Rizzoli And Isles - Don't Leave Me escrita por Bruna Cezario


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Palestra


Notas iniciais do capítulo

Só vou pedir para não se acostumarem com capitulos assim tão seguidos não por que não é sempre que a inspiração está as mil maravilhas, mesmo eu estando 3 capitulos a frente =P
Capitulo mais para entender algumas coisinhas.
Ótima leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/339369/chapter/4

Mais um mês tinha se passado. O detetive novo já tinha começado e só se ouvia elogios para ele e não podia ser diferente o detetive era nada mais nada menos que Frank Rizzoli o irmão de Jane, mesmo que, ás vezes, fosse inevitável comparar o trabalho dele com o de Jane, Frank estava se saindo bem. Maura só ficou sabendo dias atrás quando foi chamada mais uma vez por seu chefe perguntando quando ela voltaria ao trabalho. Queria ter demonstrado mais entusiasmo e felicidade por Frank finalmente ter realizado seu sonho, mas não conseguia esquecer que isso só tinha sido possível por que sua irmã estava morta.

Maura estava em casa na internet vendo um site de sapatos. Angela ficou tão feliz quando descobriu que a nora tinha voltado a fazer compras, tudo bem que isso ainda era sinal de tristeza, chateação, aborrecimento, mas significava que Maura estava aos poucos voltando ao seu ritmo normal e quando menos esperasse ela estaria de volta ao trabalho. Foi atrapalhada de suas compras com o telefone tocando, era Frost avisando que Korsak estava no hospital por ter levado um tiro da mesma pessoa que tinha matado Jane, nem pensou duas vezes, pegou sua bolsa e foi correndo para o hospital.

- Como está? – Perguntou Maura entrando no quarto. – Me desculpa Korsak, tudo isso...

- Maura... – Ele a interrompeu. – A culpa não é sua, eu descobri uma pista sobre ele, fui atrás sozinho e em consequência levei um tiro, mas não foi nada demais, eu vou ficar bem. Não imaginava que ele fosse tão bom.

- Ele era detetive em Londres, mas ficou obsecado por um caso, teve que fazer terapia e a terapeuta aconselhou que ele se aposentasse mais cedo.

- Parece que essa família só tinha desequilibrados. – Maura baixou os olhos. – Meu desculpa, eu não queria...

- Tudo bem. – Voltou a olhar para Korsak. – O que eu não entendo é o que ele está fazendo aqui ainda.

- Alertamos os aeropostos, a policia de Londres, ele está sem saída, é questão de tempo ele ser pego. – Korsak procurou pela mão de Maura e a pegou. – Nós vamos pegá-lo Maura.

Maura respondeu com um sorriso triste. Korsak odiava vê-la assim. A mulher tão cheia de vida, que amava seu trabalho, adorava sair para beber com eles nem que fosse uma taça de vinho, que trazia mais conhecimento para a vida deles e era difícil fazê-la calar a boca tinha sumido e ele daria de tudo para trazer essa Maura de volta, mas infelizmente não podia.

- Se importa se eu ficar um pouco aqui com você?

Korsak fez um negativo com a cabeça e mandou um sorriso. Queria Maura por perto ainda mais nesse momento de sua vida, sempre gostou da legista e vê-la sofrendo e não poder fazer nada lhe doía. Queria conversar com ela, fazê-la sorrir, mas estava tão cheio de morfina para a dor que quando menos esperou pegou no sono. Maura não se importou, não queria conversar, só queria estar no mesmo lugar que alguém, tinha passado a gostar de pessoas depois que começou a trabalhar na Homicídios de Boston, na maioria das vezes ainda preferia os mortos aos vivos, mas não toda a parte do tempo, gostava de sair para beber, conversar, se divertir, mas tinha passado a não sentir mais vontade de fazer nada disso e passou também a odiar os mortos, por que agora Jane estava fazendo parte deles. Fechou os olhos e encostou a cabeça na poltrona. Lembrava de Jane.

