Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 2
Capítulo I -... A Thousand More


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei muiiiiiiiiiiiiiiiiito tempo para conseguir escrever e postar, ainda nem consegui me atualizar nas fics que eu leio, e nem sei quando vou conseguir, mas eu espremi um tempinho e consegui escrever esse para vocês.. Espero que não estejam com raiva de mim por causa disso... Até lá embaixo ;)
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estavam elas - Juliana, Giuliana - duas pessoas diferentes que eram na realidade uma só. O quarto deveria estar escuro, para condizer com a tristeza que se multiplicava em mil a cada segundo no peito daquele vampiro atrevido que tinha a ilusão de possível felicidade desfeita em frente a seus próprios olhos azuis necessitados; mas tudo estava bastante iluminado.

Abajures, lâmpadas, velas... Tudo mesclado com muitas flores brancas que refletiam mais ainda a luminescência. O quarto da casa Gilbert que pertencia a Juliana estava tão claro que parecia mais um cenário onírico de paraíso. As janelas estavam fechadas e reforçadas com cortinas, a porta também estava trancada, e o pobre Damon sentado em uma cadeira de madeira desconfortável ao lado da cama, ele esperava e esperava, tinha a esperança de que o sangue de vampiro que corria nas veias de Juliana graças à transformação de sua “mãe” Marisa Salvatore em vampira, que causava a alergia à verbena, fosse suficiente para que a morte dela não fosse uma morte, mas sim uma transformação.

Por isso o lugar estava tão enfeitado e iluminado, Damon num estado de negação preparara tudo antes do corpo dela chegar do Hospital de Mystic Falls, ele tinha muita fé de que ela acordaria. Mas o tempo normal que o momento de transformação se iniciaria chegou e nada aconteceu; passou-se uma hora, duas, três e logo o cadáver deveria começar a entrar em decomposição.

Enquanto isso, os outros, que não acreditavam numa possibilidade de transformação, tentavam organizar no andar de baixo, num ânimo extremamente fúnebre e melancólico, o sepultamento e o cortejo.

Damon ainda olhava para ela sem piscar, seus ombros desleixadamente caídos reproduziam seu mais novo sentimento de desesperança, e não conseguia por enquanto abandonar a cena que assistia.

Ela. Ali. Deita.

Sua pele levemente morena, agora era bastante pálida, um pouco de blush tentava dar um ar de saúde às suas bochechas, um batom levemente rosado tentava fazer o mesmo com os lábios. Os cabelos foram perfeitamente ondulados com um modelador e uma pequena presilha dourada perto da testa prendia uma mecha de cabelo para deixar o rosto livre. Colocaram-na uma correntinha e um pingente que dizia “Pureness Angel” (Anjo da Pureza), também dourados. Vestiram-na com um vestido preto rodado, marcando da cintura para cima, com mangas curtas em forma de balão e sapatilhas também negras.

Tragicamente linda, morbidamente pálida, excessivamente iluminada; cheia de beleza e vazia de vida. Era como uma pintura do Romantismo; Damon pensava que se realmente o fosse seria intitulada “A bela Princesa das Trevas: a sina de quem se apaixonada por um desafortunado” (ou para bons entendedores: a sina de quem se apaixonado por ele).

Damon, você sabe que... Pelo tempo... É impossível... Saia desse quarto, por favor. Ela merece ser cortejada com o caixão aberto, não a deixe entrar em decomposição. – A voz de Stefan do outro lado foi a ponta de motivação que o Salvatore mais velho precisava para desistir.

Damon ouviu Stefan descer as escadas, enquanto ainda sentado desviou seu olhar para a porta trancada.

Ele voltou seus olhos para o corpo dela e se permitiu perceber que não podia fazer mais nada. O vampiro, com os olhos marejados, se jogou ajoelhado diante da cama e pegou uma das mãos frias de Juliana, a beijou e deixou suas lágrimas molharem o braço da garota. Agora era mais que oficial; Damon a perdera e precisava dizer Adeus.

[...]

Caroline tentava se manter firme e não chorar, assim como Elena ainda estava inconsolável nos braços de Bonnie.

– Então... Eu vou fazer um discurso lá no ginásio, Bonnie também, Jeremy, Elena, Tyler, John e... – A loira parecia querer criar coragem para falar a próxima frase. -... E Damon irá também? Ele deveria, afinal, eles dois...

– Provavelmente não, ele está muito triste, e me lembro quando foi o velório de Giuliana em 1864, ele mal ficou lá por alguns minutos, Damon não é de reagir muito bem com perdas... – Stefan tentava justificar o irmão.

– Mas dessa vez será diferente, eu farei sim! – Damon disse descendo as escadas. - Eu preciso... – Ele falou encarando os olhos tristes e surpresos que o encaravam agora.

[...]

– Bem... Ela... – Damon fez uma pausa e inspirou profundamente tentando encontrar as palavras certas. Ele inclinou a cabeça para trás e observou o único leito fúnebre que agora habitaria para sempre os restos mortais de seus dois amores, que na verdade são apenas um, de sua vida.

