Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 5
Capítulo IV - Something's Got a Hold On Me


Notas iniciais do capítulo

"Deixe-me dizer agoraEu tenho uma sensação, eu me sinto tão estranhaTudo em mim parece ter mudadoPasso a passo, eu tenho um novo jeito de caminharAté soo mais doce quando falo
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Deixe-me dizer agoraEu nunca me senti assim antesAlguma coisa tem poder sobre mim, não deixará passarAcredite, eu voaria, se eu apenas pudesseCom certeza me sinto estranha, mas com certeza é bom
...
Deixe-me dizer, você sabeMeu coração está pesado, meus pés estão levesTenho tremores, mas eu me sinto bemNunca me senti assim antesAlguma coisa tem poder sobre mim, não deixará passarNunca pensei que pudesse acontecer comigoMe deixa feliz quando estou na misériaNunca pensei que poderia ficar assimCom certeza o amor precisa colocar um limite em mim"
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E esses foram alguns versos de uma das minhas músicas favoritas da incrível cantora de jazz e blues dos anos 60, Etta James... Infelizmente ela morreu ano passado, mas ela será eterna pelo menos para mim... E pra quem não conhece as músicas dela ainda, super indico :)
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No capítulo vocês vão escutar a música interpretada pela Christina Aguilera logo no comecinho
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Link camuflados nas seguintes palavras:
"Juliana acordou"---> música
"visse nele"-----------> imagem
"Damon"---------------> música



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Juliana acordou na manhã seguinte, mas permaneceu de olhos fechados por uns minutos, o medo do tempo de sono não ter sido suficiente para ela ser oficialmente uma vampira a aterrorizava.

Na verdade, ela foi acordada por um barulho um pouco familiar, e suas pálpebras ficaram fechadas até que ela reconhecesse a natureza do barulho. Era um barulho de água... Era um barulho de água batendo em porcelana, depois era porcelana sendo esfregada por uma esponja? É, era uma esponja... Depois era água de novo... Alguém estava lavando pratos... Alguém estava lavando pratos e o barulho a incomodou ao ponto de acordá-la... Alguém lavava pratos na cozinha... Mas era na cozinha da casa do outro lado da rua... Isso significa que... Juliana abriu os olhos e sorriu.

Ela se sentou, sorriu de novo, fechou os olhos e se concentrou, tentou trazer sua audição para mais perto, ela demorou um pouco para conseguir dominar-se, mas em poucos segundos já estava escutando Alaric roncar baixinho no quarto do fim do corredor e Jeremy ressonando no quarto ao lado, todos na casa ainda dormiam, ela conseguiu constatar apenas com os ouvidos.

Juliana abriu os olhos novamente e gargalhando, deu socos de felicidade no colchão. Ela era uma vampira agora, o mundo não poderia ficar mais perfeito.

Juliana então começou um ritual de comemoração em silêncio, mas tinha música, muita música na sua mentezinha satisfeita e feliz. Ela ficou em pé e começou a pular na cama no ritmo de Something’s Got A Hold On Me como se a música estivesse tocando de verdade.

Ela tremeu as pernas como Elvis Presley, depois começou a tocar uma guitarra imaginária no ritmo. Juliana chegou à beirada da cama, tapou o nariz com a mão esquerda, levantou o braço direito, e fazendo o passo do nadador ela pulou da cama.

Já no chão ficou uns instantes se inclinando para frente e para trás sacudindo os ombros, começou a chacoalhar como nos anos sessenta e em seguida pegou uma escova de cabelo e sem fazer nenhum som ficou cantando e dançando na frente do espelho.

Minutos depois ela já estava tomando banho debaixo do chuveiro e usando o vaso do shampoo como microfone. Assim que acabou o banho se enxugou o mais rápido possível ainda chacoalhando.

Juliana tinha que escolher uma roupa para vestir, ainda enrolada numa toalha jogou cada peça de roupa na cama. Depois pulou de novo no sei leito sem se preocupar se estava pisando na roupa, deu mais umas chacoalhadas com os ombros, e tirou a toalha sensualmente.

Vestiu-se em pé mesmo na cama, e pulou novamente no passo do nadador, fez mais um passinho dos anos sessenta quando aterrissou e começou a mexer os quadris juntamente com os ombros e as mãos.

