Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 4
Capítulo III - Ekko’s Sounds Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Oh, eu ouvi que você era problemaE você ouviu que eu era problemaMas o seu nome é uma onda me derrubandoSem jogos, apenas um escravo totalmente seuPorque eu não me importo com o que eles dizem sobre vocêE você não se importa com o que eles dizem sobre mimMas você sabe o que eles dizem sobre problemas.Me ponha para baixo se você quiserE eu espero que você queiraPorque eu quero ser seu homemE eu quero dizer isso altoVocê pode me mostrar onde o problema vaiDiga-me segredos que apenas os problemas conhecemPorque você quer ser minha garotaE você quer dizer alto.Eu quero que você saiba que eu estou com vocêMesmo quando toda a fundação parece rachadaDuas crianças punks contra o mundoEi problema, lá vai o problemaNós poderíamos ser rei e rainha do luarDois jovens amantesE quando estivermos de bom humorMe ouvirá dizer 'eu quero você'..É só um trechinho da música tema da minha parte favorita do capítulo (Pull Me Down - Mikky Ekko), eu acho que também vai ser a parte favorita de vocês hihihi.....Mais uma vez muito obrigada Lady Mikaelson por suas capas perfeitas *-*
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Links de músicas camuflados nas seguintes palavras:
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"Querido Diário"
"seu diário"
"morto..."
"Yello!"
"abraçando"



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Querido Diário,

Você deve estar se perguntando o porquê de eu ter demorado tanto tempo para atualizá-lo, mas aqui vai a resposta: Eu fui sequestrada.

É isso mesmo S-E-Q-U-E-S-T-R-A-D-A!... Por quem? E Por quê? Se prepare diário! Porque a história é muito complicada e até difícil de compreender.

Fui sequestrada por ninguém mais ninguém menos que James, meu ex, dá pra acreditar? Ele era um vampiro apaixonado por “Giuliana” e queria que eu fosse dele por causa dessa semelhança, mas tudo ainda piora: ele teve ajuda de um bruxo, chamado Kevin que simplesmente é meu irmão! Você deve estar tão pasmo quanto eu quando soube. Eu tinha um irmão, isso era e ainda parece meio impossível... Mas aqui é Mystic Falls afinal, e nada do que se pensa ser impossível esse lugar mostra que não o é... Entretanto, vou falar desse negócio de irmãos mais tarde, deixe-me fazer um resumo dos piores dias da minha vida:...

James me sequestrou quando eu estava voltando de um ensaio com outras líderes de torcida, ele me fez apagar com um pano ensopado de sonífero, e quando acordei estava num quarto de motel sem janelas com esse pirado, ele contou toda sua historinha doente de querer que eu fosse a “Giuliana” dele... Digo doente, mas no final das contas o psicopata até que estava certo só que pela metade, você entenderá!... Passei mais que um mês trancada com eles, passei meu aniversário com aquele doido e o bruxo, nem preciso mencionar que foi o pior de todos.

Os dois tinham um tipo diferente de loucura, o outro queria a mim para ele e vingança de Damon por “Giuliana” e eu amarmos ele, e o outro queria um tal Grimório dos Grimórios que eu não faço ideia de onde esteja até hoje...

E um dia quando eu estava sozinha com Kevin ele me confessou só por prazer que tinha o hobby de praticar vodu com umas bonequinhas e que de alguma forma ele fez isso a Damon para que ele me magoasse irreversivelmente, entende o que ele fez diário? Ele fez Damon me trair com uma das minhas melhores amigas... Entende o que isso significa? Damon não estava no controle, ele não fez por mal ou por ser um vadio... Foi Kevin!...

E graças ao poder espiritual (eu sei diário, parece uma coisa bem tosca “poder espiritual”, mas...) eu e Damon nos encontramos em sonho e foi real! Em sonho, mas mesmo assim era eu e ele juntos! E fizemos as pazes, eu o perdoei e ele me perdoou...

Juliana que estava em seu quarto, na casa Gilbert, foi interrompida por uma batida em sua porta. A garota fechou o diário marcando-o com uma caneta e o deixou sobre a cama, foi atender quem batia.

– Ah! Oi, Bonnie... – Disse ela sorrindo ao abrir a porta.

– Posso entrar? Queria falar com você... – Bonnie parecia um pouco tensa.

– Pode sim... – Juliana abriu espaço e fechou a porta quando a bruxinha passou. -... É algo sério?

Bonnie cerrou os pulsos e caminhou, um pouco, pelo quarto em círculos.

– Não é... É sim! – A bruxinha não conseguia esconder seu desconforto -... É muito sério, é que eu estou procurando uma forma delicada de fazer isso... – Bonnie ainda andava em círculos e cerrava os pulsos.

