Harry Potter E O Mistério Da Esfinge escrita por Silvana Batista


Capítulo 13
Segredos 1


Notas iniciais do capítulo

oi!

Eu sei que vcs devem me odiar agora, mas eu quero me desculpar. Eu tive problemas pessoas que acabaram interferindo em tudo e isso não pode acontecer mais.
Ainda estou me reorganizando e acabei refazendo boa parte da historia, espero que vc´s gostem...



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Harry foi olhar pela janela e era verdade, dezenas de hipogrifos estavam ali, fazendo uma linha de frete, dando passagem para um grifo imenso com cabeça e assas de águia num tom prateado com corpo e garras de um leão dourado. Ao lado dele, seu pequeno hipogrifo dourado trotava pela linha de frente numa postura imponente.

Harry tentou fechar a cortina quando a fera olhou para ele, mas aqueles olhos azuis quase brancos o prenderam de forma que ele mal conseguia se mexer. Até que o animal o libertou de seu olhar olhou para frente abrindo o bico gigante.

–VALTER!

Harry fechou a cortina e olhou cheio de perguntas para seu tio, assim como sua tia e primo.

–Como... Como eles... Aquilo é um grifo! Como um grifo sabe quem é você Valter Dursley?! – Perguntou Harry.

–Isso não existe, é impossível existir, não, não, não! – Disse Valter se levantando e indo se encostar-se à parede – Não existe, eu... Não pode existir.

–Sr. Dursley – Disse Arthur chamando a atenção de todos já completamente vestido – Acho que será melhor conversarmos um pouco... Venha comigo. Ron, diga a eles para esperarem um minuto.

–Eu não vou lá fora!Aquilo pode me comer com uma picada só, você já viu as fotos de acidentes entre grifos e bruxos? Não posso...

Mas, uma olhada mais severa da Sra. Weasley foi o bastante para cala-lo e fazê-lo obedecer.

Harry se compadeceu do amigo que passou por ele tremulo e foi junto com ele, mas antes que pudessem abrir a boca o grifo respondeu.

– Esperaremos o tempo que for necessário.

E se sentou no quintal dando permissão para que os outros fizessem o mesmo e que os meninos se retirassem.

Voltando a sala eles viram Molly tentar consolar Petúnia, Duda branco como papel trêmulo ainda olhando pela janela.

Eles se sentaram no sofá puxando Duda para ir com eles e esperaram. Os minutos se passavam e Petúnia se controlou um pouco mais, Molly foi até a cozinha e voltou trazendo o resto do café da manha para eles quando o relógio marcou meio dia.

–O que eles tanto conversam? O que está acontecendo? Aquilo é perigoso? Nós não deveríamos ter vindo pra cá, meu marido está em perigo... – Começou Petúnia.

–Acalme-se querida, tudo vai ficar bem, essa situação é nova para nós também, geralmente esses animais não falam... Mantenha a calma... É o melhor a fazer.

Assim que Molly acabou de falar, Valter e Arthur entraram na sala. Valter estava pálido e transpirava, mas seu rosto tinha uma expressão muito dura, como se tivesse perdido toda a flacidez de uma hora atrás.

Ele se recusou a sentar quando sua esposa cedeu um lugar, recusou a água com açúcar e os bolinhos, apenas pigarreou e disse:

– Tenho que contar a vocês uma coisa. Algo que eu pensei que nunca teria que dizer.

Todos prestaram ainda mais atenção em cada movimento de Valter, que agora andava de um lado ao outro da sala de cabeça baixa.

– Como você sabe Petúnia, fui criado pelo meu avô Nathaniel Phillip Dursley III em sua propriedade ao sul de Londres, a fazenda...

“Pois bem, meu avô era um soldado de guerra, um veterano que ansiava por reviver seus dias de gloria mesmo depois de tanto tempo... Quando eu tinha 10 anos, minha avó morreu e meus pais me mandaram para lá pra fazer companhia a ele.No começo eu achei a ideia excelente, mas depois que fui para a fazenda descobri que meu avô podia ser uma pessoa má, ele sempre dizia que eu não teria mais minha avó para livrar me de meus castigos...”

“Mesmo assim, ele era um senhor muito respeitado por todos no pequeno povoado, e por mais que a idade estivesse lhe consumindo como eu cheguei a ver muitas vezes em casa ele se negava a mostrar isso ao outros, sua postura era sempre dura, seus sorrisos tinham sempre sarcasmo e sua voz ainda era potente o suficiente para fazer tremer os rapazolas que tentavam roubar frutas do pomar.”

“Logo depois do primeiro verão eu não queria mais voltar, mas meu avô pedia sempre aos meus pais que me levassem até lá, e se mostrava carinhoso comigo na frente deles e de todos na cidade, era sempre assim na frente dos outros. Eu tinha 13 anos quando aconteceu, era a 10º noite de verão, eu contava todas elas, e teria uma assembleia na cidade, eles estavam recrutando homens para caçar um animal que estava devorando as criações dos fazendeiros, eles queriam voluntários e meu avô disse que eu poderia fazer a guarda aquela noite, o pânico que senti foi enorme, havia um monstro que comia cabritos e bezerros por lá e meu avô havia me jogado nas garras dele.”

