Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 15
Capítulo XIV - My Vampire Heart


Notas iniciais do capítulo

Hello beautiful readers!! Mais um capítulo...
#Fériasacabando volto pra Universidade dia 17 :'(
então vou tentar adiantar, quero começar a próxima temporada até lá
Não sei se vou conseguir, mas vou tentar rsrs...
Deem um olhadinha na instrução do player de música (pra quem não tá acostumado com esse):

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Os dias que se seguiram foram com certeza os mais bizarros de todos para a vida da pobre Lucy. A garota passou quatro dias trancada em seu próprio apartamento, Juliana a tinha dito para não sair e não pedir socorro, é claro que ela não entendia o porque de obedecê-la.

– Por que você está fazendo isso comigo? – Os marejados olhos de Lucy suplicaram explicações para a menina que acabara de soltar seu pescoço pela décima segunda vez naqueles dias.

Juliana recolhia suas presas e limpava o sangue que escorria por seu queixo.

– Porque eu posso. – Respondeu ela indiferente.

As lágrimas rolaram no rosto de Lucy.

– Por favor, me deixe em paz... Eu juro! Não contarei a ninguém, apenas pare de me machucar. – Implorava a humana.

– Por que eu faria alguma coisa dessas? – Juliana olhava para a garota que chorava e não sentia nenhum pingo de remorso ou um fio de arrependimento.

Por que isso? Não é nada de muito bizarro, talvez a explicação disso tenha passado pela sua cabeça, mas não se prendeu a ela pensando que seria muito simples ou óbvio, mas o que estava acontecendo com Juliana nada mais era do que a real ausência dos sentimentos; aquele pequeno e escondido botãozinho que permite a um vampiro ter emoções... Ter... Humanidade.

[...]

Juliana tinha acabado de acordar e se arrumar para ir ao colégio, mas antes disso ela passaria com certeza pela casa de Lucy para tomar o seu café da manhã direto de uma veia pulsante. Ah, Lucy! Era simplesmente a vítima perfeita... Ninguém a enxergava no colégio, morava sozinha num prédio onde ninguém conversava com ela. Poderia sumir por meses, talvez até um ano e nenhuma pessoa sentiria sua falta, muito menos seu tio canalha.

Seria a refeição matinal garantida de Juliana se ao atravessar a porta da casa Gilbert, alguém não tivesse interceptado segurando-a pelo braço.

– Precisamos conversar. – Disse Damon.

Juliana puxou seu braço com força, libertando-se das mãos do vampiro dizendo:

– Eu não acho.

– Mas que porcaria está acontecendo aqui? – Ele foi direto. -... Eu fiz alguma coisa errada para você?

Juliana revirou os olhos.

– Eu tenho que ir para escola. – Ela disse começando a sair. Damon segurou o braço dela mais uma vez a impedindo.

– Sua aula só começa daqui à uma hora... – Ele retrucou.

– Não importa, eu quero ir cedo. – Ela tentou se libertar mais uma vez, só que ele não permitiu.

– Eu te dei um tempo, permiti que me evitasse para que talvez com o passar dos dias você ficasse melhor... Até deixei que o Stefan tentasse ajudar da forma dele, mas acho que a situação está começando a ficar séria... – Damon dizia.

– O que você quer dizer com isso? – Ela o olhava com desprezo. Essa era a única coisa que ela chegava perto de sentir ao estar ali diante dele.

– Só sei que tem alguma coisa errada acontecendo, muito errada... Pode falar comigo, amor. – Damon a olhou com ternura.

O desprezo no olhar dela apenas aumentou.

– Patético... – Ela encarou a confusão que o que disse causou no rosto dele. – Apenas me deixe ir embora...

– Eu nunca faria isso. – Disse ele metaforizando, o que a fez revirar novamente os olhos. Damon a puxou para depositar um beijo nela, mas Juliana virou a cara.

– O que está acontecendo com você?... – Ele questionou surpreso. -... Eu mal consigo ver a garota doce e inofensiva que eu me apaixonei aí dentro. – Damon afirmou sua confusão olhando no fundo dos olhos dela.

– Me deixa ir, droga! – Ela puxou o braço novamente. Dessa vez Damon a soltou e a permitiu partir.

Juliana saiu, e graças a Damon acabou mudando sua rota, não iria mais para a casa de Lucy, ela acreditava que ele seria capaz de segui-la, e ela não permitiria que ele interferisse na relação vampiro-presa que estava tendo com a humana.

