Rizzoli And Isles - Don't Leave Me escrita por Bruna Cezario


Capítulo 22
Capítulo 22 - Só amigas


Notas iniciais do capítulo

Alo alo graças a Deus! Olha aqui mais um capítulo para vocês =)
Se tiver algum erro de digitação, concordancia ou qualquer outra coisa que não costuma ter me desculpem, mas é a deslexia da madrugada falando mais alto.

Ótima leitura!



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Dizem que a maioria dos grandes amores nasce de uma grande amizade, mas normalmente quando você é amigo de alguém e sente algo mais que só amizade o medo começa a tomar conta de você pelo motivo de talvez não ser correspondido ou mesmo que seja o medo se torna maior devido ao pensamento de que daqui algum tempo se não der certo o relacionamento além de você perder um grande amor, também vai perder um grande amigo.

Obviamente que Jane e Maura já tinham passado por isso e a legista foi obrigada a dar o primeiro passo e como todo primeiro passo tem suas consequências ela foi rejeitada e viu a amizade de anos chegando ao seu fim. Claro que não foi um fim definitivo e ela teve a chance de arrumar as coisas e resgatar a amizade de anos, mas ela preferiu não ir pelo caminho fácil e insistiu, mas uma vez se viu perdendo a amiga. Até que na terceira vez, não querendo perder a única amizade verdadeira que teve em toda sua vida, resolveu desistir e ver se teria uma nova chance de ser o que era antes com Jane, só amigas. Com toda certeza, com um sentimento como o amor envolvido, declarações de amor e um beijo a amizade não seria mais a mesma, se fosse em circunstancias diferentes isso seria esquecido ou futuramente seria lembrado até como piada, por que vivemos nos apaixonando, então seria fácil encontrar um amor, mas uma amizade verdadeira está em falta, por isso não é certo colocarmos em risco as que temos.

O problema é que é fácil achar um amor, mas não o amor e entendendo isso Jane resolveu correr todos os riscos e deu o passo definitivo tornando Maura sua namorada. E como desempenharam bem o papel de melhores amigas se deram melhores ainda como namoradas e talvez se dariam melhor ainda como esposas, mas por enquanto, não saberiam.

Passaram por tudo isso e Maura sugeriu para que passassem novamente, mas sem a parte do primeiro passado que não deu certo, sem a parte dos sentimentos escondidos, por que agora elas sabiam que se amavam, mas precisavam ver se ainda eram aquelas pessoas de três anos atrás, se conseguiriam continuar da onde pararam ou se teriam que começar tudo de novo.

A resposta por Jane era que ela poderia continuar da parte com o pedido de casamento, a parte em que Maura diria a resposta e torcer para que essa fosse sim, mesmo que não tivesse duvidas na época. Mas a decisão não estava em suas mãos e respeitava, por que estavam se saindo muito bem como amigas.

Maura deitada com a cabeça nas pernas de Jane as duas conversavam. Estavam na casa da legista e tinham optado por não assistir um filme dessa vez, não tinha muito tempo desde que a loira tinha dado a ideia de só serem amigas por enquanto, na realidade estava no terceiro dia, mas conversavam como se fossem amigas de longa data, por que na realidade eram e parecia que isso não tinha mudado.


– Ainda dói? – Perguntou Maura se referindo as feridas (que agora eram só cicatrizes) das balas que Jane havia levado. Percebeu que a detetive passou a mão algumas vezes no peito. Jane a encarou sem entender ao que ela se referia. – Onde você levou os tiros.

– Ah... – Jane levou a mão dessa vez ao ombro. – Não dói, teve um tempo que incomodava muito, mas não incomoda mais.


Foi então que Maura percebeu que talvez as cicatrizes deixadas pelas balas, fizesse o mesmo efeito das cicatrizes da mão, ela mexeria quando estivesse nervosa, por que já tinha percebido que com as cicatrizes da mão ela não tinha perdido essa mania.


– Só não gosto dessas duas cicatrizes.

– Duas? – Maura perguntou sem entender. – Falaram que você levou três tiros.

– Deve ter sido mais uma mentira para vocês acreditarem mesmo que não tinha como eu ter sobrevivido, mas eu só tenho duas. Uma aqui. – Jane levou a mão até seu peito. – E outra aqui. – Levou a mão até o ombro. – E já está de bom tamanho.

– Sabia que deveria ter pego seu prontuário. Deveria ter percebido também quando não nos deixaram te ver, que o seu caixão foi fechado, eu...

– Não mudaria nada. – Jane a interrompeu. – Você não ia descobrir que eu estava viva.

– Você sabe que apesar de tudo eles estavam certos, não é verdade?

– Certos sobre o que?

– Eu não saber. Eu não sei mentir e mesmo se soubesse minhas urticárias me denunciariam e se Adam ficasse cara a cara comigo sem duvidas ele saberia que você estava viva. Eu precisava mesmo ficar de luto para ele acreditar.

