Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Heey, povo!! Acho que aqui eu ainda não tinha comentado que eu fiz uma programação pras postagens de fanfics. Serão dois blocos, com apenas uma ou duas postadas diariamente: A Herdeira de Hécate, e estou pensando em colocar Alinhamento Astral também. Hurricane está no segundo bloco, junto com Secret. São dois blocos, cada um postado a cada suas semanas. Farei o possível para conseguir dar conta desses horários, mas espero que vocês ajudem também, com os comentários - que diminuíram bem de uns tempos pra cá. Ainda mais que a fic tá pra acabar, e não quero acabá-la meio que forçada, sem animação alguma.



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Hurricane II

Capítulo 6

Lena ainda podia ver alguns marinheiros trabalhando. O sol estava quase se pondo e Caspian já tinha avisado que eles normalmente acompanhavam o horário de sono do sol, para que pudessem se levantar juntamente com eles. Mas ainda era um pouco difícil. Por isso, ela estava sentada sobre um barril no canto do convés, conversando com Colin. Naquele momento, estaria com Edmundo, mas este estava discutindo alguns últimos pontos com Caspian, pois a chegada às Ilhas Solitárias parecia próxima. Mas ela não se importava. Estava bem em conversar com Colin, descobrir que tinham mais em comum do que esperavam.

E o loiro estava se mostrando um ótimo amigo. E era brincalhão também.

– ... e então ele vai para a cabeça daquele dragão todo santo dia e começa a cantar. - dizia Colin. - Ainda não entendo como eu mesmo não vou e canto com ele, porque praticamente já decorei a canção.

– Sério?! - questionou Lena, risonha. - E ele nunca se cansa?!

– Não. - Colin balançou a cabeça, com um sorriso brotando nos lábios. - Parece ser um tipo de vício ou ritual. Nunca entendi muito bem.

– Mas ele realmente não sabe o que significa?

– Parece que não. - respondeu Colin. - Ele sempre diz que foi uma dríade que cantou para ele. Mas ainda tenho minhas desconfianças de que aquele rato que bateu a cabeça quando filhotinho.

– Hey, não diga isso. - reclamou Lena, mas sabia que ele não levaria tão a sério. - Ripchip é bem legal.

– Eu sei. - concordou o loiro. - Mas adoro rir dele, principalmente quando fica envergonhado.

Lena soltou uma risadinha, sem querer. - Bem... Rip é Rip, é difícil mudar. Mas eu adoro aquele ratinho.

Edmundo saiu de sua reunião com Caspian, e imediatamente procurou Lena com os olhos, como tinha o costume de fazer. Mas não ficou feliz em vê-la conversando animadamente com Colin, um pouco afastados dos marinheiros que finalizavam seus serviços pelo convés. Talvez fosse simplesmente sua birra com o loiro, mas sabia que não era isso. Lena parecia se divertir com o que Colin dizia, e isso diminuía a moral de Edmundo. Tinha medo de perder Lena para quem quer que fosse.

– Não precisa se preocupar, ela te ama. - disse Caspian, ao ver a expressão melancólica no rosto do amigo e perceber para onde ele olhava.

Edmundo se assustou com a afirmação de Caspian. - M-mas, eu não..

– Eu te conheço, Edmundo. - disse Caspian, colocando a mão sobre o ombro do amigo. - E conheço ela. E me lembro bem de como foi quando vocês finalmente tomaram coragem. Aliás, me lembro bem de como eu e Augustus tínhamos o prazer de perturbá-la por causa disso. Era hilário como ela ficava envergonhada em questão de segundos.

Edmundo sorriu sonhadoramente. Lembrava-se bem como ele ficava sempre preocupado com a proteção dela. E em como ela o beijara pela primeira vez, depois de ele lhe contar a história de seu passado sombrio. Lena percebeu que Edmundo finalmente saíra do camarote.

– Colin, acho que eu vou indo. Edmundo já saiu.