Voltou para o espelho na tentativa de desembaraçar os cabelos, mas a escova atuou mais como microfone do que como um pente. Finalmente pronta, ela começou a arrumar a bagunça que tinha deixado o quarto, mas ela ainda dançava e sorria sozinha.

Não, ela não estava louca! Ela estava em êxtase, muito empolgada com o poder que sentia dentro dela. Juliana não via a hora de que Bonnie chegasse para encantar logo esse anel e ela pudesse logo sair porta a fora para aproveitar o mundo com as suas novas sensações e sentidos. Ah, isso será muito divertido!

A garota sentou-se bem comportada na poltrona em frente a porta imaginando a entrada de Bonnie e Damon a qualquer momento, esperou dez minutos, vinte minutos, meia hora, uma hora e já estava entediada. Seu interior queria explodir de tanta energia, mas ninguém chegava, nem para saber se a transição havia se completado. Ela então decidiu se distrair escutando as pessoas que acordavam na casa.

Juliana já estava entediada de também ficar escutando Jeremy, Elena, Alaric e Jenna tomarem café, ela já estava jogada de forma desleixada na poltrona até que ela ouviu um barulho de carro familiar apontar na esquina, só podia ser o de Damon.

Quando o carro estacionou ela teve o impulso de levantar e ir até a janela, mas antes que abrisse a cortina se lembrou do motivo de elas estarem fechadas e desistiu, mas algo a motivou, Juliana queria testar. Ela então abriu delicadamente e permitiu que só um fino feixe de luz solar entrasse no quarto.

A garota não resistiu e colocou o dedo indicador no feixe. Imediatamente ela retirou, sentiu no lugar onde o sol encostou a sensação de queimadura quando se encosta a um ferro de passar roupa bem quente. Involuntariamente colocou o dedo na boca e depois retirou para observá-lo.

A pequena parte ferida parecia muito uma queimadura de terceiro grau, mas aos poucos ela foi se atenuando até simplesmente desaparecer. A porta do quarto se abriu, Damon, Alaric e Bonnie adentraram o cômodo, Juliana foi pega no flagra olhando para o dedo curado ao lado da cortina e do feixe de luz.

– Você testou, não foi? – Damon tinha uma cara risonha.

Juliana não entendeu o motivo.

– Testei, por quê? – Ela disse.

– Todo mundo testa... – Ele riu. -... E aí? – Ele queria saber se ela já era uma vampira.

– Queimou... E curou... – Agora era Juliana quem sorria.

Bonnie estava com seu Grimório começou a folheá-lo até encontrar a página do feitiço.

– Onde está o anel? – Ela perguntou.

– Está aqui! – Damon retirou algo do bolso e entregou á bruxa, embrulhado pela mão, Juliana não conseguiu ver o anel.

Bonnie abriu um pouco mais a cortina, deixando um pouco mais de sol entrar no ambiente e colocou o anel no parapeito iluminado, a nova vampira sentou-se na cama ao lado da janela para poder observar o ritual de perto, enquanto Alaric continuava calado e de braços cruzados, ele estava lá apenas para dar apoio moral ou talvez só por curiosidade mesmo.

Damon sentou-se ao lado de Juliana e deu um sorrisinho para ela quando esta se virou para ele despertada da atenção em Bonnie que falava na língua estranha dos feitiços.

– Demora? – Alaric perguntou.

Damon balançou a cabeça negativamente.

– Acabei. – Disse Bonnie.

A bruxa pegou o anel do parapeito e entregou nas mãos de Juliana que finalmente pode vê-lo. A nova vampira teve uma grande surpresa, ela esperava por uma coisa totalmente diferente, talvez gigante como os anéis de Stefan e Damon ou algo que ela iria detestar já que Caroline não gostava muito do próprio anel.

Mas a verdade é que Juliana olhou para o anel e foi amor à primeira vista, ela gostou muito. Ele não era exagerado demais como o dos Salvatore, mas também não era muito simples, e ele não era detestável, pelo contrário, era adorável.

Com certeza não seria nada desagradável ter que usar essa joia para todo o sempre. Era prata como todos os anéis diurnos que ela já vira, tinha uma pedra única como os outros também, ele não tinha nada de muito especial, mas era como se ela se visse nele.

– É perfeito!... Foi você quem comprou? – Juliana perguntou tirando os olhos do anel na palma de sua mão e olhando para Damon.

