Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 22
Largo Grimmauld


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!!

Lá vem mais um capitulo que acabou de sair do forninho que está prestes a cair!
(kkkkkkkkkkkk)

Desde o capitulo passado estamos chegando cada vez mais perto do grande choque::: OS DURSLEYS EM HOGWARTS!!!!!! #morrendodeansiedade

Espero realmente que gostem, então que os emotivos preparem os lenços e alguém me traga um desfibrilador e lá vamos nós!!!!



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Com uma força surpreendente, elas puxaram um por um dos visitantes e os empurraram para dentro de enormes biombos de tecido.

– Por favor, tirem todas as peças de roupa, precisamos tirar as medidas, não fiquem constrangidos, não há nada aí que já não vimos antes... – Elas disseram para eles enquanto davam sorrisos nada inocentes.

–Harry, querido, você será o primeiro! Será que ainda lembro seu numero? – Disse madame Malkin dando a volta e olhando para Harry dentro do biombo. – Pelas barbas de Merlin! Como você cresceu! – Disse ela voltando-se corada para fora. – Mas tudo bem, sei o que pode servir para você... E quanto a vocês duas nada de espiar nossos clientes! – Ralhou ela com as moças que lentamente tentavam espiar Harry e Duda.

Com três toques de varinha no ar tecidos começaram a voar em todas as direções, e as ajudantes começaram a trabalhar com mais animo e agilidade enquanto riam felizes junto com a pequena senhora que também agia com rapidez, logo pilhas de roupas perfeitamente dobradas, passadas e embrulhadas se aglomeravam ao redor de cada biombo, de relance, Harry pode ver uma das ajudantes tentando colocar em Valter uma veste longa e turquesa com pequenas estrelas que giravam e piscavam em volta de sua enorme barriga.

Aproximadamente 1 hora depois, eles estavam novamente vestidos e completamente abarrotados de sacolas e roupas completamente diferentes das que haviam entrado ali, Petúnia e a Sra. Granger, assim como Molly estavam maravilhosas em conjuntos de cores berrantes, luvas da mesma cor e meias pretas, Petúnia se destacava como a mais exótica já que sua magreza exagerada se evidenciava pela cintura bem marcada e a saia lápis justíssima.

Hermione usava botas de cano altíssimo em couro que se perdiam dentro do vestido um pouco curto de um amarelo solar num tecido quente e de mangas curtas acompanhadas de um par de luvas verdes de jacaré que também se perdiam dentro do vestido, Gina usava um calça justa preta de um tecido levemente brilhante, suas botas tinham um formato exótico tanto na ponta como nos saltos e vestia uma espécie de capa com mangas longas de cor roxa na altura do quadril com a cintura marcada. O sorriso na face de todas era impossível de conter.

Enquanto isso os homens estavam terminando de se vestir, todos usavam combinações exóticas de calças, botinas e casacos na altura do joelho. Rony usava uma combinação azul escura com labaredas de fogo se mexendo nos punhos, Arthur, usava o seu em um tom ocre que lhe dava um aspecto misterioso o que as golas mais altas ajudavam a formar, o casaco deste tinha enormes bolsos capazes de carregar um dragão pequeno imperceptivelmente e possuía pequenos ramos crescendo por ali.

Duda usava o seu traje em um vermelho profundo, com abotoaduras, colarinho e punhos num preto carvão que parecia ainda estar queimando, quando ele se mexia dava pra ver a fumaça levantando suavemente do carvão enegrecido, o Sr. Granger usava seu conjunto em cinza prateado, seu colarinho era de um roxo extremo assim como os punhos, e uma única beladona estava desenhada e se desabrochava em sua lapela. Harry usava calças escuras, mas com uma casaca verde um tom acima do tom de seus olhos, o que fazia com que eles brilhassem mesmo de longe, um tribal complexo em dourado se mexia em sua lapela e punhos. Já Valter, em suas grandes proporções parecia ser um bruxo legitimo, usando calças pretas e um casaco de couro de dragão de um marrom avermelhado, de colarinho alto dava um ar sofisticado ao senhor que se olhava rubro no espelho.

