Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 14
Capítulo XIII - Maybe I Should Cry For Help... Or Kill Myself


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, sei que demorei para postar esse capítulo também, mas a desculpa da vez é que tirei um tempinho para ler também, eu terminei de ler uns livros e li "A Seleção", me apaixonei por esse super recomendo pra quem não leu ainda.. Vou ler o próximo: "A Elite", mas juro que não vou negligenciar a fic dessa vez, pink promess suhasuaushusha
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Juliana aguentou com bastante rigor o dia inteiro no colégio sem se alimentar, por mais que as veias palpitantes e os pescoços despidos a tentassem, ela se manteve firme, afinal, noite passada ela tinha se alimentado e muito com Damon na boate.

O mais estranho era que a medida que a raiva dela aumentava pelos seus colegas de colégio aumentava também a sua fome, como se a raiva alimentasse o desejo dela por sangue. Ela não pode negar que durante a aula, uma ou duas vezes ela se pegou devaneando ao imaginar como seria, empurrar todos que estavam nas carteiras a sua frente e depois agarrar Sierra pelos braços e rasgar a carne dela, sugando-a até que não existisse mais vida dentro da garota.

Esses pensamentos a perturbaram, nunca pensou que seria capaz de desejar matar alguém, muito menos Sierra, que há pouco tempo atrás parecia ser uma amiga inofensiva e incapaz de tratá-la de maneira tão rude e cruel assim.

Entretanto, ao chegar em casa, teve que escutar diversas broncas por ter voltado ao colégio quando todos disseram que ela deveria esperar, a garota chegou a escutar broncas até de Jeremy, não bastando as de Elena, Alaric, Jenna e Stefan.

A verdade é que essas broncas só aumentaram a raiva que a garota estava acumulando dentro de si desde a manhã. Mas quando perguntaram como havia sido, ela mentiu descrevendo o dia como se tudo tivesse sido um mar de flores, Juliana fez isso porque sabia que apesar das broncas, eles estavam preocupados com ela, entendia o motivo de quererem adiar a volta dela para o colégio, ela sentiu isso na pele. Eles só queriam protegê-la.

E isso também a irritava, ela não precisava mais ser protegida, ela era uma vampira agora, não era mais uma garotinha doente que todos sentem pena. Agora ela tinha vários poderes, tantos que a maioria ela nem sabia como usar. O fato de ainda a enxergarem como um bebezinho indefeso a incomodava.

Ela decidiu guardar todos esses sentimentos para si, não compartilhava com ninguém, nem mesmo com Damon.

[...]

Os dias foram se passando, e o esperado era que a situação no colégio melhorasse, mas não foi o que aconteceu. Tudo continuava igual, ou até talvez tenha piorado, o ódio de Juliana por seus colegas crescera tanto que agora até os consideravam inimigos.

O número de bolinhas de papel que ela recebia apenas se multiplicava, com cada vez mais ofensas e insultos ultrajantes. Mergulhada em sua ira, Juliana esquecia-se de relacionar-se com seus amigos de verdade, não saia mais de casa, evitava estar com Damon, ela só o via se ele fosse visitá-la de surpresa, caso contrário Juliana inventava uma desculpa para ele não aparecer. Ela sabia que ele enxergaria a alma dela e veria o quanto estava se enchendo de escuridão. Damon com certeza tentaria consertá-la, mas ela achava que não precisava de conserto.

Para falar a verdade ela evitava sentir outras coisas a não ser a raiva das pessoas, porque quando ela sentia qualquer coisa boa fora do colégio era bom, muito bom, mas quando voltava para a escola a sensação ruim de repulsa e ira voltava com mais intensidade e a magoava mais e mais.

Ela não divida isso com ninguém, enquanto seus pensamentos assassinos cresciam. Uma vez Jeremy havia entrado no quarto dela e pegado uma caneta qualquer emprestada e a quebrou acidentalmente, quando ela descobriu, Juliana se imaginou perfurando a caixa torácica do primo com a mão, arrancando seu coração e sugando o sangue do órgão ainda batendo, OU SEJA, aquilo estava se tornando algo bastante doentio. E nem era preciso falar que ela não tomava mais sangue regularmente, chegando a passar duas semanas inteiras sem beber uma gota.

