Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 24
Chapéu Seletor


Notas iniciais do capítulo

Já que não falam, tbm não vou falar...



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Enquanto a carruagem seguia de um lado pelos leves morros serpenteando hora sim hora não por pequenos trechos da floresta proibida, os outros se reuniam no porto, onde os barcos os esperavam barcos na imensidão negra do rio, a lua iluminando a silhueta do castelo enquanto um braço gigante de polvo saudava seus visitantes antes de cair de volta na água.

– Pois muito bem. – Disse Hagrid. – Nós seguiremos por aqui até o castelo, quero que prestem bastante atenção no que vou dizer. Existem seres nessas águas, sereianos que podem te puxar para dentro d’água só por brincadeira, tem também a milenar lula gigante, que não está com fome agora, mas nunca se sabe e a água está muito, mas muito gelada mesmo. Sem contar que os próprios barcos balançam um pouco, por isso acreditem em mim quando eu falo que nenhum de vocês vai querer cair nessas águas, então fiquem quietinhos, não se estiquem muito para dentro ou fora, tentem apenas relaxar e seguiremos a viagem rapidamente.

Vários pares de olhos o olhavam com pavor, todos os primeiranistas e pais usavam a mesma mascara de terror por suas vidas.

– Então, se ninguém tem mais nenhuma duvida... – Hagrid disse se virando para começar a descer até os barcos.

– Por que os outros não vão por aqui? – Uma menininha de grandes óculos e turbante que olhava para Hagrid e o lago com igual pavor.

– Os únicos a entrarem no castelo pelos barcos são os alunos do primeiro ano, pois é muito mais seguro e evita confusões. Os alunos mais velhos vão pela floresta proibida, onde existem lobisomens e outras coisas que ninguém está realmente preparado para ver, as passagens pelo castelo podem confundir e os fantasmas assustar num primeiro momento... – Ele ainda tinha muito para falar, mas ao ver o terror nos olhos deles parou. – Acho que eu não deveria ter dito isso... Não foi minha intenção assustar vocês, só quero dizer que a passagem pelo rio é a mais segura, mas não se preocupem com o resto, agora vamos logo ou nos atrasaremos para a cerimônia.

Sem dar tempo para mais perguntas ele se virou e começou a puxar os barcos para perto, sinalizando para que os primeiro viessem.

– Não se preocupem, ele tem realmente razão, é o jeito mais seguro de atravessar, foi o que meu irmão me falou sabe? – Disse um menino com sardas pelo rosto todo logo atrás dos Dursleys. – Ele está no terceiro ano e é da Corvinal, por que ele é muito inteligente, então podem confiar... – Terminou ele e se encaminhou para o primeiro barco dando coragem para outros que o seguiram.

Valter, Petúnia e Duda ficaram parados e de mão dadas por um minuto.

– Todos vocês tem certeza disso? Quero dizer existe uma parte dentro de mim que me faz acreditar que é um caminho sem volta... – Disse Duda tentando sorrir, mas preocupado.

–Claro que sim, desde que saímos de casa não tem mais volta. – Respondeu Petúnia tremula se encaminhando para os barcos com sua família.

Eles começaram a se aproximar, mas de canto de olho Duda viu o Sr Granger se afastar do grupo.

– Sr. Granger! É por aqui! – Disse o grande rapaz sinalizando com as mãos o caminho que escurecia.

– Tudo bem. – Respondeu o homem. – Só quero ver esse cavalo aqui, que está bebendo água... Ele parece tão comum, mas algo nele me parece diferente... – Disse ele se aproximando ainda mais do animal que era extremamente manso, antes que o pai de Hermione pudesse acariciá-lo uma mão imensa o ergueu no ar.

– Wow, o que você está fazendo? – Disse Hagrid. – Isso é um cavalo do lago! Você sabe o que isso faz? – Ele disse voltando o homem no chão e olhando para as pessoas que agora se amontoavam querendo saber o que acontecia. – Isso aqui – Hagrid disse apontando para o cavalo que voltava divagar para o lago – É um cavalo do lago, ele pode assumir varias formas, mas a preferida é um cavalo muito bonito e dócil que assim que consegue alguém que o monte, pula dentro do lago e o devora até só sobrarem as tripas. – Disse ele olhando para o homem que agora estava de olhos arregalados. – Fiquem longe disso e de qualquer ser que vocês virem nas praias do lago negro. – Como que para provar o que Hagrid dizia o animal com um relincho se transformou numa lontra e entrou de volta no lago e desapareceu. – Espero que este não volte mais, mas em todo caso, evite colocar a mão na água Sr. Granger... Agora vamos continuar! Temos um lago para atravessar e ninguém quer perder a cerimônia de abertura.