– Vocês estão maravilhosos! – Disse Madame Malkin sendo acompanhada por suas ajudantes que batiam palmas entusiasmaticamente. – Todos vocês, estão lindíssimos! Fizemos um trabalho maravilhoso... – Disse ela tentando com ter o que parecia ser lagrimas.

– Estamos ridículos! Me nego a sair daqui assim! – Disse Tio Valter enquanto ainda se olhava no espelho e aproveitando o silencio da sala.

–Bom Valter, eu realmente gostei muito da minha roupa e devo dizer que a sua combina perfeitamente... – Disse Petúnia com a voz um pouco mais profunda do que os guinchos habituais.

Assim que escutou a voz de sua esposa Valter a olhou e quase não a reconheceu, Petúnia estava linda, exótica e atraente aos olhos, em qualquer lugar não haveria quem não a olhasse ou não se admirasse por sua elegância.

–Bom, eu sabia que talvez tivesse problemas com vocês que não entendem a verdadeira beleza da moda bruxa, por isso tentei ser bastante sutil em misturar os elementos místicos em roupas comuns, mas que não deixariam de chamar atenção de maneira positiva, então eu... – Dizia madame Malkin tentando se defender, mas acabou silenciando ao ver a reação que sua roupa tinha causado em todos os homens presentes.

As mulheres estavam incríveis, penteadas e levemente maquiadas por ela mesma pareciam ter saído de um conto de Beedle o bardo, todas estavam arrebatadoras, bruxas legitimas dos pés a cabeça e os homens olhavam para elas sem conseguir falar ou até mesmo fechar a boca.

–Oh! Vocês estão magnânimas! - Disse madame Malkin.

–Sim, estão mesmo, acho que já podemos ir, neste caso... – Disse Trevor consultando seu relógio de pulso.

Todos concordaram, e em monossilábicas aprovações, eles seguiram para o caixa da loja.

– Bom, eu gostaria muito de dar estes presentes a vocês, mas infelizmente não poderia manter as portas abertas por muito tempo se fizesse isso... Espero que entendam... – Tentou explicar madame Malkin enquanto corava.

–Jamais deixaríamos que fizesse isso. – Tranqüilizou-a Arthur. – Vamos dividir a conta, cada um paga o seu...

–Espere um minuto pai, por favor, faço questão de pagar a nossa parte... – Disse Rony.

–Oh querido... Obrigada... – Disse Molly dando-lhe um abraço e sendo acompanhada por Gina.

–Bem, agora é a minha vez, quanto ficou para deixar minhas bruxinhas lindas? – Perguntou o Sr. Granger remexendo nos bolsos.

–Pai! Eu falei que não é necessário, por favor, deixe que eu pague pelo menos isso... Compramos muitas coisas desnecessárias... – Disse Hermione levemente pesarosa.

–Querida, roupas nunca são desnecessárias... E pense que agora, trabalhando no Ministério numa posição em que sempre estará em evidencia por ser tão jovem, além de provar sua capacidade você não vai poder repetir suas roupas, então tudo isso não é desnecessário e sim valido. – Disse sua mãe sorrindo.

Assim que Harry se aproximou do caixa Valter se aproximou também.

–Não posso deixar que pague pelos nossos gastos, embora isso tenha sido exagerado, podemos pagar o que gastamos aqui... – Disse ele pegando sua carteira com as mãos roliças e a cara emburrada tirando de lá um cartão de crédito.

–Pode guardar o seu cartão tio, não irá ter efeito aqui, faço questão de pagar tudo o que for necessário. – Disse Harry pegando sua bolsinha de moedas.