- Ah não! – Disse Jane entrando na sala de Maura. Tinha recebido uma mensagem da legista, pensou que era para dizer alguma coisa sobre o caso que tinham acabado de finalizar. – Por que você está sorrindo parecendo que acabou de ganhar na loteria? – Maura só continuou sorrindo. – Não me diga que ganhou mesmo na loteria!

- Não jogo na loteria Jane, por que a probabilidade de uma pessoa ganhar é de 1 em 50 063 860, isto corresponde a 1/50 063 860 = 0,00000002 que corresponde a 0,000002%. O dinheiro que se gasta em um ano jogando na loteria se guardado e depois usado para fazer um investimento a probabilidade de ter um retorno positivo é maior do que você jogar um ano e não ganhar nada no final.

- Vai me responder por que você está sorrindo ou antes vou ter que ouvir a explicação de por que sorrimos?

- Se quiser eu posso explicar. Sorrimos por que...

- Maura só me diga por que está sorrindo. – Interrompeu. – Sei que não vou gostar da resposta, mas é a vida.

- Consegui dois convites para ver Frederik Hendrix em Nova York amanhã. – Disse Maura tirando os convites de sua bolsa. – Era para eu ter visto uma palestra dele antes de me mudar para Boston, mas aconteceu um imprevisto e eu nunca mais tive a oportunidade.

- Não me diga que ele é mais uma de suas paixões platônicas.

- Ele era muito charmoso quando era mais novo.

- Maura quantos anos ele tem?

- 92. Mas o que isso importa? Ele foi minha inspiração para que eu me tornasse legista, várias das técnicas que eu uso são dele e eu sempre sonhei em escrever um artigo com ele, mas ele é um homem muito ocupado.

- Com toda certeza. – Sarcástica. - Preocupado com a cor do caixão em que vai ser enterrado. Tem certeza que não vão mumificá-lo nessa palestra? - Maura encarou Jane com um olhar de desaprovação. – Só me chamou para exibir seus convites?

- Não... Também para dizer que o segundo convite é seu.

- Pra que eu ia querer um convite desses?

- Para me acompanhar na palestra. Vai ser divertido Jane.

- Tão divertido quanto assistir ao jogo dos Yankees.

- Pensei que você torcesse para o Red Sox. – Jane balançou a cabeça em negativo e Maura entendeu mais uma vez que ela estava usando de seu sarcasmo. – Estava sendo sarcástica?

- Maura eu adoraria ir com você. – A legista a encarou com a cara fechada. – Tudo bem, não adoraria, mas até iria se eu não tivesse compromisso amanhã.

- Que compromisso você tem?

Maura perguntou curiosa. Jane nunca tinha compromisso nenhum, ainda mais em seus sábados de folga, adorava ficar em casa bebendo cerveja e assistindo algum jogo.

- Primeiro que eu vou dormir, depois vou assistir o jogo do Red Sox e depois sou sair para jantar com o Casey.

- Jantar com o Casey? – Perguntou surpresa com a revelação da amiga. – Você não tinha me contado que ia jantar com ele.

- Por que ele ainda não confirmou, mas vai, por que é o último fim de semana dele na cidade, na segunda-feira ele volta pro Afeganistão.

- Você vai me trocar por um jantar com o Casey?

Tudo bem, isso tinha saído um pouco mais exagerado do que Maura imaginou. Qual o problema de Jane sair para jantar com um amigo, possível relacionamento romântico? Elas se viam todo dia e Casey via raramente, talvez se não tivessem se encontrado naquele evento que a garota terminou morta por uma explosão de carro ela não teria ficado toda feliz em ver o ex-colega de classe e não ficaria ainda toda animadinha para sair com ele e aceitaria seu convite para irem a Nova York e verem a palestra. Ok, quem estava querendo enganar? Mesmo que Jane estivesse morrendo de tédio seria difícil convencê-la a ir a palestra.

- Está com ciúmes, Maura? – Jane estranhou o tom da amiga.

- Ciúmes? Claro que não! Eu quis dizer que você vai trocar essa palestra interessantíssima sobre “Os segredos da autópsia”, para jantar com o Casey? Vocês vão ter outras oportunidades.

