Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 27
Alicia Moody


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, por causa da faculdade e do curso que estou fazendo, não conseguirei postar regularmente, então...



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Disse uma linda mulher negra de cabelos cacheados e volumosos, seus olhos eram de um âmbar liquido, grandes e tracejados por um grosso delineador preto, cílios longos e escuros os emolduravam.

Seu rosto era oval com as maças do rosto saltadas, mas ao contrario de fazê-la parecer muito magra, davam a ela um aspecto sadio e feliz, e seus lábios grandes e muito bem delineados chamavam a atenção pintados com um adorável e desejoso vermelho.

Assim que ela colocou o casaco no cabideiro, ela se moveu para a frente da sala dando a eles a visão de seu esguio corpo enrolado e coberto em grande parte por um justo e curto vestido dourado cheio de paetês, seus braços musculosos, mas nada exagerados estavam ricamente adornados um com tatuagens e o outro com pulseiras.

Se sentando em cima da mesa e cruzando suas longuíssimas pernas que terminavam e saltos altos e também dourados e cheios de adornos para a sala cheia de alunos que a olhavam hipnotizados, ela esperou por alguma reação deles, mas esta não veio.

Então, ela sorriu e acenou algumas vezes com a varinha em varias direções fazendo os moveis descerem escada abaixo, como um quadro de Alastor Moody que se pendurou na parede atrás dela, outros cabideiros que se alojaram nas paredes, alguns tinham chapéus e capas pendurados, prateleiras também formavam uma construção engraçada, quase como uma escada passando em volta de toda a sala um metro abaixo do teto, livros e frascos se organizavam em cima de gaveteiros de vários tamanhos e formatos, um sino prendeu-se a porta e vários retratos de gatos se voaram para as paredes. Ainda sorrindo ela começou a dizer.

—Será que vocês se importariam em erguer os pés um momento?

Presos no transe que só uma bela mulher é capaz de causar, os alunos lentamente atenderam ao pedido. Algumas meninas deram pulinhos de susto em suas cadeiras quando com um giro da mão ela enfeitiçou todo o chão e um peludo e fofo carpete púrpura cobriu tudo e continuou subindo em direção as escadas, enquanto a maior parte dos meninos mal parecia perceber que algo acontecia em volta deles.

—É pedir demais que vocês se levantem por um segundo? – Disse ela com um sorriso que fazia despontar pequenas e delicadas presas felinas em sua boca.

Ainda relutantes as meninas a atenderam, enquanto os meninos a atenderam prontamente, dessa vez, porém, surpresos quando voltaram a se sentar. As cadeiras estavam almofadadas.

—Agora, gostaria de pedir que todos tirem seus sapatos e os coloquem nos cantos, vai ser assim também para a próxima aula... – Ela disse enquanto saia da mesa e retirava ela mesma seus sapatos e os colocava num canto dando a visão de delicados e pequeninos pés. – Bem, me apresentando oficialmente como sua professora, eu sou Alicia Moody, ex- chefe do departamento de Aurores, já que fui designada por Kingsley para cuidar de vocês esse ano. Vou dar aulas de defesa contra as artes das trevas e estudo sobre ghouls, já adianto que não sou a pessoa mais paciente que vocês conhecerão, sou exigente e posso fazer da vida de cada um de vocês um pesadelo tão terrível e cruel que vocês nunca mais esquecerão. – Ela disse mudando as feições de maneira perigosa para logo depois acrescentar com um sorriso animado. – Pretendo também trabalhar em conjunto com o professor de feitiços e exigirei de vocês o mesmo desempenho que exijo dos meus aurores. Mas agora falem um pouco sobre vocês, que tal cada um de vocês se apresentarem para mim?

Vendo a relutância dos alunos ela se levantou e começou a andar pela sala de mesa em mesa enquanto uma cauda, sua cauda longa e felpuda balançava de um lado a outro em suas costas e os alunos prendiam a respiração ao vê-la se aproximar.

Depois de olhar para seus colegas e ver a mesma duvida em seus rostos, Hermione foi a primeira a erguer a mão.

—Ah, temos uma voluntaria! – Disse a professora se virando para ela. – Fique de pé na frente da sala e se apresente, por favor.