– Você terá que deixar todas essas moedas por aqui desse jeito, se está embaraçado de falar, eu já disse que posso pagar... – Disse Valter não dando valor ás moedas a sua frente.

– O dinheiro dos bruxos é diferente, não usamos papeis nem nada parecido, e sim moedas, que expressam seu valor por si só. – Trevor explicou com seu sorriso – Os galeões de ouro são esses aqui, estes são os sicles de prata e estes aqui os nuques de bronze. Dezessete sicles fazem um galeão e vinte e nove nuques fazem um sicle – Disse ele mostrando cada uma das moedas que tinha disponível nos bolsos.

– Em nosso dinheiro, 1 galeão equivale a R$ 20,36 (5 Euros...) e o seu cartão definitivamente não será aceito aqui.... Não se preocupe tio, como disse eu tenho o suficiente para custear tudo o que for necessário... – Disse Harry e se voltando para a diminuta senhora na frente do caixa continuou. – Desculpe, mas quanto ficou madame Malkin?

– Bom, a conta dos três, deu um total de 3 mil galeões, 3 sicles e 17 nuques. – Disse a senhora sorridente.

Como bom muquirana que era Valter rapidamente parou para fazer as contas e logo que atinou para o valor começou a protestar, mas foi impedido por Harry que com um leve movimento da varinha, empilhou-as no balcão da loja.

Com a bolsa mais leve do que pretendiam o grupo saiu da loja com os acenos eufóricos das três atendentes e depois de uma despedida tão melosa e constrangedora como o cumprimento da chegada eles seguiram para a loja de Penas de Escritório, onde puderam comprar penas e tinteiros para o ano letivo.

Harry ficou satisfeito em ver a curiosidade ao invés de repudio de seus familiares ao verem as penas que escreviam sozinhas, ou as que possuíam uma tinta especial para que ninguém pudesse ler nada a não ser o dono. Foi uma compra rápida, tranqüila e embora o vendedor quisesse dar todas as mercadorias de graça, mais uma vez as moedas foram deixadas no balcão.

O grupo seguiu em frente e logo os pacotes se tornaram pesados demais para seguirem carregando, Trevor queria mandá-los a um quarto na própria travessa do Tranco, mas Harry achou melhor que passarem essa noite em sua casa, antes de pegarem o trem amanha as 11, então Monstro vinha sempre que necessário para buscar os pacotes de todos e levar ao largo Grimmauld.

Logo eles passaram em todas as lojas, roupas, sapatos, penas e tinteiros, caldeirões, luvas de couro de dragão, frascos de todos os tipos, livros sobre historia do mundo bruxo, poções para iniciantes e o que não poderia faltar ao ver de Hermione o clássico Hogwarts, uma historia e vários outros livros foram levados, dentro de aproximadamente 4 horas tudo tinha sido comprado, já escurecia e algumas lojas estavam para fechar.

Como ultimo premio do dia, Trevor liberou-os para ficar a vontade, saírem e comprarem o que mais eles haviam gostado.

Enquanto Harry cansado pelo dia sentava em uma das muitas cadeiras dispostas na frente da sorveteria Florean e Fortescue, os outros se juntavam para darem voltas pela rua deserta só para eles.

Rony ainda animado correu para a loja de quadribol mais próxima, Gina foi com ele determinada a fazê-lo comprar pelo menos uma camisa das Harpias para ela e Duda por estar ansioso para saber mais sobre o esporte.

Os Grangers se sentaram em algumas mesas junto com os tios de Harry e tentavam entender o que seriam os ingredientes dos variados tipos de sorvetes e doces que ali eram vendidos.

Molly e Arthur tentavam explicar algumas coisas e prepará-los para a visita ao castelo já no dia seguinte e aprender um pouco mais sobre a vida simples deles.

– Que dia... – Começou Hermione se jogando em uma das cadeiras do lado de Harry.