– Mas isso não te fez bem. Você mesma disse que teve que ir a uma psicóloga e...

– Ela me ajudou. – Maura a interrompeu. – No começo confesso que eu não gostava muito dela, mas com a ajuda dela, da sua mãe eu percebi que conseguia viver sem você.


Novamente aquelas palavras. Era egoísmo, sabia que era, por que se tivesse morrido de verdade Maura teria que realmente seguir com a vida sem ela, mas ouvir aquilo estando viva não lhe causava boas sensações.

Com toda certeza percebeu Jane alisando as cicatrizes da mão, sabia que deixou Jane nervosa com o que tinha dito e que ela não diria nada sobre aquilo, por que não tinha o que dizer, pensava que Jane estava morta, não poderia chorar o resto da vida por ela, mesmo que na época essa fosse a sua maior vontade, mas depois daquela frase, percebeu que teria que completá-la.


– Eu já disse... Conseguiria viver sem você, mas não era algo que eu queria, por isso estou feliz em ter você de volta.


Maura mandou um sorriso para Jane e pode ver a expressão de alivio no rosto da até o momento amiga e um sorriso sendo aberto em seu rosto também.

Até que estava dando certo essa história de serem amigas, claro, quando uma das duas falavam alguma frase de efeito, que deixava as duas sorrindo que nem besta, trocando olhares e percebendo o que estavam fazendo o sorriso sempre por parte de Jane desaparecia e junto com o desaparecimento vinha uma desculpa.


– Acho que está ficando tarde. – Disse Jane fazendo com que Maura levantasse da cabeça de suas pernas.


A maioria das vezes usava essa desculpa, por que quando o silêncio imperava e ela tinha Maura lhe olhando com aquele olhar doce, que ela sabia muito bem que era o olhar de apaixonada dela a vontade que tinha era de tomá-la em seus braços de beijá-la, mas como estava respeitando o “ser só amigas”, não faria nada que pudesse prejudicar isso.


– Precisamos acordar cedo amanhã. – Jane se levantou do sofá e Maura levantou junto com ela. – Por que eu tenho um ótimo pressentimento, acho que estamos perto de pegar o serial killer.

– Você ainda não está pensando que o Tom tem alguma coisa a ver com isso tem?

– Depois que você e Molly o interrogaram e colocamos policiais em frente a academia tem três dias que não aparece nenhuma mulher morta.

– Mas isso não significa que ele é o culpado. Pode ter várias explicações para isso.

– Ele não é o culpado ou você não quer que ele seja o culpado, Maura?

– É que... – Maura fez uma pausa e baixou os olhos. – Não quero incluir outro serial killer a minha lista de namoros desastrosos.

Jane se aproximou de Maura e fez com que ela a encarasse.


– Você nunca parou para pensar que tudo isso pode ser uma conspiração do universo para você não ter namorados e sim uma namorada? – Jan mandou um sorriso e logo em seguida uma piscadela.

– Você sabe que não existe isso de conspiração do universo, não é verdade? Isso tudo foi criado pelos filósofos...

– Não se atrase amanhã Maura. – Disse Jane a cortando de toda sua explicação sobre a conspiração do universo.

– Eu nunca me atraso para o trabalho. – Maura respondeu sem entender o porquê do pedido de Jane, se tinha alguém que sabia que ela não se atrasava esse alguém era Jane.

– Não estou dizendo para o trabalho... Amanhã depois do trabalho nós duas vamos sair.

– Para onde?

– Surpresa.

– Eu realmente não gosto muito de surpresas.

– Desde quando?

– Desde o dia que você me levou naquele concurso de quem bebia mais cerveja. Quando você me disse que era surpresa eu pensei que íamos a um restaurante, um SPA, pensei até em um piquenique, mas você me surpreendeu.

– E esse não é o propósito de uma surpresa? Surpreender?

– Não quando o vencedor quase vomita em seu vestido novo.

– Prometo que não vou envolver bêbados. – Maura a encarou descrente. – E nem o Red Sox. – Maura cruzou os braços ainda não acreditando nas palavras de Jane. – E nem do Dirty Robber. Você vai gostar.

– Por via das duvidas não vou comprar um vestido novo, não quero correr nenhum risco.


Jane soltou um riso e abriu a porta para ir embora.


– Não vai. Eu prometo. – Disse parando já na saída da porta. – Boa noite Maur.


Esperou Maura responder seu boa noite, mas foi pega completamente de surpresa com a forma em que ela disse boa noite. A loira se aproximou de Jane e lhe deu um suave beijo nos lábios que deixou a detetive alguns segundos fora de si.


– Amigas não se beijam a boca. – Disse Jane ainda desconcertada.

– Boa noite Jane. – Maura disse com um sorriso.


