Rizzoli And Isles - Don't Leave Me escrita por Bruna Cezario


Capítulo 23
Capítulo 23 - A Mulher Perfeita


Notas iniciais do capítulo

Alguém ainda me lê?

Bom... Queria pedir mil desculpas pela demora, mas é que eu fui traída e ainda levei a culpa por eu ter sido traída, então fiquei muito abalada por causa disso e não consegui escrever, mas agora está tudo bem por que sei que é tudo culpa da perna.

Olha... Por mim nem postava esse capítulo agora por que meu lado perfeccionista (que eu normalmente não tenho) tava chato e não gostou muito de muitas partes, para falar a verdade ele só gostou do começo e do final, mas se eu fosse apagá-lo e escrever novamente ia demorar mais uns 500 dias para postar então vai assim mesmo.

Ah se alguém tiver um quartinho silêncioso para me abrigar para que eu posso escrever to aceitando, por que olha, depois que eu me recuperei da traição ninguém me deixava escrever, não tava fácil.

Desculpe se tiver algum erro, mas deslexia da madrugada né.

Ótima leitura!



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Sua cabeça doía como se tivesse levado a maior pancada de toda sua vida, mas não lembrava de nenhum momento alguém ter acertado sua cabeça. Abriu os olhos com certa dificuldade, mas não conseguiu enxergar muita coisa, sua visão estava turva e teve que esperar alguns segundos que pareceram eternidade para conseguir enxergar novamente e assim conseguir ter alguma ideia de onde estava. Tentou mexer as mãos, os pés, mas logo percebeu que estava presa a uma mesa. Passou o olhar pelo local e se parecia muito com uma sala de cirurgia misturado com uma sala de necropsia, só que não parecia que ficava dentro de um hospital. Aos poucos foi recordando o que tinha acontecido na noite passada e passou a não entender por que tinham a pegado e por que ainda estava viva. Esse não era o perfil do serial killer. Não o que Jane e Molly haviam montado.

Passou algum tempo, não sabia se foram minutos ou segundos olhando para o local e logo em seguida começou a gritar por socorro, estava apavorada e se não tinham a amordaçado ia se agarrar a isso, mesmo não fazendo ideia de onde estava e se alguém podia ouvi-la foi quando ouviu o barulho de uma porta abrindo.


– Olá querida. Fico feliz que tenha acordado.


Aquela voz. Pensou estar ouvindo demais, mas então ele apareceu em sua frente e ela não teve mais duvidas.


– Tom...? – Não sabia o que sentiu no momento quando o viu em sua frente, mas talvez fosse decepção, mas consigo mesma, tinha errado novamente ao arrumar um namorado. - Por quê?

– Não costumo perder quem eu amo.


Quantas foram as vezes que Maura desejou que a suspeita de Jane não passasse de pura implicação só por que ela chegou a namorar com Thomas? Mas agora com Thomas em sua frente ela teve a certeza que era mais do que implicância, ela mais uma vez estava namorando um serial killer. Se acreditasse em sina poderia muito bem dizer que essa era a dela.


Horas antes...

Maura entrou em sua casa com um sorriso bobo no rosto. Como vários filmes de comédia romântica adolescente que já tinha assistindo agora sabia como a mocinha se sentia depois de ganhar o beijo do mocinho no baile de formatura. Estava irradiando alegria. Fechou a porta da casa e se permitiu encostar nela ainda recordando do beijo. Quem estava querendo enganar? Óbvio que essa história com Jane de serem só amigas não ia durar por muito tempo, alias, já estava na hora de acabar com essa história. Se “fingir” de amiga de Jane só serviu para ela ver como estava tudo bem com elas novamente, que essa história de Jane ter fingindo a morte não importava mais. Agora entendia perfeitamente os motivos e agradecia por ela tê-lo feito, caso contrário não estaria vivendo esses momentos ao lado de sua amada. Daria um fim nesse “só amigas” e voltaria a ser a namorada de Jane Rizzoli ou quem sabe, se a pergunta ainda estivesse de pé, noiva dela.

Ia subir para seu quarto, mas foi impedida pela campainha tocando. Abriu um sorriso por pensar que fosse Jane, talvez tivesse esquecido de algo, talvez quisesse algo e se tivesse sorte talvez quisesse acabar com essa história de “só amigas” tanto quanto ela.


– Estava pensando em você agora. – Disse abrindo a porta. – Acho que precisamos...


Se surpreendeu quando viu que a pessoas parada do lado de fora não era Jane e sim Taylor, um dos amigos de Thomas.


– Oi... – Disse sem jeito e um tanto quanto assustada, não o conhecia o suficiente para ele ir bater em sua casa. Na realidade não podia nem dizer que o conhecia, só tinha sido apresentados nessa noite. – Posso ajudá-lo?