–Sim, realmente cansativo. – Concordou Harry olhando para o cardápio sem ver. Desde que Trevor os liberara sua real intenção era também sair para uma compra em especial, mas como fazê-lo sem levantar suspeitas?

– Será que essa é uma boa hora para continuarmos aquele assunto? - Perguntou Hermione abaixando o cardápio das mãos dele e olhando nos olhos do amigo.

Por um segundo Harry ficou em silencio, os olhos de sua amiga cintilavam e pareciam aquecê-lo com confiança, suas mãos quentes, apertaram as dele e ele sentiu que deveria falar o que há tanto tempo seu coração se agoniava para dizer.

– Já faz um tempo que quero te contar uma coisa, mas acho que aqui não é o melhor lugar... – Disse ele segurando suas mãos sem mais conseguir olhar em seus olhos e sentindo as orelhas esquentarem.

–Harry, você está me deixando preocupada... Venha comigo, acho que podemos ter um pouco mais de privacidade. – Disse Hermione se levantando e puxando Harry pela mão. – Mamãe, eu me esqueci de comprar um livro importante sobre execução das leis mágicas... Vou tentar correr para pegar a loja aberta, Harry vai junto para me ajudar, mas já voltamos tudo bem? – Ela disse com naturalidade.

– Claro! Vamos esperar aqui tomando milk-shake de Mirtilo com feijõezinhos – Concordou Trevor no meio de uma animada conversa.

Assim que o grupo voltou para suas distrações Hermione puxou Harry pelo braço e ambos começaram a caminhar na rua de tijolos, no começo constrangidos foram andando sendo saldados por um vendedor ou outro até um ponto debaixo de uma passarela, lá eles pararam e começaram a conversar.

Harry não fez questão de se separar de Hermione, na verdade jurava que se o fizesse jamais teria coragem para falar o que queria então tentando ser o mais direto possível e falando o mais baixo que pode, ele contou seu segredo que há tanto tempo o atormentava.

Se ele não tivesse reflexos tão rápidos, um grito estridente seria ouvido pela rua. Hermione pulou, gritou e abraçou seu amigo até deixá-lo ainda mais vermelho do que já estava.

– É claro que eu aceito Harry! Vai ser um sonho para mim! – Disse ela em seu ouvido abraçada a ele.

Quando eles voltaram para junto do grupo, todos já haviam voltado e enquanto Harry mantinha um tom avermelhado em seu rosto Hermione não conseguia tirar o sorriso do rosto.

– Vocês demoraram. – Queixou-se Rony. – Estou morto de fome!

– A floreios e borrões estava fechada, então tentamos achar uma loja de segunda mão que ainda estivesse aberta, mas não tivemos sucesso... – Disse Hermione tentando sinalizar algo para Harry sutilmente.

–É, foi sim... Então decidimos voltar logo já que amanha será um grande dia. – Concordou ele mudando de assunto.

E ao lembrar a data que se aproximava tanto com o por do sol, Harry não pode deixar de sentir um frio na barriga. Assim que chegasse em casa teriam 4 malões para serem arrumados, ao invés de 1 e que além dele e seus amigos, seus tios e primo subiriam no trem para Hogwarts com ele.

– Por falar nisso senhor Potter, devo levá-los embora agora, todos irão para a Toca ou para o Largo Grimmauld? – Perguntou Trevor.

– Podemos todos dormir em casa, as coisas já estão todas lá e estamos mais perto dela estação do que na Toca, o que acham? – Perguntou Harry que estava morto de saudade de sua casa no centro, mas que não poderia deixar que os Dursleys dormissem sozinhos na sala com o Monstro.

– Por mim tudo bem, desde que eu tenha um lugar pra dormir e comer... – Disse Rony coçando a cabeça.

– Por mim também. – Disse Gina sorridente abraçada a um pacote que Harry desconfiava ser a camisa do seu time preferido.

