Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 29
Os Longbottons


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse cap. acho que já deu pra perceber o quanto estou apaixonada por Neville néh?!

Será que mereço comentários? Só pra saber como tá ficando?



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Enquanto todos os outros alunos tomavam cuidado com uma planta mal cheirosa, um jovem que mancava levemente e estava envolto em uma capa preta com um leão bordado no peito andava apressado enquanto passava os jardins e entrava no castelo.

Neville encontrou algumas pessoas pelos corredores e as cumprimentou o mais cordialmente possível, embora algumas garotas quisessem mais de sua atenção. Continuando seu caminho ele parou e respirou fundo duas vezes, nervoso e curioso na frente da porta da professora, quando achou que estava preparado deu duas batidinhas, na esperança de que talvez ela não o escutasse, mas essa chama nem chegou a ascender em seu coração, pois logo ele escutou o click da porta seguido pela voz suave.

—Entre Sr. Longbottom.

Fazendo conforme a professora pediu, ele entrou na sala parcialmente iluminada, a porta se fechou assim que ele passou e engolindo em seco, ele se dirigiu para a mulher que estava sentada numa grande mesa de carvalho com três pilhas de pergaminhos separadas a sua frente onde se lia "abaixo das expectativas", "insuficiente" e "suficiente", o garoto não pode deixar de notar o quão poucos pergaminhos estavam na pilha do "suficiente".

—A senhora queria falar comigo. - Disse Neville sem jeito quando ficou suficientemente perto da mesa e ela continuou concentrada no que fazia.

—Sim, e ainda quero. Por favor, sente-se, estou corrigindo os testes de hoje, enquanto isso gostaria de te contar uma historia.

Sem entender como isso acabaria, Neville se sentou na primeira cadeira e esticou a perna enquanto a professora falava.

—Você imagina qual foi o motivo pelo qual meu pai esconderia de todo o mundo a minha existência? - E dizendo isso ela ergueu a cabeça para vê-lo negar. - Não foi sempre assim. Na verdade, como toda a filha, eu fui a menina dos olhos tontos de Moody, na época em que ele era só um auror, eu e minha mãe conseguíamos ficar perto dele, saiamos, brincávamos, éramos felizes... Ele foi um ótimo pai, divertido, brincalhão e cuidadoso.  Mas um dia, ele foi promovido para chefe dos aurores pelos seus esforços contra bruxos das trevas, Voldemort já havia surgido e eu tinha sete anos de idade quando fui seqüestrada.

"Eu e minha mãe fomos levadas por cinco bruxos das trevas partidários de Voldemort, mas nada influentes, provavelmente tentavam chamar a atenção dele, mas o que interessa é que eles nos levaram. Ficamos presas durante uma semana. Minha mãe era espancada quase de hora em hora e na minha frente, um deles até chegou a violentá-la, nós duas dormíamos na floresta, amarradas a uma arvore do lado de fora de um casebre. Eu apanhei algumas vezes também, às vezes, quando voltava a ficar consciente, os ouviaeles dizendo que meu pai deveria parar com a caça aos bruxos das trevas se quisesse ver alguma de nós vivas."

"Mas foi na manha do oitavo dia que as coisas realmente ficaram ruins. Eles estavam sendo caçados, meu pai sempre foi implacável quando queria e então naquele dia de manha, eles violentaram a minha mãe, depois deram a maior de todas as surras nela e eu não consegui não fazer nada como minha mãe pedia, eu me transformei e me soltei, fui pra cima deles e um deles jogou em mim a maldição cruciatos, até hoje eu não sei de onde minha mãe tirou forças, mas ela tentou me defender e quando ele a amaldiçoou também e a força do feitiço acabou jogando-a em uma arvore morta e um dos galhos perfurou seu peito."

"Enquanto eu chorava, eles dançaram ao meu redor dizendo que era minha culpa e gargalhavam alto, até o mais serio de todos que minha mãe dizia ser o chefe tentava esconder um sorriso, eles eram completamente loucos e me bateram até o entardecer, lembro que um deles me lançava maldições cruciatos quando eu desmaiava para que eu acordasse. Quando eles se cansaram, me puxaram pelos cabelos e estavam me amarrando na arvore em que o corpo da minha mãe ainda estava quando um clarão acertou as costas de um deles."