– Sabe o que é engraçado? – Maura o encarou sem entender. Mais dois segundos e fecharia a porta na cara dele. – Vocês mulheres... Nós damos nossa vida a vocês e chega uma hora que vocês não se importam mais, pisam em nosso coração...


Pensou em dizer como era impossível alguém pisar no coração de outra pessoa enquanto ele se encontrava protegido na caixa torácica, mais estava um tanto quanto assustada com o rumo que aquela visita de Taylor poderia acabar levando, começando com o que ele estava dizendo, não fazia a mínima ideia de o porquê daquilo.


– Desculpa Taylor, mas acho que já está tarde e você deveria ir para casa...


Maura pensou em fechar a porta, mas foi surpreendida com alguém entrelaçando o braço em seu pescoço.


– Sempre tão difíceis.


Reconheceu aquela voz. Era Lucas o outro amigo de Thomas. Estava começando a processar o que estava acontecendo e começou a entender que eles podiam ser o serial killer que estava procurando, mas antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa foi apagada com uma seringa em seu pescoço que trazia dentro tranquilizante.


***


Avulsa do que tinha acabado de acontecer na casa de Maura, Jane chegou ao seu apartamento com o mesmo sorriso bobo que a legista se encontrava antes de se deparar com Taylor e Lucas.

Tinha esperava por tanto tempo rever Maura, contar para ela tudo que tinha acontecido, dizer que sentiu falta dela. Claro que as coisas tinham saído fora do planejado, mas praticamente do jeito que tinha imaginado, não pensou mesmo que Maura teria uma ótima reação quando descobrisse que ela estava viva, mas ainda tinha esperança do contrário. Mas agora elas estavam bem, percebia que Maura conseguia falar sobre isso sem grandes problemas e parecia não estar mais magoada, chateada e irritada com tudo que tinha acontecido e depois dessa noite maravilhosa que tinham passado não via mais sentido nessa história de serem só amigas.

Pegou seu celular, sabia que a mensagem que ia mandar em poucos segundos era um tiro no escuro e se Maura tivesse levando essa história de serem só amigas a sério (coisa que ela não acreditava, por que como ela mesmo havia dito “Amigas não beijam na boca”) o mínimo que iria levar era um “não” tendo o máximo o fim de tudo que elas tinham conquistado por esses dias, mas não acreditava que isso aconteceria, não se ainda conhecesse Maura do jeito que imaginava que ainda conhecia.


Há anos descobri que quero ser bem mais que sua amiga, mesmo quando eu era aquela idiota que não admitia o que estava na minha cara e tenho certeza que você também não quer ser só minha amiga, então espero a resposta para a pergunta que eu fiz há 3 anos.

Maura você quer casar comigo?

Jane.

Jane jogou o celular em cima da cama e se encaminhou até o banheiro para tomar um banho. Esperava que quando saísse de lá tivesse alguma resposta, não precisava ser necessariamente o sim, mesmo que todo seu desejo fosse que ela falasse isso.

Já tinha vivido tanto tempo sem Maura que não queria passar mais nenhum minuto sendo só amiga dela e muito menos namorada, queria ela logo como sua esposa, com mais vontade do que tinha há três anos, por que dessa vez era tudo diferente, não tinha Maura jogando indireta para ser pedida em casamento e mesmo que ela (Jane) quisesse fazer o pedido estava insegura e não sabia se o casamento poderia ser como o planejado. Mas depois de três anos, tendo todo o tempo do mundo para ocupar sua mente com esses pensamentos, não existia outra coisa que ela mais desejava do que ter Maura sua esposa.

Saiu do banheiro e a primeira coisa que fez foi conferir o celular, mas infelizmente não tinha nenhuma resposta, talvez a legista já tivesse ido dormir ou não era mais de seu desejo casar com ela, Jane não sabia muito bem o que pensar, mas não se preocuparia com isso, de manhã veria Maura e finalmente teria sua resposta.


***


– Tem noticias da Maura?


Foi a primeira coisa que Jane perguntou assim que viu Molly no escritório. Já tinha esbarrado com Korsak e Frost na cantina, mas não tinham visto a legista ainda, o que era estranho por que ela sempre chegava naquele mesmo horário e tomava café na cantina. Foi até o necrotério, mas também ninguém tinha noticias dela e para completar o celular só dava caixa postal. Começou a achar que não teria uma resposta muito positiva sobre seu pedido.


– Eu não, pensei que ela chegaria com você.

– Acho que ela está me evitando.

– Por que ela te evitaria? – Molly perguntou sem entender. – O que você fez?

– A pedi em casamento... – Jane disse entre os dentes. Molly a encarou surpresa. – Por um sms. – Completou.

– Sério mesmo que você pediu a Maura em casamento por um sms? – Jane fez um afirmativo com a cabeça. – Definitivamente ela está te evitando. Tudo bem que se fosse eu no lugar dela não pensaria duas vezes em responder o “sim”. – Mandou uma piscadela para Jane. – Relaxa Rizzoli, daqui a pouco ela aparece.


