Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 17
A luta


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas!!!

Isso é um agradinho ok? Espero que gostem e me perdoem por deixa-los por tanto tempo, mas isso não vai mais acontecer!!!

Segue mais um pedaço...



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Hermione estava sentada numa das poltronas, Molly tinha acabado de voltar da cozinha com chá para todos, a situação não parecia ter melhorado lá fora, embora nenhum dos lados tenha atacado era impressionante a forma como eles podiam controlar a natureza a seu favor, a cada minuto Valter ficava mais angustiado, pois se Hórus ganhasse a luta ele estaria morto, mas era impossível pensar em ver seu antigo amigo morto para que a sua vida fosse salva.

– Então vocês estão me dizendo que o seu tio, Harry, atacou um filhote de grifo e que ele era o cavaleiro desse grifo? - Perguntou Hermione confusa.

–Sim. – Foi Arthur que respondeu – É confuso e eu mesmo não acreditaria se não tivesse ouvido isso diretamente dos dois. Não é algo que dê pra imaginar acontecendo... – Ele disse dando de ombros.

Ela concordou com a cabeça e se levantou colocando a xicara na mesa de centro e foi até a janela. Era uma cena de guerra, mas nenhum dos dois lados queria começar o ataque, mas eles já se posicionavam.

– Parece uma partida de xadrez, não? – Perguntou Rony olhando para fora também.

– Parece o caos na terra... Aquilo são harpias sabia? – Ela disse apontando para o céu.

– Vai dar tudo certo Mione, relaxa... – Ele disse abraçando seus ombros, mas ela estava tensa demais para pensar em abraços.

– Temos que fazer algo! Isso não pode acontecer! A uma cidade trouxa muito próxima daqui, é perigoso pra eles e pra gente!

–Fique calma querida, tentamos falar com Hagrid, mas não tivemos resposta... – Disse Molly abraçando Petúnia do outro lado da sala

– Não, Hagrid está de férias nas montanhas junto com o seu irmão. Mas será que realmente não podemos fazer nada? – Ela disse cruzando os braços.

Mesmo se eles pudessem fazer alguma coisa era tarde demais, com um barulho assustador os dois exércitos se enfrentaram, caíram um por cima do outro e as harpias riam fazendo com que os sons ficassem ainda mais angustiantes do que já eram.

Todos foram para as janelas, tentando ver alguma coisa. E tudo o que viram os fez tremer de medo.

O Grande grifo estava encoberto por uma aura azul que parecia protegê-lo de todos os ataques, assim como seu exercito, já Hórus e seu séquito estavam desprotegidos e já cambaleantes, pois seus desafiantes eram fortes demais.

Com um grito todos se afastaram da janela, pois Horus tentou um ataque direto a se pai, mas foi recebido com um golpe da pata de leão que jogou dentro da sala das Weasley quebrando metade da parede no processo.

Ele levantou cambaleante e guinchou de dor, sua da frente estava retorcida e sua cicatriz pingava sangue já que todo um pedaço de madeira tinha entrado por lá. Olhando em volta, tentando focar sua visão, a primeira coisa que ele viu foi Valter que não sabia se ia ajuda-lo ou se mantinha distancia.

– Você... – Ele disse com um fio de voz. – Isso tudo é culpa sua. Você deve morrer. – Ele gritou enquanto avançava para cima deles.

Tudo foi muito rápido, em questão de segundos o grande Grifo se pôs a frente deles impedindo que o bico de Hórus entrasse no coração de Valter. E depois tudo virou silencio, Hórus lentamente tirou seu bico de dentro do corpo de seu pai, que caiu no chão com um baque, a luta tinha parado e os animais se amontoavam por entre a parede derrubada vendo a cena.

– Eu não queria fazer isso! Ele entrou na minha frente! Eu jamais mataria o grande Grifo! – gritou Hórus para a multidão.

– Isso tudo é culpa minha. – Disse o Grifo caído, ao seu redor seu sangue escorria formando uma poça.

–Nada disso é culpa sua, meu pai, pelo contrario, o senhor sempre deixou claro sua opinião sobre tudo isso... – Disse Hórus passando o bico pelos ombros do pai.

–Eu estava errado. Eu nunca gostei de humanos, e acho que por isso nunca fui escolhido por um para ser guiado por ele, eu me chamo de grande grifo porque nunca me deram um nome, como Valter deu um pra você ou como Harry dará para seu hipogrifo. – Disse o grifo aparentando cansaço.

“Quando eu vi essa criança curiosa morrendo de medo eu senti meu coração aquecer, como se a presença dele parecesse com a sua, era como se ele fosse meu próprio filho. E depois eu vi toda a dinâmica entre vocês e vi que nada poderia fazer contra isso, era maior do que eu, mas eu nunca confiei nele e nunca o achei digno de você”.

