Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 16
Capítulo XV - The Detoxification


Notas iniciais do capítulo

Me diverti com as reações sobre a minha pergunta "STELIANA"... Ri demais! kkkkkk... Bom, sabem o que eu fiz hoje a tarde? Fiz a capa oficial e a capa provisória da próxima temporada, se chamará "She's Got The True Blood", e sim! É inspirado na música "True Blood" do Justin Timberlake kkk...
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Stefan e Juliana dirigiram por um dia inteiro antes de chegar ao seu destino. Eles não conversavam apesar do Salvatore fazer diversas tentativas de puxar assunto com temas bobos. A garota não estava muito a fim de falar.

Ela não chorava, mas os sentimentos que sentia continuavam sendo os mesmos; medo, desespero, arrependimento e raiva de si. Então, passou a maior parte da viagem encarando a paisagem do seu lado de fora da janela.

Como eram vampiros, nenhum dos dois tinha uma necessidade grande de parar para ir ao banheiro ou para comprar comida, logo só realizaram apenas uma parada em todo o percurso para comprar uma muda de roupa para cada um. (Lê-se: Stefan hipnotizou a vendedora para poder levar as roupas).

Juliana não ligou para aonde estava sendo levada, muito menos fez questão de perguntar a Stefan ou de ler as placas com os nomes das cidades em que passavam. Entretanto, ela teve a impressão de que o lugar que estavam indo era bastante isolado do restante do mundo, porque, quando o sol do dia seguinte estava quase se pondo, Stefan pegou uma estrada deserta que atravessava uma floresta.

Se a garota não estivesse mergulhada em sua melancolia, com certeza teria achado a paisagem magnífica, graças aos raios de sol alaranjados que invadiam o corredor verde.

Ao chegarem ao fim dessa estrada, já era noite, se depararam com o seu destino. A falta de animação de Juliana e a ausência de uma iluminação boa, fizeram-na notar que era uma casa grande, e somente isso.

Stefan curiosamente possuía a chave do lugar, Juliana não quis saber o porque, apenas seguiu as instruções do Salvatore. Subiu umas escadarias, seguiu por um corredor e adentrou num quarto, pôs seu pijama comprado na viagem e tentou dormir, pois na manhã seguinte Stefan começaria com os procedimentos para a “Reabilitação” da garota.

[...]

Juliana demorou a pegar no sono, apesar de estar acordada a muito mais do que 24 horas. Quando acordou no dia seguinte, os raios de sol invadiam o cômodo demonstrando que era um quarto bonito e decorado com bom gosto.

No criado-mudo ao lado da cama havia uma fotografia de uma mulher loira e bela, aquele deveria ser o quarto dela. Aos pés da cama havia uma bandeja com um café da manhã fresco, preparado para ela, e ao lado um bilhete escrito com a letra de Stefan.

Estarei no jardim,

nos fundos da casa ”.

Juliana beliscou da bandeja apenas para não fazer desfeita para o Salvatore, tomou um banho (havia toalhas limpas no banheiro do quarto), e não demorou muito para descer.

[...]

A garota ficou um pouco perdida, a casa era mesmo muito grande, demorou quase meia hora indo de cômodo em cômodo no andar térreo até encontrar a porta de saída dos fundos.

Chegando ao jardim, foi preciso mais alguns minutos caminhando pela propriedade para encontrar Stefan. Ele estava num canteiro de rosas, podando as plantas invasoras com uma tesoura de jardinagem.

– Bom dia. – Disse ele notando a garota com sua visão periférica. Stefan limpou um pouco do suor de sua testa e virou-se para encará-la, ainda portando a tesoura.

– Bom dia. – Juliana tentou apertar os lábios e fingir um sorriso, mas só obteve fracasso. Ela só conseguia exalar aquela angustia interior que fica numa pessoa depois que ela passa muito tempo chorando por tristeza e decepção.

– Vamos andando?... – Ele caminhou e pôs sua mão no ombro dela. -... Temos algumas coisas que precisamos conversar... – Stefan tirou as mãos do ombro de Juliana ao passo que ambos começaram a caminhar pelos diversos metros de perímetro da casa.

– O que? – Ela questionou andando na mesma velocidade dele, lado a lado.

– Esse “tratamento” que você se sujeitará depende muito do isolamento... Você deve ter notado isso, já que estamos num lugar afastado do mundo como esse... – Ele dizia passando um olhar meticuloso por entre as plantas ao redor da casa.

– Sim... – Ela sibilou.