Assim como solicitado Hermione se levantou e foi para frente da turma.

—Me chamo Hermione Granger, tenho 19 anos, pertenço a Grifinória e gostaria de fazer algumas perguntas... – Disse ela olhando para a professora.

—Claro! Faça todas as perguntas que quiser Hermione. – Alicia disse sorrindo deixando as presas totalmente a mostra.

—Me desculpe se eu parecer ofensiva, mas o que é você? – Disse a menina. – E por que seu sobrenome é Moody e principalmente, quem estava naquele baú?

—Ah, achei que ninguém perguntaria! Obrigada Srta. Granger, pode se sentar. – Disse a professora voltando para frente da sala. – E por falar nisso você, você e você. – Disse ela apontando para Hermione, Harry e Neville. – Fiquem de pé, por favor.

E assim que eles o fizeram ela continuou.

—10 pontos serão creditados a casa de vocês pela prontidão e coragem com que me receberam... Não estou falando que devem fazer isso sempre, mas foi inteligente e seguro estar atento ao desconhecido. Podem voltar a se sentar, gostaria de saber o que vocês sabem sobre a mitologia egípcia... – Começou a professora dando abertura para que os alunos pudessem falar, mas antes que Hermione pudesse erguer sua mão, a menina que Draco chamou de Sorya já estava em pé.

— Mitologia é o estudo ou o conjunto de mitos antigos, historias e contos utilizados pelos povos antigos para esclarecer acontecimentos naturais, como raios, tempestades e terremotos. Cada cultura tem a sua mitologia, mas só as grandes civilizações conseguiram fazer seus mitos viverem até hoje, como a grega, celta, egípcia, nórdica... A mitologia egípcia especificamente era voltada para os faraós e o ecossistema em que viviam, baseando suas divindades em animais, rios e no próprio faraó. – Sorya disse e logo se sentou.

—Muito bem, quem é você? – Perguntou a professora.

—Sorya Tauchin, tenho 17 anos e sou da Sonserina. – ela disse.

—Ah, Tauchin, da fabrica Tauchin? – Perguntou a professora para aluna que concordou. – Interessante, mas bem, 10 pontos para a Sonserina, obrigada por compartilhar seus conhecimentos, e sim, mitologia é tudo isso, mas o que me surpreende é que vocês não sabem é que muitos dos mitos foram criados pelos primeiros bruxos que existiram. Antigamente, os magos e alquimistas não usavam varinhas, mas eram excepcionais e podiam fazer coisas como controlar raios e dar inicio a tempestades e terremotos, e por isso esses eram muitas vezes indicados como deuses.

“As estatuas criadas em sua homenagem não eram simplesmente criadas ao bel prazer do homem trouxa antigo e sim, representações de algo tangível. Os animais que se tornavam sagrados eram as representações de animagos ou então de seres como os centauros ou as famosas bestas mitológicas como a hidra ou a medusa, mas existiram as espécies descritas nas lendas, umas evoluíram, outras sumiram e outras como eu se adaptaram.

“A minha raça é conhecida como Bastet, os humanos encontraram essa inscrição e acharam que era o nome da deusa, quando na verdade designava toda uma raça, nós somos homens e mulheres, mas também somos gatas e gatos e podemos transitar nas duas formas.”

E assim que terminou de falar a professora deu um pulo rápido e alto caindo na forma de um gato preto na mesa de Neville, pulando para o chão e ficando em pé, mas não mais como uma mulher e sim como uma gata gigante que andava em duas patas.

—A raça Bastet é tão antiga quanto a civilização que a nomeou dessa maneira, e fomos nós junto com alguns bruxos e outros seres que ajudamos a dar a luz ao que chamamos de mundo, eu sou uma bastet e filha de Alastor Moody. – Disse a professora se virando para sentar na mesa mais uma vez, enquanto varias perguntas escapavam dos alunos

“Você é mesmo filha do Moody?”

“Você solta bola de pelos?”

“Como isso funciona?”

“Você então é um animal mágico?”

