Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 28
Broder Elof Fenrisulfr


Notas iniciais do capítulo

Não preciso pedir desculpas sobre a demora néh? Sorry



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Os alunos mal respiravam e o provável é que a maioria dos que estavam ali mal saberiam dizer o que ela tinha acabado de falar, pois a visão daquele ser que vivia agora no castelo com eles era aterradora.

—Quero que todos vocês fiquem calmos e não o ataquem. Broder é um Fenrir e agora como está não tem mais nenhuma consciência além de seus instintos mais primitivos, que são a destruição e a morte. – Ela continuou para os alunos. – Agora, o que vocês irão aprender hoje, não é a derrotar um Fenrir, até por que isso não poderia ser feito por bruxos de qualquer tipo, mas a escapar deles. Para tanto basta apenas um feitiço forte o suficiente de bloqueio, que vai ser conjurado de maneira diferente. Geralmente ninguém terá problemas com um Fenrir, são criaturas de paciência gigantesca que tendem a relevar muita coisa antes de assumir essa forma, mas... Se um dia um Fenrir os atacar assim, saibam que a única coisa recomendada é a evacuação do local imediatamente, evitem vassouras ou objetos voadores, eles são rápidos e usam cada parte do corpo para o ataque, não tentem prende-los, isso os irrita ao extremo. – Ela disse com um sorriso doce. - Agora, por favor, formem um grupo ali naquele canto, aqueles que quiserem escrever podem pegar os papeis, mas evitem movimentos bruscos, isso pode desviar a atenção do que vai acontecer aqui.

—Não sei se vocês sabem sobre mitologia nórdica. – Ela continuou. - Mas segunda a lenda, o Fenrir é um lobo gigantesco, filho do deus Loki e responsável pelo Ragnarok, o crepúsculo dos deuses,  mas a verdade é que Loki era um bruxo, assim como os outros deuses a que se referem as mitologias e Fenrir uma raça mágica de um tipo de lobo muito poderoso que poderia causar o caos, matar bruxos com extrema facilidade assim como aldeias e plantações. Loki se aproveitou da ignorância alheia para espalhar que os Fenrir eram seus filhos, na verdade segundo a mitologia só existia um Fenrir, mas esse nome designa toda uma raça, e isso lhe deu ainda mais poder ao descobrirem a força desse ser pensante. O que vocês descobrirão na mitologia tem a ver com a destruição de uma ilha que foi dizimada por esses seres que foram presos num rochedo e ficaram furiosos, depois disso, eles voltaram ao seu anonimato e não tem relação com bruxos, exceto Broder e eu. Alguém tem alguma pergunta? – ela disse se virando para o grupo que estava perto de Hagrid.

— O que isso faz no castelo? – alguém perguntou apavorado.

—Primeiro não o chame assim. – Disse Lana ao ouvir o rosnado do lobo atrás dela. – E em segundo lugar, Broder veio comigo, pois somos um e não podemos nos separar. Existe uma magia mais profunda do que a que conhecemos e dominamos e esta não está sujeita ao nosso querer e sentir, é como na escolha de varinhas, nós não podemos escolher, é a magia que nos escolhe, pois ela sabe o que tem dentro da nossa alma melhor do que nós mesmos. Quando eu perdi minha mãe, eu encontrei Broder. Ele já era um adulto e poderia ter me deixado lá, me matado ou sei lá mais o que, mas aconteceu algo, uma ligação se fez e não conseguimos explicar... Mais alguma coisa?

— Se ele é assim tão feroz por que não nos ataca? – Perguntou outro.

—Bom se você quiser um ataque, não seja por isso... – Lana disse erguendo a mão para o lobo que se aproximou rosnando.

—Não foi isso que eu quis dizer! Por favor, só queria saber o que o está impedindo... – Disse Max Fitz, da Sonserina.

Lana se aproximou da turma, tendo abaixado a mão, o lobo se sentou e observava.

— Só tem uma coisa que pode controlar um Fenrir e é a sua ligação, nesse caso, eu.