– Bon, não é por nada não, mas VOCÊ ESTÁ ME ASSUSTANDO! – Juliana parou frente a frente com a amiga e segurou os pulsos dela fazendo-a parar de andar. -... Que tal sentarmos e você me contar o que está te incomodando?

As duas sentaram-se na cama enquanto Juliana empurrava o diário para mais longe.

– Não tem nada me incomodando, tecnicamente. – Bonnie ainda parecia muito agoniada.

– Então o que te traz aqui? O que você quer me falar? – Juliana a olhava nos olhos tentando tranquilizá-la. – Pode falar... Sem problemas.

– Err... Quando a Caroline se transformou eu agi muito mal com ela, não quero agir do mesmo modo com você, mas eu tenho que te dar um aviso e não sei como fazê-lo sem parecer ser rude... – Bonnie tentava se explicar.

– O que você quer dizer? Aviso? – Juliana perguntou confusa, mas esse era apenas um prelúdio das mudanças que ocorreriam em sua vida.

– Não me entenda mal, eu não quero bancar a megera, mas... – Bonnie fez uma pausa

– Bonnie... – Juliana a segurou pelos ombros. -... Fala!

Bonnie inspirou fundo e começou a realmente desembuchar.

– Amanhã de manhã eu virei aqui como o combinado e vou fazer o feitiço num anel de lápis-lazúli para que possa caminhar ao sol e ter uma vida normal... Só que do mesmo jeito que posso enfeitiçar eu posso “desenfeitiçar”. – Ela disse.

– E por que você faria isso? – Juliana disse assustada.

– Eu faria se você burlasse a condição para usar o anel. – Disse Bonnie um pouco aliviada por ter colocado para fora.

– Que condição seria essa? – Juliana perguntou apavorada como se estivesse pisando em ovos.

– Você não pode machucar ou matar alguém inocente. – Bonnie respondeu.

– É isso? – A Gilbert perguntou quase sem acreditar.

– É. – Disse a bruxa.

Juliana se jogou na cama completamente aliviada e quase risonha.

– Ufa!... Pensei que você ia por como condição alguma coisa difícil, tipo: que eu entrasse no Baú de Dave Jones ou que eu me voluntariasse como tributo para algum jogo voraz... – Com um ar brincalhão, Juliana jogou um travesseiro em Bonnie.

Bonnie jogou o travesseiro de volta, também em brincadeira, mas depois voltou a falar com seriedade para a garota deitada que ainda aproveitava a sensação de alívio.

– Eu acho que você ainda não percebe que essa condição que eu coloquei não é fácil de ser cumprida em pessoas que estão no seu estado... – A Bennet disse.

– “pessoas que estão no seu estado”... Eu estou o que? Possuída? Bon! Sou eu! Sou só eu... Sei que você tem problemas com confiança em vampiros, mas eu não vou me tornar outra pessoa só porque agora me tornei uma deles, não é como se eu virasse uma Noiva do Conde Drácula e fosse sair por aí atrás de pescoços para rasgar, eu não tenho interesse algum em machucar alguém... – Juliana também falou com seriedade para Bonnie, assim que se levantou.

– Eu sei que você não quer nada disso, mas é a natureza de um vampiro, querendo ou não há mais escuridão dentro de você do que jamais antes... Mas assim como a Caroline sabe lidar com isso bem, sei que você também irá. – Bonnie sorriu.

– Viu?! Não há com o que se preocupar... Está tudo bem e sempre ficará assim. – Juliana sorriu de volta, e as duas se abraçaram.

– Acho melhor eu ir agora, amanhã cedo eu venho... – Disse Bonnie quando as duas se separaram.

– Até amanhã, Bon... – Juliana disse.

– Até.

Assim que a bruxa saiu, a garota sorriu um pouco sozinha da preocupação boba da amiga e voltou a escrever em seu diário.

Onde eu estava? Ah sim! Eu e Damon fizemos as pazes através de um sonho ♥ ... (Desculpe diário, Bonnie veio falar comigo e me interrompeu no meio do raciocino)... Bem, mas é claro que nós dois não tínhamos certeza que era real para os dois aquele sonho então combinamos uma pergunta e resposta inusitadas que só se realmente estivéssemos juntos em um só sonho saberíamos a combinação... Eu perguntaria a ele qual a cor dos meus olhos e ele não responderia a cor dos meus ele responderia a cor dos dele... E por isso sei que isso é real... Quando Damon foi me salvar eu perguntei qual era a cor dos meus olhos e ele respondeu “azuis”!

Mas essa foi à menor das surpresas que eu tive naquela noite, naquele casebre abandonado no meio do nada que aqueles psicopatas decidiriam para cenário do que para as mentes idiotas deles deveria ter sido o final da minha história, mas acabou sendo o final da deles... RUM!

