Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 25
Nimbulus


Notas iniciais do capítulo

Bom, embora ninguém tenha se interessado eu pareia fic por esse tempo por que estava doente.
Não vou abandonar a historia, não mais, estou gostando muito dela e embora nem todos se interessem a ponto de tentarem saber alguma coisa ou darem sugestões, não poderia voltar a postar sem uma explicação... Bom, tenham todos uma boa leitura.



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Harry continuava com a varinha em mãos, embora tenha se sentado junto com os outros quando a situação ficou constrangedora demais, mas mesmo assim havia algo dentro dele que o fazia ficar em alerta, os Dursleys estavam brancos como pedras de mármore, mas tentavam não demonstrar achando que de alguma maneira aquilo poderia ser normal enquanto os pais de Hermione riam para a cena achando que poderia ser um show ou algo similar.

A menina de cabelos roxos se sentou a mesa com um sorriso largo no rosto sem perceber ou tentando disfarçar os olhares que recebia de todos os alunos e até de alguns professores.

—Olá! Meu nome é Lana, Lana Nimbulus, sem o “A”, eu sei , eu sei, ele falou “A- Lana”, mas nem falei nada, por que o baixinho parecia nervoso, então deixei quieto, por que no fim das contas eu também estou um pouco nervosa, quero dizer, eu não saio muito de casa se é que vocês me entendem...  – Ela disse tagarelando sem parar olhando para Harry, Rony, Hermione, os Dursleys e os Grangers que estavam a sua frente.

—Espera, você é mesmo uma Nimbulus? – Perguntou Rony admirado olhando-a como se ela fosse uma veela.

— Ah, sou sim, mas prefiro ser chamada de Lana se não se importar. Muito prazer. – Ela disse estendendo-lhe a mão e ficando de joelhos no banco para poder repetir o gesto com todos que estavam próximos e sentados.

—Bom, eu sou Rony Weasley, muito prazer, sou fã do trabalho da sua família. – Ele disse e percebeu os olhos dela cintilarem de maneira estranha, mas o que mais chamou sua atenção foi o fato deles serem de um roxo exuberante.

—Eu sei quem você é. E você e você e você! – Disse ela apontando para cada um dos três. – Não precisam se apresentar pra mim, e eu também sou uma grande admiradora do trabalho de vocês, quero dizer, por Merlin! Eu estou tentando ao máximo evitar pedir que vocês autografem meus livros e estaremos juntos na mesma casa durante todo esse ano! Eu...

— Acho que seria mais prudente você se conter Lana. – Disse o lobo para ela com uma voz sombria e arrastada enquanto ela fazia uma careta engraçada de desdém.

—Ah sim, tenho que ser mais como você, não é pequeno Bef? – Ela disse com um sorriso sarcástico enquanto ele lhe lançava um rosnado e crescia sobre ela com os pelos arrepiados.

—Já falei para não me chamar assim humana, eu sou Broder Elof Fenrisulfr. - Disse ele agora para todos, seus olhos eram verdes e brilhavam com fúria. –A encarnação da morte, o destruidor do sol e da lua... – Terminou ele de pé esticando uma imensa pata cheia de garras afiadas para a cara de um Rony translúcido.

Engolindo com dificuldade e olhando em pânico para sua namorada e amigo duas vezes, ele enfiou a mão no emaranhado de pelos grossos e surpreendentemente macios.

—É um prazer conhecê-los, vocês fizeram um favor extremo para todo o mundo. – Disse Broder após apertar a mão de todos.

—É um prazer conhecê-lo também. – Disse Hermione polida – Mas se eu entendi direito você é um... - Antes que pudesse falar mais alguma coisa, a diretora McGonagall pediu a atenção de todos.