– Eu acho que você deveria fazer um telefonema antes de começarmos. – Ele parou a caminhada e cortou alguns ramos de erva dadinha de um canteiro.

– Para quem? – Ela questionou parando de caminhar também.

– Bem... Hoje de manhã cedo, eu liguei para a Elena, precisei dar uma satisfação para ela... Nós saímos tão de repente, sem avisar para ninguém, e não voltaremos tão cedo... – Disse ele ainda jardinando.

Juliana ficou incomodada.

– Você disse para ela o motivo? – Ela interrogou preocupada.

– Infelizmente, sim. Eu precisava fazê-la entender, para não pensar bobagem... – Stefan corou por um momento. -... Mas ela prometeu discrição, não vai contar nada para ninguém, nem mesmo para Bonnie ou Caroline, e você sabe que quando ela faz uma promessa ela cumpre, só que...

– Só que...? – Juliana repetiu em tom de pergunta.

– Só que eu e ela achamos que você precisa ligar para Damon, explicar para ele também... Pra ele não pensar bobagens também... – Stefan dizia quando foi interrompido pela garota.

– NÃO! – Ela berrou. – Não vou, não posso...

– Mas... – Stefan ia argumentar.

– E dizer o quê?... Todas as coisas horríveis que eu fiz? Como eu me tornei monstruosa?... Como eu pensava que ser vampiro era um mar de flores e acabei descobrindo que não é nada fácil da pior maneira possível?... Não, Stefan, eu não vou ligar para ele para falar nada disso... Eu preciso ficar longe dele, por ele próprio e por mim também... Eu preciso ser consertada antes... Prefiro que Damon não saiba de nada e que depois eu lide com as consequências do que contar a verdade, até porque ele ia acabar me convencendo a pedir para você contar a ele onde estamos... – Dizia ele.

Stefan começou a concordar com ela.

–... E seria bem capaz dele não concordar com o tipo do tratamento, te colocar no colo e te arrastar daqui... – Ele completou. Juliana concordou com a cabeça.

Os dois voltaram a caminhar.

– Como é esse tratamento? – Juliana interrogou com um pouco de curiosidade.

– Bem... – Stefan se contraiu um pouco. –... Ele consiste em três etapas. A primeira é a desintoxicação, a segunda é a seleção, e a terceira é a reintrodução, mas eu prefiro dar mais detalhes sobre elas quando estiver atravessando cada uma...

Juliana não insistiu.

– Você já fez esse tratamento várias vezes antes? – Ela perguntou.

– Não... Quer dizer... Sim! Mas não da forma que você está pensando... Sempre fui eu a pessoa tratada. – Ele se explicou.

– Nossa... – Stefan viu Juliana suspirando ao encarar a frente da casa. -... É uma bela casa...

– Sim, ela tinha bom gosto... – Stefan concordou admirando a frente da casa e colocando suas mãos nos bolsos.

– Ela...? – Juliana ainda olhava a casa.

– Lexi. – Disse Stefan.

– Ah, sim!... A amiga que te ajudava com seu problema de sangue?! – Juliana voltou a olhar para Stefan que a encarava agora.

– Ela mesma... Essa casa é a favorita dela, Lexi mesmo desenhou cada detalhe... Inclusive o “meu quarto”, ela o apelidou de Ninho do Estripador... Não é bem um quarto, é o porão onde ela me tratava, e vai ser lá que eu vou te tratar. – Disse ele.

– E quando vamos começar? – Ela pressionava.

– Acho que você não precisa ter pressa, não serão momentos felizes...

– Stefan, não quero que me entenda mal, mas eu larguei tudo para tentar melhorar aqui, pressa é tudo o que eu tenho. – Disse Juliana. O vampiro resolveu atendê-la e começar naquele mesmo dia o “Tratamento”, eles partiram para o Ninho do Estripador sem mais demora.

A DESINTOXICAÇÃO

Ao adentrar o “Quarto de Stefan”, Juliana pôde notar que se tratava de um cômodo de pouco mais de cinco metros quadrados, com paredes reforçadas, com certeza elas tinham a finalidade de impedir que as pessoas do lado de fora escutassem o que ocorria dentro.

Era um local seco, mal iluminado, e sem janelas. Para chegar até sua localização, era necessário atravessar o porão que se estendia por todo o subsolo da casa. Apesar de ter uma péssima noção de espaço geográfico, Juliana conseguiu notar que o Ninho do Estripador se localizava provavelmente embaixo do canteiro do jardim da ala leste da casa.