Kevin deixou James com o dobro de força e poder que Damon tinha, e enfeitiçou o casebre para que apenas pessoas/vampiros que não estivessem enfeitiçados por outros bruxos conseguissem entrar. No caso Bonnie, pois ela fez feitiços de proteção em Alaric, Caroline e Stefan, mas quando chegou a vez de Damon ela estava muito fraca para fazer isso, ou seja, não o protegeu magicamente.

Damon foi pego numa emboscada, acabou preso junto comigo, e suas correntes estavam banhadas em verbena. Mas as grandes revelações começaram quando Kevin mandou James ir vigiar e provocar um pouco a equipe do meu resgate que ficou detida do lado de fora da casa abandonada por causa da bruxaria dele.

Kevin fez a maior e a mais importante das revelações, eu, Juliana, sou Giuliana também... Como? Carmela, a bruxa dos meus sonhos era ama de Giuliana (minha ama, em outra época), ela sempre temeu pela minha vida, porque eu nunca fui uma humana normal, eu nunca fui uma Salvatore, eu/Giuliana sou filha de um híbrido (quando digo híbrido significa metade vampiro e metade lobisomem) com uma bruxa (o anjo de cabelos vermelhos).

Klaus sempre teve bruxas poderosas ao redor dele para poder liberar sua metade lobisomem que havia sido aprisionada por um feitiço por sua mãe, a bruxa Esther (minha avó, estranho). No meio dessa busca ele se apaixonou pela “minha mãe” Lilyan, uma bruxa que era guardiã do Grimório dos Grimórios, ela engravidou dele (inacreditável um vampiro engravidar alguém, só que pensando bem, no fundo ele é metade lobisomem, mesmo com esse lado adormecido, ele ainda existe, lobisomens têm filhos, então até que faz um pouco de sentido), mas Lilyan fugiu, porque queria uma vida melhor para seu filho longe da obsessão do pai.

Embora todo o esforço de Lily, Klaus a encontrou através de seus lacaios vampiros e os dois acabaram fazendo um acordo. Se o bebê fosse humano ficaria com a mãe, mas se fosse dotado de algum poder sobrenatural ele levaria a criança. Só que não nasceu uma criança, e sim três, trigêmeos! Carmela fez sozinha o feitiço que revelaria a natureza das crianças através da projeção de auréolas coloridas. Cada ser, humano, bruxo, vampiro e lobisomem teriam uma auréola de uma cor diferente... Todos eram sobrenaturais era uma bebê vampira, um bebê bruxo e uma bebê lobisomem. Carmela sentiu pena de Lilyan e de Alonzo Salvatore (atual marido de Lily) que amavam tanto a ideia de um filho, então ela fez a “trollagem” do século, enganou a todos dizendo que a bebê lobisomem era humana, então a vampirinha e o bruxinho foram levados. E advinha quem era a lobisomem? Eu, Giuliana...

Lilyan não resistiu ao parto sobrenatural e faleceu, Alonzo criou Giuliana como se fosse dele por amor a Lily, mas fazia o máximo possível para mantê-la na América, bem longe da Itália onde tudo acontecera. E Carmela ajudou a criá-la, mas a encheu de feitiços de proteção por temer pela vida da garotinha lobo (que era eu... Que estranho!), ela também garantiu que Giuliana nunca matasse alguém para não se transformar em lobisomem, mas entre os feitiços que fez na garota (eu), fez o feitiço que me faz conseguir estar aqui viva escrevendo em você, diário. Ela usou o sangue de Damon quando ele ainda era um garotinho para unir o sangue dele e da família dele ao meu... (É MUITA LOUCURA DIÁRIO, EU AVISEI...)

E quando Giuliana foi morta graças à interferência sobrenatural de Katherine, eu não morri realmente, eu fui simplesmente (se é que isso pode ser chamado de simples) desintegrada... E não vejo explicação para o que aconteceu em seguida a não ser aquela coisa esquisita que a gente vê nos filme de momento propício cósmico, derretimento de alguma calota polar em plutão, destruição de alguma estrela, alinhamento dos planetas do sistema solar ou alguma bizarrice desse tipo... Fez o Damon vampiro de 18 anos atrás dar seu sangue para transformar em vampira a mãe de um bebê que corria o risco de nascer morto e cá estou eu...

Ai!... Relembrar essas coisas da um nó na minha cabeça, eu confesso que eu não entendo 25% da história, mas eu acredito, como eu disse antes aqui é Mystic Falls!

(Ah! Você deve ter percebido que o que eu falei das revelações de Kevin está meio misturado com os sonhos que tive com Carmela, é porque eu acho que tudo é um quebra-cabeça, diário...)