—É um imenso prazer receber a todos para mais um ano letivo. Antes que todos estejam concentrados demais na próxima sobremesa que irão comer. – Disse ela com um sorriso. - Quero passar algumas recomendações importantes e espero ter a compreensão de todos. – E limpando a garganta ela continuou. - A floresta proibida é terminantemente proibida, como o nome já diz, a todos os alunos e visitantes, já que a floresta pode esconder e ser lar de seres com os quais nenhum de vocês está preparado ou já sonhou ver em sua existência, e a escola não se responsabiliza pelas mortes ou contaminações pelos seres que lá habitam como a licantropia. Também peço muito cuidado ao andarem nas praias perto da escola e aqueles que não possuem nenhuma habilidade mágica, evitem contados com animais mágicos selvagens, existem alguns seres que se alimentam de carne humana, principalmente quando se tratam dos seres do lago, e aviso, mais como amiga do que como diretora dessa escola,  que não circulem pelos corredores do sétimo andar a noite, nosso monitor, o Sr. Filch ficará incumbido de prestar-lhes informações quando necessárias e assegurar que os infratores sejam punidos de forma a não mais ficarem tentados... E isso vale para todos aqui presentes. – Ela disse fazendo questão de olhar para cada mesa demoradamente.

“Fora isso, uma novidade será incluída esse ano. – A Diretora disse andando até um púlpito que lá havia. - Aos alunos que se destacaram ou tiverem habilidade em alguma área especifica de ensino como Aritmancia, Herbologia ou poções terá aulas extras com nossos professores e serão acompanhados de perto para que possam se especializar no assunto e aprender a controlar toda essa magia que flui de maneira mais potente em alguns casos. Quero lembrar que estas serão apenas aulas extras, não obrigatórias, então, isso não irá diminuir sua grade curricular, porém interferirá em suas notas positiva ou negativamente. Os formulários serão entregues amanha na primeira aula e os professores explicarão mais detalhadamente a proposta, - Ela terminou sorrindo para todos como uma boa mãe. - A porta da minha sala sempre estará aberta a todos vocês, mas não pensem que conseguirão algo sem esforço ou com brincadeira, pois eu não serei misericordiosa.”

Assim que terminou o discurso Minera se virou e se sentou á sua cadeira dando vida ás mesas que se encheram de comida, transformando as caretas infantis de horror para alegria, todos olhavam admirados paras as mesas, outros ainda já saudosistas por ser o ultimo ano, os trouxas ali olhavam como se de algum modo tudo fosse desaparecer do nada do mesmo jeito que apareceram.

—Fiquem á vontade para comer tudo o que quiseram. – Disse Hermione para os Dursleys e seus pais ao perceber o embaraço deles.  – Tudo aqui é de verdade... E é delicioso! – Ela confirmou se servindo e Rony concordou com a boca já cheia.

Com um pouco de vergonha Valter foi o primeiro a enfiar suas gorduchas mãos para pegar uma das muitas coxinhas numa pilha de uns 25 cm de altura, sendo seguido pela esposa e filho e depois pelos Grangers.

Todos deram um pequeno gemido de satisfação ao provarem a comida, e logo já se sentiam mais a vontade. Em pouco tempo já se socializavam pedindo que alguém passasse o purê e ou milho, ou se mais pra frente ainda tinha suco de abobora, conversavam entre si e descobriam um pouco mais dos que acabaram de se juntar a eles. Estavam em família e o jantar os entrosava ainda mais.

Lana e Broder eram os dois últimos na mesa e comiam em silencio com seus garfos e facas em mão e patas e postura rígida enquanto comiam sem apoiar os cotovelos na mesa e sem macular os guardanapos em seus colos.

Com um pigarro Hermione foi a primeira a tentar romper o silencio entre eles.

— Me desculpe Sr. Broder, mas eu não sei se entendi errado, mas pelo seu nome... Você é um Fenrir? – Ela disse demonstrando interesse.

Usando o guardanapo e tomando um gole do que estava no copo, Broder respondeu com cortesia.

—Vocês podem me chamar simplesmente de Broder. – Ele disse educado. Mas respondendo a sua pergunta, querida jovem, sim, eu sou um Fenrir, mas do que só um, sou o herdeiro da minha alcatéia.