"Foi tudo muito borrado naquela hora, a memória é ainda pior, por isso até prefiro contar ao invés de te mostrar, depois que um deles cair eu fui levantada do chão com brutalidade e arrastada pelos cabelos por um dos homens, enquanto eu me retorcia e gritava eu vi uma mulher aparentemente grávida e um homem alto lutando com os seqüestradores, eles lutavam tão bem juntos... Como se fossem o mesmo corpo com vários membros, um defendia e o outro atacava e vice e versa, eu não sei o que mais aconteceu por que logo eu estava fora do campo de visão ainda sendo arrastada pelo chefe desse bando. Eu não sei se você já enfrentou uma situação em que você não consegue mais pensar em nada para fazer, eu nem mesmo chorava, apenas me deixava ser levada, não tinha mais por que lutar, minha mente era um vazio tão grande quanto minha alma e então eu fui erguida e uma varinha foi apontada para o meu pescoço."

"Quando consegui formar os olhos para tentar entender o que estava acontecendo eu chorei e sorri e tentei em vão me soltar, meu pai estava vermelho, com os cabelos uma bagunça e o olho girando loucamente, eu lembro que o bruxo dizia que me mataria, mas eu não me importava de morrer depois de ter visto meu pai uma ultima vez, talvez se eu encontrasse a minha mãe e pedisse com jeitinho ela poderia me perdoar... E então, quando eu parei de chorar e sorri pro meu pai, o bruxo nas minhas costas caiu e enquanto aquele cara alto se levantada a mulher prendia o homem ao chão com um feitiço. Quando eu olhei para eles, o homem sorriu e beijou a cabeça da mulher que passava a mão despreocupada pela barriga."

"Meu pai correu ao meu encontro e me abraçou, foi a primeira vez que vi Alastor Moody chorando. Quando ele voltou a si e só então eu percebi que agarrava seu casaco com toda a força e chorava tanto que tremia dos pés a cabeça, ele me colocou no colo e voltou caminhando comigo até a casa onde os bruxos passavam a noite, a única coisa que o fez parar com seu passo calmo foi quando eu lhe perguntei sobre a minha mãe e ele parou, olhou para a arvore que já estava vazia e me fez olhar também e me disse: "Sua mãe está num lugar melhor agora e nada mais poderá acontecer." Quando entramos na casa, ele foi direto para a lareira e usamos a rede de Flú para voltar a casa onde morávamos."

Alicia enrolou o ultimo pergaminho que corrigia e o colocou sobre a pilha dos “Abaixo das Expectativas" e então voltou sua atenção total para o garoto que estava pálido e parecia a ponto de vomitar.

— Quando cheguei, percebi que aquele casal veio junto conosco. Meu pai se sentou em sua poltrona verde de braços largos e me colocou no colo e perguntou tudo o que aconteceu enquanto o casal colocava um pergaminho e uma pena sobre a escrivaninha no centro da sala e se afastava, eu contei tudo o que aconteceu, todas as surras que levamos, tudo o que eles fizeram com a mamãe e chorei novamente, eu pedi perdão ao meu pai, mas ele continuou calado e então eu não pude olhar em seu rosto. Quando terminei de falar, a mulher se aproximou e recolheu a pena e o pergaminho e me deu um beijo no topo da cabeça e disse “acabou agora minha pequena, você está segura". Ela deu um beijo na bochecha do meu pai e o homem apertou seu ombro e voltaram para a lareira e desapareceram, assim que isso aconteceu, meu pai me abraçou e chorou comigo até que eu apagasse de sono. Foi a segunda e ultima vez que vi meu pai chorar.

"No dia seguinte, eu acordei na minha cama e tomada banho, meu pai estava sentado na ponta da cama e tinha feito café da manha com sorvete, bolo, panquecas com amoras e ovos com bacon, ele se sentou ali e ficou esperando eu comer tudo, depois me fez tomar o maior copo que eu já havia visto de suco de abobora com laranja e depois, penteou meus cabelos, mas só falou uma palavra ou duas, ele estava de terno preto e os cabelos penteados para trás, ele não me deixou trocar de roupa, mas segurou minhas mãos e me levou pra sentar de volta na cama, ele disse que estava indo para o sepultamento da mamãe e que não voltaria."