A morena só fez um aceno com a mão ainda processando o que tinha acabado de acontecer, assim que virou as costas para ir embora Maura fechou a porta com um imenso sorriso.

Estava gostando da atitude de Jane de aceitar que elas fossem só amigas, mesmo sabendo que isso não ia durar muito tempo, tinha concordado com essa ideia pensando que precisaria de mais tempo para que as coisas voltassem ao lugar, mas com esses dias que tinham passado juntas, conversando, assistindo um filme, bebendo uma cerveja e vinho, tudo parecia ser como era antes e isso agradava Maura por que a essência da relação das duas não tinha se perdido, a única coisa que a loira carregava consigo era um pequeno medo de perder Jane novamente, mas isso não a impedia de viver cada momento ao lado dela, de recuperar o tempo perdido de certa forma. Mas parecia que Jane estava tão focada em respeitar a vontade de Maura que não cruzava o sinal, que não tentava beijá-la e ás vezes quando estavam no sofá acontecia algum toque, Jane fazia questão de levar suas mãos para bem longe, então resolveu por dar um passo para ver se Jane entendia que a qualquer momento elas poderiam ser um casal de novo, claro, se isso ainda fosse vontade da morena.

Óbvio que Jane foi o caminho inteiro de volta para seu apartamento com um sorriso bobo no rosto, parecia aquelas adolescentes que tinham acabado de receber o primeiro beijo do menino que gostava.

Quem via essa Jane com esse sorriso todo por causa de um beijo, não diria que era a mesma Jane que ao ser beijada a primeira vez por Maura tinha era deixado a legista na escola e ainda brigou com ela por causa disso. A verdade era que tudo era questão de tempo, as pessoas mudam com o tempo, realmente a Jane que tinha brigado com Maura por causa do beijo não existia mais, por que ela tinha aprendido a lhe dar com seus sentimentos, agora o que mais queria era muitos mais beijos de Maura, para não entrar em outro assunto, um passo de cada vez.

Chegou ao seu apartamento e o sorriso ainda imperava em seu rosto. Se encaminhou até seu quarto, tirou suas botas, acendeu a luz e ainda parecendo uma adolescente se jogou na cama. Ia ser cena de filme de comédia romântica adolescente se claro, Jane não tivesse caído deitada em cima de sua mãe.


– OH MEU DEUS! – Disse Jane levantando da cama em um pulo após ouvir o grito da mãe. – O que você está fazendo deitada ai?

– Eu moro aqui.

– Mas faz dias que você não vem passar a noite em casa. – Jane fez uma pausa. – Por que você não tem passado as noites em casa Ma?

– Apaga essa luz Jane. – Angela tentou desviar o assunto. – Preciso dormir, tenho que chegar mais cedo a cantina amanhã, então já aviso que não farei seu café da manhã.

– Não perguntei do meu café, perguntei por que você não tem passado as noites em casa. Anda dormindo na casa de quem? – Angela ficou em silêncio passando os olhos pelo quarto como se Jane nem estivesse falando com ela. – Tudo bem. – Jane sentou na ponta da cama. – Podemos ficar a noite inteira nessa até você me responder.


Angela soltou um suspiro vencida.


– EuestavadormindonacadadoKorsak. – Disse amontoando as palavras com a esperança de que Jane não entendesse nada, se irritasse e desistisse de saber.

– Você está o que aonde? – Realmente ela não tinha entendido, mas não ia desistir enquanto não estivesse.


Percebendo que Jane não desistiria, ela resolveu contar.


– Eu estava dormindo na casa do Korsak.

– Por que você estava dormindo na casa do... – Jane fez uma pausa, em um segundo as palavras de sua mãe pareciam não fazer sentindo nenhum, mas segundos depois passaram a fazer todo sentido do mundo e isso não a agradou. Levantou da cama pasma. – Oh meu Deus! Isso não está acontecendo. Não você e o Korsak e... Eu vou matá-lo.

– Você não vai matar ninguém. Estamos apaixonados e...


Jane levantou o indicador pedindo para que a mãe fizesse silêncio. Ouvir que sua mãe estava apaixonada já era demais, pelo Korsak era um pesadelo. Pegou seu celular e mandou uma mensagem para Maura.


Me diz que você não sabia que minha mãe e o Korsak estão namorando.

Jane

Não posso dizer isso, estaria mentindo. Esqueceu das minhas urticárias?

Maura

Quanto tempo?

Jane

Acredito que seis meses.

Maura

Seis meses? Sério? Para sua informação você não está desenvolvendo muito bem seu papel de amiga. Primeiro me beija e depois esconde de mim que minha mãe está namorando o Korsak, muito errado da sua parte.

Jane

Boa noite Jane.

Maura


– “Boa noite Jane”. – Disse fazendo careta.


Imaginava que Maura deveria estar rindo dela nesse momento o que não era mentira. A legista pagaria qualquer coisa para ver a cara que Jane tinha feito ao saber que sua mãe estava namorando o Korsak.