Hermione ficou em choque, apenas olhava sem nada dizer para ele e a menina que continuava a comer delicadamente.

Depois de piscar varias vezes e tomar um gole generoso de suco de abobora, Hermione continuou.

— Mas, vocês são selvagens! Desculpe-me usar esse termo, mas não há nada que resuma mais o que sabemos de vocês... – Ela disse com as bochechas vermelhas sem saber se era de vergonha ou medo de tê-lo ofendido.

—Ah, não se preocupe criança. Selvagem é um elogio para quem nós somos. Um Fenrir é selvagem, mortal, a cria da morte e da destruição, somos feitos para o fim do mundo... – Ele continuou com o que parecia ser um sorriso com uma boca cheia de dentes e presas pontudas.

—Espera, você é o Fenrir da mitologia Nórdica? – Perguntou Duda largando o pudim de chocolate que estava devorando.

—Você conhece mitologia Nórdica? – Perguntou Hermione surpresa.

—O que é esse negócio de nitologia? – Perguntou Rony que enchia o prato de comida mais uma vez.

— É Mitologia, Rony. E mitologia é um conjunto de lendas criadas por determinados povos antigos para esclarecer fatos como os trovões ou a morte, geralmente são a cerca de deuses e monstros. Nesse caso, estamos falando dos povos Vikings, nórdicos ou escandinavos, como você preferir chamá-los, que viveram no norte e tem lendas bastante violentas para explicar esses fatos corriqueiros, mas isso faz todo o sentido, já que eles foram um povo violento, que teve que se acostumar com o frio, à fome e a morte, dos pequenos aos mais velhos. Devo dizer que se saíram muito bem, roubando e matando os povos mais próximos para a própria sobrevivência, mas não podemos nos esquecer do que eles fizeram pela navegação, já que foram um povo que teve como um dos pilares a pirataria.... – Dizia Lana de maneira rápida antes de ser interrompida por um rosnado de Broder.

—Será que você pode ficar quieta!? – Ele rosnou em seu rosto enquanto agarrava a borda da mesa criando imensos vincos no mármore. – É insuportável sua falação de sabe tudo, garota tagarela! – Ele continuou mostrando os dentes pontiagudos.

— Cala a boca você! Eu nem estava falando com você, pra começo de conversa e se você não quer escutar que tape suas orelhas enormes e não meta seu focinho onde não é chamado! –Ela respondeu sem se intimidar.

— Um dia ainda arrancarei essa sua língua ferina e te chicotearei com ela! – Ele rosnou dando-lhe as costas.

—Sim, e nesse mesmo dia pedras filosofais darão em arvores. – Respondeu ela com um sorriso. Enquanto ela a imitava com a imensa língua ridiculamente para fora.

—Irritante! – Disse ele voltando sua atenção para ela.

—Chato! – Retrucou ela mostrando-lhe a língua o fazendo rosnar mais uma vez.

Ele rosnou de novo, dessa vez mais alto, assustando alguns alunos que não prestavam atenção a cena, mas antes que algo pudesse acontecer os monitores começaram a chamar seus alunos para as casas comunais.

Assim que os primeiros alunos da mesa começaram a se levantar Broder e Lana se olharam como rivais que diziam “isso ainda não terminou”, para logo em seguida caírem na gargalhada e saírem de mãos dadas seguindo os mais novos deixando os outros para trás de boca aberta.

— Droga! Eu jurava que veria sangue jorrar... – Disse Duda decepcionado fazendo com que os outros olhassem para ele como se fosse louco. – Quê? Vão me dizer que vocês também não? - Ele disse para os outros que apenas olharam entre si e começaram a seguir o grupo que começava a se afastar deixando o rapaz bicudo.

Enquanto a chama do desconhecido voltava a queimar nos corações de todos aqueles que estavam ali pela primeira vez e a saudade movia os que ali já tinham achado um lar, eles seguiram pelos corredores, se misturavam com os outros, riam e se despediam quando o caminho mudava. Em todo o percurso Harry pacientemente dava informações aos Dursleys e os Grangers, assim como Hermione que se sentia quase uma guia turística explicando pinturas, detalhes da arquitetura e decoração, coisa que nem Harry e Rony sabiam que ela tinha conhecimento, mas também não ficaram inteiramente surpresos.