- Qual a parte de que ele volta segunda-feira para o Afeganistão você não entendeu? E mesmo se eu não tivesse nada para fazer, eu não perderia meu sábado de folga indo a uma palestra chatíssima com você.

- Eu entendo. – Maura guardou os convites de volta em sua bolsa. Aparentava estar chateada. – Depois me conta como foi seu jantar com o Casey e de quanto o Red Sox ganhou.

- Não precisa fazer essa cara também Maura.

- Eu já imaginava que você não iria querer ir. Não sabe o quanto foi difícil arrumar esses dois convites. – Maura abriu o notebook. – Mas tudo bem, eu vou sozinha e vou guardar tudo que eu aprendi na palestra para mim mesma por que não vai ter ninguém para eu comentar.

Jane logo percebeu Maura abrindo o site da loja de sapatos. Sempre comprava sapatos quando estava chateada. Que droga! Antes de conhecer Maura não tinha esse coração todo derretido, se não queria ir a um evento chato não ia e pronto, mas Maura sempre a fazia reconsiderar.

- Maura... – A legista a encarou, mas ainda com a mesma cara de chateação, mas antes que Jane pudesse dizer o que queria seu celular tocou. – Rizzoli. -... – Oi Casey. – Maura voltou a olhar os sapatos na loja virtual, ia ir mesmo sozinha para a palestra. – Por mim está perfeito. -...- ÁS 20 horas então. -...- Tchau. – E desligou o telefone. – Te encontro na sua casa mais tarde. – Maura encarou Jane sem entender. – Casey marcou o jantar para hoje, janto com ele e depois vou para sua casa e de lá vamos para Nova York amanhã.

- Não vai fazer sexo com o Casey de novo?

- Vá cuidar das suas coisas Doutora Isles.

E Jane deixou a sala de Maura. Não queria falar sobre isso.

Maura sorriu. Queria mesmo a companhia de Jane na palestra, mesmo que não fosse aproveitar muita coisa, por que com toda certeza Jane reclamaria do caminho até a chegada ao hotel que ia acontecer a palestra, depois ia reclamar que não estava entendendo nada e assim iriam a noite inteira, mas por mais estranho que parecesse ela preferia assim.

***

- Maura?

Jane entrou na casa da amiga com a chave reserva que a própria tinha lhe dado. Viu que a legista não se encontrava na parte debaixo da casa então resolveu subir até seu quarto e lá encontrou Maura já de camisola fazendo alguma coisa em seu notebook. Não deixou de sorrir ao vê-la. Conseguia ser linda até com roupa de dormir. Óbvio que fez questão de afastar esses pensamentos. Ficar sorrindo á toa só por que viu Maura de camisola? Por favor.

- Como foi o jantar? – Maura perguntou ao ver Jane parada na porta do quarto.

- Foi ótimo. – Disse com um sorriso. – Sabe Maura... – Jane deitou ao lado dela na cama. – Eu gosto do Casey. Não lembrava como ele era tão atencioso, simpático e até romântico. Vamos manter contato enquanto ele estiver no Afeganistão.

- Agora entendi por que não quis fazer sexo com ele... Está apaixonada.

E a frase tinha lhe doído como não era para ter acontecido. Que importância teria se Jane estivesse apaixonada ou não por Casey? Ela era uma mulher livre, bonita e podia se apaixonar por quem quisesse.

- Eu não estou apaixonada pelo Casey! Nos reencontramos tem pouco tempo e agora não vou mais vê-lo por um bom tempo, então não, não estou.

Uma parte de Maura gostaria de acreditar, mas a outra parte acreditava no contrário, viu os olhos de Jane brilhando quando se referia a Casey, se não estivesse apaixonada era só questão de tempo até ficar. Mas isso não devia lhe chatear e sim a deixar feliz, sua amiga finalmente tinha encontrado alguém, depois de rejeitar vários dos homens que ela tinha apresentado para Jane.

- Trouxe o vestido que eu falei?

- Trouxe. – Disse fazendo careta. – Não sei por que você me chama para esses eventos chiques se tem vergonha de mim.