— Eu não sou um animal mágico, sou dotada de consciência e magia. Toda a minha raça é bruxa, então é natural às vezes uma bastet ou um bastet se envolver com os menores, ou seja, vocês... Nada contra, não fazemos distinção por isso, mas somos o que somos, melhores e mais poderosos, mas isso não vem ao caso, eu mesma sou filha de uma bastet com um menor. Meus pais,  Alastor Moody e Zoey Mc Addams se conheceram na Escócia se não me engano em 1968 ela era uma Fold escocesa e ele um jovem muito bonito, eles se casaram, eu nasci, ele virou um auror famosos, fomos seqüestradas, minha mãe morreu e eu tive que morrer junto. Os poucos que sabiam que ele teve uma filha acharam que ela estava morta e para os outros Alastor nunca foi casado. – Ela disse se virando para olhar o bruxo que não se movia no retrato. – Fui criada longe dele, mas decidi seguir seus passos e a anos trabalhava com ele no ministério, mas fingíamos que não nos conhecíamos... “É uma vida difícil essa de auror”, era o que ele sempre dizia... Então como sou uma parte escocesa, mas também era nômade na época fiquei quatro anos no Instituto Durmstrang, foi legal, depois fiz mais dois na Academia de Magia de Beauxbatons e finalizei com um ultimo e divertidíssimo ano aqui em Hogwarts. – Ela terminou dando de ombros.

—Mas isso é possível? Poder estudar em varias escolas diferentes? – Perguntou Sorya.

—Não sei. – Respondeu Alicia com sinceridade. – Eu pude, provavelmente mais por causa da minha situação, mas, as duvidas já foram sanadas, então gostaria de poder voltar a minha aula... – Disse ela com seu rabo abanado em suas costas suas orelhas pontudas saltando da cabeleira preta.

Como os alunos voltaram a ficar em silencio ela continuou se levantando.

—Que tal você? – Ela disse se virando para Neville que ficou vermelho como um tomate e se levantou de um pulo.

—Se... Se for o que a senhora desejar... – Ele disse depois de pigarrear e ajeitar o cabelo nervosamente fazendo algumas alunas suspirarem, algo que vinha acontecendo com freqüência.

—Ah sim, claro que é o que eu quero rapazinho. – Ela respondeu tocando o nariz do rapaz e tomando seu lugar sentando na cadeira almofadada e alisando os pés do tapete fofo enquanto ronronava abertamente.

Mancando para uma distancia respeitosa, Neville começou.

—Bom, meu nome é Neville Longbottom, tenho 18 anos e sou da Grifinória, meus pais eram aurores...

—Senhor Longbottom. – Disse a professora ficando de pé nervosa, o interrompendo. – Gostaria de vê-lo depois da aula.

—O quê? Mas por quê? – Ele disse sem saber o que teria feito para receber uma detenção logo no primeiro dia.

— Por que eu preciso vê-lo depois das aulas, por favor, não quero ter que colocá-lo de detenção, mas o farei se for necessário. – Ela disse se aproximando e olhando em seus olhos, decidida.

—Eu não posso. Sou monitor e tenho servido como ajudante para a professora Sprout. – Ele continuou se justificando, mas sem fugir de seu olhar.

—Tudo bem, venha me ver nesse horário. – Ela disse depois de ficar em silencio por um minuto e rabiscar algo na mão do menino com a pena dele. – Vou ficar te esperando, então, por favor, tente não se atrasar. – Ela disse com um sorriso sedutor nos lábios vermelhos.

Neville nada disse apenas se sentou com as bochechas coradas olhando para a palma da mão e ignorando os olhares que recebia.

—Você! – Ela disse apontando um dedo com unhas pontiagudas pintadas de rosa para Simas. – Vá atrás do Filch e diga que a professora de Defesa contra as Artes das Trevas quer vê-lo urgentemente. – Ela pediu se sentando agora em sua mesa e cruzando as penas fazendo o garoto corar e gaguejar antes de sair da sala. – E você, por favor, se apresente. – Ela disse apontando o dedo para Draco.

—Eu gostaria de não fazê-lo... – Ele respondeu depois de alguns segundos em silencio.

—Ora, não seja tolo! – Ela disse com um sorriso que quase fechou seus olhos. – Vamos lá, eu adoraria conhecê-lo, algumas carinhas confesso que são conhecidas, outras... – Ela disse divagando, mas dando uma piscadela para Neville.