Mas depois que Kevin jogou essa bomba no nosso colo, Damon estava até feliz (acho que ele nunca deixou de amar também a minha versão Giuliana... Eu sei que não faz sentido, mas não posso evitar ter uma ponta de ciúme). Kevin estava tão convencido de sua suposta esperteza, ele tinha colocado sálvia pelos cantos da sala para que James não nós escutasse e pensando estar seguro, confessou que quando ele tivesse o que queria (O Grimório), mataria a todos, inclusive James... E foi aí que ele errou, o psicopatinha do James era pirado, mas não era bobo, ele havia retirado a sálvia e ouviu tudo... RESULTADO: Ele apareceu de supetão e quebrou o pescoço de Kevin.

Daquele instante em diante era só Damon, o psicopata do James e eu. Foi a vez daquele pirado confessar seus planos, ele disse que queria ficar comigo para sempre, mas não permitiria que eu me transformasse em vampira porque isso era uma maldição, e ele disse que não mataria Damon, ele ia se vingar de uma forma mais torturante... Eu e ele íamos nos matar... (aí é a parte em que você ri diário, Eu? Porque eu me mataria por ele? Óbvio que não!)

Mas James foi muito sacana, ele disse que se eu não fizesse, ele mataria Damon... Dá pra entender como eu me senti? É claro que eu topei, entre morrer e viver sem ele, o que você acha que eu escolheria? Eu sei que ele é mais forte e aprenderia a viver sem mim, mas eu não! Eu não sou como ele... Damon é tudo para mim, eu amo a minha vida porque ele está dentro... Antes dele, eu era uma menininha doente, órfã de mãe e rejeitada pelo pai, a vida nunca tinha me dado nada de bom até eu entrar no Mystic Grill e conhecer o cara atrevido de jaqueta de couro preta no balcão... Ele superou quando eu morri da primeira vez e com certeza sobreviveria de novo dessa vez se eu não tivesse acord... Diário, algo muito grande aconteceu comigo, estou tentando te contar aos poucos... A verdade é que...

... Quando eu ia obedecer James e ele ia tirar minha sem minha hesitação, Damon conseguiu se soltar das correntes (... e acho que tem algo a ver com a redenção do cara de aura cinzenta, era Klaus, meu pai, o tempo todo...). Só sei que o golpe que Damon deu em James foi mais rápido do que os meus olhos poderiam acompanhar, os dois se bateram, chutaram, rolaram, socaram e tudo mais, mas James ainda estava mais forte, então começou a ganhar a luta e quando ele estava prestes a estacar Damon eu tive que agir, diário! Como eu disse, não saberia viver com Damon morto...

Então eu avancei na direção de James para estacá-lo, repleta de adrenalina, mas ele foi mais rápido que eu... Foi uma loucura, mas sei que fiz o que era certo para mim... Alguém havia sido estacado, agora tinha sangue no chão, mas era o meu... Foi a coisa mais dolorosa que se pode imaginar, pior do que 1.200 vezes a dor de cólica! Eu caí no chão, minha visão se embaçou e o resto do que aconteceu não sei mais, só tenho uma lembrança túrgida e borrada de alguém chorando me erguendo um pouco, eu acho que vi o rosto de Damon e ia acariciá-lo, mas depois veio um vazio e eu morri...

Juliana foi interrompida novamente por batidas em sua porta, então novamente ela fechou o diário marcado com uma caneta e o deixou sobre a cama indo atender quem a chamava agora.

– Stef, oi!... – Disse ela.

– Olá, desculpe atrapalhar seu descanso, mas eu gostaria de falar com você... – Sorriu educadamente o Salvatore mais novo.

– Ah... Claro! – Juliana sorriu de volta. -... Pode entrar!

O ritual feito por Bonnie e ela, há pouco, foi repetido. Juliana fechou a porta e Stefan começou a andar pelo quarto de um lado para o outro, só que a forma dele era mais retraída e controlada.

– Quer sentar? – Juliana perguntou observando o comportamento dele.

– Não, estou bem... – Ele disse. Os dois ficaram em silêncio por uns instantes, Juliana curiosa e Stefan pensativo.

– Então, o que...? - Juliana ia perguntar.

–... Eu quero falar? – Stefan completou a pergunta.

– É... – A garota respondeu um tanto constrangida pela visita inesperada e o silêncio de agora a pouco.

– Eu vim oferecer meu apoio... Eu sei mais do que qualquer um como é difícil a adaptação a esse novo estilo de vida, e queria deixar bem claro que você pode me procurar para qualquer coisa, qualquer coisa MESMO que você precisar... Se tiver dificuldade em se controlar, se sentir algum impulso que não entende... Eu tenho muita amizade por você, e realmente seria um prazer ajudar. – Ele desabafou.