O grifo tossiu, espalhando sangue pela boca.

– Quando eu o vi ferido, sai para matar seu cavaleiro, mas o que eu vi me comoveu muito, assim que eu cheguei ao estabulo onde ele estava eu vi um senhor de idade, armado e com um chicote castigando Valter e o mandando dizer onde estava o animal... Onde estava você, meu filho.

“Eu vi como você defendeu toda a nossa raça, vi tudo o que você aguentou sem nunca nos trair e iria contar tudo a você meu filho, mas você já não escutava mais, você estava surdo de ódio, por isso eu voltei e disse as piores coisas que eu poderia dizer para que ele nunca mais voltasse, pois eu sabia que você o mataria...”.

O silencio era pesado, os Dursleys estavam abraçados assim como os Weasleys e Harry estava ali, com Hermione segurado sua mão.

– Então tudo o que ele disse era verdade? Ele realmente nunca quis me trair? – Disse Hórus parecendo chocado.

–Nunca, pelo contrario, ele foi o cavaleiro mais leal que um grifo já teve. – Disse o grifo – Eu é que fui covarde, sempre achei que você ficaria melhor sem ele, mas eu vi... eu vi... – O grifo tossia já sem folego.

–Pai! Calma, tudo vai ficar bem! Vamos leva-lo para casa... – Disse Hórus tentando levanta-lo

– Eu finalmente posso morrer em paz. E só posso fazer isso aqui, aos pés de quem um dia eu fiz mal... Por favor, perdoem meus... –O grifo não mais falava, apenas respirava com muita dificuldade.

– O senhor não vai morrer agora, todos nós precisamos de você.

–Não precisam, você será um bom rei... Só me prometa que não fará mal a este homem... Eu tenho uma divida que nunca poderá ser paga.

–Eu prometo pai, mas, por favor, resista por mais tempo. Eu preciso de você.

Mas não houve nenhuma resposta, o peito do grifo já não se movia mais e do ferimento ainda escorria sangue abundantemente.

– Nós podemos cuidar dele, pelo menos por enquanto. – Disse Hermione se dirigindo a Hórus.

–Não há nada o que você possa fazer... – Ele respondeu.

–Você não sabe se isso é verdade. – Disse ela indo à frente com lagrimas nos olhos sendo seguida por Gina, Molly e Petúnia a tira colo, elas se ajoelharam diante do Grande grifo e enquanto as bruxas usavam as varinhas para pegar o que era preciso Petúnia segurava a cabeça dele, tentando com as mãos tampar o ferimento.

–Hórus, eu estou disposto a entregar-lhe meu sangue. –Disse Valter. - Eu não sabia o que iria acontecer e peço desculpas por tudo, quero me redimir com você.

–Eu não aceito sua oferta Valter, sou indigno de estar em sua presença, eu estava disposto a matar a todos aqui! E agora olhem o que estão fazendo por mim...

– Não seja ridículo! Claro que você aceitará, e você não sabia, não há o que ser perdoado, apenas aceite, pelos velhos tempos, Hórus.

Hórus olhou para as bruxas que cuidavam de seu pai e percebeu que a única coisa que o impedia de aceitar que curassem suas feridas era o orgulho, algo que ele sempre achou que deveria ter, mas que agora o fazia se sentir pateta.

Toda sua vida ele agiu como um idiota por algo que ele achava que era certo e que agora via como estava errado, agora ele tinha a oportunidade de fazer a diferença e de fazer o certo e não queria recomeçar apenas por orgulho. Que tipo de rei ele poderia ser se deixasse que algo como o orgulho falasse mais alto do que o seu bem estar?

Que tipo de ser ele seria se deixasse isso acontecer?

–Venha até aqui Valter e Harry Potter, me ajude com isso. – ele disse voltando para o quintal mancando com dificuldade e se sentando nas patas traseiras.

O barulho de tambores começou a soar, assim como o barulho de assas e pés em um ritmo animado, algumas vozes soaram por todo o campo e enquanto todos os seres mágicos começaram a fazer uma espécie de dança, as harpias voaram como se espantadas pelo som.

–Harry Potter, segure a mão do seu parente acima do meu ferimento, assim... Valter Dursley, assim que eu fizer o corte o coloque sobre a cicatriz. – Ele disse para que eles escutassem acima do barulho e então continuou.

“Valter Dursley, seu sangue será usado para curar meus ferimentos, pois você é meu cavaleiro e só você poderá me guiar.” – Com o bico ele abriu um corte profundo na palma da mão dele e quando a palma tocou o bico, uma luz azulada brilhou por todo o campo enquanto as vozes se ergueram saudando a energia que fluía dali.

Assim que a luz acabou, grifo e cavaleiro se afastaram e onde deveria ter feridas, não tinha nem uma fina linha.

Eles se olharam e sorriram um para o outro.


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Notas finais do capítulo

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