Broder e Lana andavam pertos um do outro e um pouco mais a trás deles, conversando entre si e admirando o belo castelo. Gina andava ainda mais atrás cercada por Molly e Arthur que apontavam e tentavam guiá-la por meio de suas memórias.

—Peço que parem um instante e prestem bastante atenção. – Disse Neville que havia se tornado monitor e só agora Harry percebera que era ele com os guiava. – A palavra chave que mantém a nossa casa fechada, assim como sua localização, devem ser mantidas em segredo. Então guardem esse caminho e as palavras que eu vou dizer agora. – E dizendo isso ele se virou para a já conhecida mulher gorda. – Boa noite, Sara como vai?

— Melhor, muito melhor! – Ela disse entusiasmada. – Fui completamente restaurada! Ouso dizer que estou bem melhor agora do que já estive um dia! – Ela disse dando um giro para que ele pudesse vê-la.

—Ah sim, está esplêndida! – Concordou Neville. – Bom, acho que você já sabe sobre os pais e responsáveis trouxas que estão pela escola? – Ele disse para ela enquanto se balançava para frente e para trás com as mãos nas costas.

—Sim, estou sabendo... –Ela disse se afastando um pouco e tomando uma postura rígida enquanto cumprimentava de leve os mais próximos.

—Espero poder contar com a sua colaboração, caso um deles se perca ou esqueça a senha... – Disse o rapaz de maneira sugestiva fazendo-a corar.

— Me desculpe querido, mas não posso deixar que entrem sem... – Ela começou a negar enquanto balançava seus cachos.

—Não peço isso, mas sabe, dando dicas... Como fazia comigo... – Neville disse ficando com as orelhas levemente vermelhas.

— Ah claro que sim querido! Pode contar comigo, todos vocês, se forem tão bons comigo quanto esse menino aqui! – Ela disse com animo enquanto fingia apertar as bochechas do rapaz.

— Então de volta ao serviço. - Disse Neville com um pigarro. - Sangue de leão.

—Fiquem á vontade e tenham uma ótima estadia. –Disse ela fazendo uma mesura e abrindo a porta.

— Vamos, podem entrar. Espero que todos tenham entendido a senha. – Ele disse enquanto as pessoas entravam rapidamente pela passagem do quadro. – Não parem aí, por favor. Oi Harry, Rony, Hermione... Será que poderiam me ajudar? – Ele disse quando avistou os amigos e sinalizou para a porta.

—Claro! – Disse Rony começando a abrir caminho e gritando para que os outros saíssem da frente.

Com um sorriso e uma liberdade recente, Harry entrou empurrando seus parentes pelo buraco escuro seguindo Hermione e assim que o ultimo passou Neville olhou para os lados, antes de entrar e a pintura baixar, dando lugar a senhora que cantarolava.

O lugar continuava o mesmo e ainda assim estava diferente, pesadas cortinas de veludo pendiam das janelas e a noite lá fora era limpa e de lua. Alguns já se encontravam sentados nos sofás espalhados pela sala, como a avó de Neville que se espreguiçava perto do fogo, outros no chão como Gina que lançava olhares furtivos para Harry enquanto matava saudade de suas amigas e contavam segredos umas as outras e outros como  os  Dursleys que estavam parados olhando abobados para todas as direções.

—Agora que todos estão aqui, podem subir para seus quartos, por aqui é o dormitório feminino e por ali o masculino – Disse Neville apontado dois corredores – O mesmo vale para os pais dos alunos, cada um ficará no dormitório correspondente e peço sua colaboração. Todos os seus pertences já foram arrumados e em cima de cada cama está seu horário de aulas até o fim do ano letivo. Tenham uma boa noite. – Disse ele aparentando cansaço enquanto todos se dirigiam para seus quartos.