– Pretendia me contar quando?

– Quando você parasse com essa briga boba com o Korsak, ele só fez isso para o seu bem.

– Como... Como que aconteceu? Vocês não eram apaixonados antes de fingirem minha morte.

– Aconteceu. – Angela deu de ombros. – Ele foi um dos que me ajudou com a sua morte.

– Você quer dizer se aproveitou? Por que ele sabia que eu não estava morta e mesmo assim não te contou.

– Confesso que fiquei brava com ele, mas conversamos. Melhor ficar três anos longe de você do que não te ver nunca mais.


Não queria aceitar, mas não ia dizer para sua mãe que ela não podia namorar o Korsak, por que sua irritação era mais por estar brava com Korsak (que agora nem mais motivo aparente tinha) do que sua mãe em si namorando ele. Talvez se tivesse que escolher um namorado para Angela seria Korsak mesmo, pelo menos não teria que puxar a ficha dele e com toda certeza ele já estava ciente que se a magoasse não ficaria vivo para contar história. Pegou um travesseiro e um lençol e foi até a sala sem dizer nada, dormiria no sofá aquela noite, tinha o direito de ter seu momento de chateação e irritação por terem escondido isso dela, momento que não durou muito, por que assim que colocou a cabeça no travesseiro lembrou do beijo que tinha recebido de Maura e tudo voltou a ficar bem novamente.


***


– Bom dia. – Disse uma Maura sorridente se juntando a mesa em que Jane estava sentada na cantina.


Claro que não vou recepcionada como imaginava, Jane nem percebeu sua presença por que estava muito ocupada vendo Korsak e sua mãe conversando. Poderia ter esquecido a noite inteira o que sua mãe lhe dito por que o beijo que Maura tinha dado ofuscou essa revelação, mas após acordar tudo veio a tona.


– Eles formam um bonito casal.

– Lois e Clark formam um bonito casal, eles... – Jane revirou os olhos.


Poderia não parecer, mas tinha percebido quando Maura chegou, mas queria fazer o tratamento do silêncio pelo motivo da legista ter escondido isso dela, mas ao ouvir o que ela julgava de um tremendo absurdo teve que respondê-la.


– Você deveria ficar feliz por ser o Korsak. Você o conhece, sabe que ele é um bom homem e que vai fazer sua mãe muito feliz. – Jane fez careta. – Está na hora de vocês dois fazerem as pazes. Ele gosta muito de você e fez o que fez para o seu bem. Angela que deveria estar brava com ele não está.

– Agora você quer dar uma de amiga conselheira? – Jane perguntou sarcasticamente. – Onde você estava que não me contou que minha mãe tinha um namorado?

– Não era certo eu te contar, você tinha que ouvir da Angela.


Querendo ou não Maura tinha razão. A legista não podia sair por ai gritando que Angela estava namorando Korsak, não era da conta dela e depois até esses dias estavam brigadas, não teria motivo para Maura contar.

Viu Korsak se despedindo de sua mãe com um discreto sorriso. Obvio que ele não seria louco de beijá-la com Jane presente.


– Não se esqueça do nosso compromisso. – Jane se levantou da cadeira. – Passo para te pegar ás 20 horas.

– Mas Jane nós não íamos tomar ca...


Antes que pudesse terminar a frase Jane já tinha deixado a cantina. Deu de ombros, estava morrendo de fome, tomaria café com Jane ou sem Jane, mesmo achando a companhia da detetive muito agradável e que mesmo com suas reclamações conseguia fazer com que seu dia começasse muito bem.

Jane parou ao lado de Korsak para esperar o elevador junto com ele. Percebendo a presença da detetive ele lhe desejou um bom dia que não ouviu resposta. O elevador chegou e ambos entraram. A porta fechou.


– Sua mãe me contou que você já sabe, eu só queria dizer que...

– Se eu souber – Jane o interrompeu - por um segundo que você fez minha mãe sofrer fique sabendo que não vai ter a oportunidade de fazer com que ela sofre de novo, por que eu não vou permitir.

– Eu sei Jane. Eu só quero fazer sua mãe feliz e...

– E nós estamos bem de novo. – Jane o interrompeu novamente. – Obrigada pelo que você fez por mim.

– Eu fiz o que fiz pensando no seu bem. Só não podia te perder.

– Eu sei. – Jane mandou um meio sorriso. – Eu sei.


O elevador chegou ao andar e eles trocaram sorrisos. Felizes por estarem bem novamente.


– Finalmente chegaram! – Disse Molly ao vê-los. – Venham ver isso!


Se encaminharam até o computador de Frost e logo puderam ver uma foto de Thomas, com mais três pessoas.