—Mas como isso é possível? Essa fedelha não bate nem na minha cintura! – Disse Sorya revoltada baixinho, mas perto o suficiente para que Lana escutasse e desse um sorriso sarcástico e a olhasse de cima a baixo com seus olhos um verde e o outro roxo.

—Bom, mas vamos a aula não é? Broder Elof, deitado! – Ela gritou para o cão que deitou sobre as patas dianteiras. – Agora um por um quero que façam um protego, mas não quero que apontem e sim façam um circulo com a varinha no ar enquanto falam o feitiço com convicção e tentem visualizar um escudo, eu vou pedir para que Broder use uma das patas para bater em vocês, se vocês um dia forem atacados, deverão usar esse feitiço para se proteger. Fenrir são seres cegos de raiva no sentido mais literal nesse momento, então se ele bate em você e não sente nada ser dilacerado, ele acha que acertou outro Fenrir, então vai embora e isso dá tempo para que você corra e aparate longe o suficiente. Eu serei a primeira, me imitem, por favor... PROTEGO – Gritou Lana desenhando um circulo no ar que pode ser visto ondular e desaparecer. Ela se voltou ficando de frente com Broder e disse "Ataque Direita" e com agilidade o lobo lhe deu uma patada tão forte que ela foi arrastada pela corrente de ar cavando um vinco no chão, mas saindo ilesa. Sorrindo ela se virou par a turma e disse:

— Quem vai agora?

Um por um todos eles repetiram o gesto enquanto ela testava cada um dos “escudos” com pedrinhas. Quando o ultimo aluno conseguiu conjurar a proteção quase corpórea, ela voltou a erguer a mão e Broder ficou de pé instantaneamente.

Vendo que ninguém se manifestava ela estava prestes a escolher alguém quando Draco deu um passo à frente.

—Poso ser o primeiro? – Ele disse de maneira contida.

—Claro que sim, você consegue conjurar o escudo? – Ela perguntou.

—PROTEGO!- Gritou Draco e o escudo ondulou e desapareceu em sua frente.

—Ótimo. Isso foi realmente muito bom, mas vamos ver se vai ser bom o suficiente...  Vou começar pegando leve com você, mas se mantenha atento. Pronto? – Ela perguntou ao que ele acenou um sim e repetiu o feitiço. – Broder, use as patas.

E com uma agilidade que pegou a todos desprevenidos, o enorme lobo deu uma patada tão forte em Draco que este foi arremessado para longe e caiu em cima de alguns meninos do outro lado do círculo.

—Isso foi incrível! Meus parabéns, Draco! – Disse Lana entusiasmada indo para perto dele enquanto ele se levantava.

—Esse monstro quase o matou! Como vocês podem usar um ser desses em aula? – Gritou uma voz feminina ás costas de Lana.

—Querida, seja lá quem for, estamos preparando vocês para um possível ataque real, acredite em mim quando digo que Broder foi muito mais gentil do que seria em outras circunstâncias... Mas o Senhor Malfoy aqui foi brilhante, você sentiu a força do impacto da pata contra o escudo? Isso poderia rasgar facilmente qualquer coisa, incluindo um frágil ser humano, você poderia ser atacado e a essa distancia aparatar sem problema nenhum... E  foi bom até você não ter tentado diminuir o impacto, você já foi jogado para longe, se tivesse absorvido o impacto poderia ter deixado livre a possibilidade de outro seguido, muito bom, agora quem é o próximo? – Ele perguntou se virando para a turma.

Grifinorios e Sonserinos participaram do exercício, todos os alunos conseguiram realizaram a tarefa com perfeição de fato, Hermione estava se levantando enquanto tentava se limpar de todas as folhas grudadas em seu cabelo e se divertia como todos os outros alunos que passaram pela experiência quando o lobo ficou de pé e uivou. Lana que conversava com Hagrid se virou olhando para o céu que começava a escurecer.

— Vamos todos voltar para o castelo, agora. – Ela disse com uma voz firme e fria que cortou todo o clima de diversão do momento, Hagrid começou a chamar os alunos para seguirem até o castelo e enquanto isso Broder os olhava com interesse. Uma das coisas que Hermione notou antes dele rosnar para ela foi que ele tinha olhos um roxo e um amarelo.

