– O que faz aqui oh Grande? Deveria estar repousando. – Disse Hórus sentando em suas patas traseiras e olhando-o sem reservas.

–Não me diga o que devo fazer... Sou seu rei, sou seu pai e você ainda deve se curvar perante mim! – Respondeu o grifo com fúria rondando o filho como se esperasse o momento para dar o bote.

– Desculpe- me pai, não foi minha intenção ofende-lo, mas eu estou presidindo este julgamento. – Disse Hórus perdendo um pouco da postura decidida.

Outro guincho, desta vez cheio de cólera, rasgou o gramado e fez Hórus guinchar em resposta se curvando para o ser imponente a sua frente.

–Você me desafia ao vir até aqui e ainda ousa ser insolente? Esquece que falas com o Grande Grifo, seu pai e soberano?

Outro guincho foi ouvido quando Hórus levantou a cabeça para responder. Vendo que seu pai estava furioso ele se afastou ainda em reverencia e se juntou a multidão.

– A presença de todos vocês aqui é uma afronta pessoal. Quem entre vocês deu o alarme? – Disse o Grande Grifo olhando para a multidão.

Harry viu grifos e hipogrifos se mexerem desconfortáveis e seu pequeno hipogrifos se arrastou até o grande animal.

– Você será castigado por suas atitudes, pequeno. – Disse o grifo irredutível.

–Não, não vai! Ele é meu hipogrifo, ele me pertence! – Disse Harry ficando de pé.

Isso chamou a atenção do Grifo para os humanos que ele ainda não tinha percebido, ele empertigou ainda mais o corpo e foi de encontro a Harry, que rapidamente fez uma reverencia.

–Peço a palavra grande Grifo.

–A palavra é sua, humano. Apresente-se.

–Eu sou Harry Potter, sobrinho de Valter Dursley, sou um bruxo e gostaria que o senhor poupasse a vida do meu tio. – Disse Harry olhando-o nos olhos.

–A vida de seu parente será poupada bruxo, eu vim apenas para isso, esse homem não será morto.

Mais rápido do que Harry poderia prever sua tia correu e se jogou aos pés do grifo.

–Obrigada, muitíssimo obrigada, muito obrigada! – Petúnia dizia chorando aos pés do grifo.

–Acalme-se senhora, olhe para mim. – Disse o grifo. – Eu quero que se levante e vá para com sua família, tudo o que será feito hoje será feito para a justiça, não há o que agradecer. – Disse o grifo ajudando-a a ficar em pé.

Petúnia apenas abraçou o pescoço do animal com força e mais uma vez agradeceu voltando para Valter e chamando Duda para um abraço.

– O que está fazendo? Como ousa entregar seu primogênito e herdeiro a dor impedindo o de se vingar? Acaso passou para o lado deles? – Disse Hórus se levantando e começando a rondar o pai.

–Quieto, Hórus, nada é o que parece, eu aprendi isso com o seu cavaleiro. – Disse o grande o grifo sentando nas patas traseiras.

–EU NÃO TENHO CAVALEIRO! – gritou Hórus enraivecido.

–Tem sim, e embora meus instintos peçam para destruir a você e ele, eu não posso fazer mal a este humano, pois ele nunca fez nada contra nossa raça.

–Está louco?! O Rei enlouqueceu! Deve ser deposto imediatamente! – Gritou Hórus para o grifo maior a sua frente

Um rugido de fazer tremer a terra sacudiu a todos, o Grande Grifo levantou e bateu as assas furiosamente criando dois redemoinhos que se juntaram em sua frente, dentro do furacão dava para ver os raios e trovões violentos que se espalharam pelo céu fazendo a noite cair mais cedo.

Gritos ecoavam dos céus parecendo vir de todos os lugares da terra, a cada clarão podiam ser vistas harpias voando. Harry correu para onde estavam seus tios os puxando de volta para casa do mesmo modo que os Weasleys corriam para se proteger, até mesmo os grifos e hipogrifos mais velhos se afastavam enquanto os mais novos escolhiam lados para o que parecia ser uma batalha.

Molly foi a ultima a entrar em casa e fechou a porta com um feitiço, todos estavam na sala sem saber o que fazer, foi um susto quando a lareira se acendeu e do meio do fogo e da fumaça saiu Hermione.

–O que aconteceu? Os carros do ministério estão na entrada, mas parece ter um feitiço bloqueando tudo! Acabamos voltando e tentando a rede de flú... – Ela disse enquanto desenrolava um cachecol roxo do pescoço.

– Isso aconteceu Mione... – Disse Rony a levando até a janela.

Dos céus caiam raios poderosos que a tudo iluminavam, o vento furioso levava gnomos pelos ares e as harpias desciam do ceu para gritar nos ouvidos dos dois exércitos que se preparavam para a luta.

– Pelas barbas de Merlin! O que é isso? – Ela perguntou assustada.