Resignado e suspirando, Draco se levantou, mas não foi para frente da sala e continuou de cabeça baixa.

—Meu nome é Draco Malfoy, tenho 18 anos e sou da Sonserina. – Ele se apresentou.

—Ah, mas é claro! A família de comensais da morte mais famosa do mundo bruxo! Serviram Voldemort enquanto este esteve vivo, herdeiro único de todo o horror que a sua família ajudou a propagar, um ex-comensal da morte... Ah, desculpe, é que bem, sou uma auror no fim das contas, sei de certas informações... – Ela disse pedindo desculpas com o olhar quando o viu sentar lentamente. – Mas obrigada, Sr. Malfoy, agora, quem vai? – Ela disse de maneira animada voltando a andar pela sala.

Rony se levantou, suas bochechas estavam coradas e ele parecia furioso enquanto Hermione ria.

—Ah, um voluntario! Adoro homens de atitude... – A professora disse bagunçando o cabelo de Rony e se sentado ao lado de Hermione. – Pode começar quando quiser queridinho. – Ela dizia animada enquanto o sorriso de Hermione sumiu e esta começou a fazer careta.

— Bom er... Obrigado... – Disse ele, rindo tentando parecer charmoso enquanto se apoiava na mesa enfrente a professora, mas assim que viu a careta furiosa de Hermione tratou a se apressar. – Eu... Eu me chamo Rony, Ronald Weaslley.

—Eu-não-acredito-nisso! – Disse a professora ficando de pé e o abraçando fortemente. – Quanto tempo! Olhe só pra você! Já está um homem formado! E muito bonito! – Continuou animada apertando as bochechas do rapaz e desarrumando seu cabelo. – Como estão Molly e Arthur, Ron Ron? – Ela disse segurando seus ombros. 

—Estão bem. – Ele disse constrangido. – Estão no castelo... Mas, de onde você me conhece? – Ele perguntou.

—Ah, queridinho! Eu fui namorada do seu irmão babaca, o Carlinhos, por isso tive muito contato com a sua família, te conheço desde que você era um lindo nenenzinho engatinhando escada baixo sem as fraudas! – Ela disse jogando a cabeça para trás e rindo abertamente, uma risada contagiante. – Senti tanta saudade de vocês... – Ela disse o abraçando.

—Espera, você era namorada do Carlinhos? Lice? – Rony perguntou surpreso.

—Awn, você se lembra de mim! Sou eu sim meu Ron Ron, quanto tempo! Você precisa falar com a sua mãe que eu estou aqui... – Ela começou, mas dessa vez foi interrompida por ele.

—Então você vai adorar conhecer a minha irmã... Levante-se Gina, essa é “a” Lice do Carlinhos... – Ele disse dando ênfase na palavra fazendo sua irmã arregalar os olhos.

—Gina? Sua irmã? Quer dizer que sua mãe conseguiu mesmo? Ah meu Merlin! Venha aqui garota! Você é um arraso! Quantos anos têm? Precisamos marcar alguma coisa e nem pense que eu esqueci sobre esse negocio de Lice do Carlinhos viu... – Ela disse dando um abraço em Gina e depois se virando para Rony. – Obrigada, e vocês podem se sentar. Estão tirando meu foco... Muito bem, agora quem é o próximo? – Ela perguntou arrumando os cabelos cacheados num coque deixando as orelhas livres.

        Mas antes que mais alguém pudesse se apresentar, Simas voltou com Filch em seus calcanhares.

—Mandou me chamar? – Disse Filch antes de paralisar na frente da professora com a boca aberta, Madame Norra que vinha trançando em meio a seus pés pulou ronronando no colo da mesma enquanto balançava a rabo carinhosamente.