E esse “daqui a pouco” de Molly nunca chegou. Passaram a manhã inteira trabalhando no caso do Doutor Frankenstein. Jane ainda ligou algumas vezes para Maura, mas continuou dando caixa postal, claro que a detetive começou a se preocupar, por que mesmo se Maura tivesse a evitando para não dar a resposta por que ela tinha estragado tudo não era do perfil da loira faltar ao trabalho por causa disso, já passaram por coisas piores e isso nunca afastou Maura, só sua morte falsa mesmo.

Na hora do almoço Jane resolveu procurá-la e levou Molly contigo por que tinha a leve impressão de que tinha acontecido alguma coisa. Se ela soubesse que estava certa.

Chegou a casa de Maura e encontrou a porta semiaberta. Passou a se preocupar mais ainda. Nunca que Maura ia deixar a porta semiaberta se saísse de casa ou mesmo se tivesse em casa. Ia entrar na casa, mas Molly fez sinal para que ela esperasse. A agente chegou até a porta e examinou a fechadura.


– Sem sinal de arrombamento, mas violaram a fechadura... Alguém esteve aqui.


Ao ouvir aquilo o sangue de Jane ferveu. Seja quem for que tivesse invadido a casa de Maura e a sequestrado não ia sair dessa ileso. Alias, “seja quem for que tivesse invadido” não, ela tinha certeza absoluta de quem tinha invadido e levado Maura e se ele não a entregasse no primeiro olhar que ela desse a ele sem duvidas a detetive não responderia por ela.

Só foi o tempo de Molly olhar para a expressão de Jane e supor que ela faria alguma besteira. Teve que correr atrás da detetive senão seria deixada ali mesmo na porta da casa de Maura e não conseguiria impedir qualquer que fosse o pensamento que estivesse passando pela cabeça de Jane naquele momento.

Como Molly imaginava Jane dirigiu até o Boston General. Claro que ela pensava que Thomas tinha alguma coisa a ver com aquilo, não tinha ido com a cara do médico desde o primeiro instante, acusá-lo do possível sequestro da Maura era o óbvio que Jane faria.


– Jane, espera! – Disse Molly segurando o braço da detetive assim que entraram no hospital. – Você não sabe se ele tem alguma coisa a ver com isso, não sabe nem se aconteceu alguma coisa com a Maura.

– Ela faltou no trabalho e seu celular só da caixa postal. Sim, aconteceu alguma coisa com ela.


Assim que terminou a frase avistou Thomas saindo do elevador. Soltou seu braço da mão de Molly e foi em direção ao médico.


– ONDE ELA ESTÁ? – Jane perguntou possessa. – CADÊ A MAURA? O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?


Thomas olhava para Jane assustado e sem entender sobre o que ela se referia.


– ONDE ELA ESTÁ?


Quando menos esperou já tinha uma Jane fora de controle em cima de si lhe empurrando até o encurralar na parede.


– Você está louca? Eu não sei onde está a Maura. A última vez que eu vi a Maura foi ontem no restaurante e ela estava com você.

– Eu só vou perguntar mais uma vez... – Jane sacou a arma e apontou ela para Thomas. O médico arregalou os olhos. – ONDE ELA ESTÁ?


Thomas deglutiu a seco. Do jeito que Jane estava descontrolada era bem capaz dela atirar nele mesmo. Mas o que podia fazer? Não tinha a resposta para a pergunta dela.


– RIZZOLI SE ACALMA E ABAIXA A PORCARIA DESSA ARMA!


Molly estava assustada também com a situação. Sabia que Jane era pavio curto, mas não sabia que era de chegar ao ponto de apontar a arma para alguém sem saber se ele era o culpado. Podia mesmo ter acontecido alguma coisa com Maura, mas pela cara de espanto que Thomas estava fazendo era mais que óbvio que ele não fazia ideia do que ele estava falando.


– Eu só vou pedir mais uma vez... Abaixa essa arma ou eu vou abaixá-la, mas com um tiro na sua mão e eu não estou de brincadeira.


Jane olhou para Molly descrente. Sabia o grau de loucura da agente como também sabia que ela não atiraria em sua mão, mas possivelmente brigariam até que a arma caísse no chão. Não queria brigar com ninguém, só queria que Thomas falasse onde Maura estava, só isso. Guardou a arma de volta, mas mesmo assim não deixou com que Thomas saísse da parede.


– Olha... Eu não sei onde a Maura está, não faço ideia do que aconteceu com ela e se você me conhecesse pelo menos um pouco saberia que eu nunca faria mal nenhum a ela.

– Assim como você não fez com nenhuma das outras quatro mulheres que encontramos mortas sem os membros?


