Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 19
Gringotes


Notas iniciais do capítulo

Não vou mais prometer nada! Está completamente difícil continuar postando essa historia, mas não vou desistir, peço desculpas a todos vocês. E espero que gostem.



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–Uau... – Harry pode ouvir alguém dizer, mas ele mesmo não conseguia desviar os olhos.

Não era só uma limusine, aquilo parecia a fusão perfeita entre uma limusine de luxo e um tanque de guerra. Era alto, prateado, com grades nos faróis e seis portas, aros giravam brilhantes mesmo com o veiculo parado assim como duas bandeirinhas do ministério da magia que tremulavam com a brisa leve.

Assim que todos estavam próximos, um choffer muito bem trajado saiu do veiculo, não dava pra dizer se era um trouxa ou bruxo pelas roupas que usava, ele apenas saiu do veiculo e abriu uma das portas. De dentro do tanque de guerra estilizado, saiu o que parecia um senhor leprechaum.

–Boa... uhum, boa tarde a todos. Meu nome é Trevor... Trevor McFish e fui enviado pelo Ministro da Magia para acompanhá-los ao Beco Diagonal, é um imenso prazer conhecê-los... – Disse o rapaz franzino e baixo que se apresentou como Trevor, apertando a mão de cada um dos presentes e fazendo uma reverencia muito acentuada para Harry, ele era calvo demais para a pouca idade que o rosto corado transmitia, do mesmo modo tinha uma leve barba branca contrastando com o jeans, camiseta e tênis que usava. - Por favor, queiram prestar atenção em mim por alguns segundos. - Disse como se fosse o líder de uma excursão ou guia de parque temático. - Depois dos fatos de final de ano, e é claro, dos fatos de toda a sua vida Sr. Potter, é compreensível uma comoção maior do que a esperada de bruxos e bruxas de todo o mundo, portanto o Ministério achou que seria melhor a população não ter um contato tão direto assim com vocês três juntos andando livremente por uma rua de compras, então, conseguimos entrar em acordo com todo o Beco Diagonal e trancar todas as passagens. – Disse ele com um sorriso matreiro.

–A única porta aberta será a da Travessa do Tranco, ela será aberta assim que chegarem e fechará assim que vocês passarem. Acreditem em mim, foi o único acordo que conseguimos fazer depois do Gringotes ter jurado morte para qualquer bruxo que tente entrar de forma não ortodoxa dentro do banco, o que inviabiliza o uso de poções ou feitiços de disfarce, mas mesmo assim, só a presença de seus parentes já seria uma denuncia da presença de vocês em qualquer lugar e acabaríamos com uma horda de fãs enlouquecidos. O que nos trás ao conforto, comodidade e segurança que achamos necessário proporcionar a vocês, o motorista foi treinado para situações de emergência, não esperamos que elas aconteçam, mas a melhor maneira de evitar é prevenir, assim que descerem serão acompanhados por aurores do Ministério, por isso não estranhem nem corram para onde eles não estiverem, sem se esquecer desses detalhes, peço que divirtam-se nas compras, vocês terão toda aquela rua fechada para vocês, não se preocupem com nada, eu cuidarei de todo o resto.

Essa foi sua ultima fala, antes de, com uma reverencia, aparatar.

O motorista ainda parado segurando a porta fez sinal para que entrassem. O luxo dentro do veiculo era extasiante, os pais de Hermione já estavam lá, se servindo de luxuosos coquetéis enquanto riam um para o outro com seus óculos de sol e chapéus, Molly estava sentada cheia de dignidade pomposa perto da janela levemente aberta enquanto Arthur inspecionava o que mais poderia ter debaixo dos bancos macios, Rony se jogou perto de um cantinho de doces de todas as cores e formas e Gina se servia alegremente dos coquetéis, Harry se sentou junto dela enquanto ria de como Rony tinha acabado de se engasgar com um feijãozinho sabor pé de troll.

Assim que o motorista deu a partida, uma musica animada começou a tocar e a única coisa que ele disse era que tudo que estava ali dentro deveria ser consumido e explorado por eles.

Aos poucos Hermione se rendeu a alegria contagiante dos seus pais e aproveitou toda aquela mordomia. Aceitou alguns drinks e em apenas alguns minutos já conseguia chorar de rir com as tentativas de seu pai dançar dentro do espaço baixo. Até Duda, que no começo estava receoso como os pais se rendeu a diversão, dançando com o Sr. Granger.