"Eu chorei, me desesperei e pedi perdão, Neville, mas meu pai me pegou no colo e explicou que estava fazendo aquilo para o meu bem, mas eu não acreditei nele, me ressenti dele por grande parte da minha vida, mas ele estava certo. Quando ele foi embora naquele dia, dois caixões foram enterrados, um para a minha mãe e um para mim, ele disse pra todos que a filha também morreu e que tinha sido da pior maneira possível. Eu fui morar com aquele casal que ajudou a me salvar por alguns meses, chamava-os de tios, mas quando o bebe nasceu, fui encaminhada para uma casa no bairro de Chelsea em Londres, onde crianças bruxas ricas eram deixadas com tutores, passei a me chamar Alicia Oken e vivi ali durante toda a minha vida. Fui mandada por três anos para a Durmistrang, depois para Beauxbatom, onde fiquei por mais três anos e finalmente fui para Hogwarts, no meu ultimo ano."

Ela disse se se sentando à mesa onde Neville se sentara e cruzava suas longas pernas num vestido com uma fenda generosa.

—Você sabe por que eu te contei essa historia Neville? - Ela perguntou ao garoto pálido e assustado que negou. - Eu pedi para que viesse aqui hoje e te contei isso, por que a grávida que me salvou me disse uma vez que se o bebe que ela carregava na barriga fosse uma menina se chamaria Natali e se fosse um menino se chamaria Neville.

O garoto que já a olhava com os olhos saltando de suas orbitas ficou de queixo caído.

—Por muito tempo Neville, eu tentei de alguma maneira retribuir o que seus pais fizeram por mim e nunca consegui ou pelo menos me aproximar de você e de sua avó, mas na época seria impróprio. Sinto tanto pelo que aconteceu com eles e acredite no que eu vou dizer, eles eram corajosos e valorosos e te amavam muito. Sua mãe foi um exemplo para mim, o verdadeiro motivo de eu ser quem eu sou hoje, e seu pai foi o homem mais gentil e amoroso que eu já conheci na vida. Eles te amavam muito, muito mesmo e foi só depois de descobrir o que aconteceu com eles é que eu entendi o que significava fazer as coisas para o bem de alguém. Ao se sacrificarem, eles puderam garantir que o mundo seria melhor para você e se hoje eles vissem o homem que você se tornou, eles seriam as pessoas mais orgulhosas da terra. Através do amor que eles sentiam por você, eu aprendi muito e precisava contar para o filho deles o quão bons eram seus pais.

Assim que ela terminou de falar, ela se abaixou na mesma altura que o garoto e o abraçou enquanto ele chorava. Ela já visitara os Lomgbottons no St. Mungus, mas nunca tinha encontrado o filho deles, foi uma surpresa saber que daria aulas para ele fora o sentimento de orgulho por saber que aquele ser pequeno que um dia ela pegou no colo tinha se tornado um homem tão corajoso quanto os pais.

Ela nem percebeu quando começou a chorar também, mas logo o barulho da porta sendo forçada os tirou do abraço confortável.

— Me desculpe Neville, mas eu tenho uma aula apara dar. - Alicia disse se afastando e enxugando os olhos.

—Claro, e eu tenho minhas obrigações como monitor também. - Disse o menino se levantando lentamente.

Eles se abraçaram mais uma vez e sorriram cúmplices.

—Sabe. - Disse Neville perto da porta. - Eu sempre achei que depois que a Bellatrix morresse meus pais voltariam ao normal, mas isso não aconteceu. Você sabe por quê? - Ele disse se virando para encontrar a professora em sua meia forma felina.

—Infelizmente as conseqüências do uso das maldições imperdoáveis são permanentes. Não é como se ela tivesse embaralhado a cabeça deles, ela os fez sofrer até a cabeça deles embaralharem... - Ela respondeu olhando para o chão.

—Minha mãe ainda é muito carinhosa comigo, meu pai as vezes não gosta de mim, mas ele a protege sabe, cuida dela e se lembra dela e da minha avó as vezes.

—Eles sabem que você é filho deles? - Alicia perguntou e ele negou com a cabeça. - Acho que você deveria falar disso com eles. O amor é muitas vezes o poder de cura mais poderoso que alguém pode ter.

Neville concordou com a cabeça e saiu da sala passando pela turma de formandos da Lufa-Lufa e Corvinal que cochicharam por que ele estaria numa sala trancada com a professora nova.