– Essas três pessoas foram internas juntas com Thomas aqui em Boston. – Explicou Molly. – Tirando Thomas, os três se especializaram em ortopedia. O perfil que montamos do nosso doutor Frankenstein é que ele pode ser um desiludido amoroso que está tentando montar a mulher perfeita, certo? – Todos assentiram com a cabeça. - Talvez estejamos assistindo muito filme, mas é o que temos. - Apontou para uma mulher na ponta esquerda da foto. – Rachel Hamilton, podemos descartá-la, por que mesmo que seja uma cirurgiã ortopédica até onde eu pesquisei sobre a vida dela, Rachel é hetero, não teve envolvimento com mulher nenhuma e não mora nos Estados Unidos fazem cinco anos, se casou com um brasileiro e foi morar com ele lá. – Apontou para Thomas que estava ao lado de Rachel na foto. – Mesmo Thomas não sendo um cirurgião ortopédico ele ainda se encaixa no desiludido amoroso e pelas pesquisas que fizemos ele ficou muito tempo trabalhando com ortopedia quando era residente, tem bastante conhecimento.

– Eu concordo, mas ele não era um desiludido amoroso quando chegou em Boston. – Observou Frankie. – Ele namorava a Maura quando a Rebecca foi morta.

– Mas ele já sabia que Maura não o amava. – Disse Korsak. – Isso pode ter implicado, nunca se sabe o que se passa na cabeça de alguém que não tem seu amor correspondido.

– Lucas Palmer. – Disse Molly apontando para o rapaz ao lado de Thomas. – Chegou a Boston no mesmo dia que Rebecca foi morta. É cirurgião ortopédico em Nova York, a cada dois anos passa um mês em Boston como o Thomas. – Frost mudou a tela da foto para um print de Lucas na academia. – E ele também foi visto na academia, mas sem nenhum contato com alguma das quatro vitimas. Mas recentemente terminou um relacionamento de cinco anos por que descobriu que tinha sido traído. Entrou em depressão por um tempo, até que procurou tratamento. O curioso é que eu e Maura o conhecemos no dia que fomos conversar com Thomas, parecia outra pessoa do que mostra seu histórico. – Molly apontou para o último rapaz. - E por fim Taylor Richter. O único que permaneceu no Boston Memorial quando se especializou. Também teve um termino de relacionamento recente, mas foi amigável e ele também estava na academia todos os dias das mortes.

– É impressão minha ou todas as desilusões amorosas deles eram loiras? – Perguntou Jane após Frost mudar para uma foto onde mostrava as ex-namoradas de Lucas e Taylor. – E todas por volta da idade das vítimas.

– Por isso já pedi para chamá-los para depor. – Disse Molly. – Se tivermos sorte pode acontecer um deslize de pegarmos nosso assassino.


Claro que um deslize não ia acontecer tão fácil assim. Lucas e Taylor se sentiram muito ofendidos com a suposta acusação de assassinato. Por que quantos médicos ortopédicos que terminou o relacionamento com uma mulher loira não poderia frequentar a academia? Ficaram mais ofendidos ainda por acharam que eles fossem tão obsessivos assim a ponto de não superar um relacionamento e tentar fazer a mulher perfeita. Tinham voltado a não ter nada. Parecia que esse serial killer nunca ia ser pego.

Passaram o dia revendo relatórios, os depoimentos e os vídeos da academia, mas tudo parecia tão igual e sem nenhuma pista comparado a última vez que viram, por que na realidade não tinha nada de novo mesmo.

O problema era que depois que entrevistaram Thomas e colocaram policiais vigiando a academia mais nenhuma mulher havia sido morta, não que ninguém ser morta fosse um problema, o verdadeiro problema era que o serial killer sabia que eles estavam de olho e por isso não podiam descartar Thomas por que foi o único que foi “avisado” que estariam mais de olho do que nunca.


***


Com o fim do expediente e sem nenhuma pista nova, Jane foi para casa se arrumar para encontrar Maura para que pudesse levá-la a surpresa. Mal tinham se falado o dia inteiro, mas a legista tinha mandado algumas mensagens durante o dia dizendo o quanto estava ansiosa para ver onde Jane a levaria, mesmo sabendo que a detetive não era tão boa em fazer surpresas.

Ás 20 horas em ponto Jane tocou a campainha da casa de Maura e para sua surpresa não encontrou a legista arrumada.


– Por acaso você pretende sair com essa roupa que usou o dia inteiro no serviço? Por que eu não vou ligar, mas não quero ninguém reclamando que está incomodando.

– Claro que eu não vou sair com você com essa roupa!

– Não me diga que está cancelando comigo?

– Também não. Me desculpa, eu queria te avisar que ia me atrasar, mas a bateria do celular acabou e eu só cheguei em casa agora. Prometo que me arrumo em vinte minutos.

– Não prometa o que você não pode cumprir doutora Isles. – Disse Jane com um tom divertido. – Estamos adiantadas, só disse as 20 horas por que queria passar mais algum tempo com você, mas pode demorar o tempo que quiser para se arrumar.