Molly logo tomou a frente chamando suas mais novas amigas, se assim poderia chamar a Sra. Granger e Petúnia para seguirem junto com ela e Gina, foi com um pouco de terror que os Dursleys se separaram, mas com palavras tranqüilizadoras de Molly e Arthur que também conduzia os rapazes pelo outro corredor eles foram e só então perceberam o quanto estavam cansados e ansiosos pelo próximo dia.

Em pouco mais de meia hora só restavam na grande sala Rony, Hermione, Harry, Neville, Broder e Lana.

—Não sabia que vida de monitor era assim... – Disse Neville no meio do agradável silencio enquanto os três amigos se espalhavam nos sofás com calma. – Fiquei tão feliz quando minha avó me falou do convite que só aceitei... – Ele suspirou sacudindo a cabeça com pesar.

— É um pouco estressante mesmo, mas você se acostuma. – Disse Hermione tentando reconfortar o amigo.

— Acho que eu já vou dormir... – Disse Lana se levantando de perto da lareira onde quase dormia apoiada em seu amigo peludo. – Você já vem Bro? – Ela disse para o mesmo enquanto coçava os olhos como uma criança.

—Não sei se isso pode acontecer. – Alertou Neville. – Eu não sei direito, mas ele pode dormir aqui na sala, ou no nosso dormitório... – Terminou ele quando viu os olhos da menina se arregalar e temeu tê-los ofendido.

— Mas Broder e eu nunca nos separamos, não podemos! Isso não pode acontecer! Jamais! – Ela disse entrando em desespero enquanto o grande lustre do teto começou a sacudir perigosamente mortal no teto acima deles.

— Calma! – Rosnou o grande lobo empurrando-a para a parede e prendendo-a em suas patas. – Calma! Nós não vamos nos separar. Eu vou ficar com você e você comigo, como é pra ser...

— E assim será. – Ela terminou a frase depois de piscar e voltando seu foco para ele.

Foram apenas segundos, mas foram suficientes para deixar os outros intrigados, Lana deu um sorriso imenso e um abraço em Broder que retribuiu com cuidado, fazendo apenas uma mesura ela se virou para o corredor feminino e foi para o quarto.

— Me desculpe, eu não quis ofender. – Disse Neville se levantando com cuidado. Desde alguns meses atrás sempre que parava precisava de alguns minutos para se acomodar em cima da própria perna.

—Você não nos ofendeu... E não precisa se levantar... Ela apenas... Ela apenas estava com medo. – Broder disse enquanto voltava a ficar em quatro patas e fazendo soar o barulho de ossos se quebrando e sacudindo a cabeça violentamente algumas vezes. – Às vezes Lany acaba sendo temperamental demais... – Ele terminou com o que parecia ser um sorriso seguido de um enorme bocejo.

—Sim, entendo... Bem, se você quiser, o quarto masculino está aberto... – Começou Neville ainda em pé.

—Ah nãos e preocupem com isso, estou plenamente confortável neste tapete de frente com essa lareira quentinha... – Disse ele fechando os olhos e afinando a voz grossa nas ultimas palavras.

Isso foi um pedido mudo para que eles também o deixassem, então eles se separam, com um beijo roubado de Rony, Hermione foi para o corredor feminino com as bochechas coradas, enquanto Harry abaixava a cabeça e seguia o amigo que mancava.

Quando Harry, Rony e Neville abriram a porta viram que nada havia mudado por ali, parecia que tinham voltado para aquele primeiro dia ha anos atrás. Os outros garotos com quem Harry dividia o quarto já dormiam inclusive Duda, que roncava com a boca aberta e o corpo todo esticado na cama.

 Em silencio os três entraram e fecharam a porta, cada um se dirigindo á própria cama.  Se despedindo o mais baixo possível já tomados por um cansaço que não se lembravam de ter eles deitaram esperando o sono cair, mas naquela noite os rapazes sonharam. Neville sonhou que sua mãe corria para ele aos prantos chamando-o de filho, Rony sonhou que Hermione dançava sorrindo para um estranho que segurava firmemente em sua cintura e Harry acordou suado no meio da madrugada olhando ao redor com a varinha em riste, apenas segundos atrás uma enorme fera com rosto de mulher prendia garras em seu pescoço e rugia em seu rosto “Decifra-me ou devoro-te.”