Thomas soltou um riso de indignação. Ainda estava sendo acusado daquilo?


– Você nunca vai acreditar que não sou eu, não é?


Antes que Jane pudesse responder alguma coisa o celular de Thomas tocou.


– O que foi Lucas?

– Em uma escala de 0 a 10 o quanto você ama a Maura?

– Agora não Lucas... Você e Taylor já me encheram o saco a noite inteira ontem com isso. Se vocês estão de folga hoje eu não estou, preciso trabalhar.

– A pergunta é séria dessa vez amigo. Tenho uma surpresa para você. Posso fazer Maura te amar da mesma forma que você a ama.


Ao ouvir aquilo Thomas sentiu sua espinha congelar. Não podia ser coincidência. Jane chegou louca no hospital atrás de Maura e logo em seguida ele recebe uma ligação de seu amigo dizendo que podia fazer Maura o amá-lo? Fez sinal para que Jane e Molly prestassem atenção e colocou o celular no viva-voz.


– Do que você está falando Lucas? Você não pode fazer com que alguém me ame sendo que não me ama.

– Você quer ou não quer que a Maura te ame?

– Eu quero, mas...

– Sem mais... – Lucas o interrompeu. – Farei isso por você hoje, ás 18 horas. Se quiser conferir passo pra te pegar no hospital às 17 horas. Tudo bem?


Thomas olhou para Jane esperando que ela lhe dissesse o que era para fazer. Estava mais do que na cara que Lucas era o doutor Frankenstein e que faria alguma coisa com Maura e não podiam deixar que isso acontecesse. Jane fez um sinal com a cabeça pedindo para que ele concordasse com o tal encontro.



– Tudo bem. Nos vemos as 17 horas.


E desligou o celular.

Todo esse tempo e o doutor Frankenstein se encontrava mesmo no Boston Memorial, mas não era quem Jane imaginasse que fosse, mas sim um amigo dele.


***


– Entendeu o que você vai fazer?


Após a ligação Jane e Molly resolveram levar Thomas até o departamento para montarem um plano para pegar Lucas sem que ele suspeitasse e também para que ele não machucasse Maura.

O plano era simples. Thomas só precisava fingir que era tão doido quanto Lucas e entrar em sua loucura de que podia fazer com que Maura o amasse. O médico não estava tão certo assim se esse plano daria certo, já tinha interpretado em algumas peças na escola, todos diziam que se ele não quisesse ser médico ele podia investir na carreira de autor, mas agora não estava tão certo quanto a isso.

Usando uma escuta ás 17 horas em ponto entrou no carro de Lucas e foram até o galpão onde ele escondia Maura. Com uma certa distancia, Jane, Molly, Korsak, Frost, Frankie e mais alguns policiais foram atrás do carro. Ao chegaram ao galpão ficaram ao lado de fora só na espreita esperando uma oportunidade de entrarem.

Jane estava aflita e irada. Era ótimo que não tivesse feito nada com Maura, nem um arranhão sequer, caso contrário ela não responderia por si.


– Tom, amigo.


Thomas se surpreendeu ao perceber que Taylor também estava envolvido nos assassinos e no sequestro de Maura, mesmo ele tendo só o cumprimentado, por que só de estar ali já era de se desconfiar.


– Cadê a Maura?

– Calma amigo. – Respondeu Lucas. – Ela está bem, deve acordar daqui a pouco e espero que ela fique feliz em te ver.


Assim que ouviu aquela frase ouviu o grito de Maura vindo da sala que não tinha entrado ainda no galpão. Olhou para Lucas e Taylor e eles assentiram com a cabeça como se autorizasse a entrada do amigo para ver Maura.


– Olá querida. Fico feliz que tenha acordado.


Aquela voz. Pensou estar ouvindo demais, mas então ele apareceu em sua frente e ela não teve mais duvidas.


– Tom...? – Não sabia o que sentiu no momento quando o viu em sua frente, mas talvez fosse decepção, mas consigo mesma, tinha errado novamente ao arrumar um namorado. - Por quê?

– Não costumo perder quem eu amo.

– Você estava por trás disso esse tempo todo? Você matou todas aquelas mulheres?

– Claro que não! – Disse Lucas entrando na sala. – Não faz o estilo certinho do Tom. Uma vez perguntamos para o Tom qual seria a mulher perfeita para ele e óbvio que ele respondeu você.

– Até sondamos para ver se ele não queria montar a mulher perfeita, mas ele continuava dizendo que nenhuma mulher se compararia a você. – Disse Taylor. – Mas você teve que trocá-lo por uma mulher.

– Ele sempre soube que eu amava a Jane, nunca escondi isso dele.

– Só que até onde você sabia ela estava morta. – Disse Thomas. – Mas mesmo assim você fazia questão de ainda amá-la. Assim que ela apareceu não pensou duas vezes antes de me chutar.