E enquanto ele voltava para a tarefa de colocar-los dentro dos botes, as carruagens se aproximavam da construção deixando seus tripulantes igualmente sem fala.

Demorou um pouco mais do que o esperado para que os barcos chegassem ao pequeno porto do outro lado do rio, a travessia foi maravilhosa e sem outros incidentes, os sereianos prepararam um show de boas vindas com seu canto embaixo d’água e piruetas por cima das embarcações, até mesmo os grindylows aparecerem e os saudaram enquanto nadavam em volta dos parcos, a lua subia cada vez maior aos céus e a comitiva os acompanhou até perto da margem do castelo, onde acenaram e pareceram sorrir para eles.

– Espero que nenhum de vocês tenha acreditado em nenhuma dessas demonstrações de boas vindas... Não confiem nos moradores do lago... Não confiem... – Disse Hagrid ajudando-os a desembarcar.

Assim que todos estavam em terra firme foram levados para dentro do imenso castelo que se projetava a sua frente, ainda sendo guiados por Hagrid entraram pelos níveis mais baixos alguns ainda tremiam pelo olá dos sereianos e pela vista da lula, mas mesmo assim esqueceram quase que imediatamente o mal estar que sentiam ao olhar os corredores extremamente interessantes do castelo.

A construção era gigante, iluminada, cheia de novidades e expectativas que assaltavam de imediato qualquer um que o olhasse. Todo o castelo gritava e respirava magia e esperança.

Assim que Harry, Rony e Hermione desceram das carruagens, uma alegria descomunal tomou conta de cada um deles, o castelo estava ainda mais majestoso do que nunca, parecia que nada havia acontecido com ele, com um sorriso de extrema alegria eles correram para dentro avistando a porta imensa do salão principal.

Vários outros alunos também entravam alguns conhecidos, outros realmente amigos, os pais de muitos deles também estavam por lá e assim que eles começaram a se aproximar do salão principal e tentavam se misturar no meio da multidão Harry se sentiu voltando ao primeiro ano de novo.

Seus nomes eram sussurrados enquanto eles se aproximavam dos portais de entrada, os mais corajosos os chamam em voz alta, alguns até passavam e se apresentavam, paravam e tentavam construir uma amizade duradoura em menos de cinco minutos, foi com prazer que ele ouviu a voz de Simas e Dino que saiam do salão vindo em seu socorro.

– Ok, ok, deixem nossa estrela passar! Qual é, vocês estudaram com ele todo esse tempo, se não conseguiram um autografo até agora não conseguirão mais... – Disse Simas Finnigan apertando a mão de Harry com firmeza.

– É, ele tem razão, todos sempre souberam quem era o Potter, então parem de fingir que ele ganhou 6 pernas e 8 olhos, e dai que ele é o maior bruxo do século? – Emendou Dino Thomas dando um leve abraço em cada um deles.

– Será que esses dois trasgos poderiam calar a boca? – Disse Neville mancando até eles com Luna de baixo do braço. – Vocês estão deixando o – menino – que- sobreviveu constrangido... – ele continuou fazendo uma voz fanhosa arrancando risadas do grupo e definitivamente acabando com o momento constrangedor.

Era interessante de se ver como o tempo havia mudado o grupo, há 8 anos atrás eles eram tímidos, ineficazes e medrosos, hoje tinham se tornado homens e mulheres de fibra e coragem que tornaram e ajudariam o mundo bruxo a ser um lugar melhor e formavam um conjunto diferente, mas unido e fiel e agora que viviam em segurança e tendo vivido tão intensamente sua juventude nada mais restava senão brincar com tudo o que tinham passado até e esperar alegremente o futuro.

Gina apareceu saindo do salão e abraçando Harry, dando-lhe um pequeno beijo na boca, fazendo as orelhas deste esquentarem quando uma onda de brincadeiras começou.

As portas do salão estavam abertas como de costume então todos começaram a se sentar e se separar, amigos voltaram a se ver e faziam apresentações de pais e parentes, Luna e Neville se separaram com um grande beijo na porta do salão e escutaram as rimas indecentes de pirraça até a Dama Cinzenta aparecer e olhá-lo com reprovação. Assim que esta passou pelo trio fez uma leve mesura e seguiu para conversar com uma das alunas da casa de Corvinal.