Maura mandou um sorriso para Jane e fez sinal para que lhe acompanhasse até o quarto. Pediu para que a esperasse lá que ela não demoraria. Claro que Jane novamente não acreditou, conhecia a loira e sabia que ela só se vestia rápido quando era para ir a alguma cena de crime, diferente disso, sempre levava uma eternidade para se arrumar, com toda certeza, quando elas namoravam, Jane reclamava da demora, mas adorava o resultado final.

Começou a andar pelo quarto como se já não o conhecesse com a palma de sua mão, nada tinha mudado desde o tempo que esteve fora. Sorriu ao ver o vestido que Maura tinha separado e que se encontrava em cima da cama, pelo que lembrava nunca tinha visto a legista usa-lo, mas se tratando de roupa era difícil ver Maura repetindo uma. Foi até o criado-mudo e pegou um porta-retrato com a foto das duas. Abriu um sorriso maior ainda, não imaginava que ainda teria foto das duas pela casa, quando mais no quarto de Maura, mas a verdade era que a legista tinha pegado aquela foto de volta nas caixas que tinha guardado no porão com todas as outras fotos tinha alguns dias e colocou em seu lugar de origem. Colocou a foto de volta no criado-mudo e percebeu a gaveta entreaberta e viu uma caixinha de veludo vermelha lá dentro, pensou em não dar atenção a sua curiosidade, mas precisava saber se aquela caixinha era mesmo o que ela pensava que era. Olhou para porta do banheiro para ter certeza de que Maura não estava saindo dele e então abriu a gaveta e tirou a caixinha de lá de dentro, ao abri-la não deixou de abrir um sorriso bobo. Sério mesmo que depois de todos esses anos Maura havia guardado a aliança?


Tinha dado um jeito de mandar Maura de volta para sua casa com a desculpa de que ela precisava trocar de roupa, por que aquela roupa não estava lhe caindo bem. Depois de todas as indiretas sobre casamento no fim de semana Jane se viu parada na joalheria prestes a comprar uma aliança de noivado, não sabia bem como aquilo tinha acontecido, quando tinha decido que pediria Maura em casamento e tinha uma leve impressão de que tudo aquilo era loucura e que só queria pedir a loira em casamento devido aos pedidos discretos que ela vinha fazendo para ser pedida em casamento. Mas mesmo assim entrou na loja e foi ver as alianças.

Na realidade não tinha muito para se ver, se recordava-se bem, mesmo fingindo que não estava nem ligando para uma Maura toda eufórica parecendo que nunca tinha entrado em uma joalheria antes ela prestou bem atenção na aliança que a namorada tinha dito que mais tinha gostado.


– Vejo que voltou. – Disse a vendedora com um sorriso. Jane ao vê-la reconheceu, era a mesma que tinha as atendido no sábado. – Resolveu pedi-la em casamento?

– Tinha resolvido... Até entrar aqui e não fazer a mínima ideia do que estou fazendo.

– Posso ser sincera? – Mesmo se Jane falasse não, conhecia esse tipo de vendedoras, iriam ser sinceras do mesmo jeito, aliás, na realidade elas fingiam sinceridade para falar o que agradava aos clientes. – Eu sei quando um casal vai ser felizes juntos. Tem muitos casais que entram aqui pra escolher a aliança que se casarem não vão durar mais de cinco anos, já você e sua namorada sei que serão muito felizes. Independente do que venham passar, vocês vão ser felizes juntas.

– Vou fingir que isso não é conversa só para eu levar a aliança.

– Juro que não estou fazendo isso para a senhorita comprar a aliança, mas sim por que sei que está receosa sobre o pedido, mas no final tudo vai ficar bem.


Agora relembrando fazia algum sentindo no que a vendedora tinha dito “Independente do que venham passar, vocês vão são ser felizes juntas”. Não tinha sido por causa desse papo de vendedora que tinha comprado a aliança, mas sim por que Maura realmente tinha gostado, mas se tinha algum fundo de verdade no que ela falou, só estava esperando a parte dela e Maura serem felizes juntas, por que acreditava que já tinham passado pelo que tinham que passar.

Percebeu a porta do banheiro sendo aberta então guardou a aliança de volta na gaveta. Tinha tantas perguntas a fazer, mas ainda estava respeitando a história de serem só amigas e não queria forçar nada, mesmo depois do beijo da noite passada, mas não se importava de guardar suas perguntas mais um pouco. Foto das duas no criado-mudo e a aliança na gaveta, só lhe restava sorrir.


***


– Tem certeza que viemos ao lugar certo? – Perguntou Maura descendo do carro e perceber onde Jane tinha parado o carro.

– Absoluta. Por quê?

– Isso é um museu. Você odeia museus.