Essa relação era a única coisa que ela se permitia ter. Desde o primeiro e decepcionante dia de volta às aulas ela vem mergulhando apenas num oceano de sentimentos ruim, se permitindo a sentir apenas raiva das pessoas ao seu redor, dos acontecimentos que se passaram recentemente em sua vida, e consequentemente, raiva de si mesma.

Aos poucos, durante esses meses, Juliana foi se distanciando de suas emoções sem perceber, para não sentir a dor causada pelos sentimentos ruins. Ela não sentia amor, amizade, tristeza, ou arrependimento; Mesmo Stefan, Damon e Caroline nunca terem mencionado nada sobre desligar a humanidade, muito menos a ensinaram a fazer isso. Juliana lidava com isso sozinha, sem ter noção de nada, ela pura e simplesmente estava desligando sua humanidade.

[...]

Quando o período letivo do dia chegou ao seu fim, Juliana resolveu ir à casa de Lucy, aproveitaria que provavelmente não estaria sendo seguida por Damon, porque com certeza ele não ficaria às espreitas escondido no colégio vigiando-a, já que não desconfiava de nada.

A nova vampira foi bastante meticulosa e escondeu todos os seus rastros, também, tendo como namorado um serial killer super hiper assumido, nem tem como não aprender alguns truques criminais.

Ao girar a chave do apartamento de Lucy, a boca de Juliana se enchia de água graças à expectativa da sua refeição garantida do outro lado da porta. Ela não esperava encontrar o que se deparou ao adentrar o recinto.

...

Lucy estava caída no meio de sua sala-cozinha, aos pés de seu pequeno sofá. Juliana voou até ela e nem se preocupou em fechar a porta. A vampira tentou encontrar algum sinal de vida na garota.

Lucy não estava se alimentando adequadamente ao passo que provia bastantes quantidades de sangue diárias para Juliana, seria uma questão de tempo para seu corpo começar a entrar em falência.

Juliana chamou por Lucy, ela não respondeu, estava desmaiada. E de repente o mundo de raiva que a vampira estava mergulhada recebeu uma grande chacoalhada, ela começou a sentir outros sentimentos pela primeira vez em dias, infelizmente essas emoções não eram nada animadoras; desespero, medo, dor.

– Lucy! Lucy!... Por favor! – Juliana começou a transbordar em lágrimas enquanto sacudia a garota que temia já estar morta.

O choque da situação havia despertado-a, ela estava sendo retirada de seu transe de ira que estava desligando sua humanidade.

O corpo desfalecido da pobre garota solitária somente se movia graças ao balançar de Juliana sem apresentar nenhum sinal de que ainda estava viva.

– Por favor, Lucy!... Pelo amor de Deus!... – Juliana tentava reanimá-la e não havia nenhuma resposta.

– Não morra, por favor!... Me desculpe!... – Juliana suplicava enquanto chorava em prantos. Ela mordeu o próprio punho e tentou forçar que seu sangue de vampiro descesse pela garganta da humana, mas nada acontecia, nada funcionava, era inútil.

– Por favor! Por favor! – Ela chorava ao abraçar o corpo moribundo de Lucy e embalá-lo como uma criancinha pequena. -... Lucy, acorde!

Ela não sabia o que fazer, sua vida mudaria para sempre daqui em diante. Se Lucy acordasse, ela prometia que ia ser uma boa garota para todo mundo e nunca teria sequer pensamentos maldosos. Mas nada adiantava, não tinha promessa certa, Lucy não ia acordar.

Juliana estava em todo desespero, não fazia ideia de qual decisão tomar ou qual rumo seguir. Ela começou a encarar uma das paredes do apartamento olhando para o vazio e segurando o choro, até que conseguiu pensar na única pessoa que poderia ajudá-la, a única de quem ela queria a ajuda naquele momento, a única pessoa que a compreenderia.

Juliana tirou seu celular do bolso e discou um número, quando a pessoa do outro lado da tela atendeu, ela segurou sua respiração criando coragem.

–... Alô?...

A garota pegou ar novamente e desabou em lágrimas e soluços ao dizer o que tinha que falar:

–... Socorro, Stefan, socorro...

[...]

Em menos de cinco minutos o Salvatore mais novo havia chegado ao endereço que Juliana indicara pelo telefone, assim com ela também pediu, Stefan não contara nada a ninguém, apenas foi atender a súplica dela.