As pessoas ao seu redor começaram a se preocupar com o novo comportamento dela, que isolava a todos, sem exceção.

[...]

Juliana estava em sua cama deitada com fones de ouvido, olhos fechados enquanto balançava seus pés cruzados ao escutar Back In Black do AC/DC, o volume estava no limite, isolando-a o máximo que conseguia do resto do mundo, impedindo que ela ouvisse Stefan bater em sua porta.

O vampiro entrou mesmo sem ser convidado e cutucou Juliana, a garota abriu os olhos, tirou o fone e perguntou um tanto ríspida, sentando-se:

– O que é?

– Nós estamos preocupados. – Disse ele ao se sentar na cama.

– Claro que estão. – Ela riu ironicamente com amargura.

– É sério!... Hoje faz dois meses que você se transformou em um vampira, e quase dois meses de que você está se comportando assim... Excluindo todos nós da sua vida, até mesmo o Damon. – Disse Stefan.

– E por que ele não vem reclamar? – Juliana o olhou provocativa.

– Ah pode ter certeza que ele queria vir, mas eu o convenci de que fosse ser eu quem viesse. – Respondeu ele. -... Elena pensa que você está assim porque ela descobriu que seus colegas da escola não estão sendo tão legais com você, Damon, por sua vez, pensa que ele fez alguma besteira e você está chateada com ele e descontando em todo mundo, já eu... Eu acho que tem algo a ver com você sendo uma nova vampira.

– Ah! Por favor, Stefan... Se você vier com alguma historinha de que você era um estripador e que pode me ajudar se eu estiver enfrentando alguma sede por sangue descontrolada eu juro que saio por aquela porta sem anel encantado nenhum! – Juliana estava entediada.

– Eu não vim dizer nada disso, mas é verdade... – Reafirmou Stefan enquanto a garota revirava os olhos.

– Então você veio me amolar com o quê? – Juliana questionou.

– Eu sei que isso tem a ver com sua transformação... – Ele repetiu. -... E como você sabe eu enfrentei meu lado sombrio desde cedo, mas você não precisa fazer isso sozinha, eu tive Lexi, que foi muito maravilhosa, e você pode ter muito mais do que eu tive, você pode ter a mim, o Damon, a Elena, a Bonnie, a Caroline... – Stefan citava quando foi interrompido.

– Tá, tá, tá!... Já entendi! Chega dessa prosa!... Você pode ir embora agora. – Juliana deitou-se novamente, colocou os fones e começou a escutar Falling Inside The Black do Skillet, fechando seus olhos e balançando as pernas. Ela não conseguia sentir mais nada além da raiva, nem se quisesse.

Stefan ficou sem reação primeiramente, depois foi embora, deixando-a em paz.

[...]

O dia seguinte era uma segunda-feira, ela acordou e foi para o colégio, num jejum de sangue que já duravam três semanas. Porém, estava bastante alimentada com sua cólera. Seu período no colégio não foi nenhum pouco diferente dos dias anteriores, bolinhas de papel ofensivas e tudo mais, a única coisa que diferenciou um pouco esse dia, foi que alguém pichou a porta do armário de Juliana em vermelho com a palavra: ABERRAÇÃO.

Fora isso, tudo aconteceu como o novo dia a dia odioso dela, em que todos a ignoravam, exceto Lucy. A pobre garota esquisita que todos os dias desde que se apresentou a Juliana, vem tentando fazer amizade com a vampira.

Quando o dia chegou ao fim, Juliana iria para casa como de costume se a professora de literatura não tivesse passado um trabalho em dupla para entregar no dia seguinte. Quem foi a dupla de Juliana? Lucy, é claro.

Lucy convidou Juliana para fazer o trabalho no pequeno apartamento dela.

– Então... Você mora aqui com os seus pais? – Disse a vampira ao atravessar a porta do cubículo chamado de apartamento.

– Na verdade não... Moro sozinha... Meus pais morreram quando eu tinha quatorze anos e eu não tenho irmãos... – Respondeu Lucy trancando a porta.