—Pedi sim Argo, desculpe, mas posso te chamar assim? – Ela perguntou a ele enquanto acariciava a gata. – Eu gostaria que você me fizesse um imenso favor. A diretora McGonagall me autorizou a aparatar aqui na escola hoje, já que eu estava ocupada com assuntos do ministério, mas infelizmente, fui seguida por uma horda de moluscos masoquistas, então eu os prendi aqui e hora vejam só, eles são conscientes de tudo o que se passa em volta deles... – Ela disse levando o zelador até as prateleiras com os potes cheios de lesmas. – Então gostaria que você cuidasse pessoalmente de fazer com que eles jamais esqueçam o que acontece quando repórteres irritantes de tablóides miseráveis tentam entrar nas dependências da escola. – Ela continuou com um sorriso sádico que pareceu fazer o zelador se apaixonar. – Depois os solte na floresta proibida, se algum deles sobreviver, é claro... – Ela disse e Madame Norra ronronou em deleite.

—Mas eu não sei se posso fazer isso, senhora... – Disse o zelador coçando a cabeleira ensebada.

—Por favor, me chame de Alicia, e eu sei que você pode querido Argo, não confiaria essa tarefa a mais ninguém, só você sabe o valor de bons ensinamentos pela dor física e psicológica... – Ela disse enquanto circundava-o feito um predador e circulava seu rabo em volta do mais velho.

—Farei o pior possível, senhorita Alicia. – Ele respondeu com uma mesura e um esgar que aparentemente era o seu jeito de sorrir.

— Obrigada, Argo! Mandarei que levem os potes para a sua sala, mas primeiro gostaria que buscasse um aluno em especial que participará das aulas avançadas... – Ela disse o conduzindo para a porta, devolvendo em seus braços Madame Norra e falando o nome do aluno tão baixo que ninguém dentro da sala pode ouvir.

Assim que o zelador se retirou, ela bateu a porta com força e se encaminhou com passadas duras para frente da sala.

—Agora chega de enrolação, vocês três são os últimos a se apresentar antes dessa aluna chegar, ainda quero aplicar um teste de conhecimentos gerais em você, então se levantem e falem logo. – Ela disse voltando a se sentar de pernas cruzadas na mesa apontando para Harry, Dino e Simas.

O primeiro a se levantar foi Dino, que estava sentado do lado de Simas. Assim que terminaram e tiveram uma agradável discussão sobre futebol com a professora, Harry se levantou.

—Sou Harry Thiago Potter, tenho 18 anos e sou da grifinoria. – Ele disse prestes a se sentar quando foi interrompido por ela.

—O famoso Harry Potter, é um prazer conhecê-lo, agradeço por tudo o que fez por todos nós... – Ela disse o olhando com curiosidade enquanto ele fazia uma pequena careta e murmurava algo.

A professora se levantou e abriu sua boca quando três batidas soaram na porta.

—Entre, por favor. – Ela disse.

—Mandou me chamar? – Perguntou Lana, com a cabeça dentro da sala.

—Claro Lany, entre, quero que conheça sua nova turma de defesa contra as artes das trevas. – a professora disse estendendo os braços para a turma enquanto a aluna entrava desconfiada com Broder logo atrás.

— O que essa primeiranista vai fazer aqui? – Perguntou Sorya auto demais para outra aluna da Sonserina que apenas deu de ombros.

—Como vocês devem ter escutado da diretora McGonagall ontem a noite, instauramos um processo de aprimoramento para alunos que tenham algum tipo de facilidade em certas matérias, aprofundando seu conhecimento nessa área sem que necessite prejudicar as outras. Portanto, foi através desse programa que Lana vai freqüentar as aulas com vocês... E Broder também... – Disse a professora. – Agora sentem-se, vocês tem 20 minutos antes do final da aula, então espero que sejam rápidos e boa sorte com o exame. – Ela disse distribuindo pergaminhos a todos enquanto Broder e Lana se sentavam no canto da sala.

Enquanto os alunos preocupados e em silencio respondiam as questões do exame, a professora andava em meio a eles terminando de organizar sua sala.

Mas, nem mesmo Hermione havia terminado quando a professora voltou a chamar a atenção deles.

—Larguem as penas e os pergaminhos, todos estão dispensados e os resultados serão discutidos na próxima aula. Tenham um bom dia. – Ela disse com a varinha em punho fazendo uma fina areia corre pelos pergaminhos escritos de tinta, os enrolando e empilhando-os em cima de sua mesa.