– Olha, muito obrigada, Stef, mas eu não acho que vou precisar desse tipo de ajuda... E acho que se precisasse, Damon se irritaria se eu não pedisse a ele... - Juliana riu brevemente imaginando o ciumento do namorado.

– Isso é verdade... – Stefan riu um pouco do irmão. -... Mas o que eu digo é sério, e acho que Damon talvez não lidaria tão bem quanto eu com certas dificuldades...

– Como assim? – Indagou Juliana com curiosidade.

– Alguns novos vampiros não tem dificuldade em se acostumar com quem se tornou, como Damon e Caroline, já outros sofrem muito, como eu... – Stefan explicava.

– Você sofreu? Como? – Juliana ainda se mantinha curiosa.

– Posso te confessar em segredo? – Ele perguntou.

– Claro! – Juliana disse, e Stefan pediu que ela sentasse na cama enquanto ele sentou em uma poltrona no quarto.

– Não são muitas pessoas que sabem disso... Mas é mais por ser uma coisa que tenho vergonha e sinto culpa do que um segredo de verdade... Quando eu provo muito sangue humano eu perco o controle, viro um estripador... Sugo uma pessoa até não poder mais, as mato, as despedaço... – Stefan falava e Juliana notava seu olhar triste revivendo o passado. -... Na hora em que eu faço, sinto o maior prazer imaginável só que na hora que vejo o corpo flácido entre meus dedos sinto a pior dor possível...

– Elena sabe disso? – Juliana sentia um nó na garganta ao ver Stefan parecer destruído.

– Sabe sim, tive que contar... Por que ocorreu um incidente ruim no concurso de Miss Mystic Falls que ela concorria, a poupei de alguns detalhes mais sombrios, mas ela sabe... Por isso ela vem se dedicando a me dar um pouco do sangue dela a cada dia, para me ajudar a me controlar outra vez... – Stefan sorriu tentando confortar a agonia que sentiu passar para Juliana.

– E está dando certo, não é?! – Ela disse.

– Sim, está... Estou controlado desde antes de você vir morar aqui, mas nada disso funcionaria se há muitos anos atrás não tivesse tido a ajuda de uma vampira muito persistente que me colocou nos eixos, Lexi, minha melhor amiga... – Stefan sorriu lembrando-se da loirinha, em seguida voltou a ficar sério.

– Que bom! E o que aconteceu com ela? Onde está? – Juliana perguntou inocentemente.

– Damon a matou na sua fase “vilão”, mas são águas passadas, não fique brava com ele... Não consertaria nada de qualquer jeito. – Disse Stefan.

– Tudo bem... Sinto muito. – Disse ela.

–... Mas o que eu quero dizer é isso... Pode contar comigo, agora tenho que ir, você deve dormir para amanhã... – Stefan se levantou.

– Tchau, Stef, e obrigada... – Disse Juliana.

– Por nada. – Ele sorriu uma última vez e saiu.

Juliana voltou a seu diário um pouco mexida por causa das confissões de Stefan, mas logo se distraiu com as palavras.

Sim, diário! Morri. E como estou aqui escrevendo em você? Simples, estou me transformando em uma vampira, incrível, não?!

Não tinha sangue de James, nem de Damon, nem de Stefan e nem de Caroline em mim, e como é possível que eu esteja me transformando? A resposta foi pensada por John, meu pai. (Acho que devo ter dois pais, Klaus e ele... isso é muito confuso para minha cabecinha entender...).

Ele relembrou a todos que me rejeitou por causa da alergia a verbena que sempre tive, e por que existiria isso em mim? Porque logicamente eu sempre tive sangue de vampiro dentro de mim porque Damon transformou a minha mãe (Marisa Salvatore) quando ela pediu isso a ele por medo de seu bebê não nascer... Dá pra acreditar que isso nunca passou pela cabeça de ninguém?

E John ainda ligou os pontos solucionando o problema da minha doença, ele deduziu que eu nunca estive doente e tudo era apenas a parte do meu sangue vampiro lutando para destruir a parte humana (destruir ou tomar o controle, que seja...).

Mas o mais engraçado de tudo (eu acho engraçado, mas os outros não acharam nem um pouco) foi que eu acordei no meio do meu próprio velório e as pessoas que estavam lá ficaram super-histéricas! A Dra. Fell explicou tudo para comunidade dizendo que não passou de um caso de catalepsia, mas ela sabe muito bem que eu fui assassinada com uma estaca... Ela é membro das famílias fundadoras, mas até que ela é liberal, disse que guarda meu segredo se fornecermos a ela um pouco de sangue de vampiro para ela curar seus pacientes em estados muito graves.