O barulho era acolhedor, Frei Gordo já contava uma de suas famigeradas piadas a alguns alunos da Lufa- Lufa enquanto sentado num dos bancos.

Assim que puderam encontraram o Sr e a Sra Weasley já sentados e em uma animada conversa com uma mulher alta e loira, provavelmente mão de algum dos grifinórios que coincidentemente havia estudado com eles no passado. Alguns minutos se passaram antes de todos os alunos e seus familiares se sentarem em volta das imensas mesas que se encontravam em frente à bandeira de cada casa.

Assim que o aconteceu, Simas chamou a atenção de Harry que estava a dois alunos de distancia.

– Hey Potter! Esse é minha mãe. – Disse ele indicando a alta loira que antes conversava com os Weasleys.

– É um prazer conhecê-lo, Harry Potter. – ela disse esticando facilmente a mão sobre a mesa para um aperto amigável. – Sinto muito por tudo, mas obrigada.

Ela disse isso de forma tão maternal e cuidadosa, por um minuto Harry sentiu os olhos enxerem de água, as pessoas raramente se lembravam de certas coisas de seu passado ou de sua vida, mas de maneira especial a Sra Finnigan havia sido gentil e carinhosa, como0 qualquer mãe seria.

– Obrigada, e de nada... Acho que isso resume bem as coisas. – Ele respondeu coçando a nuca e respondendo ao sorriso que ela lhe enviou antes de olhar para a mesa central.

De uma porta atrás da grande mesa na frente do grande salão, os professores começaram a sair e tomaram seus lugares na mesa. Quase que automaticamente, uma gritaria ensurdecedora aumentada pelas palmas soou pelo salão, sendo ouvidas pelos visitantes que já haviam chegado e estavam do lado de fora aguardando junto com Hagrid sua entrada.

Assim que todos eles tomaram posição incluindo a professora McGonagall e o Ministro Kingsley Shacklebolt que foram ovacionados de pé, a diretora pediu que se sentassem e ficassem em silencio.

– É com grande prazer, que dou as boas vindas a todos vocês para este novo ano letivo! – Disse a diretora Minerva McGonagall ganhando uma nova onda de palmas e comemorações. – Contudo, antes de continuarmos com os informes de começo de ano, quero receber agora os novos alunos e os pais e responsáveis de todos vocês!

Com um silencio que durou segundos, as portas se abriram e Hagrid entrou guiando o grupo tímido em direção a frente do salão enquanto eram recebidos por aplausos, gritos e assovios, se esticando todo e ainda sentado Harry conseguiu ver seus tios andando desconfiados e olhando abobados para tudo.

– É um prazer recebê-los aqui. – Disse ela para o grupo e depois, se dirigindo para todos continuou quando Hagrid se sentou à mesa. - Hoje marca o nascimento de uma nova era e todos vocês serão testemunhas de tudo isso. Depois dos acontecimentos do ano passado e de tudo o que nós passamos durante esses 19 anos, a escola e o Ministério da Magia se sentiram responsáveis. Para aqueles que não sabem, existiu um bruxo chamado Tom Riddle. – Começou ela levantando as mãos e o fogo das tochas que ardiam atrás da mesa principal se erguem até formarem a sombra de um garoto.

“Esse bruxo, um menino de linhagem antiga, sangue do sangue de um dos nossos próprios fundadores, que foi abandonado e criado em orfanato trouxa, foi trazido para dentro deste castelo na idade apropriada e aqui, junto com professores e outros alunos começou a formular planos que nenhuma outra alma jamais ousou planejar enquanto era ensinado nas artes bruxas. Dentro dessas paredes, ele escondeu seus piores segredos e formou uma vasta orda de seguidores, todos unidos num único propósito maléfico do qual poucos que desistiram ou continuaram ainda estão vivos para contar a historia.”

Enquanto ela falava, as chamas iam mudando e a historia era contada com as labaredas dançando e as ilustrando com realismo impressionante. A luminosidade do salão agora se concentrava diante da grande mesa e todos olhavam atentos para a história que ali estava sendo contada. Sem um motivo específico, Harry olhou para a mesa da Sonserina e seus olhos cruzaram com olhos imensos num rosto pálido, Draco Malfoy estava ali, sentado e quieto, olhando para a mesa de madeira e agora capturando a atenção de Harry.

Meio constrangido Harry acenou com a cabeça e voltou sua atenção para a diretora sem esperar um retorno amigável.