Quando todos os alunos entraram nos corredores do castelo, uma chuva fina começou a cair e nem Broder nem Lana voltavam da clareira. Alguns alunos começavam a ficar intrigados quando eles começaram a subir a colina para junto dos outros, o lobo andava em duas patas e vinha conversando com Lana que mantinha uma mão firme agarrada em seu próprio ombro.

—O que aconteceu? Por que terminamos a aula mais cedo? – Perguntou Helena Maximilliam da Grifinoria.

—Visitantes indesejados estavam perto demais... Mas quero parabenizar a todos pelo ótimo desempenho com o cachorrão aqui, e aproveitem essa folga. – Ela disse cordialmente enquanto fazia uma sutil reverencia e entrou para a proteção das paredes do castelo.

—Eu só gostaria de dizer que não quero que sintam medo de mim, ainda sou o mesmo Broder de sempre, mas também quero que me respeitem mais do que aquela fedelha.  – Ele disse com a sugestão de um sorriso na face, mas com voz arrastada e feroz e depois a seguiu.

Aproveitando a deixa Hagrid dispensou a turma e tentou sutilmente voltar para a sua cabana.

—O que será que aconteceu? – Alguém perguntou.

—Que tipo de visitantes receberíamos? Hogwarts é uma fortaleza bem mais segura do que um dia já foi... – Outro disse.

—Será que ela está machucada? Vocês viram como ela segurava o braço? - Outro disse.

—Eu acho que a vi sangrando... – Harry respondeu mais para si mesmo imaginando se haveria algum tipo de problema.

— Pena que aquela coisa não tenha arrancado o braço dela de vez! E não quero saber desse animal perto de mim nunca mais! – Disse Sorya passando entre todos com um séquito de garotas atrás enquanto destilava maldade.

Dizendo poucas palavras uma vez ou outra, todos acabaram se dispersando rapidamente, aproveitando seu pouco tempo livre antes de começar outra aula.

Harry e Hermione caminharam juntos para dentro do castelo procurando algum lugar para ficarem sozinhos, quando encontraram um sala vazia eles entraram e sendo a ultima a passar Hermione olhou para os dois lados do corredor e trancou a porta com um feitiço.

Com a pressa, ela nem conseguiu ver Rony descendo as escadas e a seguindo até a sala que ele não foi capaz de abrir depois de escutar sua namorada dizer:

— Rony tem estado perto demais nesses últimos dias, quase não consigo me encontrar com você... – Ela disse rindo. – Às vezes me sinto mal, por não contar a verdade, mas você tem razão, vai ser melhor se ninguém nem desconfiar por enquanto...

Dando as costas para a porta como se esta tivesse lhe ofendido, Rony correu o máximo que pode mesmo em meio a chuva, escorregando e tropeçando e se sentando numa ligeiramente próximo a floresta proibida sem saber o que pensar.

Enquanto estava sentado, olhando para frente ainda em choque, Rony percebeu uma movimentação ao redor.

—Você não deveria estar em outro lugar? Tipo uma sala de aula? – Perguntou Lana sentando-se ao seu lado com um guarda chuva.

Rony a olhou, a dor em seu coração provavelmente aparecia em seu rosto, pois o semblante brincalhão de Lana logo se transformou em preocupação.

—Você está bem? Aconteceu alguma coisa com sua namorada ou sua família? – Ela disse apertando seu braço.

Ao escutar o termo, Rony imaginou um “ex” antes da frase, e sem dizer mais nada abraçou a menina do seu lado e se permitiu chorar.

Lana não falou nada, embora tenha ficado um pouco estarrecida no começo, logo se permitiu a intimidade e o abraçou de volta passando a mão nos cabelos ruivos do amigo? Ela não sabia como chamar, mas na presente situação preferiu dar o apoio que sabia que ele precisava.

Depois de alguns minutos, Rony foi capaz de notar o que estava fazendo e se endireitou tentando se secar.

—Me desculpe, eu não deveria ter feito isso... – Ele disse com o rosto vermelho, sem deixar ela saber se era por ter chorado ou por constrangimento.