Isso é uma trapaça para ela que pratica medicina, mas é até justo comparado com os roubos no banco de sangue que Damon e Caroline realizam, não deixa de ser uma troca.

Eu resolvi escrever, aqui agora, para poder fazer isso pela última vez como humana (ou quase-humana). Logo que todos nós chegamos em casa (Gilbert) eu, Damon, Elena, Jeremy, Stefan, Bonnie, Alaric e Jenna, eu iria logo provar sangue humano de uma bolsa de sangue providenciada por Caroline, mas Elena não permitiu. Ela queria que fosse o sangue dela que me transformasse, disse que queria fazer isso pela irmãzinha dela e que não importava se tecnicamente agora eu fosse filha de Klaus, eu nunca ia deixar de ser da família dela, John, Jenna, e Jeremy disseram a mesma coisa. (Sabe, eu até acho que já perdoei John, mas nunca vou dar o braço a torcer rs’).

Agora você deve estar se perguntando como eu me sinto sobre tudo isso... Quanto a ser filha de um híbrido que tentou matar metade dos meus amigos me sinto estranha, mas fico melhor em saber que ele se redimiu e está feliz ao lado de Lily lá no plano deles, mas é estranho (Como posso ser filha deles e ao mesmo tempo ser filha de John Gilbert e Marisa Salvatore? Como eu posso ser Giuliana e Juliana ao mesmo tempo?... são coisas extremamente confusas, eu não me lembro de uma vida com Giuliana, mas talvez essas lembranças apareçam quando eu me tornar uma vampira...).

Agora quanto a estar me tornando uma vampira, sabe como eu me sinto? Extremamente animada, SUPER EMPOLGADA! Isso é ÓTIMO! Estou MUITOOOO satisfeita e feliz!

Eu não vou ser mais uma garotinha frágil e doente! Eu vou ser forte, rápida e jovem para sempre!

Elena pode até negar, mas quando se é apaixonado por um vampiro que vai viver para sempre e ser lindo e jovem, é claro que você pensa nesse tipo de coisa, é claro que você pensa em um dia ser transformada, para mim isso é perfeito!

Juventude, poderes, e estar com a pessoa que você ama... O que mais é preciso para você ser a pessoa mais feliz do mundo? Bom... Poder ter filhos com essa pessoa talvez seja um acréscimo... Mas eu não me importo, ter Damon para mim para todo o sempre é compensador... Prefiro mil vezes ser uma vampira infértil a ter que ser uma humana que teria que procurar outro humano para poder ter filhos, nunca! Nunca amaria alguém como amo Damon, então eu nunca seria feliz como humana como vou ser como vampira.

Ah, diário! Eu poderia explodir de felicidade nesse instante! :D

... Agora, quer saber como eu me senti bebendo o sangue humano de Elena? Na hora que ela fez um pequeno corte no pulso eu me senti enojada no primeiro instante, sangue tem gosto de ferrugem! Eca. Fiz até careta inconscientemente, eu detestava ter que beber de vez em quando o sangue de Caroline para curar minha doença “fake”, e de agora em diante sangue seria minha alimentação básica, urgh!

Mas aí eu botei o pulso de Elena na boca, e foi... Sem palavras!... Não tinha mais gosto de ferrugem, foi maravilhoso!... Melhor do que brigadeiro quando a gente passa um tempão sem comer!... Melhor do que atacar o McDonald’s quando se está faminto!... Não tem como descrever quão prazeroso foi aquilo, não existem palavras para explicar... Foi como se eu ouvisse o comecinho da música “Oh Yeah” daquela banda “Yello!” na minha cabeça sem brincadeira nenhuma! É isso o que os vampiros sentem quando bebem sangue! Pelo menos foi o que eu senti... Lembrando até me dá agua na boca...

Na hora que eu estava bebendo me empolguei até ouvir Damon falar “já chega, meu amor”. Eu fiquei envergonhada, mas todo mundo olhava para mim compreensivamente, como se já esperassem por isso, até Elena parecia entender, só eu que não entendi aquilo, ela sorriu de leve para mim mesmo com sua face pálida por minha causa.

Mas fora isso, não sinto nada de diferente, nadinha de especial, como se nada tivesse mudado... Damon disse que como eu demorei mais do que qualquer vampiro normal para acordar da “morte”, eu deveria demorar também para completar a transição após beber sangue humano, por isso Caroline sugeriu que eu devesse dormir (¬¬), dormir é tudo o que eu menos quero fazer! Eu estive morta por quase dois dias, você acha que eu estou com sono? Mas apesar das minhas reclamações todo mundo concordou com ela, e cá estou, só que já vieram dois aqui para falar comigo e depois dizem que querem que eu durma...