Petúnia e Valter estavam bem relaxados agora, se rendendo a diversão do momento, diferente das posturas defensivas que adotariam quando desembarcassem, o que fez Harry se lembrar deles.

– Acho que chegou a hora... – Disse ele se arrumando no confortável banco e chamando a atenção para si. – Tio, Tia, assim que descermos do carro vocês terão o primeiro contato com o verdadeiro mundo bruxo, embora vamos ser reforçados pelo do Ministro – Ele disse torcendo o rosto levemente. - As coisas e as pessoas lá fora são bem mais diferentes do que a vida que levamos esses dias com os Weasleys. São todos bruxos, uma minoria deles não gosta de trouxas, mas esta não é uma preocupação, as coisas são mais diferentes do que vocês podem imaginar, mas facilmente acostumáveis com o tempo. Existem vassouras voadoras, grifos e hipogrifos, os objetos e as fotos se mechem sozinhos e podemos fazer feitiços com varinhas, mas tem muito mais. Existem dragões que gospem fogo de verdade, dementadores que sugam toda a sua felicidade, harpias, centauros, gigantes, fenixs, poções que podem causar amor, morte ou dor.

Tentando ajudar o amigo Rony se manifestou.

– Existem doces de todos os sabores, mas de todos os sabores mesmo, desde pimenta ou feijão a meleca e vômito, comidas que podem ser diferentes pra vocês, mas que vão surpreender no sabor. Existem elfos, duendes e estes são bem traiçoeiros, têm cães de três cabeças, pessoas que podem se transformar em animais e lobisomens.

– E existem unicórnios também. – Disse Hermione enquanto olhava o fundo do copo em que bebia – E existem toda a sorte de criaturas e feitiços e poções e enigmas e tudo o mais que vocês puderem imaginar. Coisas perigosas e maravilhosas, não adianta tentarmos explicar, nada vai prepará-los para o que vocês verão quando chegarem, só pedimos que confiem em nós e que estejam de coração aberto para todas essas coisas. É um mundo novo, mas maravilhoso e meus pais estão aqui para provar. – Ela disse por fim antes de virar o copo de plástico transparente e tomar todo o liquido cor de rosa.

– Claro! - Disse Duda empolgado olhando embevecido para Hermione. Ele mais parecia uma criança olhando para todos os lados e curioso sobre todas as coisas, mas sempre tentava se mostrar corajoso e engraçado na frente dela em particular.

–Bem, já começamos tudo isso, não temos como voltar atrás. Só me preocupo com a nossa segurança. – Disse o Valter olhando nos olhos de sua mulher. – Vamos nos esforçar para manter a mente aberta sobre todos esses... Sobre tudo isso. – Disse ele por fim.

Harry confirmou com a cabeça, é claro que nunca deixaria acontecer nada de grave com os tios e o primo, embora já se sentisse decepcionado por perder todos os tipos de pegadinhas que ele poderia pregar neles, mas voltou a se recostar no banco do carro mais relaxado com a reação de seus parentes, ele sabia que mesmo levemente alterada Hermione tinha razão. Nada poderia ser explicado se eles não vissem com os próprios olhos.

Menos de dez minutos depois o carro parou. E a excitação percorreu o corpo de cada um deles, talvez por motivos diferentes, mas era a mesma sensação de expectativa e frio na barriga. Quando a porta se abriu um pequeno senhor entra, com um largo e jovem sorriso no rosto vermelho.

– Olá de novo! – Diz Trevor. – Bem, para cumprirmos todo o cronograma vamos precisar correr, acabei de saber que temos apenas 10 horas antes de toda a rua ser aberta ao publico novamente, e vocês terão que entrar aqui pela lateral, de alguma maneira as pessoas descobriram que vocês estariam aqui hoje e bem, temos uma concentração muito grande de fãs na porta, elas estavam gritando ah um minuto atrás, mas conseguimos silenciá-las. – Ele disse alargando o sorriso e saindo do carro deixando a porta aberta.

O sol brilhava através das nuvens acinzentadas, mas sem provocar calor de verdade, Harry nem sabia que a Travessa do Tranco tinha outra entrada, mas agora, eles passavam por ela entrando pela cozinha muito quieta. Dos vidros cobertos por cortinas dava pra ver a movimentação quase assustadora de vultos lá fora, Trevor ia a frete e sacou a varinha quando ficaram frente a frente com o muro de tijolos vermelhos envelhecidos.