– Sempre assim. – Disse Lucas. – Dediquei cinco anos da minha vida a Selena e como ela me paga? Me traindo. Ainda tive que fazer terapia. Por favor, não preciso de terapia, preciso de uma mulher que me de valor.

– Por isso que resolvemos criá-la. – Taylor abriu uma das gavetas que normalmente eram usadas para guardar corpos na sala de autópsia e tirou de lá tirou a cabeça de Rebecca. – Criar alguém que não diga que não damos mais certo e que é melhor terminarmos. – Taylor colocou a cabeça junto com o restante do corpo que estava em cima da mesa.


Thomas sentia seu estomago revirar. Já tinha feito centenas de cirurgias. Já tinha feito algumas amputações. Já tinha visto tanta coisa que uma pessoa com menos estomago vomitaria, mas ver que seus amigos estavam envolvidos em algo tão insano e cruel era demais para ele. Tinha feito faculdade com os dois em nenhum momento demonstravam 1% que fosse de desequilíbrio, mas como seus pais sempre diziam que as aparências enganavam...

Quem também tinha acabado de aprender da pior maneira que as aparências enganavam era Maura. Já havia tido muitos exemplos na vida, mas dessa vez pensava que todos estavam enganados, que nunca aquele Thomas que ela viu chorando sem nem saber se era realmente sua irmã que estava em sua mesa de autópsia fosse alguém tão cruel a ponto de compactuar com dois desequilibrados que pensavam que podia fazer a mulher perfeita.


– Vocês são médicos e mataram essas mulheres... MATARAM. – Maura dizia. Passava tanta coisa pelo sua cabeça, seus sentimentos estavam tão confusos, mas ela não conseguia ficar calada vendo um absurdo daqueles. - Deveriam saber mais do que ninguém que não podem trazer elas de volta a vida, ainda mais depois de as cortarem em pedaços.


Taylor soltou um riso incrédulo. Achava tão absurdo o que Maura dizia.


– Em 6500 a.c, um cara olhou para o amigo doente e disse: “Tenho uma ideia. Por que eu não faço um furo no seu crânio? Você vai se sentir melhor!” Daí nasceu a cirurgia.


Thomas olhava aquela cena incrédulo. Taylor estava mesmo citando Grey’s Anatomy para tentar justificar sua loucura?


– Somos cirurgiões. – Disse Lucas. – Somos médicos e além de médicos temos um pouco de cientistas também. O que seria do câncer se não tivessem inventado a quimioteparia e as cirurgias? O que seria da perna quebrada se alguém não descobrisse que poderia ser colocado no lugar? Tudo se trata da ciência e da medicina. Não existem ainda relatos de alguém que podia trazer ao mundo a mulher perfeita por que teoricamente para nascer alguém perfeito ele tem que ser feito do modo convencional com a mulher engravidando. Nós vamos mudar isso.


Jane mais todos que ouviam aquilo estavam pasmos. Nunca tinham ouvido tanta besteira em toda sua vida. Ser alguém melhor para procurar cura para as doenças incuráveis ainda tudo bem, mas brincar de Deus? Achar que podiam criar a pessoa perfeita matando outra pessoa que talvez no futuro pudesse ser a pessoa perfeita para alguém se já não fosse era um tremendo absurdo.


– Mas falamos disso depois por que ainda temos muito o que estudar. – Disse Taylor. – Hoje estamos aqui para fazer você amar o meu amigo Tom.

– E como vocês pretendem fazer isso? – Perguntou Thomas.

– Muito simples. – Disse Lucas. – Vamos mexer com as lembranças dela. Fazer com que ela esqueça de tudo e você vai ficar livre para conquistá-la de verdade dessa vez, por que ela não vai lembrar quem é Jane.

– Vocês vão abrir a cabeça dela e mexer no cérebro? – Os dois fizeram um afirmativo com a cabeça. – Como? Nenhum de vocês dois são neurocirurgiões.

– Mas eu passei algum tempo na neurocirurgia no meu tempo de residente, esqueceu? – Disse Taylor. – E também já li muitos livros.


O mundo só podia ter virado de cabeça para baixo, pensava Thomas. Além de seus amigos pensarem que podiam criar a mulher perfeita ainda queriam apegar a memória de Maura sem nem terem conhecimento para tal procedimento? Precisava tirar a legista dali, por que não deixaria esses dois encostarem um dedo nela.

Maura estava apavorada. Ia ter sua cabeça aberta por pessoas com sérios problemas mentais e não podia fazer nada por que se gritasse ninguém a ouviria e não tinha como avisar Jane que estava em apuros por que estava amarrada. Nunca pensou que por causa de um relacionamento ela acabaria morta.

Assim que ouviram que iam começar a ligar os aparelhos em Maura para começar a “Operação perda de memória” resolveram que estava na hora de invadir o galpão por que Thomas não ia conseguir tirar Maura dali sozinho.