“... Tom Riddle cresceu, e sua maldade com ele, em sua sede de poder, mudou seu nome para Lord Voldemort e tentou com afinco insano tomar a força todo o mundo bruxo ou não bruxo e matou e torturou todos aqueles que um dia se opuseram a ele. Mas, foi chegado o dia, o dia que o próprio Voldemort temeu e o mundo pode voltar a ter esperança, uma profecia anunciou que haveria um menino, um menino que seria o único capaz de por fim a maldade e loucura que Voldemort um dia espalhou no mundo.”

E agora, fazendo com que quase todo mundo olhasse para Harry, inclusive seus tios, ela continuo.

“Esse menino cresceu á olhos vistos e enquanto lutava para continuar crescendo tinha que viver suas batalhas com um inimigo que atacava e se escondia até o dia do grande final. Há exatos 1 anos, Hogwarts foi invadida e tomada pelas forças ocultas e sombrias de Voldemort que influenciaram e colocaram todo o tipo de coisas ruins nas mentes de seus filhos e filhas, enquanto em outros despertavam a coragem, amizade e a bondade mais ainda. Todos nós, professores e funcionários resistimos e ajudamos uns aos outros a resistir para o bem do mundo bruxo e quando foi a hora, quando a batalha aconteceu e todo o castelo caiu em ruínas, mas nós continuamos em pé, seus filhos e filhas, professores e professoras para hoje podermos continuar a missão que cada casa representa no mundo bruxo à mais de 1000 anos!”

Ela terminou e a luz das tochas se voltou para a bandeira da Sonserina, consumindo-a e iluminando-a enquanto uma voz silvava “ORGULHO”, e pulando para a bandeira da Corvinal, deixando a anterior intacta um grito como o de um pássaro soou “INTELIGENCIA”, e seguiu para a da Lufa – Lufa onde um animal soou guinchando “BONDADE” e iluminando a bandeira da Grifinória o rosnado ganhou as paredes “CORAGEM”.

Assim que as luzes e chamas retrocederam para as tochas de origem, quadros de todos os diretores de Hogwarts e dos fundadores apareceram atrás da mesa, e se virando para encará-los todos os professores se levantaram e bateram palmas junto com os alunos.

– Hogwarts continuará aqui, de pé, frente qual for o inimigo, pois enquanto houver ao menos uma pessoa que for leal ás intenções de todos vocês, nós existiremos! – Terminou McGonagall com um brilho furioso em seus olhos sendo ovacionada por todos.

Assim que os ânimos se acalmaram, principalmente Hagrid que já conseguia controlar as lágrimas, Minerva se sentou, sendo seguida de todos os professores exceto pelo Ministro que agora tomava a frente.

–Boa noite a todos, não pretendo demorar muito, por isso quero me apresentar. Para aqueles que não me conhecem meu nome é Kingsley Shacklebolt e eu sou o Ministro da Magia.

Enquanto uma onda de importância recaia sobre ele da parte dos menos desavisados, Harry o notou ainda mais exótico com suas vestes vermelhas.

– Como alguns de vocês sabem, a escola de magia e bruxaria de Hogwarts é enfeitiçada para ser invisível á qualquer trouxa que possa chegar perto, mas como a própria diretora disse, muita coisa aconteceu no ano passado, muita coisa mudou, então nós não poderíamos ficar para trás. Ano passado foi um ano lamentável e o ódio contra os trouxas foi disseminando sem a menor compaixão, juntos, o ministérios e a escola decidiram que por esse ano e apenas por esse ano serão permitidas a confraternização dos dois mundos. Trouxas e bruxos conviverão e no fim do ano um juramento de não violência entre bruxos e trouxas será selado e este sim será repetido pelos demais anos a partir deste ano letivo. Espero realmente que vocês aproveitem essa convivência e possam entender que não existe diferencia entre a raça humana além daquela que insistimos em colocar em nossas próprias cabeças.

Recebendo alguns aplausos dos professores ele continuou.

–Vocês repetirão as grades pertinentes ao ano em que cursariam ano passado, dessa vez de maneira correta e supervisionado por um auror de minha total confiança, que infelizmente ainda não pode se juntar a nós, mas que comparecerá amanha para a sua primeira aula. Espero que tenham todos um ótimo ano e que se apaguem de suas mentes e de seus corações o mal que tentaram plantar e que se tornem mais para seus pais, para vocês e para todo o mundo.

Assim que finalizou o discurso, ele se voltou para os professores e se despediu de todos eles, enquanto os alunos o aplaudiam e assim que pôde Kingsley saiu pela mesma porta lateral que entrou.