- Eu não tenho vergonha de você, só acho que você tem que aprender a se vestir para certos tipos de eventos, por exemplo, hoje... – Maura olhou Jane de cima abaixo. – Você está linda com esse vestido!

- Casey disse a mesma coisa. – Disse Jane com um sorriso bobo. – Mas eu não gosto de vestido, por que tem que usar esses saltos que machucam o meu pé.

- Se começasse a usar mais já teria se acostumado.

Maura implicava, mas não se importava na forma em que Jane se vestia, tudo bem, no começo poderia até não entender por que ela se vestia daquele jeito se muitas detetives usavam outras vestimentas, mas Jane não era “muitas detetives” ela era a Jane e tinha seu jeito e se Maura falava de suas roupas era só por implicância mesmo.

***

Maura fez com que Jane levantasse cedo, queria pegar a estrada o quanto antes, por que além da palestra que seria em um hotel também teriam hospedagem até domingo de manhã incluindo massagem e uma hidro massagem, pensou que as duas estavam precisando relaxar, tinham tido uma semana dura de trabalho. Óbvio que Jane não concordou com a ideia, preferia dormir mais algumas horas do que ter que tomar banho de lama como na última vez que foram para o SPA, mas como Maura sempre a ganhava pelo cansaço quando não fazia chantagem emocional, ela levantou, mas com o pensamento que a próxima vez que aceitasse fazer um programa desse com Maura ela dormiria no quarto de hospedes, com a porta do quarto trancada e ninguém a tiraria de lá antes do meio dia para um evento que ia começar a noite.

Como previsto Jane foi o caminho inteiro reclamando, ainda mais depois que Maura deu um folheto para ela ler tudo que ia ser tratado na palestra.

- Espero que pelo menos a massagem seja boa. Não vou aguentar 4 horas de viagem para nada.

Ás vezes Maura se perguntava como foi virar amiga de alguém como Jane, mas sempre se lembrava daquela teoria que os opostos se atraem, teoria utilizada para definir por que casais tão diferentes ficam juntos, isso poderia se aplicar também aos amigos, não? Jane todo santo dia se fazia a mesma pergunta também, se não tivesse Maura como amiga estaria se preparando para ver o jogo dos Red Sox, mas não, tinha que cair em chantagem emocional.

Chegaram ao hotel por volta das 14 horas. Jane estava preocupada se ainda ia ter restado almoço, pois estava morrendo de fome, mas Maura insistiu que antes de comer para fazerem o check-in e deixasse as malas no quarto.

- Você me chama para assistir uma palestra chata e ainda temos que dividir um quarto?

- A culpa não é minha que os convites que eu consegui são de casal.

Jane ao chegar no quarto nem se importou se era de casal ou não. O quarto era enorme, se comparasse, até maior que seu apartamento, a cama a mais macia que já tinha deitado em toda sua vida. Maura se divertia, Jane parecia uma criança em uma loja de brinquedos.

Após Jane parar de admirar o quarto foram almoçar. Jane ficava admirada como Maura se dava bem nos “dois mundos”, quando a conheceu a achava só mais uma riquinha passando tempo com a classe inferior, mas pelo contrário, quem a via seus modos refinados não imaginava que de passar tempo com os mortos ela adorava passar tempo com pessoas que não tinham a mesma condição financeira que ela e até preferia, não era esnobe e não tinha vergonha de ter uma amiga como Jane que não sabia nem comer com todos os garfos. Encontrou alguns conhecidos e a todos fazia questão de apresentar Jane. Do almoço foram passa a massagem, depois sauna e por fim se arrumar para ir a palestra.

Maura tinha acertado em cheio quando pediu para ela usar um vestido vermelho que Angela tinha a obrigada comprar a algum tempo e ela nunca havia usado. Por alguns segundos ficou vidrada em Jane e em como ela estava maravilhosa.

Óbvio que na hora da palestra aconteceu o que Maura já previa. Jane a cada dois minutos fazia perguntas e se perguntava por que estavam lá mesmo, a legista tentava parecer aborrecida e irritada com todas as perguntas da Jane, mas achava engraçado e achou até fofo da parte de Jane que uma hora ela parou mesmo e tentou prestar atenção no que o doutor falava, mas Maura via nitidamente que ela não estava entendendo nada.