–Por favor, mãe? Pai? – Disse Hermione. – Podemos passar em casa, pegar só algumas coisas e em menos de meia hora estaremos lá... – Ela pediu com a voz doce enquanto seus pais se olhavam e acabaram concordando assim como Arthur e Molly que já conheciam o quartel general da Ordem.

– Neste caso, vamos todos voltar e sair pela Travessa do Tranco, os carros estão nos esperando. – Disse Trevor saltitante de repente.

– Vocês perceberam que ele está alegre demais? – Perguntou Rony o mais baixo que pode para Hermione que estava bem próxima de Harry enquanto eles chegavam à parede de tijolos no fundo do bar.

Trevor guiava o grupo e dava pra ver que ele não estava muito normal, assoviava alegremente e saltitava, quase não conseguia manter as mãos paradas e seu corpo se movimentava com mais gingado... Como se ele estivesse se contendo para não começar a dançar.

– Deve ser por causa da noite e da proximidade com o bar. – Disse Hermione com um sorriso enquanto Rony concordava e Harry ainda ficava sem entender.

– Trevor é um leprechaun, Harry. – Disse ela quando viu que o amigo ainda não tinha entendido. - E todo mundo sabe o que acontece com um leprechaun quando anoitece e barris de cerveja estão por perto... Eles se transformam nos Cluricaun... Seres que aproveitam o fim do dia rindo e bebendo em tabernas. – Disse ela.

Eles seguiram em amigável conversa depois disso, Duda que ficara maravilhado na loja parecia uma criança prestes a conhecer o papai Noel e só sabia falar sobre as maravilhas que o esperavam no castelo e em como ele queria ver se realmente existiam centauros e todas as coisas que eles haviam falado Petúnia e Valter já estavam amigos dos pais de Hermione e tê-los como outros trouxas para conversar sobre seus medos e expectativas era melhor ainda, com paciência e bom humor, Arthur e Molly explicavam coisas do castelo e tiravam duvidas aumentando a expectativa de todos ao ver ou rever o castelo em toda a sua gloria.

O bar continuava fechado e os carros estavam parados na porta como se nada tivesse acontecido, eles entraram cada um na sua respectiva limusine, mas Trevor apenas fechou uma das portas e continuou na calçada.

– Bem, queridos amigos, foi uma tarde muito prazerosa, mas infelizmente eu não posso mais seguir com vocês, meu turno acaba em 5 minutos então eu ficarei por aqui. Aqui estão as passagens, lembrem-se delas amanha. – Disse ele entregando vários cupons para Petúnia pelo vidro do carro. – Tenham todos uma boa noite e cuidado com o que poderão encontrar no castelo esse ano... – ele disse com um piscadinha antes de desaparecer deixando no lugar um leve feixe de luz verde e um trevo a brotar na calçada.

Como se isso fosse algum sinal para os motoristas, as limusines começaram a se movimentar, e não havia mais silencio constrangedor dentro de nenhuma delas, todos conversavam animados, interessados e curiosos, Harry se via leve e agradecido por tudo ter dado certo e por seus tios terem aceitado tudo tão bem, mas mesmo enquanto conversava sobre como seria a entrada deles no castelo assim uma pequena parte dele não podia deixar de se preocupar com o que iria acontecer de amanha em diante, mas ele não mais gastaria energia pensando nisso, ele estava bem, o que restava de sua família estava bem e eles teriam um novo começo como o que sua mãe provavelmente iria querer que tivessem, ele amava e seu futuro nunca tinha sido mais cheio de certezas positivas.

– Acho que vocês vão entrar pelo lago Negro, com os barcos, todo mundo do primeiro ano entra pelo Lago Negro... Mas pode ser que vocês também entrem com as carruagens, elas são puxadas por testrálios, animais visíveis apenas para quem já viu a morte... – Preparava-os Harry. – Vocês verão, o castelo é magnífico, o céu é enfeitiçado para parecer com a noite lá fora e todos os alunos são primeiro separados por casas.