Enquanto seguia seu caminho até a torre de astronomia pensando em tudo que a professora disse, Neville não prestava muita atenção a seu redor tanto que derrubou alguém no chão e só percebeu quando escutou o som abafado de dor da pessoa.

—Me desculpe, por favor, me perdoe sim? Não estava olhando pra frente. - Disse ele tentando tirar a pilha de livros de cima da garota.

—Não se preocupe Sr. Lomgbottom, mesmo que estivesse olhando para frente dificilmente veria esse ser. - Disse Broder que estava confortavelmente sentado ao lado de Lana caída.

—Cala a boca, ou te coloco na coleira! - Ela disse vermelha.

—Você e quantos dos seus amiguinhos duendes? - Ele respondeu rosnando.

—Se você me chamar de baixinha ou fazer qualquer alusão a minha altura você vai se arrepender disso! - Disse ela ficando em pé num pulo e fechando os punhos.

— O dia em que Broder Elof Fenrisulfr tiver medo de um pedaço de gente, ele pode não ser mais chamado assim! - Disse ele altivo.

—Ora seu saco de pulgas! - Ela disse indo ao encontro do lobo com violência.

—Calma, calma.  - Disse Neville a abraçando. - Você não pode brigar na frente de um monitor. Sente-se um minuto naquele banco, seu joelho está ralado, venha e Broder, tente ser mais gentil, ela pode ser pequena, mas parece ter um grande coração. - Ele disse sorrindo pra menina que ficou constrangida.

Ele a levou até um banco próximo da janela e juntou seus livros numa pilha que Broder acabou levando.

Neville se ajoelhou na frente da garota, tirou a varinha do bolso e deu uma leve batidinha em seu joelho e logo o ralado do local desapareceu.

— Você é bom com feitiços de cura? - Ela perguntou olhando para seu joelho atentamente.

—Acaba sendo necessário quando você parece ter uma facilidade atrair machucados, com o tempo preferi deixar de ir á enfermaria por ralados e batidas e deixei as visitas apenas quando consegui um braço quebrado ou uma concussão ou um corte mais profundo. - Ele disse sorrindo e se levantando. - Tenho uma aula pra ir, caso contrário te acompanharia. Você está indo para a sala comunal?

—Estou sim, mas não se preocupe. Só dei uma passadinha na biblioteca para me distrair e acabei me empolgando, Broder me avisou que eu talvez pudesse cair com tantos livros, mas eu não o escutei e ele não quis me ajudar a levá-los e então acabamos aqui. - Ela disse dando de ombros.

— Bom, então tome mais cuidado, tente usar o feitiço Wingardiun Leviossa. - Disse Neville ensinando-a com a varinha em punho.

Ela tentou algumas vezes antes de conseguir e quando o fez deu um grande abraço em Neville e saiu dando pulinhos com os livros flutuando atrás de si.

Sorrindo, o menino tomou o caminho oposto, finalmente seguindo para a torre de Astronomia.

Harry e Hermione se sentaram juntos na aula de Alquimia e então ele pode explicar sua idéia para a amiga que ficou extasiada.

—Só não sei como colocarei isso em pratica... - Ele disse a olhando.

—Você pode pedir para Monstro enviar os materiais e então podemos pedir ajuda dos professores. - Ele disse enquanto arrumava seus livros na bancada. - Ou tentamos fazer nós mesmos.

—Banheiro da murta-que-geme? - Ele disse sorrindo de lado.

—Ás 21 todos os dias? - Ela acompanhou seu sorriso ao que ele concordou.

Depois de duas horas de Alquimia onde aprenderam a forjar e identificar ouro falso, Harry e Hermione estavam quase caindo de sono e enquanto uns seguiam satisfeitos para suas camas, eles seguiram para a torre de astronomia onde teriam mais uma hora de aula com Firenze antes de poderem dormir.

A aula tinha sido produtiva para os planos que os amigos formulavam e mesmo com sono tentavam construir uma lista com tudo o que precisariam.

—Talvez devêssemos comprar um kit de alquimista, você sabe, com todas as ferramentas e tudo mais, não sei se dá pra substituir a serra de marfim por uma faca normal, pode ser que tenha alguma propriedade especifica que passe ao material final - Disse Hermione tentando domar seu cabelo já bagunçado enquanto folheava um livro em suas mãos.