Juliana ficou o tempo todo grudada em Lucy, abraçando-a e sacudindo-a, implorando para que ela ressuscitasse, ao passo que chorava e chorava mares de lágrimas.

Stefan cruzou a porta como um furacão atordoado sem fazer ideia do que estava se passando com Juliana.

– O que aconteceu? – Ele disse com um grau cada vez mais grave em sua voz ao olhar para a Juliana ajoelhada envolvendo os braços numa menina loira caída.

– Stefan... – Ela soluçou. –... Eu... Eu a matei, Stefan!... Eu a ma... Matei!

Os olhos encharcados e arrependidos suplicaram ajuda como se Stefan fosse capaz de trazer redenção ao erro dela.

– Deixe-me examiná-la. – Stefan disse sério se aproximando. Ele não demonstrava nenhuma outra emoção a não ser a surpresa.

Juliana se levantou e começou a se autodepreciar.

– Eu sou uma pessoa péssima... O que eu fiz para essa pobre garota... Ela não merecia nada disso...

Stefan examinava a garota e aparentemente ignorava Juliana, ele se mantinha bastante sério, enquanto a vampira chorava e lamentava. Em silêncio, o vampiro adentrou o banheiro da casa, com certa pressa, ele vasculhava as gavetas e kits de primeiros-socorros. Ele voltou para a sala segurando uma seringa.

Stefan voltou a se ajoelhar ao lado do corpo de Lucy, enfiou a agulha em uma de suas veias e preencheu o interior da ampola com seu sangue; depois, mirou a agulha no tórax da garota e a fincou no coração com força.

Após injetar todo o seu sangue de vampiro no coração da garota, ele começou a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca. Juliana observava pausando seu choro, ela tinha certeza que Lucy estava morta, mas um fio de esperança cresceu dentro dela ao ver Stefan agir.

Lucy deu uma inspirada funda, reagindo.

– Lucy... – Juliana sussurrou surpresa.

A garota não estava morta, ela estava morrendo de fato. Seu pulso estava fraquíssimo e não respirava notavelmente, Juliana como vampira deveria ter usado seus poderes para descobrir isso, mas o desespero que caiu sobre seus ombros foi do mesmo tamanho da raiva que estava em sua mente antes, cegando-a de medo.

As pálpebras de Lucy começaram a bater, ela gemeu um pouco de dor, seu corpo doía, e a ferida em seu pescoço também, graças a várias tentativas de cicatrização interrompidas pelas presas de Juliana.

Ela abriu os olhos e balbuciou algumas palavras enquanto tentava entender o que acontecia. Stefan continuava com seu olhar imparcial, apesar de dar um quase imperceptível sorriso para a menina que acordava. Juliana contraiu seu corpo em alívio.

– O que... aconteceu? – Ela bateu as pálpebras pesadas, olhou para Stefan sem entender.

– Lucy, vai ficar tudo bem agora. – Juliana se aproximava. Ao por os olhos na vampira, a humana quase pulou se arrastando no chão para se afastar.

– Não! Você, não!... Por favor, me deixe em paz! – Lucy implorava pela vida.

Isso fez o coração de Juliana partir, e tudo voltou; o desespero, o medo, a dor e a infelicidade.

– Não me machuque... Não a deixe me machucar! – Lucy implorava para Stefan.

Stefan segurou o ombro e ao olhá-la nos olhos começou a hipnotizá-la.

Você está segura, assim que sairmos você esquecerá Juliana e de tudo o que sofreu, agora tome um banho.

Lucy partiu para o banheiro. Juliana olhava para o chão, ela estava pronta para a pior bronca de todas, ela merecia. Stefan andou até ela com a sua cara enigmática, e a envolveu com seus braços apertando sua cabeça contra seu peitoral protetoramente.

– Está tudo bem, querida. – Stefan afagava o cabelo dela.

Juliana demorou um pouco para processar aquilo, ela esperava uma reação diferente, mas não demorou muito para ela desabar nos braços dele.

– Não, não está! – Ela envolveu o tronco dele e o apertou, molhando sua camisa vinho listrada com suas lágrimas salgadas.

– Ela está bem... Vai ficar tudo bem. – Ele alisava o cabelo dela.

Juliana se desvencilhou dos braços de Stefan e se afastou dele, começou a andar.

