo e envolvendo a cintura da menina em um abraço. – Mas você continua sendo minha pequena. Não deixarei nada te machucar.


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