O médico percebeu o quanto a ex-namorada estava aflita e assustada com a situação e como ela mal conseguia olhar para ele, sem duvidas naquele momento havia a decepcionada quando uma vez disse que seria um namorado normal.

Aproveitando que Lucas estava guardando as partes do corpo das mulheres na geladeira e Taylor estava atrás de si terminando de ligar os aparelhos para começar a cirurgia ele chegou próximo a ela e tentou encostar a mão no braço de Maura que tentou afastar o braço, mas sem sucesso devido a se encontrar amarrada, mas percebeu o olhar assustado que Maura lhe lançou.


– Está tudo bem. – Thomas sussurrou com a esperança de que ninguém o ouvisse, mas não aguentava mais Maura o olhando daquele jeito. – Jane vai entrar aqui a qualquer momento. Ela vai te tirar dessa.


– O que esse idiota está fazendo?


Jane perguntou incrédula. Ela não podia se manter no “personagem” pelo menos por mais dois minutos?

Maura ficou por segundos sem entender. Ou Thomas estava querendo brincar com sua cabeça ou ele estava junto com Jane para te tirar dessa. Não conseguiu responder nada após o ex-namorado lhe dizer aquilo, só continuou o encarando tentando processar o que estava acontecendo.

Claro que Taylor tinha ouvido o que ele falou para Maura, poderia ser doido, mas não era surdo e já estava prestes a tomar providencias sobre a traição do amigo, mas foi distraído com a porta sendo arrombada.


– POLICIA DE BOSTON! TODO MUNDO PARA O CHÃO!


Lucas ao ver todas aquelas armas apontadas para ele fez o que Jane mandou e se baixou com as mãos na cabeça, já Taylor pegou um bisturi que tinha na mesa próximo da onde ele estava, entrelaçou seu braço no pescoço de Thomas e com a mão que segurava o bisturi a colocou no pescoço do médico.


– Solta ele Taylor! – Disse Jane. – Não queremos ninguém saindo machucado daqui.

– Não... – Taylor balançou a cabeça em negativo. – O que vocês mais querem é que as pessoas saiam machucadas, por que esse é o problema de vocês mulheres. E eu querendo ajudar meu amigo a ter a mulher que ele ama e é assim que eu sou agradecido? – Taylor aperta mais o bisturi no pescoço de Thomas. – É ASSIM QUE VOCÊ ME AGRADECE?

– Se eu soubesse que todas as perguntas sobre a mulher perfeita que você me fazia era para vocês acabarem como uns assassinos tentando fazer a mulher perfeita eu teria intervido bem antes. Eu jamais deixaria você machucar a Maura como vocês machucaram essas outras mulheres, jamais.

– Você é um mal agradecido sabia? Deveria ter feito com a Maura a ideia inicial, por que a cabeça dela ficaria perfeita no lugar da cabeça da Rebecca, mas fui pensar em você, resolvi fazer com que ela te amasse e acabo com várias armas apontadas para mim. Isso não está certo cara, não está.

– Taylor você sabe como isso vai acabar. – Disse Molly. – Solta o Thomas.

– Eu sei muito bem como isso vai acabar e definitivamente não sou eu indo para a cadeia por fazer um mundo melhor para os homens que querem ter um amor verdadeiro.


Taylor começou a caminhar usando Thomas como seu escudo. Se alguém desse um passo ameaçando sua tentativa de fugir ele iria cortar a garganta do médico sem pensar duas vezes. Fez sinal para Korsak que estava parado na porta saísse de lá para que pudesse escapar, o detetive se fez de difícil até a hora que viu Taylor aprofundando mais o bisturi no pescoço de Thomas fazendo um pequeno corte, então ele saiu de perto da porta tomando uma distancia que não poderia arriscar atirar em Taylor por que podia acabar acertando o ex-namorado de Maura.

Chegando até a porta Taylor fez menção de soltar Thomas para poder fugir, mas o médico foi mais rápido e conseguiu se soltar fazendo com que assim uma pequena briga começasse. As armas de Jane, Molly e Korsak eram apontadas para eles, mas não podiam atirar sem correr o risco de acertar Thomas. Taylor tentou por algumas vezes acertar Thomas com o bisturi, mas todas às vezes o médico conseguiu desviar com sucesso. Conseguiu pegar a mão de Taylor e a bateu na parede fazendo com que o bisturi caísse. Sem arma para se defender, sem um refém já estava vendo o momento que iriam pegá-lo, então usou toda sua força e empurrou Thomas, fazendo com que assim ele batesse com a cabeça na ponta da mesa e caísse desmaiado no chão.