– Eu me lembro disso. – Disse Petúnia. – Logo que minha irmã se mudou para lá essa era uma das coisas que ela não conseguia parar de falar... Me lembro de como ela falava com orgulho de sua casa... Grifinória, a casa dos inteligentes, valentes e de bom coração. – Ela terminou tentando conter a magoa.

–Talvez vocês acabem por conhecer essa casa. Eu sou um grifinório tia Petúnia, eles não falaram nada na carta, mas acho que eles não irão fazer a escolha pelo chapéu seletor, então provavelmente vocês serão grifiinórios por esse tempo. – Disse ele se recostando ao banco.

– O que é esse chapéu seleto e por que os alunos são separados? Tem haver com quem não é bruxo? – Perguntou Duda receoso.

– Não, não tem nada disso. – Tranqüilizou-os Harry. – Hogwarts foi fundada por 4 grandes bruxos da época. Godric Grifinória, Rowena Corvinal, Salazar Sonserina e Helga Lufa-Lufa, eles a criaram, mas não concordavam com quem deveria ser aceito, Sonserina, por exemplo, achava que apenas os bruxos de linhagem pura deveriam ser aceitos, enquanto Corvinal achava que deveriam dar chances aqueles que demonstravam grande habilidade, bom comportamento e sabiam conviver com regras, já a Lufa - lufa tem uma tendência a aceitar aqueles puros de coração que podem não ser o melhor aluno da sala... – Disse ele.

– Mas e a Grifinória? – Quis saber Petúnia cada vez mais interessada.

– A Grifinória é a casa dos valentes, bondosos e inteligentes, como você mesma disse tia, Godric Grifinória achava, junto com Corvinal e Lufa – lufa que todos mereciam ser ensinados, mas que para a sua casa eles deveriam ser valentes, inteligentes e fazer o que é certo acima das regras às vezes e isso acabou gerando uma briga entre os fundadores, tanto que até hoje existe uma rivalidade entre as casas, não que enfeiticemos uns aos outros, mas todos tem a vontade de mostrar que sua casa é a melhor... Todos os anos disputamos pela taça das casas em esportes, comportamentos e conhecimento, e no fim do ano letivo a bandeira dos ganhadores preenche o lugar da bandeira do castelo durante todo o dia.

– Isso parece legal... – Disse Duda se recostando no banco e olhando suas vestes. – Tudo isso é muito legal... Quero dizer, olha isso cara! – ele disse gesticulando para tudo.

Harry concordou com a cabeça e todos caíram em silencio agradável.

A noite já caia concisa quando as 3 limusines pararam no Largo Grimmauld e seus passageiros desceram.

– Onde vamos especificamente? – Perguntou Duda se espreguiçando, de todos os Dursleys, ele era o que tinha se saído melhor na adaptação dessas novas experiência.

– Minha casa. Esta na verdade era a casa da família Black, a família do meu padrinho Sirius... – Começou Harry enquanto passava pela casa numero 3.

– Espera, seu padrinho era aquele que estava foragido? – Perguntou Duda se lembrando dessa conversa de anos antes.

– Sim, esse mesmo, mas quando ele morreu, ele deixou a casa pra mim... – Disse Harry pesaroso com as lembranças que o atingiam.

–Sinto muito por ele, Harry. – Disse Duda segurando seu ombro.

– Todos nós sentimos... – Concordou Petúnia bem mais tranqüila do que Harry jamais se lembrava de tê-la visto. – Este bairro é lindo, não acham? Ah e o céu está maravilhoso! Há anos eu não sei o que é olhar para o céu... – Disse ela com um leve sorriso no rosto enquanto olhava para o céu enluarado e sendo seguida por outros.