—Tudo bem, na verdade não me importo nem um pouco, só me preocupo com o motivo de tudo isso, mas não se sinta pressionado a me contar alguma coisa, mas se precisar de algo, saiba que eu sei guardar segredos. – Ela disse com um sorriso sincero se levantando. – Mas se você quer a minha opinião, acho que você deveria estar fazendo alguma coisa... Pra mudar essa situação seja lá o que for... Chorar não resolve, alivia, mas não resolve. Já lutar pelo que se quer é outra coisa... – Ela disse enquanto o olhava de cima.

—Obrigada, mas não quero falar agora, mas você tem razão, deveria estar na aula... Obrigado Lana, eu tenho que ir. – Ele disse ficando de pé e voltando para o castelo correndo enquanto a chuva afinava. Uma parte sua queria esfolar o rapaz que estava com sua namorada, outra parte dele queria amarrar Hermione e fugir com ela de lá, mas a parte correta sabia que Lana tinha razão, era hora dele lutar.

—Lute por sua garota Rony, precisamos de você o mais destruído possível... – Lana disse baixinho enquanto começava a assoviar uma melodia doce.

Harry e Hermione já estavam no corredor, felizes, conversavam baixinho dentro de sua bolha de intimidade e se encaminhavam para a aula de poções quando foram quase atropelados por Rony.

—Hey Ron. – Disse Harry o cumprimentando meio constrangido. – Está tudo bem? – Ele perguntou ao reparar no estado do amigo.

— Estou só estou atrasado para a aula. – Rony respondeu sem olhar para trás enquanto subia em direção aos dormitórios.

—Você tem...  – Começou Hermione, mas já era tarde demais, pois ele já estava longe.

— Não sei o que aconteceu, mas Rony não está bem... – Disse Hermione preocupada, sua voz saia esganiçada pelo medo do que poderia estar acontecendo com o namorado.

— Talvez você devesse ir falar com ele, eu invento alguma coisa para Slughorn... – Disse Harry, mas ela já negava antes dele terminar a frase.

—Tenho certeza de que ele está bem, se tivesse acontecido alguma coisa seria, ele teria nos falado... – Ela disse sem muita certeza acompanhando Harry para a próxima aula.

Os dois se sentaram na mesma bancada e começaram a escrever o introdutório para poções de mutação humana, a aula foi tranqüila e sem incidentes até à hora em que foram colocar em pratica a poção do mão de Lagosta que transformaria sua mão em uma pata de lagosta e um aluno da Sonserina conseguiu colocar uma cabeça de bagre em seu amigo que começava a morrer asfixiado.

O rapaz foi levado para a enfermaria e Harry e Hermione, junto com outros alunos foram dispensados enquanto riam e seguiam para a próxima aula onde teriam a companhia de Rony.

Hermione estava tentando explicar o que tinha dado de errado na poção quando passarinhos de papel começaram a voar em volta dela, tantos que em determinados momentos mal dava para ver a garota, com medo Harry estava prestes a puxar a amiga quando sentiu um aperto em seu ombro e encontrou o sorriso de Rony. Com um aceno seu de varinha os pássaros deram uma volta no corredor formando um coração em cima da garota que sorria, quando Rony se aproximou e pegou sua mão, os pássaros formaram a frase “EU TE AMO”, antes de explodirem em faíscas de luz.

Hermione estava emocionada e abraçava o namorado, algumas meninas aplaudiam e outras suspiravam e os rapazes riam e assoviavam, até que Filch chegou procurando pelo motivo da algazarra.

Rony não desgrudou mais de sua namorada, que apoiava a cabeça em seus ombros e sorria feliz e Harry foi tirado de seus pensamentos por Gina que cutucava suas costelas.

—Nunca achei que Rony pudesse fazer surpresas assim... Demonstrações de afeto em publico realmente agradam uma mulher...  - Ela disse tentando encontrar os olhos verdes que só olhavam para frente.

—É agradam mesmo... – Harry concordou finalmente encontrando os olhos da ruiva e depositando um leve beijo em sua mão.

A aula de Flitwick também teve suas surpresas já que a professora Moody estava presente, sentada na mesa do diminuto professor com as longas pernas a mostra em um vestido longo com duas enormes fendas laterais ela intimou os alunos para um projeto de final de ano.