O cômodo não possuía nenhuma mobília, exceto uma cadeira horripilante bem no centro, que ficava virada para a porta feita de aço reforçado, esta possuía uma veneziana com grade e uma janelinha para quem estivesse de fora pudesse espiar o que estava dentro. Juliana encarava a cadeira, e não se conteve em perguntar:

– Isso era uma...?

– Cadeira elétrica?... Sim, era!... Lexi achava que me sentando numa cadeira onde muitas pessoas foram mortas tão brutalmente mexeria com a minha consciência. – Stefan explicou.

– E mexia? – Ela questionou.

– Mexia sim... Por quê? Está mexendo com você? – Era a vez dele questionar.

– A única coisa que está mexendo é com o meu estômago... Lexi gostava de assistir “Jogos Mortais”? Porque isso está muito Jigsaw pra mim, let’s play a game, Stefan...

Stefan deu uma breve risada, mas a piada sombria não conseguiu tirar um sorriso sequer da garota, mesmo ela tentando.

– Para falar a verdade, ela gostava desses filmes mesmo... – Stefan ainda ria, mas parou quando notou que não a atingia.

Juliana se sentou na cadeira sem que Stefan tivesse pedido.

– Então, é isso? Eu vou ficar aqui confinada, e só? – Ela queria os detalhes.

– Err... Não é SÓ isso, ISSO é uma das fases mais difíceis do processo... – Ele começou a explicar.

– E no quê consiste isso?... Por quanto tempo ficarei aqui? – Juliana continuava perguntando.

– Essa etapa se baseia no isolamento e na purificação, é preciso que cada gota de sangue que você bebeu deixe o seu corpo, para um vampiro normal isso pode durar dias, semanas, dois meses no máximo... Mas já está mais do que comprovado que você não é uma vampira normal, você é diferente, talvez demore mais ou talvez seja mais rápido... – Explicava Stefan.

– Então, basicamente, você está dizendo que vai me deixar aqui presa desidratando... Está tudo bem por mim... – Ela deu de ombros, não parecia ser tão ruim, ela esperava algo pior.

– Sim, você irá desidratar... E esse processo não será nem um pouco agradável, nem para você e muito menos para mim... – Disse ele.

– Como assim? – Retrucou ela.

– Quando a fome vier, você irá chegar num estado de desespero diferente de todos que já passou na vida ou sonhou em passar... Você implorará por sangue, você tentará me convencer a dar ele a você, você vai querer que eu te liberte... E com o tempo você vai começar a me odiar por estar fazendo isso a você, com certeza me fará mil e uma ameaças e ofensas... Enquanto isso eu terei que me manter firme, não será fácil... Você não sabe, mas um vampiro morrendo de sede pode falar como as sereias cantam, é bastante convincente... Não posso me comover com seu sofrimento e nem me deixar abalar pelas ofensas... – Ele explicou.

– Eu entendo... – Juliana sibilou. -... Já podemos.

– Tem certeza?... Uma vez que eu te amarrar aqui, só poderei soltá-la quando estiver pronta para a próxima etapa. – Stefan explicou.

– Pode me amarrar. – Ela disse.

Stefan começou a prender as pernas e os braços da garota com as cintas de couro da própria cadeira, depois começou a mexer num saco que ele tinha trazido lá para baixo. Ele vestiu suas mãos com umas luvas grossas e cuidadosamente retirou do saco alguns metros de corrente de aço galvanizado grau 10.

– Isso vai doer um pouco... Elas estão banhadas em verbena, para poder te enfraquecer. – Stefan avisou.

– Ok. – Juliana disse como se o aviso dele fosse um pedido de permissão.

O vampiro começou a enrolar a corrente na garota e na cadeira.

– Ah!... – Ela berrou quando a corrente começou a queimá-la. Stefan fez uma pequena pausa. -... Está tudo bem... Ah!... Arde mais é suportável... – Stefan prosseguiu até ela estar bem presa.

Então, ele teve que partir, deixando-a só. Juliana o viu atravessar a porta e fechá-la, observando o quarto se tornar um breu total, aos poucos o incômodo da solidão foi atacando-a.


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Notas finais do capítulo

Pretendo postar o próximo capitulo amanhã, mas não prometerei nada, quem promete não cumpre rsrsrs'... Sei que esse capítulo foi meio boring, mas pelo menos não houveram lágrimas, e tudo que tem "Radioactive" como trilha fica bom kkkk bjoos.