Ao ouvirem as palavras de Rey, as quatro jovens seguem o exemplo de sua líder e secam as lágrimas, pois, não podem ficar ali paradas. Se quiserem evitar que este tipo de tragédia continue a acontecer, elas precisam derrubar e matar o monstro.

Com este pensamento em mente, as cinco continuam caminhando por aquela dimensão. Rey, Saori, Sylia e Mina andam na frente e, Kari vai caminhando um pouco para trás, sentindo que tem algo muito estranho por perto, ela só não sabe explicar o que é.

E, enquanto suas amigas continuam sua caminhada, ela para, vendo uma estranha sombra no chão. E, inesperadamente, essas sombras ganham vida bem atrás de Kari e, se transformam em um demônio dimensional, que segura ao jovem por trás. Ao ser pega pela criatura, a jovem não consegue conter um agudo e forte grito de medo.

Ao ouvir o grito de Kari, as outras quatro jovens olham para trás e se surpreendem ao ver a criatura que mantém uma unha longa e inumana pressionada contra o pescoço da amiga.

― Acho bom não se mexerem! – fala a criatura – Isso se vocês não quiserem ver sua amiga morta!

Ao ver aquilo, o ódio toma conta das cinco garotas e, imediatamente, Rey, Saori e Sylia se transformam, prontas para obliterarem aquele monstro cruel.

— Vão mesmo lutar contra mim, fedelhas? – a voz do demônio dimensional é carregada de crueldade.

— Vamos, e com todas as nossas forças! – a voz de Rey é carregada de determinação – E quanto a você, não seja covarde e solte a Kari!

— E por que eu faria isso? – provoca o Demônio Dimensional.

Rey, totalmente tomada pela fúria, faz surgir em suas mãos seu arco de fogo, bem como uma flecha. A jovem se prepara para atirar, sem se importar com mais nada, apenas em vencer. Mas, o Demônio Dimensional, em sua grande maldade, crava suas garras no pescoço de Kari, que começa a sangrar no mesmo instante, ao mesmo tempo em que a jovem grita ante a grande dor que sente. Isso é mais do que suficiente para Rey cessar o seu ataque e estacar. Como vai lutar contra uma criatura que ameaça uma de suas companheiras?

E, da mesma forma que ela não consegue fazer nada, Saori e Sylia estão da mesma forma. Infelizmente, por mais que queira, mais do que qualquer outra coisa derrotar esta criatura tão vil e cruel, enquanto ela ameaçar a vida de Kari, elas nada podem fazer.

— Droga...! – fala Saori, com seus olhos marejados por lágrimas.

— E então, garotinhas, irão desistir? – a voz do Demônio Dimensional é cada vez mais cruel, enquanto ele crava com mais força suas unhas no delicado pescoço de Kari.

— O que nós vamos fazer...? – pergunta Sylia, a voz carregada de desespero – Nós não podemos atacar este monstro enquanto ele estiver ameaçando a vida da Kari...!

— Eu sei...! – fala Rey – Por favor, confiem em mim, nós vamos dar um jeito de reverter esta situação.

E, enquanto as três Detetives Dimensionais não tem a menor condição de reagir, o Demônio Dimensional, com a mão livre, ataca as três jovens, lançando na direção delas farpas de espinhos, em uma velocidade tão grande que elas, pela falta de experiência, não conseguem desviar.

São atingidas por grande parte dos espinhos em seus braços e suas pernas, que começam a sangrar nos locais atingidos, em cortes demasiado profundos, enquanto o Demônio Dimensional gargalha mais e mais de prazer.

Sylia tenta atingir a criatura com um raio, porém, com a amiga como refém, ela nada pode fazer, pois, mesmo sem querer, pode acabar machucando a sua preciosa amiga.

E, essa é a grande vantagem do demônio dimensional, que, continua a atacar as jovens sem qualquer vestígio de piedade, ao mesmo tempo em que continua a pressionar o pescoço de Kari, que grita mais e mais, desestabilizando emocionalmente as suas companheiras.

E, enquanto tudo isso acontece, Mina, a uma distância segura, apenas observa, pois, não tem a mínima condição de ajudar suas companheiras...

Ela queria ajudar, mas não pode... Em um momento como esse, ela queria ser como a brisa do vento, se aproximando de seu inimigo sem que ele se desse conta, para salvar Kari e dar a Rey e as outras a chance de lutarem de forma justa... Suas amigas estão correndo um grande e perigoso risco de vida e, não pode fazer nada por elas... Não pode...! Ao contrário, tudo o que pode fazer é ficar ali, apenas observando esta desleal batalha...!

Mas, não é o vento e não pode lutar... Não pode fazer absolutamente nada contra esta criatura dos infernos que está machucando suas amigas... Sim, amigas, porque mesmo que as conheça há muito pouco tempo, já as considera como tal... São companheiras nessa missão maluca em que se enfiaram e, como companheiras, devem se ajudar mutualmente... Uma por todas e todas por uma... É assim que deve ser... Sempre... Sempre...!

Lágrimas começam a cair pelo rosto de Mina, ao mesmo tempo em que ela se levanta e, assiste a cena a sua frente. Sente a suave brisa do vento, que faz seus cabelos voarem, ao mesmo tempo em que uma aura amarela começa a circundar seu corpo.

Cada vez mais, Mina vai sentindo que ela e o vento são como um só... Sente em eu coração um poder que ela jamais havia sentido... Uma força que pouco a pouco vai possuindo-a por completo, ao mesmo tempo em que a aura amarela que brilha em volta de seu corpo brilha com cada vez mais intensidade.

Ela leva a mão ao céu.

— Pelo sopro calmo do vento... Eu me transformo!!!

A aura amarela que está envolvendo o corpo de Mina começa a se transformar em correntes de vento, que envolvem totalmente o corpo de Mina, que se deixa ser dominada e transformada por este grande poder. As correntes de vento transformam suas roupas, dando a ela o uniforme das detetives dimensionais. As correntes então desaparecem, dando vez a Mina totalmente transformada.

— Sou Mina, a detetive que controla os poderes do vento!