Com o fim da palestra teve um coquetel onde finalmente Maura pode ficar cara a cara com Frederik Hendrix. Sabe aquela emoção de quando você fica frente a frente com seu ídolo pela primeira vez? Jane sentiu isso quando Maura cumprimentou o doutor, ela tinha um brilho nos olhos, não parava de sorrir, mentalmente Jane o agradeceu por ele ter sido a inspiração dela para se tornar legista.

- Foi divertido não foi? – Maura perguntou entrando no quarto e logo atrás vinha Jane. – Ele é maravilhoso!

- Até que o matusalém é simpático, mesmo eu não tendo entendido 99% das coisas que ele falou.

Jane começou a tirar o vestido e Maura congelou ao ver as costas nuas da detetive. Já tinha visto Jane se despir algumas outras vezes e nunca tinha acontecido isso antes. Ultimamente Jane andava mexendo demais com ela.

- Por que você não conheceu o doutor “Já Passei da Hora” antes mesmo? – Jane perguntou tirando Maura do transe. – Você morava em Londres, devia ser mais fácil ter acesso a ele, não devia?

- Ele é de Londres, mas quase não fazia palestras lá.

Jane colocou seu pijama e deitou ao lado de Maura.

- Por que não conheceu ele então?

Maura desconversou e foi ao banheiro com a desculpa de que ia se trocar e tirar a maquiagem. Talvez depois de trinta minutos no banheiro Jane esqueceria da pergunta e poderia até mesmo estar dormindo, mas para sua decepção Jane estava bem acordada e esperando por uma resposta por que tinha entendido que Maura estava fugindo do assunto.

- Entendo se não quiser me contar.

- Não é isso... – Maura deitou ao lado de Jane. – Eu tinha esse namorado, eu gostava dele, não era só sexo, mas não o amava, então eu não aceitei o pedido de casamento dele, disse que ainda era muito cedo, tínhamos um pouco mais de um ano que estávamos juntos.

- Maura Isles destruiu um coração em meio de vários e foi banida de Londres? – Jane percebeu que seu comentário tinha feito a amiga se entristecer. – Maura, desculpa... Se não quiser contar o que aconteceu, tudo bem.

Maura suspirou fundo.

- Ele ficou paranoico, pensou que eu não queria casar com ele por que eu tinha outro. Começou a me seguir, me ligava a cada dois minutos, não acreditava em nada do que eu dizia, isso não estava mais sendo vida para mim, sou uma mulher livre, ele estava me sufocando. Então eu terminei com ele.

Maura ficou em silêncio por algum tempo até Jane quebrá-lo.

- Ele... Ele te machucou após o término? – Maura fez um negativo com a cabeça e quando Jane menos esperou a legista tinha começado a chorar. Jane a abraçou. – Calma. Calma.

- Eu fiquei praticamente um mês sem noticias dele, foi quando recebi um telefonema do irmão dele dizendo que ele tinha se matado e deixado uma carta para mim. – Maura fez uma pausa, enxugou algumas lágrimas que teimavam em cair e continuou. – “Te amar é tão complicado, mas me faz viver. Me fazia viver”.  - Lembrava da carta como se tivesse acabado de lê-la. Voltou a chorar. Jane a abraçou com mais força. – A família dele toda começou a me culpar pela morte dele, então nem pude acreditar quando recebi a proposta de emprego em Boston, aceitei na hora e eu tive que vir para Boston dois dias antes do doutor fazer a palestra.

- Sinto muito Maura...

Maura também sentia muito e não estava a fim de se perdoar, mesmo que dissessem que ela não tinha nada a ver com a morte de Jane. Mas ela começou a se perguntar se a morte de Jane de alguma maneira era castigo por seu ex-namorado ter tirado a vida por culpa dela, por culpa dela ter terminado com ele. Agora, no final das contas, duas vidas tinham sido tiradas por culpa dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rizzoli And Isles - Don't Leave Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.