O coração do vampiro estava tão dilacerado e inconsolável, mas ele sentia que precisava fazer isso. Juliana merecia isso, e Damon se cobrava ainda mais, por não ter feito em quando era humano para a versão Giuliana.

–... Eu tentei arduamente encontrar as melhores palavras, com as adjetivações mais elaboradas, mas eu desisto! Desisto porque ELA não merece um discurso estudado. ELA merece algo sucinto e claro, como seu jeito e espírito... Como seus sentimentos... Ela nunca foi ambígua quanto suas emoções, sempre demonstrou o que sentia, mesmo se tentasse esconder... E essa transparência que tanto me cativou era originada de sua pureza e inocência... Ela era mais do que um anjo... Ainda não existe nome para uma criatura tão celestial quanto ela foi, e falo isso como testemunha e vítima da sua beleza interior... Essa garota que aqui jazerá nasceu com o poder de afetar almas, purificá-las! Ela salvou a minha de tantas formas que nem eu entendo, e na parte que couber a mim, não permitirei que sua obra seja desfeita... Honrarei no que for e no que não for possível a memória da minha ESTRELA CADENTE. – Damon dizia enquanto quase todas as senhoras e senhoritas se debulhavam em lágrimas no salão e a maioria dos homens olhava para o chão ou para o horizonte refletindo com as palavras do Salvatore e tentando demonstrar respeito.

– É bastante óbvio e não é segredo para ninguém que parte de mim também será sepultada hoje, mas direi uma coisa através da perspectiva que tentarei seguir de agora em diante. Ela não nos deixou, simplesmente cumpriu a missão a qual estava designada, e agora ela deve estar chegando a outro lugar, onde as almas precisem mais do seu brilho... – Damon fez mais uma pausa para impedir que a emoção que sentia transbordasse pelos seus próprios olhos, e acabou notando que seu discurso tinha conquistado muitos fãs, dentre os mais românticos e a população feminina em peso. Muitas que choravam antes derramavam lágrimas em maior intensidade e aquelas que tentavam se manter firmes não resistiram às palavras de Damon.

Até as que mal conheciam Juliana e não tinham muitos motivos para chorar, ficaram extremamente comovidas com o discurso do belo Romeo contemporâneo de olhos azuis que perdera sua Julieta. E a versão da história contada pela Xerife Forbes à imprensa e à comunidade deu um toque Shakespeariano a mais.

Segundo os boletins de ocorrência e o laudo médico, Juliana faleceu de sua terrível doença sanguínea rara e incurável, enquanto estava mantida como refém por um ex-namorado inconformado e doentio, que fugiu assim que a doença a levou. Mas as buscas por esse rapaz ainda prosseguem e com a ajuda das delegacias de toda a redondeza.

É claro que na versão oficial não constaria que a pobre Julieta foi empalada com uma estaca por seu ex-namorado vampiro de 160 anos e que este fora em seguida assassinado por outra vampira que apareceu e depois sumiu. A versão maquiada é até mais romântica, há quem diga que ela não morreu de doença alguma, e sim, desfaleceu até a morte porque nunca mais veria seu Romeu.

Damon ainda falava e sentia o envolvimento de sua “platéia” sensibilizada.

–... O pouco da parte do meu coração que ainda bate, dói, dói demais pela separação, mas mesmo essa parte, em agonia, sabe que continuará batendo até o fim, na esperança de que um dia eu e Ela estaremos juntos novamente, pois por mais clichê que seja, nascemos um para o outro... – Damon continuava falando, mas notava que as pessoas olhavam na direção dele só que não mantinham o olhar de pena e a expressão de tristeza, as pessoas estavam pálidas e paralisadas, mal respiravam.

–... Nosso amor existia muito antes de nascermos, é mais antigo que qualquer era ou dinastia e nunca morrerá!... Gostaria de recitar um trecho de uma música que ela gostava muito e agora acho que tem muita coisa em comum com o que existia entre nós dois: “Eu vinha morrendo todos os dias esperando por você. Meu bem, não tenha medo! Eu tenho te amado por mil anos e te amarei...” – Uma voz por trás de Damon o interrompeu completando a frase.

“... Por mais mil.”

Damon teve o reflexo instantâneo de se virar ficando de costas para as pessoas no intuito de ver quem o interrompera.

O Salvatore caiu de joelhos olhando aquilo, duas mulheres gritaram e umas seis outras desmaiaram. Ajoelhado, Damon não sabia como reagir, ele deveria sorrir ou se chorar.

Mas aquilo tudo era real, Juliana estava viva e sentada em seu caixão, sorrindo para Damon, no meio de quase toda a população de Mystic Falls.


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Notas finais do capítulo

{ Repetição de música, eu sei... Mas olhe o lado bom, antes foi a parte II e agora a parte I ;) }.uhsauhsahuashusahusasuha......E AGOOOOOOOOOOOOORA JU/GIU VIROU UMA VAMP'ZINHA??.E COMO ELES EXPLICARAM PARA TODA A MYSTIC FALLS O MOMENTO THE WALKING DEAD DA JULIETA??.Até o próximo capítuloBeijooos