Um segundo de distração devido a queda de Thomas, Taylor aproveitou para fugir, mas completamente em vão por que do lado de fora do galpão havia muitos policias esperando por ele. Com a confirmação de terem pego Taylor pegaram Lucas também e Frost o levou para fora enquanto Molly ligava para uma ambulância e Jane desamarrava Maura.


– Está tudo bem. – Jane disse ao desamarrar Maura. Sabia o quanto a legista estava apavorada. Por que não é todo dia que você é sequestrada por dois loucos que querem abrir sua cabeça. A abraçou. – Está tudo bem.


Com a prisão dos dois puderam finalmente fechar o caso. Não foi difícil fazer com que nenhum dos dois falasse, estavam completamente fora de si e ainda acreditavam que o que faziam era para o bem dos homens que queriam a mulher perfeita. Contaram que nunca viram contato nenhum mesmo com nenhuma das mulheres por que eles costumavam conversar com elas fora da academia tanto na entrada como na saída. Analisavam várias mulheres para ver se era o perfil que eles procuravam e quando tinham certeza que era no encontro depois da academia eles a pegavam e davam a injeção letal com o intuito de começarem a fazer a mulher perfeita. Mais louca impossível a história, mas devido aos seus corações partidos foram no que se agarraram para conseguir viver.


– Hey... – Disse Thomas assim que acordou da anestesia e encontrou Maura sentada em uma poltrona do lado de sua cama. – Você está bem? Fui um desastre como seu super-herói, não fui?

– Não, por que super-heróis não existem. – Responde Maura. – Eles são personagens fictícios criados... – Thomas soltou um riso, mas logo fez careta como sinal de dor. – Você está bem? – Maura levantou da poltrona preocupada. – Quer que eu chame uma enfermeira? – Maura ia apertar o botão que tinha ao lado da cama, mas foi interrompida com Thomas segurando sua mão.

– Eu estou bem... Obrigado. – Maura mandou um meio sorriso para o ex-namorado e voltou a sentar na poltrona. – Me desculpa fazer você pensar que eu tinha alguma coisa a ver com seu sequestro ou a morte daquelas mulheres.

– Está tudo bem, você só estava tentando me proteger e eu sou muito grata por isso. – Maura pegou a mão de Thomas. – Obrigada mesmo por me proteger.

– Não tem nada que agradecer, mesmo por que eu não fiz o trabalho muito bem, eu desmaiei no meio do caminho. – Disse em tom brincalhão soltando um riso em seguida. – Quando Kate vem me buscar?

– A Kate? – Maura perguntou sem entender. – Não quis preocupá-la então ainda não avisei que você está no hospital.

– Sem problemas, eu aviso, por que alguém precisa vir me buscar, não é verdade?

– Te bus... – Maura fez uma pausa. Pensou em contar o que aconteceu na cirurgia com calma, não assim quando Thomas acordasse, mas parecia que ele já sabia. – Como você sabe?

– Minhas pernas estão dormentes e eu acredito que não é por causa da anestesia da cirurgia. Quando bati a cabeça eu lesionei a medula espinhal, não lesionei? – Maura fez um afirmativo com a cabeça. – Ainda vou poder andar?

– Vai precisar fazer fisioterapia, mas o doutor disse que de seis a oito meses você já vai ter voltado a andar normalmente.

– Ótimo. – Disse com um sorriso sincero. Claro que achava ruim ter que ficar meses sem andar indo para a fisioterapia, mas lhe confortava ver que Maura estava bem e que não tinham feito nenhum mal a ela por que no fundo ele sabia o quanto tinha sido idiota por ter saído no braço com Taylor. – Sabe onde está meu celular? Quero ligar para Kate.

– Por que não contamos para ela quando voltarmos para Los Angeles?

– Voltarmos? – Thomas perguntou sem entender. – Você vai voltar para Los Angeles? Pensei que agora que você estava se entendendo com a Jane você ia ficar por aqui, quero dizer, aqui é seu lar, você nunca gostou muito de Los Angeles.

– Você arriscou sua vida por mim, não vou deixar você ser cuidado por uma enfermeira qualquer, por que nós dois sabemos que a Kate não vai saber muito bem o que fazer.

– Não Maura... Você não precisa fazer isso, vão ser mais de seis meses de sua vida, não posso deixar que você os gaste cuidando de mim.

– Já está decidido Tom... Eu vou voltar para Los Angeles para cuidar de você.

– E o que a Jane acha disso?

– Ela vai entender.


Na realidade ela não entendeu. Jane havia ouvido toda a conversa dos dois sem ser percebida e não gostou nenhum pouco de saber que a, no momento, amiga tinha decidido voltar para Los Angeles só para cuidar de Thomas por que teoricamente ele tinha salvado a vida dela. Não ia entender nunca.


– Oi... – Disse Maura ao encontrar Jane na cafeteira do hospital. Sabia que a detetive ia dar uma passada no hospital então marcou de se encontrar com ela na cafeteira. – Precisamos conversar.