– É aqui... – Disse Hermione dando um leve apertão no braço hoje curado de Rony enquanto ela tentava não chorar. – Lembra de como foi a ultima vez que estivemos aqui? – Perguntou ela para o ruivo e este só concordou com a cabeça, ninguém nunca soube o que eles passaram durante todo aquele ano e hoje, tanto tempo depois, havia coisas que nem eles mesmos acreditavam que haviam feito.

Em silencio todos ficaram esperando Harry que acabara de tirar uma chave comum de dentro do bolso do casaco.

– Bem vindos á casa nº 12 do Largo Grimmauld. – Disse Harry com orgulho. – Antiga morada dos Black, antiga sede da Ordem da Fênix e minha casa.

– Mas não tem numero 12... - Disse a Sra. Granger.

Como que para contestar as palavras da mãe de Hermione o chão tremeu levemente, assim como os prédios 11 e 13 que se afastavam de forma lenta, mas decisiva até dar lugar para a casa de nº 12.

– Venham. – Disse Harry abrindo a porta e dando passagem. – Aposto que o jantar já está pronto.

A casa estava bem iluminada e meticulosamente limpa, as cortinas antigas e pesadas assim como os sofás velhos e tapetes mofados haviam sido trocados com a ajuda e gosto de decoração de Molly, Gina e Hermione, que transformaram a casa dos Black num lar aconchegante sem perder certos detalhes históricos.

Monstro os recebeu educadamente, o jantar como Harry adivinhara já estava pronto e este foi tentar acomodar cada um de seus hóspedes com conforto e não deixar que Monstro os trancasse no porão com algum bicho papão.

Assim que chegaram Harry viu que teria um problema com a divisão dos quartos, mas foi relativamente fácil de resolver.

O Sr e a Sra Weaslley ficaram com o quarto no térreo, junto com a tapeçaria da linhagem dos Black, o Sr e a Sra Granger ficaram no primeiro andar e Valter e Petúnia ficaram no segundo andar, no mesmo corredor que o quarto principal, que era de Harry, mas que ainda assim foi dividido entre ele, Rony e Duda já que nem Arthur nem o pai de Hermione deixou que elas dormissem no mesmo quarto que seus namorados.

Depois de todos estarem instalados, Monstro gentilmente separou um conjunto de vestes e roupão para cada um deles, dispôs os lugares na sala de jantar e arrumou os pertences de cada um seus quartos o que já incluía os malões arrumados, já identificados com o nome de cada um assim como as roupas e abertos somente para a retirada ou colocação de algo de ultima hora.

– Foi um trabalho maravilhoso o seu Monstro... Muito bom mesmo, embora não poderia esperar nada menos de você... – Disse Harry para seu empregado que o agradeceu com uma mesura.

Com a convivência, no começo forçada, Harry acabou aprendendo a lidar com Mostro e saber como agradá-lo, com o tempo ele pode perceber que este era gentil e dedicado e que amava servir e com a gentileza de Harry como pagamento ele sabia receber seus convidados com respeito e educação.

Os quartos da casa estavam quentes e aconchegantes, amplos o suficiente para acomodar a todos com conforto. Colchões foram colocados no quarto principal junto com um baleiro imenso com sapos de chocolate e feijõezinhos de todos os sabores a pedido de Rony.

Depois do dia juntos eles já tinham desenvolvido um sentimento de camaradagem, Valter já consegui rir com Arthur e o Sr. Granger enquanto o bruxo contava casos de seu próprio dia a dia com o departamento de Mau uso dos artefatos Trouxas, com prazer Harry pode ver Petúnia sentada no meio das bruxas conversava animadamente sobre poções para tratamento cosméticos com a mãe de Hermione, Duda e Rony discutindo as regras de quadribol e as melhores defesas que Rony já havia feito e como ele iria arrasar esse ano, eles comiam com satisfação e alegria, conversando e brincando e num estalo que até o assustou Harry pode perceber que aquilo era o que significava família, aquilo era o que ele sempre quis ter e era aquilo que ele tinha agora.


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Notas finais do capítulo

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