Colin seguiu seu olhar e percebeu o olhar melancólico e levemente ameaçador que Edmundo os mandava e resolveu que não iria querer problemas com sua majestade.

– Tudo bem. Até mais Lena. - ele despediu-se, antes de se juntar aos outro marinheiros no fim das tarefas.

Lena foi andando até onde Edmundo estava, sorrindo.

– Demoraram. - ela disse a ele e a Caspian.

Caspian sorriu. - Talvez só um pouquinho. Vou ver com Drinian se temos algum sinal de terra.

Acenou, e saiu. Lena se virou sorrindo para Edmundo, até que viu a expressão carrancuda dele.

– O que foi? - ela perguntou, preocupada.

– Não gosto daquele cara. - respondeu Edmundo, franzindo os lábios em uma linha tensa.

– De quem, do Colin? - perguntou Lena, e bufou quando ele não respondeu. - Ele é legal, Edmundo, devia dar uma chance a ele!

– Não se essa chance me tirar a garota que eu amo. - murmurou ele, a contra-gosto, e rezou para que ela não tivesse ouvido.

Mas ela ouviu. Lena tomou o rosto dele entre as mãos, obrigando-o a olhá-la nos olhos.

– Hey. Já disse que eu te amo, Eddie. Nada e nem ninguém vai mudar isso.

E se inclinou para tomar os lábios dele nos seus, sentindo toda a explosão de sensações quando ele a puxou pela cintura para mais próxima de si e passando a língua sobre seus lábios para pedir passagem. Que ela logo concedeu, agradecendo mentalmente por ele a estar segurando firmemente, pois sabia que desabaria pela ineficácia que suas pernas entraram naquele momento. Mas parecia que o universo estava sempre contra eles, pois logo ouviram um voz meio longínqua gritando.

– Terra à vista!

Lena e Edmundo logo se separaram, meio atônitos. Lena viu a comoção de marinheiros agitando o convés e finalmente se deu conta da ilha que se estendia no horizonte, a bombordo do navio. Puxou Edmundo pela mão em direção ao leme, onde se lembrou de que Caspian e Drinian possivelmente estariam. Quando lá chegaram, Caspian já mirava a praia distante com sua luneta. O sol ainda estava baixo no horizonte, era fácil ver uma linda linha fina alaranjada do nascer do sol.

– Onde chegamos? - perguntou ela aos dois.

– As Ilhas Solitárias. - dizia Drinian. - O Porto Estreito.

– Que estranho! - comentou Caspian, preocupado, passando a luneta para Drinian e logo em seguida para Edmundo. - Nenhuma bandeira de Nárnia à vista.

– Mas as Ilhas Solitárias sempre foram de Nárnia. - observou Edmundo, encabulado.

– Parece suspeito. - disse Caspian.

– Já eu acho que tem algo de muito errado nisso... - comentou Lena, em voz baixa, mas pode ser ouvida pelos outros.

– Acho melhor a gente desembarcar. - sugeriu Edmundo. - Drinian?

– Me perdoe, Majestade - respondeu o capitão -, mas a cadeia de comando começa pelo Rei Caspian neste navio.

– Tudo bem.

Edmundo ficara decepcionado. Nunca tinha sido o primeiro a decidir nada, por quê agora seria diferente? Lena, ao ver a expressão que tomara o rosto do namorado, logo tratou de tentar ajudar. Lena então se colocou ao lado de Edmundo e se apoiou na balaustrada lateral do Peregrino, conseguindo uma visão perfeita dos três homens.

– Caspian, tenho certeza de que seria uma boa ideia dar uma checada. - ela disse e pode ver a expressão no rosto do namorado mudar. Edmundo deu-lhe um leve sorriso. - Não custa nada.

– Vamos usar os botes. - disse Caspian e Lena abriu um sorriso largo, feliz por ver que Edmundo também sorria. - Drinian, pegue alguns homens e vá até a praia.


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