—Bem, gostaria de avisá-los que já entrei em acordo com o professor Flitwick e a cada semana vocês ficarão responsáveis por criar feitiços novos, dos mais banais aos mais elaborados, durante todo o ano letivo, vocês irão criar e testar seus efeitos em sala de aula aqui com o professor ou nas minhas aulas, não é mesmo Filio? – Ela perguntou ao professor que estava vermelho na sua frente e tentava ao máximo não olhar para cima onde teria uma visão privilegiada de até onde iria a fenda do vestido.

— Sim, é claro professora Moody. – Ele respondeu depois de pigarrear.

— Ótimo então, se preparem alunos, por que eu não costumo admitir erros. – Ela disse sorrindo de lado antes de se levantar. – Obrigada professor. – Ela disse dando um beijo em sua testa e saindo da sala sem se virar.

Alguns alunos riram da situação e outros, na maioria meninas, apenas ficaram indignados por terem criar feitiços de uma hora pra outra, Hermione, porém sorria de orelha a orelha.

—Acho que vou gostar dessa professora. – Ela sussurrou para ela mesma antes de abrir um pergaminho e começar a agitar sua pena sobre ele.

Dando um pigarro o professor começou a aula, primeiro explicou que isso se daria para a apresentação que aconteceria no fim do ano letivo para os pais onde seria organizado um circuito de provas onde os formandos, em duplas feitas pela professora Moody seriam testados nas mais diversas provas de conhecimento terminando com um duelo entre si com feitiços novos e diferentes pelas duplas vencedoras.

A perspectiva de diversão pareceu contagiar a sala toda onde vários alunos já começavam a formar duplas e pensar em quais feitiços apresentaria e quais poderiam ser as provas que enfrentariam.

A aula passou rapidamente e em nenhum outro ano uma aula de teoria de feitiçaria avançada foi tão participativa, quando saíram da sala já estava noite. Harry e Rony esperavam Hermione no fundo da sala enquanto ela tirava duvidas com o professor.

—O que aconteceu mais cedo? - Perguntou Harry puxando assunto para o amigo que sorria olhando sua namorada.

—O que? Os pássaros? - Rony respondeu sem se virar.

—Isso e toda aquela declaração. - Disse Harry tentando não ficar vermelho.

—Ah, cara. Eu percebi que a única maneira de não deixar que Hermione fique com outra pessoa é eu estando em sua cabeça sempre. Mais cedo eu escutei uma conversa dela com alguém que eu não sei quem é, e se você falar disso com ela eu realmente vou te bater, mas ela reclamou de mim e ficou feliz em se livrar de mim. Eu sei que ela pode não estar me traindo, Mione seria incapaz disso, mas eu tenho ciúmes e eu tenho que lutar por ela da maneira certa. Mostrar que ela tem um namorado que a ama, mas que não precisa ficar agindo feito um babaca por causa de qualquer cara que se aproxime.

Harry olhou seu amigo que ainda não o olhava e o respeitou ainda mais, algo pareceu se apertar em seu peito enquanto o olhava e quando recebeu um sorriso encorajador deste abaixou a cabeça.

—Mas não se preocupe Harry. Sei que as garotas gostam disso e que você e a Gina funcionam de uma maneira diferente... Não estou querendo dizer nada sobre vocês... - Terminou Rony interpretando as reações do amigo.

—Prontos para ir? Estou realmente morrendo de fome. - Disse Hermione animada enquanto enlaçava o braço de Rony e lhe dava um beijo na bochecha. - O professor falou que os preparativos para essa competição começam amanha, dá pra acreditar? Teremos questões de aritmancia e runas, defesa contra as artes das trevas e poções, transfiguração, trato das criaturas mágicas e herbologia! Vão ser meses de preparação e as provas começam em Junho, pouco antes de irmos para casa.

—Você vai ser um das vencedoras com toda a certeza. - Disse Rony beijando sua mão e deixando a vermelha.

Harry acompanhava os dois mais já não reparava nos mesmos, estava pensativo e quieto, tanto que só reparou Gina quando esta saiu de seu lugar e foi se sentar do lado dele.

