Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 14
Segredos 2


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!!!

Eu acho que estou deixando muito vocês de lado!!! Mas o Vestibular está aí e eu tenho que passar em Historia... :3

Mas vamos lá, eu tenho mais algumas respostas nesse capitulo e vou me esforçar ao máximo pra postar mais ainda hj... Bjinhus ^^



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“Tudo aquilo voltou, todo o medo e a admiração que sentia me atingiram com força redobrada estando de frete com ele, ele perguntou de novo, se aproximando e eu me encolhi abraçando a mala, e então eu lembrei. Eu não conseguia falar e minhas mãos estavam tremulas demais, mas eu consegui abrir a mala, depois do que pareceu ser séculos e entreguei a eles voltando a me encolher para longe.”

“Eu lembro que ele chegou ainda mais perto e eu fechei os olhos achando que aquilo ia me matar, foi quando eu senti algo, o bico passando pelo meu rosto, eu abri meus olhos assustado e não era ele, era o pequeno. E ele pareceu rir pra mim quando eu o olhei e veio para os meus braços.”

Valter parecia ainda mais cansado, olhou dessa vez para o sofá e se sentou pegando as mãos de Petúnia.

– Não sei dizer se aquilo acontecia sempre, só sei que eles ficaram olhando por um tempo e depois foram se afastando. Eu ainda fiquei temeroso, mas aquele bichinho era tão carinhoso... Ele ficou por perto a noite toda, até mesmo quando dormimos, o rei do bando veio busca-lo quando estava amanhecendo, não disse nada, apenas nos acordou e foi embora.

“Eu também levantei e fui para a casa antes que meu avô voltasse, mas já pensava em voltar àquela noite.”

Todos ficaram em silencio, até Arthur que já havia escutado aquela historia parou para ouvi-la novamente, a historia de um filhote grifo selvagem que teve uma conexão com um humano, com um humano trouxa! E agora, esse humano corria risco de vida...

– Conte o resto da historia Valter, o tempo está correndo, eles podem ficar ainda mais irritados por esperar. – Disse Arthur chamando todos de volta a realidade perigosa em que estavam.

–Eu voltei ao pomar aquela noite e em todas as outras noites que passei na fazenda, eu chamei aquele pequeno serzinho de Hórus, pela cabeça de águia. Eu pesquisei sobre o assunto quando voltei e descobri o que ele era, um grifo, uma criatura mitológica que tinha ligações com o antigo Egito, e eu soube naquele momento que ninguém nunca poderia saber, vi as coisas que as pessoas faziam quando encontravam um ser assim, eu não podia deixar que as pessoas soubessem, então escondia ele de todos, raramente brincávamos a tarde e sempre seu pai aparecia... Hórus me disse que aquela era sua família e que ele era o herdeiro de todo o bando e da preocupação que seu pai tinha com ele...

“Mas foi quando eu fiz 17 anos que as coisas ficaram complicadas, meu avô achou penas no pomar quando eu estava fora e agora tentava convencer toda a cidade a caçar os grifos e hipogrifos que ele nem sabia que existiam... Eu tentei avisa-los, mas meu avô não me deixava mais sozinho, acho que ele desconfiava de mim. Um dia eu estava alimentando os cavalos quando Hórus entrou pela porta do celeiro e meu avô o viu e correu para dentro da casa, eu sabia que ele ia aprontar alguma coisa então mandei Hórus embora, gritei com ele e o espantei com o garfo de feno, que machucou seu rosto, mas foi o certo, em poucas horas meu avô voltou armado e louco de raiva por eu ter deixado ele ir embora.”

“Mas ele não desistiu, me arrastou por todo o caminho até a cidade, com a arma apontada para a minha cabeça me mandando dizer a verdade. Como eu fiquei quieto o caminho todo ele foi me batendo com o chicote de adestrar os cavalos que eu nem vi que ele tinha pegado. Ele fez isso diante da cidade toda e ninguém conseguiu para-lo até por que ele estava armado e ameaçava a quem quisesse se intrometer. Minha sorte foi que a dona do mercadinho ligou para meus pais e contou tudo o que estava acontecendo. Eu não falei nenhum momento que existiam aqueles seres e sim que meu avô estava louco.”

Valter suspirou pesadamente e continuou:

–Depois daquilo eu desmaiei e meu avô me deixou lá. Meus pais apareceram na manha seguinte, recolheram minhas coisas da fazenda e eu nunca mais vi meu avô ou pisei na fazenda, mesmo ele tendo deixado ela em meu nome.

Mais uma vez a sala ficou em silencio, na cabeça de Harry a única coisa que ele conseguia se lembrar era de Hagrid falando em uma de suas aulas “... curve-se e se ele te responder se aproxime, são muito orgulhosos os hipogrifos...”

Agora a situação fazia sentido, Valter ter machucado o filhote do rei do bando foi algo inadmissível de modo que seu tio deveria ser algo como um procurado valioso, por isso seu hipogrifo fez aquele som, ele estava avisando aos outros que o tinha achado.

Harry levantou a cabeça que nem havia percebido estar baixa e notou o que estava acontecendo.

–Eles... Eles querem... Querem se vingar de você, tio Valter?

Foi o sr. Weasley que respondeu:

–Não sei. Acho que no mínimo eles vão querer saber o que de fato aconteceu. Eles são seres orgulhosos, os grifos, mas também muito justos, vamos tentar...

Todos olharam aturdidos para ele, para Valter que apertou a mão de sua esposa mais uma vez e se levantava.

– Tio, por que você nunca me disse? Se eu soubesse talvez poderíamos ter tentado fazer alguma coisa. – Disse Harry se levantando.

– Harry, sendo completamente sincero com você, eu preferia que você nunca soubesse disso. Quando meus pais foram pegar minhas coisas na fazenda eles me deixaram ir até o pomar, eu queria ver Hórus, explicar e me desculpar por tudo, mas o pai dele apareceu. Ele estava furioso e me mandou nunca mais se aproximar do filho dele. Usando as palavras dele eu era um cavaleiro impuro, sujo, que nunca deveria ter se aproximado de seu filho. Um grifo de puro sangue destinado a um cavaleiro de verdade. Um bruxo...

–Por isso você... Não gosta de mim? – Perguntou Harry perplexo

– Garoto eu realmente não queria, depois que eu sumi da fazenda eu nunca mais tive qualquer contato com coisas estranhas e me forcei a gostar disso. Na escola ninguém nunca acreditou em mim e quando encontrei Petúnia e soube de sua historia achei alguém que pudesse me entender, alguém parecido...

–Alguém que odiava bruxos. – Interferiu Arthur.

– Sim, eu nunca dei oportunidade para entender o que você é Harry. Eu sempre te odiei pelo o que você significava. A pessoa que eu não poderia nunca ser. É claro que eu sou feliz sendo quem eu sou, sou diretor executivo de uma grande empresa de Brocas, e tenho uma bela família... Mas isso é diferente do que poderia ter sido.

Valter ficou de joelhos na frente de Petúnia segurou suas mãos e as beijou. Voltou para o filho e lhe desarrumou o cabelo, voltou-se para Arthur e disse confiante:

– Estou pronto, vamos lá.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Mê deem ideias de coisas para fazer nos próximos capítulos e se tiverem alguma duvida até agora podem falar...