– Como assim mora sozinha? Você é menor de idade... – Disse Juliana espantada.

– Sou emancipada!... Meu tio que é meu mentor me emancipou para que eu aprendesse a ser responsável cedo, para cuidar da minha herança. - Disse Lucy inocentemente.

– Herança?... Você cuida dela? – Questionou Juliana.

– Não, meu tio cuida dela... Pelo menos até que eu seja realmente maior de idade – Disse Lucy dando de ombros.

As peças se juntaram na cabeça da vampira, Lucy estava sendo roubada por esse tal tio dela e sua mente nem percebia isso.

– Você quer beber alguma coisa? Um refrigerante, um chá...? – Disse a loira jogando sua mochila no pequeno sofá da sala. Esse apartamento tinha apenas dois cômodos, um era o banheiro e o outro era uma mistura de cozinha, copa, sala e quarto para a menina solitária.

– Não, eu estou bem... – Disse Juliana encarando momentaneamente o pescoço de Lucy. Só agora ela estava notando o ronco em sua barriga, a imensa sede. Mas ela conseguiu ignorá-la.

– Então, devemos começar logo esse trabalho, antes que fique tarde demais para você voltar para casa. – Disse Lucy sorrindo para Juliana, que por sua vez apenas a encarou.

As duas passaram três horas inteirinhas debatendo e pondo no papel a atividade escolar para o dia seguinte, e finalmente terminaram. Esse tempo foi o suficiente para que a sede estivesse quase que no controle da vampira, mas por algum motivo ela se mantinha firme e retida.

Lucy tentou grampear a atividade, mas algo em seu velho grampeador não permitiu, dois grampos estavam atravessados. A humana abriu o utensílio e tentou consertá-lo, mas acabou se ferindo.

– Au! – Disse Lucy. Juliana que estava olhando a rua pela única janela do ambiente sentiu um odor familiar, ela se virou para a humana.

– O que foi? – Ela perguntou.

– Não foi nada demais... Apenas furei o dedo superficialmente. – Disse Lucy apertando seu indicador, Juliana começou a encarar o filete de líquido vermelho escuro fazer seu caminho para fora da carne da humana.

Juliana apressadamente sentou-se ao lado de Lucy, e começou a segurar a mão da menina.

– Deixe-me ver! – Juliana encarava o sangue que saía hipnotizada.

– Não foi nada mesmo. – Disse Lucy.

Juliana pareceu não ouvir o que Lucy dissera, e quando deu por si já tinha colocado o dedo da menina na boca.

– Okay, isso foi estranho! – Disse Lucy puxando sua mão e começando a encarar Juliana.

Um pouco de sangue havia ficado sobre o lábio inferior dela, vagarosamente ela tratou de lamber.

– Por que você fez isso? – Perguntou Lucy ainda surpresa, mas Juliana não a ouvia.

As veias ao redor dos olhos da vampira se dilataram, seus olhos se tornaram enegrecidos e suas presas ficaram amostra.

– Mas o que é isso?! – Lucy pulou do sofá e começou a se afastar de Juliana, mas esta foi mais rápida. Com uma mão a vampira agarrou o braço esquerdo da loira e com o outro braço puxou a cabeça dela, deixando seu pescoço mais acessível.

Juliana fincou suas presas na pele de Lucy, enquanto ela gritava e se debatia tentando se soltar, a vampira nem pareceu notar nada disso. Só parecia ligar para o frenesi do sangue descendo sua garganta cada vez mais. Lucy tinha se transformado em uma simples presa que Juliana predava sem nenhum remorso ou pena.

Ela foi sugando e sugando até que a presa havia parado de lutar e seu corpo desfalecia desmaiado entre os braços de Juliana, não morto, apenas desmaiado; com o que acontecerá depois desse episódio, talvez morrer fosse o melhor que Lucy poderia ter feito para si mesma.


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Notas finais do capítulo

Uhhhh, Que garota má!... Adoraria saber opiniões e teorias de vocês quanto a isso hihi..
Até o proximo, (que já está escrito por sinal) HEUHEUHEU
Beijos