– Foi... – Disse o vampiro contente de ter agradado.

– Em uma joalheria 24hrs? Porque você saiu daqui ontem à noite muito tarde... – Comentou Alaric.

– Na verdade, já tem um tempinho que eu comprei... Eu estava passando na frente da joalheria, o vi na vitrine e achei que você iria gostar, não tinha certeza se era lápis-lazúli então entrei na loja para conferir e acabei comprando... – Damon explicou.

– E por que você viu um anel de lápis-lazúli e se lembrou de mim? – Juliana indagou.

– Ora, porque eu tinha esperança que você ia pedir por isso, para ficar comigo pra sempre. – Disse ele e Juliana sorriu feito boba.

Alaric revirou os olhos e riu, ele achava estranho ver o amigo nessas situações.

– Ah! Então quer dizer que você transformaria ela em vampira mesmo se isso não tivesse acontecido por acidente? – Bonnie viu maldade na intenção de Damon.

– Não! Claro que não!... Eu nunca a transformaria, nem nunca pediria para ela abrir mão de uma vida humana, mas tinha esperança que ELA pedisse e ELA decidisse isso... Francamente Bonnie, você esperava o que? Que meu sonho era que Juliana vivesse e morresse com uma humana e envelhecesse ao lado de outro humano... Eu a quero comigo, mas só se ela ficar feliz com isso... Esquece quem eu sou? Eu sou o Salvatore egoísta, lembra?!... – Disse Damon.

– Eu amo esse Salvatore egoísta... – Juliana quebrou o momento de troca de farpas dos dois.

Damon voltou a olhar para ela e sorriu até ver que a garota ia colocar o anel.

– Não! – O Salvatore tomou o anel da garota. Ela o olhou confusa e ele esclareceu. -... Eu quero fazer isso.

Damon pegou delicadamente a mão direita da namorada e a elevou no ar para que ele pudesse pousar um beijo bem suave. Enquanto ele beijava a mão dela jogou um olhar sensual forçado e Juliana começou a rir, depois ele apoiou a palma da mão da garota nos quatro dedos da mão esquerda dele mesmo enquanto o polegar segurava o peito da mão dela e bem vagarosamente Damon colocava o anel diurno no dedo anular de Juliana, enquanto os dois riam um para o outro como se guardassem um segredo.

Alaric e Bonnie acharam aquilo muito estranho e se entreolharam.

– Mas o que significa isso? – Alaric não se segurou e teve que perguntar.

– Nada, eu só estou colocando o anel enfeitiçado nela. – Damon disse e beijou a mão dela novamente.

– E por que todos esses risinhos? – Bonnie indagou também.

– Ora, não se pode nem mais rir... – Damon disse, e logo em seguida ele e Juliana riram outra vez.

Ric estava um pouco pasmo.

– Isso foi mesmo o que eu pensei que foi? – Disse ele.

– Sua imaginação anda muito fértil... – Damon retrucou. Juliana continuava calada.

– Minha imaginação... Sei... – Disse Alaric.

– Okay, chega de especulações!... Tem uma recém-transformada vampira que precisa tomar café. – Disse Damon levando Juliana pela mão para fora do quarto. - O que você gostaria de comer, meu bem?...

– Panquecas?... Estou faminta... – Ela disse permitindo-se ser guiada até a cozinha.

– Não é desse tipo de cardápios que eu estou me referindo... Falo de algo mais líquido e vermelho... – Damon riu.

– Ah, sim! Sangue... Mas como assim cardápio? Sangue é sangue, ora... – Juliana se sentou na bancada da cozinha enquanto Damon pegava um copo limpo.

[Continua...]








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Notas finais do capítulo

"Vida sem amorÉ tão solitária, babyEu não acredito que eu vá suportar issoA minha vida toda eu tenho estado perdido por sua causaEntão venha pra casa, queridaVenha e acabe com issoTudo o que eu tenho feito desde que você se foi é chorarE você nunca pensa ou se preocupa com essa cabecinha sobre o que eu vou fazer"..Trecho de "Who's Lovin' You" do Michael Jackson interpretada pelo Michael Bublé..Acho que esse capítulo acabou dedicado a alguns cantores eternos uhasuhsauhsa....Espero que tenham gostado Beijos