– Eu não odeio museus. – Maura a encarou descrente. – Eu nunca disse para você que odiava museus.

– Nunca precisou. Sua expressão sempre te denunciou. – Disse Maura mandando um sorriso de “você nunca me enganou” para Jane.


Jane balançou a cabeça em negativo rindo, se tinha alguém que lhe conhecia tão bem, esse alguém era Maura. Pegou a mão da legista e entraram de mãos dadas no museu, típico comportamento de amigas.

Ao entraram Maura não deixou de abrir um sorriso maravilhada pelo que estava vendo. O lugar estava repleto de replicas dos vulcões que tem espalhados pelo mundo. Definitivamente Jane tinha melhorado no quesito de fazer surpresas.

Foram assistir a palestra sobre vulcões. Óbvio que Jane não estava nenhum pouco interessada em saber quantos vulcões existem pelo mundo, que ano um vulcão “nasceu”, quando foi a última vez que entrou em erupção e outras explicações que ela não faziam ideia que poderia ter se tratando de vulcões, mas não deixava de se encantar com a cara de feliz de Maura, os olhos brilhando, sua atenção sobre tudo que estava sendo dito. Poderia parecer idiota, mas continuava a se apaixonar mais por Maura a cada segundo que passava e ver a expressão de contente no rosto dela, de como ela era linda quando sorria, fazia com que se apaixonasse mais.

Com o fim da palestra o palestrante abriu alguns minutos para perguntas. Maura se surpreendeu ao ver Jane levantando a mão, tinha a certeza de que Jane quase não tinha entendido nada sobre a palestra, mas ficou curiosa para saber qual seria a pergunta de Jane.


– É possível um casamento ser realizado em um vulcão?


Maura a encarou surpresa. Não podia ser coincidência aquela pergunta. Imaginava que Jane já tinha esquecido sua fantasia do casamento perfeito.


– Já houve relatos de pessoas que casaram em um vulcão sim, eu particularmente nunca presenciei um, mas gostaria. Só é aconselhável dependendo do vulcão que for escolhido olhar a atividade sísmica antes, não queremos um vulcão entrando em erupção na hora do casamento não é verdade? – O pessoal riu. Jane não entendeu muito bem o que tinha sido tão engraçado, mas sorriu, por que Maura já tinha dito isso para ela uma vez quando questionada sobre o casamento. – Se for mesmo casar em um vulcão, por favor, me convide.

– No momento era só uma duvida. – Jane olhou para Maura. – Conheço alguém que tem esse sonho.


Maura sorriu envergonhada. Sem duvidas foi a melhor surpresa que Jane tinha feito para ela até agora.

Depois da palestra ainda passaram mais uma meia hora vendo a exposição de vulcões. Maura queria ter certeza que sabia todos os vulcões de cor e a história deles. Resultado foi Jane fingindo interesse em algo que ela não tinha nenhum interesse, mas não deixava de admitir que estava com saudade da boca de Google da legista, sempre aprendia uma coisa ou outra com ela.

Do museu foram para um restaurante que Jane havia feito reserva, não podia fechar essa surpresa sem que comessem uma boa comida, mesmo por que a palestra tinha lhe dado fome. Assim que entraram no restaurante passaram pela mesa que se encontra Thomas e coincidentemente ou não os outros dois amigos que foram entrevistados mais cedo sobre os assassinatos, claro que Maura resolveu parar na mesa para cumprimentar Thomas, poderiam ter terminado, mas ainda se importava com o médico e mesmo estando com Jane que não ia com a cara dele não deixaria de cumprimentá-lo.


– Não pensei que te encontraria aqui.

– Estávamos no museu, uma palestra interessantíssima sobre vulcões.

– Vulcões? – Thomas perguntou surpreso. – Não sabia que te interessava também.


Não podia esconder, mas Jane tinha ficado imensamente feliz ao saber que provavelmente Maura não tinha contado a Thomas seu desejo de um casamento perfeito.


– Ah, desculpa. O Lucas você já conhece, mas queria que você conhecesse o Taylor. Grande amigo do tempo de faculdade.

– Juro que não estava acreditando que você existia. – Disse Taylor cumprimentando Maura com um aperto de mão. – Por que ele falou tanto de você e depois chegou a Boston nunca nos apresentou. Pensei que ele estava namorando alguém imaginário.

– Tirando a parte que não namoramos mais, não é Taylor? – Disse Thomas repreendendo o amigo com o olhar. – A Jane eu acho que conheceram mais cedo.

– Com todo respeito... – Disse Lucas. – Mas nem tanto quanto eu gostaria, não tive a sorte de ser entrevistado por ela como o Taylor.


Jane mandou um sorriso forçado. Por que ou era isso ou socaria a cara de Lucas. Maura só segurava ao riso ao perceber a expressão da amiga ao ouvir o que Lucas tinha dito.