—Você está bem? - Ela disse segurando sua mão.

—Eu? Estou sim... Só estou pensando. - Ele tentou tranqüilizá-la sem olhar em seus olhos.

—Você tem dito muito isso. Não quer conversar? - Ela insistiu tentando puxar seu rosto ao nível do dela.

—Eu te amo, Gine. - Harry disse ao ceder e se perder nos orbes da ruiva. - Você é a mulher mais incrível que eu já pude colocar meus olhos e eu realmente não sei o que seria de mim sem você ou sem a sua família, mas eu preciso de um tempo. Não de nós dois apenas pra ficar sozinho de vez em quando. - Ele disse quando viu o choque aumentar suas pupilas. - Eu não quero ficar sem você. É que eu só quero que você não se incomode por eu ficar quieto sabe? É que são tantas coisas e eu nem sei, quero dizer, o que nós e eu, e têm eles e eu realmente quero, mas... - Ele disse começando a ficar vermelho e fazendo a namorada rir.

—Eu entendi Harry. E eu também quero muito. - Ela disse ficando ruborizada ao lembrar-se de uma situação semanas através. - E eu entendo você. Obrigada por falar comigo. - Ela disse dando um sorriso ao receber um beijo demorado na bochecha.

Eles não tocaram mais nesse assunto, mas acabaram entrando em outros já que os trouxas pelo castelo estavam voltando de suas aulas também e estavam tão extasiados que mal conseguiam comer sem falar com a boca cheia. Como não tiveram mais nenhuma instrução Minerva comeu na presença dos professores e sorria abertamente para Alicia que conversava com Hagrid enquanto o gigante gaguejava.

Assim que terminaram de jantar  Harry e Hermione  se despediram de seus pais e parentes e se dirigiram para as estufas de Herbologia. Rony e Gina entrariam na aula uma hora mais tarde.

—Acho que vou aproveitar e tentar tirar algumas dúvidas com Slughor. - Disse Rony se espreguiçando e deixando sua camisa subri um pouco fazendo um grupo de meninas do segundo ano passarem correndo e sussurrando risadas.

—Contanto que seja com ele e não com o seu fã clube. - Hermione disse puxando a barra da camisa fazendo o menino sorrir.

Gina acompanhou Harry por todo o corredor e este pode se divertir com as caretas que o acompanhavam. Algumas meninas realmente suspiravam alto ou cumprimentavam apenas ele ignorando Hermione e Gina e outras eram extremamente hostis com a garota, tanto que ela estava prestes a azarar uma delas quando pareceu ter uma nova idéia e empurrou Harry para uma das paredes e lhe deu um beijo nada inocente.

Primeiro ficando sem reação e depois esquecendo completamente onde estavam Harry se permitiu curtir aquele momento até sentir aquela magia que aquecia seu interior se esvair.

—Você é louca! - Disse Hermione parecendo ter puxado Gina. - Filch está vindo, desculpe, mas vocês precisavam parar antes que...

—Tudo bem, pelo menos agora elas vão entender com quem estão lhe dando. - Disse Gina jogando seu cabelo pra trás e voltando em direção ao dormitório deixando Harry atônito.

—Precisa de um minuto? - Ela disse sorrindo para o rapaz.

—Cala a boca, Hermione. - Ele respondeu carrancudo enquanto ajeitava as roupas e fazia a amiga rir.

Eles já estavam no gramado quando a amiga conseguiu se controlar.

—Já conseguiu pensar em algo?  - Ela perguntou secando os olhos.

—Ainda não, não quero fazer isso no natal ou tão próximo assim dele. Então acho que podemos deixar pro ano que vem... - Ele disse chutando uma pedra.

—Que tal no fim do ano? Junto com as provas, ou melhor, depois de vencer uma delas você pode dar a grande noticia.

—É... Acho que poderia ser legal, mas na frente de todo mundo? - Ele disse um pouco receoso.

—Bom, seria legal, mas eu entendo se você não quiser se expor, embora...

—Embora eu já seja exposto desde que nasci. Eu sei... - Ele terminou sua frase. - Mas acho que vai ser legal. Tenho pensado em algumas coisas, mas...