Sem questionar nada, todos os alunos saíram a deixando-a só, Broder e Lana foram os últimos e passaram correndo por Harry, Ron e Hermione sorrindo enquanto alguns Sonserinos os olhavam enojados.

—Isso foi estranho...  - Disse Rony para Harry. – Quero dizer, Licia? Quando eu iria imaginar... – ele dizia com um sorriso bobo que fez Hermione lhe dar um soco no braço.

—Ah, muito bom, a Lice foi realmente um achado para a sua vidinha não é mesmo Ronald Weaslley! – Disse Hermione vermelha.

—Ela é uma antiga namorada do Carlinhos! Eu não fiz nada de mais! – Ele tentou se defender enquanto massageava a área dolorida.

—Sei sei, mas “a” Lice do Carlinhos sugere que você tem uma vasta memória com ela... –Ela contrapôs fazendo Harry sorrir internamente.

—Claro que tenho! Carlinhos nunca mais se recuperou! Até hoje ele continua solteiro, ela foi a primeira namorada dele e eu não faço idéia do que aconteceu entre eles, mas eu sei que o magoou profundamente.... Eu falei isso por que às vezes, quando nós raramente o vemos e ele dorme, ele ainda sonha com ela... – Rony disse acalmando sua namorada.

—Bem, acho que mais estranho que Rony a conhecer é o fato dela ser filha do Moody. – Harry disse mudando de assunto para alívio de Rony.

—Você tem razão. Como nunca ficamos sabendo disso? Ainda mais ela sendo como é... Mas fiquei intrigada com o que ela quer com Neville... – Disse Hermione mirando as costas do mesmo que corria a frente do corredor para a próxima aula.

—Eu também, fiquei até meio assustado nessa hora... Ela meio que ficou transtornada... – Disse Rony ao que Harry concordou.

—Percebi. Será que ela tem algum problema com a família dele? – Perguntou Harry.

— Improvável, mas não descartado... – Disse Hermione enquanto dois alunos passavam por eles comentando do teste que a professora passara fazendo com que eles também comentassem disso enquanto seguiam para o salão onde será servido o almoço.

Ao entrarem no grande salão, este já estava lotado, os pais e responsáveis tão animados quanto os alunos do primeiro ano.

Harry estava tentando achar seus familiares quando os viu acenar para ele junto com os pais de Hermione.

—E então? O que acharam de tudo até agora? – Ele perguntou temeroso deles terem tentado sair correndo de alguma sala de aula.

—Foi incrível! – Disse Duda com a boca cheia.

—Completamente maravilhoso! – Concordou Petúnia.

—Sim, tenho que concordar com os dois. – Disse Valter enquanto eles se revezavam para explicar a Harry o que tinham aprendido.

Desde identificar videntes de verdade, à trotes de bruxos adolescentes à saber que tipo de erva daninha é mágica e qual pode ser alérgica ao contato com a pele, Petúnia junto com a Sra. Granger fizeram questão de falar.

Duda que só conseguia se lembrar da aula de vôo e de como foi engraçado ver alguns gritando enquanto ele conseguia voar “perfeitamente” e Valter que discutia com o Sr. Granger a real importância de alguns bruxos na historia e de como esses fatos afetaram a vida no mundo trouxa.

Enquanto comia e assentia a cada dialogo em que era incluído, Harry ficou feliz em poder finalmente ter sua família incluída e tão á vontade com os fatores de sua vida, ainda mais num tempo em que nada os fazia correr riscos e que a normalidade pairava em sua cabeça.

A refeição, outra vez maravilhosa, foi interrompida com o retorno as aulas, seguindo o conselho de Hermione, ele e Rony se dirigiram para a biblioteca enquanto esperavam para sua próxima aula.

—Eu ainda não acredito naquelas questões da prova de D.C.A.T... – Disse Hermione olhando desolada para o amigo e o namorado. – Eu não consegui chegar nem na metade! E as perguntas eram absurdas! Como eu vou saber como enfrentar um vampiro mordido por um lobisomem? Não sei nem se isso é possível! – Ela disse abrindo um enorme livro sobre criaturas na mesa de mogno.