Cansado e sabendo que não conseguiria mais dormir, Harry resolveu descer, talvez dar uma passeada pelo castelo e aproveitar o silêncio que ainda tinha antes do amanhecer chegar e os primeiros alunos acordarem. Já estava na sala comunal quando um pigarro o fez se virar pronto para se defender.

—Ah, desculpe-me! Não quis assustá-lo... – Disse Lana sentada num dos sofás bebendo um imenso copo de um liquido branco.

—Achei que já estivesse dormindo... – Disse Harry abaixando a varinha e voltando com ela para dentro do robe vermelho com um “H” dourado que tinha ganhado da Sra. Weaslley.

— E estava, mas uma das garotas do meu quarto começou a levitar da cama e acordar uma por uma de nós dizendo coisas que deveríamos evitar ou então morreríamos... Ela voltou a dormir, mas não me sinto tão confortável agora como estava antes, então vim pra cá e Broder me trouxe leite. – Ela disse erguendo o copo para Harry e colocando os pés pequenos no sofá. – Quer se juntar a nós? – Ela perguntou com seus olhos brilhando um roxo e o outro verde.

— Na verdade eu ia dar uma volta pelo castelo... –Harry disse sinalizando a porta tentando se esquivar.

—Claro! Você deve aproveitar enquanto não há uma horda de meninas gritando seu nome... – Ela disse tomando um grande gole do seu leite. – Desculpe, mas eu li sobre a sua festa de aniversario...  - Ela completou quando o viu ficar embaraçado. – Tudo bem, eu sei como é. Embora quando as pessoas se aproximam de mais é para tentar um seqüestro e subseqüentemente receber segredos sobre a construção de vassouras ou um numero exorbitante delas...  – Ela divagou tomando outro enorme gole.

—Isso realmente já aconteceu? – Perguntou Harry chegando mais perto enquanto a via confirmar com a cabeça.

— Uma ou duas vezes... – A voz rouca de Broder soou saindo das sombras. –Alguns seres da sua espécie são deploráveis...

Harry ficou olhando os dois por um momento. Ao que parece dramas existiam até para aqueles que eram normais no mundo bruxo.

— Obrigada pelo convite, mas acho que prefiro sair um pouco... – Ele disse se voltando para a porta.

— Você não prestou atenção no que a diretora disse? – Perguntou Lana. – Sobre os corredores do sétimo andar?

—Sim, mas isso não me incomoda, não agora... Mesmo por que Broder acabou de ir para a cozinha e voltar. – Ele apontou enquanto dialogava parado no corredor.

—Mas Broder não pode morrer e eu estava em segurança, é diferente com a gente... – Disse ela terminando de virar seu copo que agora mostrava uma imensa quantidade de açúcar no fundo.

— Vocês ainda não entenderam não é? – Perguntou Broder.

E olhando para a cara de surpresa do menino com as palavras ditas pelo lobo, a garota afagou a cabeça do seu amigo, se levantou e foi seguida por ele para o corredor feminino.

—Creio que ainda não Broder... Mas logo saberão, todos aqui saberão... Boa noite Harry Potter! – Ela gritou acenando para o garoto que ficou parado na sala, mas o corpo dela já havia desaparecido por uma das portas e o imenso lobo fazia guarda do lado de fora.

Sem entender o que aquilo significava Harry apenas sacudiu a cabeça e decidiu voltar para o dormitório, já sentia sono novamente e sem saber muito bem como já se via deitando e logo não viu mais nada, na cama ao lado Rony se remexeu e disse algo inteligível fazendo o vulto de olhos diferentes encostado na parede sair pela porta entreaberta fechando-a.


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Notas finais do capítulo

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