– Não!... Eu fui monstruosa! Fui terrível! – Ela se virou e voltando a olhá-lo de frente.

– O que você fez? – Ele entendia que Juliana havia a machucado intensamente, mas não sabia como ou quanto.

– Eu me alimentei... Muitas vezes sem fome, só para torturá-la, só para vê-la sentir dor... Isso me dava prazer... Ah, Stefan!... Sou um monstro! – Ela cobriu seu rosto para chorar novamente.

– Por que você fez isso? – Ele segurou os punhos dela, descobrindo seu rosto.

– Eu não sei... – Ela soluçou. -... Eu simplesmente queria e fiz... Oh, Stef, não me reconheço... – Juliana tentou cobrir o rosto mais uma vez, mas Stefan a impedia, endurecendo suas mãos sobre os punhos dela.

Ela não aguentava a vergonha e o nojo de si mesma, então permitiu que suas pernas cedessem e ela caiu ajoelhada no chão; seus braços ficaram suspensos por uma fração de segundos presos nas mãos de Stefan.

O vampiro se agachou para fazer contato com os olhos.

– Eu não posso, Stefan... Eu não vou conseguir... – Ela repetia aos prantos.

– O que? – Seus olhos ternos tentavam consolá-la.

– Bonnie... Damon... Eu mesma... Não vou conseguir viver com isso!... Eu sou fraca!... E agora eu sou um monstro! – Juliana exclamava.

– Você não é um monstro!... E muito menos fraca!... É uma das pessoas mais fortes que eu conheci em séculos, tudo o que você viveu... É demais! Muitas pessoas teriam enlouquecido... – Stefan a defendia de si própria.

– Talvez eu tenha enlouquecido mesmo... Só pode ser isso!... Como eu posso fazer esse tipo de coisa?... Nunca pensei que seria capaz de machucar alguém... Eu quase MATEI uma pessoa inocente... Eu não me reconheço, não consigo... – Ela olhou para o chão. -... Eu não vou conseguir mais olhar para Damon... – Juliana voltou a chorar, mas esse olhar foi diferente, dor de amor.

Stefan apenas a olhava ternamente enquanto ela desabafava.

– Damon uma vez me disse que eu era sua estrela cadente... Que eu era a luz na vida dele... E agora... Agora me sinto infectada, me sinto suja... Não me sinto “luz” nenhuma, me sinto impura, cheia de escuridão... Oh, Stefan!... – Ela chorava mesmo com o rosto descoberto. Até que ela ainda em lagrimas resolveu implorar para o vampira. -... Por favor! Não deixe que ele me veja assim... Por favor, me ajude!... Eu quero ser consertada!... Ele não pode me ver assim!

Stefan teve uma ideia, ele inspirou fundo antes de falar.

– Eu sei o que pode te ajudar... Você precisa de uma Intervenção...

– Oh, eu aceito!Ela engoliu o choro por um momento.

Juliana avançou em Stefan e o abraçou envolvendo o pescoço dele.

– Mas, por favor, me tire daqui!... – Ela começou a molhar o ombro da blusa do Salvatore com seu choro. -... Me tire de Mystic Falls...

Stefan acariciou as costas dela com uma de suas mãos, e com a outra afagou sua cabeça.

– Tudo bem... Está tudo bem... – Ele sussurrava.

[...]

Juliana esperou no apartamento de Lucy, enquanto, em segredo, Stefan foi até sua casa para buscar seu carro. E nisso uma chuva melancólica começou a banhar toda a cidade, deixando o fim do dia mais escuro do que o normal e o clima tão triste por fora quanto por dentro da garota.

Stefan evitou encontrar com pessoas, e chegou sem muita demora novamente na residência de Lucy, Juliana foi ao encontro dele e de seu carro vermelho logo em seguida.

– Você tem certeza que quer fazer isso? – Stefan disse a ela antes de dar a partida no automóvel.

Juliana encarava a rua e as gotas que escorriam pelo vidro do carro.

– Absoluta. – Respondeu.

Então eles partiram de Mystic Falls, com simplesmente a roupa do corpo, e sem avisar a ninguém, embarcando numa jornada inesperada para bem longe que os afastaria de tudo e de todos por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

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Tô muito ansiosa para saber as opiniões sobre esse capítulo, muito mesmo! rsrs'
Alguém já pensou em STELIANA? a Fran Machado já, mas não sei se ela ainda lê a fic hihi