Como se algum sinal tivesse sido dado o professor Flitwick se levantou e seguiu para frente fazendo um imenso pergaminho aparecer em suas mãos e um banco do seu lado de sua mão esquerda, ele desenrolou um chapéu velho e o colocou em cima do banco e esperou que o chapéu acordasse e com uma mesura começasse:

Boa noite a todos venho desejar

E a historia desta escola pretendo contar

Há mais de 1000 anos um sonho comum

Juntou os maiores bruxos da época

Salazar Sonserina e Godric Grifinória

Rowena Corvinal e Helga Lufa-lufa

Cada um tinha em mente que tipos de bruxo a escola deveria aceitar

Mas no fim o que decidiram foi me criar

Eu escolheria para qual casa mandar o aluno bruxo que aqui fosse entrar

Cada um deles por uma coisa mais prezava

Sonserina mesmo achava que bondade era uma piada

Já Grifinória sabia que sacrifícios teriam que ser feitos se isso significasse um ato de coragem.

Corvinal não ligava pra nenhum dos dois, desde que não perdesse tempo com grandes bobões.

Lufa-lufa sempre disse que nada disso fazia sentido o que realmente valia era o coração e os amigos.

Há mais de um século essa escola se mantém e com ela manteremos as vontades deles também.

Hoje fazemos historia mais uma vez

Pois daqui nasceu o mal, mas também se criou o bem

E agora deposito minhas esperanças em vocês

Novos bruxos aqui vejo e trouxas sem magia que esperam para ver

Um novo mundo se formar e novas mentes encontrar, com respeito e união

Damos as mãos como irmãos

Pois somos frutos do sonho

De quatro grandes bruxos que mesmo diferentes se uniram pra fazer

O bem maior para o mundo inteiro.

Assim que terminou de recitar e de ser aplaudido por todos, o chapéu fez outra reverencia e o diminuto professor pôde tomar a frente.

– Assim que eu disser seu nome, por favor, dêem um passo a frente e sentem-se neste banquinho, eu vou colocar o chapéu seletor na cabeça de vocês e ele os escolherá para as casas onde residirão pelo resto da vida letiva. Aos pais e responsáveis trouxas, vocês se sentarão junto com seus filhos e a participação de vocês nas atividades somará ou diminuirá pontos na contagem de cada uma das casas. Agora enquanto vocês se organizam... Fernanda Harris, por favor, sente-se no banco e fique tranqüila, não vai doer nadinha. – ele disse para a menina que vinha pálida para frente e com um movimento da varinha ergueu o chapéu para que ela pudesse se sentar.

E enquanto a seleção acontecia os Dursleys finalmente acharam o menino que acenava para eles quase na ponta da mesa.

– E então? – Perguntou Harry realmente curioso. – Como foi?

– WOW. – Disse Duda já se sentando a mesa apressado. – Tudo isso é incrível! Tem um monstro gigante no lago, e têm umas coisas horríveis saindo dele também, e um cavalo que se transforma e mata pessoas e cara, esse castelo! Já morreu gente aqui? E o que foi aquilo com o fogo! – Ele estava agitado, gesticulando e com os olhos arregalados, mas com um sorriso no rosto.

Tio Valter estava tão surpreso quanto, embora tentasse não demonstrar.

– Não achei que fosse ser assim... Não sei o que esperava, mas definitivamente não era isso, é anormal, antinatural, mas tão acolhedor... É quase... – Valter dizia olhando para a grande abobada iluminada pelas estrelas.

– Mágica. – Terminou Petúnia enquanto seu olhar recaia sobre tudo e em silencio ela admirava o enorme salão. – É mágico poder ver tudo isso, participar ativamente de tudo isso... Meu cérebro ainda se pergunta como isso pode ser possível, mas algo dentro do meu peito grita e se aquece aceitando a realidade da magia.

– Confesso que esperava truques de mágica, coelhos de cartolas ou sei lá... Mas é tudo tão diferente, sem deixar de ser de alguma maneira normal! Crianças, num internato, aprontando confusões... Só temos acréscimos de fantasmas, pessoas voando em vassouras e bichos estranhos... E falando nisso Hermione, será que teria algum livro que ajude a identificar esses seres? Pelo que pude ver na reação daquele grandão, quase morri essa noite. – disse o Sr Granger para a filha que ficou assustada enquanto ele sorria calmo.