Foram Bonnie e Stefan... Bonnie veio para dizer em linhas e entre linhas que quer que eu me comporte ou me tira o anel que ela vai fazer para eu andar no sol e Stefan veio para me oferecer solidariedade se eu tiver problemas “sangocólatras” ou coisa assim... Sério, esses dois?! Até parece que ser vampiro deve ser tão difícil assim... Qual é?! Sempre fui uma boa moça humana, eles vivem dizendo que quando se transforma suas características e emoções se ampliam?! Pois bem... É obvio que eu serei uma boa vampira... Uma poderosa e jovem vampira!

Bom, agora vou tentar dormir um pouco para ver se acordo vampira, Boa Noite, Diário!

P.s.: Damon e Juliana 4ever ♥

Juliana fechou o seu diário e quase pulou da cama quando notou que Damon estava em pé ao lado dela na cama.

– Ah! – Ela soltou um gritinho de susto.

– Bonitooooo, não está dormindo! – Disse ele apertando as pálpebras e fitando-a.

– Eu já estava indo dormindo viu! – Juliana abraçava o diário tentando protegê-lo.

– O que você estava fazendo aí? – Damon fitava o diário.

– Nada, ora – Juliana olhou para os lados tentando disfarçar.

– Nem adianta fingir eu li!... Bem, não tudo, mas uma parte bem interessante... – Damon deu um sorrisinho pirracento.

– Qual parte? – Ela perguntou ficando de joelhos na cama, com esperanças de não ter sido a parte que ela pensava.

– A parte que dizia: “Damon e Juliana quatro-‘ever’ ‘menor quê’-três”. – Ele disse desinteressadamente.

Era logo a parte que ela não queria que ele tivesse lido, mas a expressão dele a tranquilizou, parecia que ele não compreendia a linguagem.

– Não adianta me perguntar o que significa, não vou dizer... – Ela o olhava, vitoriosa.

– O que? Como você pode negar isso a mim? – Damon parecia ofendido. – Por que você não vai me dizer que aquilo significa “Damon e Juliana para sempre” e um “coraçãozinho”... O que eu te fiz para merecer isso?...

Juliana, primeiro, ficou vermelha por perceber que ele entendia a frase, e depois, ficou irritada porque ele ainda atuava zombando dela. Ela pegou um ursinho de pelúcia e jogou nele.

Damon ignorou e o pegou no ar.

– Eu sabia!... – Ele começou a dizer cutucando a garota de joelhos na cama com um dedo indicador. -... Eu sabia que você enchia esse diário com o meu nome e um monte de coraçõezinhos, eu sabia!

Juliana empurrou a mão dele.

– Não faço nada! – Ela se defendeu e fez uma careta.

– Faz sim e essa foi a prova!... – Damon ficou esfregando o focinho do ursinho na cara dela.

– Só porque eu escrevi uma vez não significa que eu encho! Para com isso! Você está na quarta série?...– Juliana bateu no ursinho fazendo ele cai da mão de Damon na cama. -... Eu não fico enchendo meu diário com essas coisas, mas você esperava o quê? Eu sou só uma garota do colegial... – Ela disse zangada.

Damon segurou com suas duas mãos o rosto da zangadinha disse com sensualidade:

– Você não é só uma garota do colegial...

– Não? – Ela perguntou desfazendo sua cara irritada.

– Não... – Ele continuou com a voz sensual. -... Você é uma garota do colegial louca por mim! – Damon disse começando a rir.

Juliana voltou a ficar com a cara de zangada e empurrou as mãos de Damon para longe.

– Ah tá! Você veio aqui só para me irritar?... Logo na hora que eu decidi ir dormir... – Ela disse.

– Não, Zangado. Eu vim para falar com você, algo importante, agora será se dá para parar de ficar com esse rostinho irritado?! – Damon disse colocando o indicador agora na testa momentaneamente enrugada dela.

– Se você parar de ficar me provocando... – Ela disse desmanchando a careta.

Damon riu para ela. Juliana prendeu os lábios para não se permitir rir, mas foi mais forte que ela e não conseguiu prender.

– Viu? Bem melhor... – Damon disse beijando a testa não mais enrugada dela e a abraçando.

Ela deixou-se ser abraçada e comentou:

– Todo mundo tirou a noite para vir falar uma “coisa importante” para mim...

– Quem mais além de mim? – Damon perguntou aparentemente com inocência.

– Ah, Bonnie... – Quando ela ia falar Stefan se lembrou de que o ouvinte era Damon, O Ciumento. -... Entre outros. – Ela completou assim sua frase.

– Aposto que ela veio com uma conversa de que: “você não deve machucar e nem matar inocentes se não tomo seu anel”, acertei? – Disse Damon. Juliana deu graças a Deus por ele não querer saber quem era “Entre outros” e respondeu:

– Na lata!

