“You cannot protect yourself from sadness without also protecting yourself from happiness”

– Capítulo Um –

Então, de repente, sem pretender, pensei em como minha vida tinha mudado e mesmo que tivesse feito todas as escolhas erradas no passado era como se agora finalmente encontrasse meu caminho. Mesmo com todas as partidas, mesmo tendo que cada dia achar um novo jeito de viver. Não era fácil, nem agradável. Mais agora eu tive finalmente forças para mudar meu futuro.

Era uma tarde agradável, as crianças do orfanato brincavam como sempre e eu mesmo afastada sentia-me bem. Meu cabelo castanho flutuou com o vento do dia e eu sorri fracamente me levantando do sofá e indo pra fora do orfanato.

– Na onde vai? – me virando me deparei com Tom com o mesmo olhar vazio de sempre.

– Dar uma volta, o dia está agradável não tem o porquê de ficar dentro do orfanato sentada. – sorri seguindo pra um pequeno parque mesmo com o olhar de Tom sobre mim, sentei-me de baixo de uma arvore respirando fundo peguei meu livro mesmo sem prestar atenção nele e sim em Tom que agora estava parado na minha frente. – Não vai sentar? – olhei-o esperando uma possível resposta.

– Não agora. – Tom tirou a mão atrás do corpo e logo a estendeu pra mim. – Venha, vou te mostrar um lugar.

Pegando sua mão levantei e segui-o em quanto nos afastávamos cada vez mais do orfanato seguindo para uma parte escura que parecia mais uma pequena floresta. – Pra onde vamos? – perguntei mesmo sabendo que Tom não fosse me responder, mais ele apenas me olhou sorrindo e entrou na minha frente correndo para a entrada da floresta.

Correndo atravessei uma parte da floresta indo cada vez mais longe e conforme corria mais escurecia mais por um descuido me perdi de Tom, escutando um barulho de um galho atrás de mim ser partido me virei esperando ser atacada mais dei de cara com Tom que logo sorriu debochado. – Preste mais atenção por onde anda Amy, nunca se sabe o que tem por ai.

– Por que me trouxe aqui? – respirando fundo e olhei para Tom vendo se virar e seguir á uma pequena arvore sentando no chão respondendo logo minha pergunta.

– Você me contou seu poder nada mais justo do que eu mostrar o meu não é?

Sentando logo em sua frente Tom começou a falar uma língua diferente era possível escutar alguns barulhos na floresta mais uma coisa que me chamou atenção era um barulho de algo rastejando, uma cobra, então naquele momento eu finalmente soube um dos dons de Tom Riddle, ele era ofidioglota.

– Você é ofidioglota, é um dom muito raro. – falei observando uma pequena cobra rastejar até Tom.

– Como sempre muito inteligente Amy. – Tom falou com um pequeno sorriso e depois continuo a falar com a pequena cobra a sua frente.

Sorri para Tom e aproveitei aquela bela tarde com o meu amigo. Meu único amigo. Aquele que tão pouco tempo conhecia mais já era o bastante para ser importante pra mim, o único com quem eu me importava. Somente ele.