—Eu te entendo, Mione... – Disse Rony apertando sua mão. – Eu não consegui sair da terceira questão sobre os procedimentos para a proteção de locais com máxima eficiência...

Harry concordou olhando compreensivo para os dois, mesmo sabendo que as coisas seriam difíceis ele não imaginou que seria tão difícil assim.

No fim das contas, mal conseguiram tempo para estudar, logo Harry e Hermione tiveram que ir para a floresta onde teriam a aula com Hagrid e sentiram o coração pesar ao se separarem de Rony que teria aula de poções.

Seguindo para fora do castelo eles iam se encontrando com o restante da turma. Gina também não estava junto com eles e Hermione queria aproveitar esse tempo para conversar com ele.

—E então? Já pensou em como você vai fazer as coisas? – Ela disse olhando rapidamente para ele.

—Achei que você iria me ajudar com isso... – Ele respondeu copiando seu gesto.

—Bom, acho que a primeira coisa, seria pensarmos no momento certo pra contar... Não queremos que eles fiquem desconfiados, mas acho que tem que ser no momento certo, pra eles não se chatearem com nada disso... – Ela disse olhando pra baixo.

—Obrigada Mione. – Ele disse segurando sua mão fazendo-a corar.

Eles então começaram a discutir detalhes de como eles contariam a novidade, depois de tantos anos haviam muitas pessoas envolvidas e muitos sentimentos que deveriam ser tratados com cuidado, mas isso era o menor dos problemas por que mesmo guardando esse segredo, eles estavam genuinamente felizes. Até entrarem na clareira de Hagrid.

A maioria dos alunos já estava agrupada em volta da clareira onde o gigante poderia ser facilmente visto, mas outros dois seres estavam escondidos em sua grandiosa sombra.

—Que bom que chegaram! – Cumprimentou o enorme professor quando os últimos alunos se acotovelavam em circulo em volta dele. – Quero que vocês prestem bastante atenção no que vai acontecer agora. Essa será uma aula muito especial. – Hagrid disse animado enquanto trazia para frente Lana e Broder. – Hoje na nossa primeira aula e pela primeira vez pessoalmente, vamos estudar o comportamento do Fenrisulfr, portanto, peço que mantenham a calma, pensem em seus melhores feitiços de proteção e se afastem a uma distancia segura.

—Que saco! Essa criança idiota de novo? – Harry pode escutar uma voz maldosa de Sorya comentar ao fundo, mas não prestou atenção no que ela continuou a falar, pois Broder estava andando em círculos deixando Lana no meio da clareira.

—Poucos de vocês sabem, mas o Fenrir é um animal perigoso, que embora possa viver junto com bruxos, jamais estes devem esquecer sua fúria. Hagrid me convidou amavelmente para mostrar o que um Fenrir é capaz, e achei que seria muito útil ensinar a vocês sobre o meu comportamento. Não quero deixá-los com medo de mim, mas quero que estejam cientes que se estivéssemos em outro tipo de situação, minha conduta poderia ser igual à demonstrada aqui hoje. – Dizia o lobo enquanto andava no circulo criado pelos alunos. - Se estão todos bem com a situação podemos começar Hagrid?

—Fique á vontade. – Sorriu o meio gigante enquanto se recostava em uma arvore imensa.

Broder assentiu uma vez e se virou ficando de frente com  Lana. Mais uma vez seus ossos começaram a estralar e sua cabeça girou em ângulos rápidos e estranhos enquanto um gemido misturado com uivo saiu de seu focinho que havia ficado com o quádruplo do tamanho original assim como todo o seu corpo.

Na frente de todos, eles puderam ver por que a raça Fenrir tinha sido considerada uma criação para a destruição do mundo, o lobo já grande ao qual Broder poderia ser comparado tinha se transformado em uma fera maior do que o próprio Hagrid, cheia de músculos que ondulavam embaixo do pelo groso, com garras e dentes afiados e uma espessa baba escorrendo dos cantos de sua boca.

— Quero que dêem uma boa olhada neste magnífico animal que está diante de vocês. Este é o único e verdadeiro, o legítimo Broder Elof Fenrisulfr! – Disse Lana ficando na frente da imensa fera.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, já que ninguém fala não tenho como saber....



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