– Chata ela, liga não! – Damon disse.

Juliana revirou os olhos e disse:

– Já disse, um dia vou fazer vocês dois gostarem um do outro.

– Eu se fosse você não faria isso, vai que ela gosta tanto que gama?! – Damon brincou.

– Damon Salvatore, pare de me enrolar! E fale logo o que você quer falar. – Juliana o olhou séria.

– Já que você está pedindo com jeito, quem sou eu para não obedecer?! – Ele disse e ela revirou os olhos de novo.

Damon segurou as mãos dela e começou a falar olhando nos olhos dela.

– Sempre fui um homem e um vampiro acostumado à perda. Perdi minha mãe bem cedo, perdi o amor do meu pai, perdi você quando Giuliana, perdi Katherine, perdi Stefan algumas vezes, perdi Rose... E, há poucas horas atrás, também havia perdido você, e isso é demais para uma pessoa conseguir suportar, mas eu ia continuar tentando sobreviver na esperança de que talvez um dia você voltasse para mim de novo, como você voltou, Juliana... Talvez com outro nome parecido... – Damon deu um breve riso e voltou a falar. -... Eu morri por dentro quando você morreu nos meus braços, e eu renasci quando você abriu os olhos novamente esta tarde... Eu não posso mais perder, não você... Só que agora você vai se tornar uma vampira e isso significa que é mais difícil eu te perder para a morte, mas nada empata você linda e solteira pela eternidade de se apaixonar por outro vampiro ou humano, então eu queria te prender em mim para sempre... Eu queria te fazer uma pergunta, uma pergunta muito, mas muito séria! E dependendo da sua resposta íamos ser um do outro para sempre...

O coração de Juliana pulava tanto que podia sair de dentro dela, seus olhos estavam cheios de água.

– Que pergunta, Damon? – Juliana tinha uma voz tremida de emoção.

– Eu acho que você já sabe qual é... – Ele sorriu.

– Damon... – Juliana colocou a mão na boca e algumas lágrimas chegaram nela.

– Mas calma, meu amor, eu não vou fazer ela agora. – Damon enxugava as lágrimas que tinham saído dela.

– Por que não? – Ela disse um pouco decepcionada.

– Como eu disse, agora você vai se tornar uma vampira e o vampirismo pode mudar muito uma pessoa, não falo por mim... Eu te amaria de qualquer jeito, mas a resposta que você me daria agora pode ser muito diferente da que você queira me dar daqui a um mês, então é melhor eu esperar só um pouquinho para perguntar, afinal, agora temos a eternidade não precisamos de muita pressa... – Damon explicou.

– Que besteira, Damon. Pode me perguntar agora! – Juliana exclamou já com o rosto seco.

– É melhor esperar um pouco, meu bem... Por favor! - Disse Damon.

Juliana se jogou deitada na cama dando-se por vencida.

– Se você não ia perguntar agora, por que veio me falar essas coisas? – Ela disse frustrada, bem esparramada na cama.

Damon começou a ajeitar os cobertores, para que ela dormisse, enquanto respondia:

– Porque se eu não falasse não ia conseguir dormir quando chegasse em casa.

– Pois agora quem não vai conseguir dormir sou eu sonhando com essa “pergunta” – Ela disse enquanto Damon a cobria com o lençol, ele riu do que ela disse.

– Ah, e você ri? Acha isso bonito? – Ela indagava esbravejante.

Damon beijou a testa dela e sussurrou:

Desculpe.

Ele começou a fechar todas as cortinas do quarto.

– Por que você está fazendo isso? – Juliana disse bocejando.

– Ora, quando amanhecer amanhã é bem provável que você já seja minha morceguinha, e não quero que o sol te faça de churrasquinho... – Ele explicou.

– Ah, é mesmo! – Ela bocejava de novo.

Damon caminhou até a porta do quarto e quando estava saindo disse:

– Eu te amo...

– Também, seu chato. – Juliana respondeu.

– Bons sonhos... – Ele disse fechando a porta.

– Você sabe muito bem com o quê eu vou sonhar! – Ela berrou irritada para a porta fechada lembrando se da “pergunta”, mas depois ela riu sozinha e, minutos depois, pegou no sono.





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Notas finais do capítulo

P.s.:" Daliana 4ever ♥"
..Qual é a pergunta que vocês acham que ele ia fazer? acho que todo mundo vai acertar..Gente, mil perdões pelo capítulo IMENSOOO daria para eu dividir ele em três, mas achei que ficaria mais coerente inteiro...Espero que não tenha ficado cansativo demais e espero ver o comentário de vocês..Beijos e até o próximo