Antes que ele pudesse começar a falar a professora Sprount apareceu abrindo a estufa com Neville sorrindo e mancando a tiracolo.

—Boa noite queridos alunos, que bom vê -los novamente! - Disse a corpulenta senhora que agora parecia ter envelhecido anos em alguns meses. - Nossas aulas serão noturnas, pois começaremos a trabalhar com as plantas mais perigosas até o momento, as noturnas. Alguém poderia me dizer alguma propriedade das plantas noturnas? - Ela perguntou se sentando numa antiga e grande cadeira de madeira na cabeceira da mesa central.

—A maioria das plantas noturnas soltam um pó que se associado ao nosso organismo causam sonolência em diversos níveis chegando á morte. - Disse Hermione prontamente.

—Sim, mas também podem ser tóxicas ao tato e carnívoras como a exopedict que pode em alguns casos, levantar suas raízes da terra para capturar e devorar suas vitimas. - Respondeu também Sorya, que acabava de colocar seus materiais na mesa. - Me desculpe pelo atraso professora, eu esqueci que quem demonstrou aptidões deveria comparecer mais cedo.

—Não tem problema querida, 10 pontos serão creditados à Grifinoria e mais 10 para a Sonserina. - Disse a professora e chamando Neville para ajudá-la a levantar e acrescentou. - Hoje vocês dissecarão a asterodria emelderete, uma planta carnívora da America do Sul que também levanta as raízes e ataca suas vitimas. Quero que vocês estudem essas amostras por que no fim do modulo terão que identificar uma espécie dentro de uma das estufas do castelo e serão observados, auxiliados apenas em casos de extrema necessidade. - Ela disse enquanto o que parecia muito com um pedaço de chuchu aparecia na frente de cada aluno. - Esse é um pedaço de asterodria, vamos começar fazendo uma pequena incisão de cima para baixo, não se esqueçam de colocar as luvas, ele emana uma toxina que... Neville, encoste a Sta. Patil na parede e lave suas mãos antes de prosseguirmos. - Ela orientou o rapaz ao ver Padma Patil desmaiada.

Ao poucos eles seguiram dissecando a planta que embora tóxica por fora tinha um liquido dentro muito procurado para a confecção de jóias mágicas, era verde e cintilava levemente, e um de seus atributos mágicos era que se ele fosse feito com amor para outra pessoa a jóia jamais deixaria de brilhar e seria mais dura do que qualquer diamante.

Sprount ia começar a explicar sobre o processo de transformação quando a porta da estufa se abriu e mais alunos começaram a entrar enquanto outros saiam então ela rapidamente trocou as amostras para uma nova dissecação. Quando estavam quase no fim do experimento, dessa vez bem mais nojenta já que a planta expelia gazes mal cheirosos que impregnavam na pele e por dentro era viscosa, escura e molenga, Patil acordou e ao ver as horas saiu correndo, pois estava atrasada para outra aula fazendo uma aluna enfiar o cotovelo no meio da planta aberta no processo.

Depois de ser levada para a cabana de Hagrid para tomar banho com escamas de sereia, pois Madame Ponfrey não pode agüentar cuidar da menina com uma de suas poções, a aula prosseguiu silenciosa e concentrada, já que eles não queriam ter o mesmo fim.

Neville saiu mais cedo depois de cochichar algo para a professora e mostrar um pedaço de pergaminho que Harry imaginou ser o mesmo entregue pela professora Moody horas atrás. Sentado do lado de Hermione e calado, ele arrumava os livros quando Gina veio dar-lhe um beijo na bochecha já que agora ela teria Astronomia junto com o irmão.

—Eu te amo. - Ela sussurrou no ouvido dele antes de virar as costas e sair sem olhar para trás enquanto jogava levemente seus cabelos para o lado. Seu brilho avermelhado o fez lembrar um fogo vivo e ao lembrar-se de sua maciez em sua mão ele não pode conter um sorriso, sendo substituído por um sobre salto que o fez agarrar a mão de Hermione.

— Eu já sei o que vou fazer Mione.  - Ele disse ainda olhando para a noite lá fora onde Gina acabara de sair.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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