– Eu não quero ouvir Maura. Eu pensei que estivéssemos bem, que poderíamos até parar com essa história de sermos só amigas, mas você vai vir com essa história de voltar para Los Angeles, então eu não quero ouvir. – Maura a encarou sem entender. – Eu ouvi você conversando com o Thomas.

– Ele salvou minha vida.


Jane soltou um riso incrédulo.


– E eu fiz o que? Se você não lembra eu estava dentro daquele galpão também.

– O Tom arriscou a vida dele por mim, correu o risco até de ficar paraplégico, não posso deixá-lo ser cuidado por qualquer pessoa.

– Não sabia que você tinha mudado de profissão, que ao invés de médica legista agora você é enfermeira. – Disse sarcasticamente. – Daqui a pouco vai pedir ele em casamento também para viverem felizes juntos.

– Ao contrário de você que pediu alguém em casamento por que não conseguia lhe dar com o que sentia eu não vou pedir o Tom em casamento, só vou ajudá-lo nessa fase de recuperação, por que a pessoa que eu amo é você e eu não te trocaria por ninguém nesse mundo.

– Parece que já trocou. – Jane levantou da cadeira. – Faça uma boa viagem.

– Jane...


Imaginou que a detetive teria uma reação similar. Sabia que Jane jamais aceitaria, ainda mais agora que elas estavam se entendendo, que podiam voltar a ter um relacionamento sério, mas não seria justo com Thomas deixá-lo se recuperar sozinho, devia isso a ele.


***


– Pensei que não ia vir se despedir de mim. – Disse Molly ao ver Jane entrando no escritório, mas logo viu a cara nada amigável da detetive. – O que aconteceu?

– Maura vai voltar para Los Angeles. Nunca deveríamos ter usado o Thomas, agora ele está sem andar e eu perdi a Maura por causa disso.

– Ela está te culpando pelo que aconteceu com o Thomas?

– Não... Provavelmente está se culpando e acha que deve alguma coisa a ele. – Jane sentou na cadeira. – Sabe o que é mais irônico? É que eu a troquei por alguém em condições parecidas com a do Thomas... É a história se repetindo.

– Não está se repetindo Jane... Só se ela tiver pedido ele em casamento por que não consegue aceitar que está apaixonada por você o que eu acho que não é o caso.

– Eu quero esquecer isso, se ela quer ir pra Los Angeles e jogar nossa segunda chance fora que jogue eu não me importo.

– Se quiser pode se vingar dela vindo trabalhar no FBI comigo. – Molly mandou um sorriso sacana para Jane. – O que acha?

– Desculpa, mas... – Jane levantou da cadeira. – Eu vou recusar mais uma vez. Boston é o meu lugar.

– Tudo bem então, mas se mudar de ideia sabe onde me encontrar. – Molly puxou Jane para um abraço. – Muito bom trabalhar de verdade com você Jane.

– Mesmo com você querendo me dar um tiro? – Molly soltou um riso e se separou do abraço.

– Todos esses três anos eu tive vontade de te dar um tiro, você é insuportável.

– Mas mesmo assim você queria meu corpo nu.

– Pena que ele já tem dona. – Molly mandou um riso e logo em seguida deu um beijo em Jane, não podia ir embora sem seu beijo de despedida. – Até qualquer dia Rizzoli.

– Até qualquer dia Storm.


Assim que Molly passou pela porta Jane ficou rindo sozinha, ia sentir falta de Molly, tinha sido ótimo trabalhar de verdade com ela como Molly já havia dito.

Outra pessoa também de quem ela iria sentir falta era de Maura, não queria que ela fosse para Los Angeles, mas sabia também que não ia conseguir impedi-la. Se queria gastar seis meses de sua vida cuidando de Thomas que gastasse. Se ela ia passar esses seis meses a esperando? Provavelmente sim, já tinha passado três anos, mesmo que fosse em circunstancias completamente diferentes, mas amava Maura, mas também se conseguisse seguir em frente e não esperá-la com toda certeza faria, mas antes precisava dar um telefonema.


– Alo? – Thomas atendeu resabido, não conhecia o número do identificador.

– Obrigada por não ser um serial killer. – Disse Jane. – Mesmo eu torcendo para que você fosse assim nunca mais Maura teria que cruzar com você.

– É, eu sei que você preferia.

– Só não deixe Maura ficar infeliz, tudo bem?

– Eu não vou. Prometo.


Ao ouvir aquilo Jane abriu um meio sorriso de conformação e desligou o telefone. Talvez, quando não tivesse chateada e a saudade falasse mais alto ela poderia ir atrás da ex-namorada e dizer que não importava a parte do mundo que ela estivesse elas nasceram para ficar juntas e assim seria, mas esse era só um talvez.


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Notas finais do capítulo

Esse final? Tudo culpa da perna!