Logo após os tios de Harry se sentarem um homem um de estatura mediana, óculos e usando um paletó de veludo e calça social se sentou á mesa, próximo de Simas e sua mãe.

– Esse castelo é... – Ele disse antes de bagunçar a cabeça do rapaz que era uma replica exata de seus traços e dar um beijo leve na loira ao seu lado.

– Eu disse que seria pai! Isso é muito legal e não é nem o começo! Esses aqui são os Grangers, pais de Hermione e estes os Durleys, tios do Harry. – Assinalou Simas apresentando todos, dessa vez com um pouco mais de dificuldade seu pai pode apertar a mão de todos num cumprimento educado.

– Quem um dia poderia aceitar que isso existe ein? – O Sr Finnigan começou puxando conversa. – Confesso que Helena só me disse que era uma bruxa quando a carta chegou e nossa, eu não acreditei, lógico, mas depois, quando ela realmente me mostrou o que poderia fazer... Nunca senti tanto medo na minha vida, fiquei apavorado e muito bravo, éramos casados há anos! Enfim, não sabia que havia bruxinhas tão bonitas perdidas pelo mundo... – Terminou ele fazendo a esposa corar.

–Muito obrigada pelo elogio. – Gritou de um lado mais afastado uma senhora com decote exagerado e chapéu chamativo que bebia algo de um fraco que tirara de dentro da bolsa.

–Vovó! O que é isso? – Perguntou Neville tentando tirar o frasco da senhora surpreendentemente rápida.

Enquanto ria, Harry olhou para a mesa e pode encontrar com os olhos atentos de McGonagall que acenou levemente com a cabeça num cumprimento mudo.

Faltavam só mais 3 pessoas para a seleção, as portas haviam sido fechadas novamente e Harry já estava ansioso para o banquete, mas algo fora de seus pensamentos sobre o delicioso jantar que seria servido a seguir chamou sua atenção, Rony quase quicava em seu acento e o professor Flitwick estava tentando olhando da porta para a diretora.

–O que houve? – Perguntou Harry.

– Você não escutou? Ele chamou o nome de uma Nimbulus! – Disse Rony tentando enxergar alguém e então o professor repetiu o nome.

–Alana Nimbulus, por favor? – E ele estava prestes a chamar outro nome quando três batidas soaram na porta e estas se abriram com uma enorme corrente de vento.

Harry sacou a varinha mais rápido do que achava possível, mas do corredor saíram apenas uma mulher corpulenta e já de idade, com um vestido longo e preto de gola alta e mangas longas, seu cabelo branco em alguns lugares estava firmemente amarrado em um coque alto e seu olhar e postura eram severos. Do seu lado alguém de estatura baixa vinha coberto por uma capa e com o capuz abaixado, seguia os passos da mulher ao lado, mas com a cabeça abaixada.

O mais interessante, porém era o imenso lobo que as acompanhava e que para espanto de alguns alunos da Lufa-Lufa e Corvinal se levantou em duas patas e começou a se transformar, sua cabeça tinha espasmos e seu corpo pareceu se quebrar em lugares estranhos foi com um uivo que ele terminou ficando em duas patas, cheio de pelo e usando um terno.

Harry estava pronto para lançar um feitiço, ele e alguns outros alunos, até uns professores já estavam em pé, mas o lobo apenas segurou uma das mãos do ser encapuzado e seguiu em encontro ao professor.

Com um pedido de licença, a mulher que os acompanhava e em momento nenhum deu atenção ao lobo que a seguiu foi até a diretora e conversou com ela por intermináveis 5 minutos antes de voltar para junto do ser e aguardar o professor que agora olhava significativamente para a Diretora que apenas concordou mais uma vez com a cabeça.

– A... Alana... Alana Nimbulus? – Chamou ele novamente tentando não gaguejar.

Dessa vez, porém, a pessoa que estava com a capa abaixou seu capuz e deu vida a uma menina linda com cabelos imensos cacheados num tom de violeta impressionante.

Ela foi até o banco e aguardou que o chapéu fosse colocado em sua cabeça, e assim que isso aconteceu, ela fechou seus olhos brilhantes e aguardou que o chapéu gritasse “GRIFINÓRIA”

As palmas vieram apenas da diretora por um tempo, até que todos pudessem acordar do transe de estranheza que cresceu.

A mulher não disse mais nada e com a altivez que entrou saiu e fechou a porta e a menina e o lobo se dirigiram para a mesa da Grifinória, ela com um sorriso no rosto e ele com os dentes á mostra.


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