– Vamos deixar vocês terminaram o jantar. – Disse Maura com um sorriso. – Prazer reencontrá-lo Lucas e prazer conhecê-lo Taylor. Nos falamos depois Tom.

– Sério mesmo que você a namorou sabendo que ela tinha uma ex-namorada gata desse jeito? – Perguntou Lucas entre risos. – Todo errado você cara.

– Eu já disse que ela estava morta.

– Morto estou eu de inveja da Jane. – Disse Taylor. – Estaria de você, mas né...


– O que são três amigos jantando juntos? – Perguntou Jane puxando a cadeira para que Maura se sentasse.

– São três amigos jantando juntos. – Maura respondeu o óbvio sem entender o porquê da pergunta de Jane.

– Errado! É uma reunião de seriais killers planejando como vão matar as duas mulheres que faltam para concluir “a mulher perfeita”.

– Você sabe que isso é só suposição, não sabe? Não tem provas de que algum dos três matou aquelas mulheres.

– Você está certa. – Jane disse só para não começar uma discussão. Não queria estragar a noite maravilhosa que estava tendo. – Não vamos conversar sobre isso. Nada de trabalho.


Maura abriu um sorriso e conversaram sobre tudo que tinha direito enquanto jantavam. Claro que assunto de amigas, nada envolvendo o futuro relacionamento das duas, mas mesmo assim estavam felizes por estarem ali juntas, fazia muito tempo que nenhuma das duas tinha uma noite tão perfeita assim. Costumavam ter várias noites assim quando namoravam, mas é que estavam tão apaixonadas que o lugar mais simples virava o lugar mais maravilhoso do mundo, só por estarem juntas.


– Conversei com o doutor Phillips hoje sobre o meu emprego. Ele disse que ficaria muito feliz se eu voltasse.


Jane já imaginou vários cenários da onde aquela conversa daria, mas o que mais ficou presente foi Maura recusando a oferta e dizer que já tinha um novo emprego que amava. Por que podia estar passando momentos maravilhosos com a legista, mas se esquecia que ela só tinha vindo a Boston para passar um mês, não voltar definitivamente.


– Então liguei para meu chefe em Los Angeles, pedi desculpas e disse que não voltaria mais para o trabalho. O único motivo de eu ter ido morar lá foi por causa do artigo, mas esse eu já terminei, então não vejo motivo nenhum. Eu até pretendia voltar para Los Angeles depois desse um mês, mas eu já terminei com o Tom, então não vejo o que de importante tem lá para que eu volte, já aqui em Boston, tenho vários motivos para ficar.

– E posso saber um desses vários motivos? – Jane perguntou já não se cabendo de felicidade só pela noticia de Maura voltar a morar em Boston. Lugar que ela nem deveria ter saído.


Maura abriu um singelo sorriso e pegou na mão de Jane.


– Estou olhando para ele agora.


A detetive não deixou de abrir um imenso sorriso. Onde que estava com a cabeça mesmo quando disse que aceitava ser só amiga de Maura? Por causa dessa história era impedida de dar um tremendo beijo na legista, mas tudo bem, tudo ao seu tempo, ia esperar até Maura dizer que elas podiam voltar com a relação.

Na mesa mais atrás Thomas observava a felicidade que Maura esbanjava quando estava com Jane, felicidade pela qual nem um quarto foi esbanjada quando estavam juntos. Tinha deixado sim a loira livre para ser feliz com Jane, mas não podia negar a pontada de inveja que sentia por ela ser feliz com a detetive e não com ele.


***


– Obrigada pela surpresa. – Disse Maura já parada na porta de casa. – Eu gostei e me diverti muito.

– Não disse para você que tinha melhorado nas surpresas?

– Sobre aquela pergunta de casar em um vulcão...?

– Só queria saber se era possível, mas ainda não mudei de ideia sobre casar no campo dos Red Sox.


Maura soltou um riso. Poderia passar quantos anos fossem, mas a única explicação que conseguia achar para ter se apaixonado por uma pessoa tão diferente era por que os opostos se atraem.


– Boa noite Jane.

– Boa noite Maura.


Observou a detetive a dar alguns passos para ir em direção ao carro, mas parou no meio do caminho.


– Aliás...


Foi surpreendida com Jane voltando e lhe dando um beijo. Não queria saber se ia ter problema depois com o acordo de serem só amigas, já estava adiando aquele beijo há muito tempo e se Maura podia beijá-la por que não podia ser o contrário? Por sorte a loira se segurou na detetive, por que senão era capaz de cair no chão devido ao efeito que o beijo tinha causado em suas pernas.

Ao se separarem do beijo Jane mandou um sorriso para Maura e dessa vez, sem parar no caminho, ela foi até seu carro, pronta para ir embora. Com toda certeza teria uma ótima noite depois daquele beijo.


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Notas finais do capítulo

Já posso casar essas duas? >.<'