Ele tocou no muro com a varinha enquanto procurava algo dentro do bolso, ma seqüência certa, sem nem olhar, e a parede se abriu dando visão a uma rua colorida, cheia de prédios estranhos e poucos transeuntes, com vestes ainda mais estranhas que acenavam e sorriam com fervor, no céu, grandes bolas de fogo estouraram formando um “SEJA BEM VINDO HARRY!”.

–Vamos, vamos, não temos tempo para tudo isso, temos um cronograma, por favor, me sigam. – Disse Trevor andando rapidamente.

Enquanto todos seguiam o rápido homenzinho, Harry olhou para sua família que admirava tudo com constrangida curiosidade.

–Vamos, cofiem em nós... Vocês vão amar isso. – Ele disse abrangendo tudo ali com o braço.

Eles se olharam nos olhos e aceitaram gesticulando com a cabeça, Valter pegou as magras e ossudas mãos de Petúnia, deu leves tapinhas as costas do seu filho e deram um passo adiante, olharam para trás e viram a passagem se fechar lentamente e engoliram o pânico da terem feito uma escolha sem volta.

–Vamos vocês aí do fundo! Não podemos andar separados, passaremos primeiro pelo Gringotes, depois iremos comprar as vestes, os livros e os materiais de poção por ultimo, alguém aqui precisa de um animal? – Disse ele olhando para trás enquanto andava, vendo a negativa de todos prosseguiu.

–Nosso banco não é esse Harry. – Disse Duda colocando as mãos nos bolsos e tirando-os pra fora – e eu não tenho nada!

–Tudo bem, nãos tem problema, eu disse que pagaria por tudo e tudo bem, vocês vão adorar tudo isso, mas fiquem juntos, principalmente no banco. Os duendes que trabalham lá são bem desagradáveis e traiçoeiros, se vocês se perderem lá serão incapazes de sair. – Harry respondeu serio.

Eles continuaram andando, sendo saudados por todos os lojistas por onde passavam, mulheres acenavam entusiasmaticamente e davam risinhos, alguns até se aproximavam para tentar cumprimentá-los mais de perto, mas logo um bruxo de capa o interceptava para depois desaparecer, eram os seguranças do Ministro.

Assim que pisaram na calçada do banco, os Dursley se admiraram.

–Como é possível que esse prédio ainda esteja de pé? – Perguntou Duda, quase que para si mesmo.

–Magia. – Respondeu Harry com um sorriso.

Assim que eles abriram a porta, não mais existiam armaduras com varinhas brancas, mas Harry esperou vê-las novamente, assim que entrou ele notou os olhares nada amistosos para ele e sua família, um deles até rosnou para sua tia que quase pulou nos braços de Valter.

– Cuidado, Tia Petúnia, fique perto e não digam nada. – Disse ele abrangendo toda a família.

Logo eles estavam na frente do caixa, varias dessas criaturas, com seus dentes afiados e unhas compridas o olhavam com olhos em chamas, ao que parecia eles não iriam esquecer tão cedo a fuga com o Dragão.

– Em que podemos ajudar hoje, senhor? – Disse um dos duendes que mais parecia querer arrancar a cabeça de Rony com suas mãos e colocar seu sangue num tinteiro.

– Estamos aqui para fazer saques, oras! – Disse Trevor, chamando atenção para si. – Aqui está uma carta do Ministro, que eu espero que não seja esquecida, somos clientes e esperamos ser tratados como tais. O passado já foi e todos aqui foram muito bem recompensados por tudo que acharam que tinham direito e nem foram acusados de guardar objetos malignos aqui dentro, então espero que ajam com decência e parem com qualquer hostilidade. Fui claro? – Disse ele quase em cólera.

Harry nunca achou que poderia ver uma reação dessas em alguém como Trevor, que parecia tão calmo e alegre sempre, ao que parecia pelas reações de todos, eles também concordavam.

– Claro, senhor, nós jamais poderíamos fazer menos por clientes tão distintos... – Sibilou o duende em resposta.

Ele pareceu pular do enorme banco em que estava e saiu por uma mínima porta lateral.

–Sigam- me, por favor.


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Notas finais do capítulo

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