“Eu não o contradisse na frente da cidade toda, sabia que ele faria alguma coisa para me castigar, outro senhor levantou e disse que ficaria pois eu era apenas uma criança e que meu avó não deveria reviver seus dias de gloria em mim. Quase beijei as botas daquele homem, e meu avô percebeu isso e ficou enraivecido.”

“Levei quinze chicotadas nas costas aquela noite, dez a mais do que as que eu levava diariamente para dormir, além disso, ele e fez dormir na varanda, trancou toda a casa e dormiu, nem preciso falar que tive a pior noite da minha vida, cada barulho que ouvia pensava em um ser diferente vindo me atacar... Ele abriu a porta da casa ás 8 horas da manhã e eu não tinha conseguido dormir a noite toda.”

“Ele fez o mesmo ritual comigo durante 3 semanas seguidas, achei que minhas costas nunca iam cicatrizar, os ataques pararam e eu tinha mais segurança para andar pela fazenda a noite... Era um lugar lindo aquele... Era a 35º noite de verão que eu passava lá e estava comendo frutas no pomar quando comecei a ouvir barulhos de cavalos, pensei que um dos cavalos do meu avô tivesse conseguido escapar e fui até ele.”

“Eu fui devagar, não queria assustar o bicho e fazer um escadalo, se meu avô acordasse eu nunca mais dormiria dentro de casa, sem fazer barulho, calmo, eu me escondi e vi o animal, mas para a minha surpresa aquilo não era um cavalo, tinham alguns mas eles tinham asas e comiam as frutas das arvores e tinham outros animais, alguns peludos com cabeças de aves, eu pensei que estava sonhando e tentei me aproximar, vi um deles bem próximo de mim, mas antes que eu pudesse toca-lo eu senti algo me jogando longe... Quando abri meus olhos estava cercado por vários cavalos, todos eles com asas e tinha um, mas esse era um pássaro, parecia um leão, não sei bem como identificar o que era, só sei que quando eu olhei pra ele achei que iria morrer, seus olhos não tinham misericórdia, então eu chorei, chorei como nunca tinha chorado e como nunca voltei a chorar em todos esses anos de vida. Então ele passou o bico pela minha bochecha, eu me lembro da sensação até hoje...E depois ele me mandou ir embora.

“Demorou um pouco para que eu realmente entendesse o que estava acontecendo ali, e quando eu entendi sai correndo e só parei quando estava dentro da casa grande no quarto do meu avô. Ele ficou irado por eu ter entrado, ainda mais por ter estourado o vidro da janela para poder entrar, mas curiosamente n aquela noite eu não fui castigado... E eu só sabia chorar e dizer que tinha um leão no pomar um leão que tinha bico... Na manha seguinte ele foi comigo até o pomar, eu estava morrendo de medo de entrar ali de novo mas fui, enquanto ele olhava algo no chão eu achei duas grandes penas azul prateadas que eu rapidamente coloquei no bolso, eu conhecia meu avô o suficiente para saber que ele não faria algo bom ao descobrir o mesmo que eu .”

“Ele não falou mais nada sobre isso depois daquele dia, mas toda a manhã eu entrava no pomar atrás das penas mais lindas que eu já vi na vida, um dia ele me seguiu de manhã e disse para sossegar que aquilo não ia voltar a aparecer, que ele já havia visto os cavalos de asas e que ele nunca mais os viu. Ele não esperou que eu falasse alguma coisa, apenas foi embora e eu fiquei olhando. Eu não ficaria esperando minha vida toda para ver aquilo de novo, foi quando eu decidi que voltaria ali naquela mesma noite.”

“O verão estava acabando, eu logo voltaria e tinham festivais de colheitas na cidade. Eu fingi uma dor de barriga e meu avô foi sozinho, sabia que ele acabaria ficando por lá aquela noite numa tentativa de me castigar, mas seria a melhor coisa que ele poderia fazer naquele momento. Eu precisava de um desculpa para ir atrás daqueles animais, eu não estava caçando nada, eu só queria vê-los de novo, então peguei as penas que recolhi todo aquele tempo e coloquei dentro de uma das malas que eu havia trazido, sai de casa assim que a carroça do meu avô sumiu de vista e fui pro pomar, me escondi em uma moita e esperei, aquele dia tinha lua cheia e eu estava quase dormindo quando vi eles chegarem, em pares ou sozinhos, pude ver todos, todas as cores... Eles eram lindos. Eu estava encantado quando um pequeno animalzinho alado todo prateado me viu, o mesmo que eu quase tinha tocado, ele veio até onde estava chamando a atenção de todos os outros... Eu pensei em correr, mas era tarde... Eu pude senti a presença daquele animal, o rei do bando não sei explicar, mas sabia que ele era o mais importante o senti perto... Eu lembro de sua voz e ainda me arrepio...”

–O que fazes aqui?


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Notas finais do capítulo

Podem me xingar, eu deixo, mas então? O que vcs acharam?