—Tudo bem, posso pedir para Monstro me enviar assim que possível. - Disse Harry tomando o livro das mãos da amiga e o fechando. - Não se preocupe Mione. Vai dar tudo certo. - Ele terminou sorrindo para ela e colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

—Vocês estão péssimos. - Disse Rony descendo as escadas com a gravata frouxa com Gina quase dormindo as suas costas.

—Olha só quem fala. - Desafiou Harry se separando da amiga e foi abraçar a namorada que tomou um pequeno susto. - Estão indo pra casa comunal agora? - Ele disse lhe dando um beijo na bochecha.

—Ele vai, eu ainda tenho mais uma aula de Alquimia. - Gina respondeu segurando o colarinho da capa de Harry e soltando um bocejo. - Mas estou considerando seriamente não ir...

—Pense em como será divertido criar falsificações enquanto eu estarei dormindo. - Disse Rony sorrindo. - E vocês? Vieram nos buscar. - Ele perguntou beijando Hermione.

—Na verdade estamos indo pra nossa ultima aula também. - Disse ela cansada.

—Serio? Mas vocês já viram que horas são? - Retorquiu Rony.

—Ninguém aqui tem culpa de você não ter boas notas Rony, então cale a boca. - Disse Gina ainda segurando o namorado com olhos fechados ao que o irmão apenas bufou.

—Vamos morrer de cansaço isso sim. - Disse ele baixinho ao que Hermione teve que sorrir.

—Não será pra sempre. E iremos conseguir você vai ver. Boa noite e até amanha. - Ela disse recebendo um selinho dele que desceu alguns degraus e se voltou para a irmã.

—Vamos Gina! Aposto que se eu te deixar aqui você dormirá nessas escadas e nem irá para a aula. - Rony ainda esperou um pouco, pois Gina gemeu e deu um leve selinho em Harry e desceu as escadas murmurando.

Enquanto os irmãos terminavam seu caminho, os amigos sorriram sem graça um para o outro e entraram na sala onde Firenze já se apresentava.

O salão comunal estava surpreendentemente cheio quando os últimos Grifinorios chegaram de suas aulas. Ao que parecem, todos tinham sido bombardeados com deveres e exigências. Alguns dormiam sentados segurando livros ou até mesmo misturando poções. Mapas astrais estavam espalhados pelo chão, alguém repetia incansavelmente um feitiço e uma garota tentava decifrar runas numa pedra de ponta cabeça.

Assim que eles passaram ficaram paralisados com a cena, até um apito soar atrás deles fazendo com que todos tomassem um susto.

—Para a cama todos vocês. - Disse Neville mancando passagem adentro. - Terão os intervalos de amanha e o fim de semana para terminarem, então mexam-se, para a cama, vão, vão, vão.

Reclamando e gemendo os alunos se levantaram e se arrastaram até os quartos. Uma das garotas até errou o corredor e estava indo para o dormitório masculino quando Neville a fez voltar.

—Isso serve pra vocês dois também. - Disse ele com um sorriso no rosto.

—Sim, senhor chefe dos monitores, senhor. - Respondeu Hermione e Harry fez uma continência fazendo o outro rir.

Hermione os abraçou e desejou boa noite antes de ir para seu dormitório e os rapazes seguiram para o seu. Harry estava curioso para saber o que teria acontecido com o colega e a professora, mas não sabia que deveria perguntar de uma vez ou esperar que o amigo falasse, embora ficasse claro que talvez não tivesse sido nada serio, já que o amigo parecia feliz, a curiosidade acabou por falar mais alto.

—E então? Como foi com a professora Moody? - Harry disse sem olhar para Neville.

—Ah, foi interessante. Ela conhece meus pais. Ela me contou sobre como os conheceu e que viu minha mãe lutar mesmo estando grávida de mim! Quero dizer, quem luta com cinco bruxos com uma criança na barriga? - Ele perguntava a si mesmo encantado.

—Uma mulher excepcionalmente corajosa. - Disse Harry o olhando quando pararam á porta do quarto. - Uma bruxa realmente incrível. -Ele completou apertando o ombro do amigo e indo para perto da sua cama para tirar seu sapato e deixando o amigo com um sorriso ainda mais orgulhoso no rosto e um brilho ainda maior nos olhos.


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Notas finais do capítulo

E então?



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