Rizzoli And Isles - Don't Leave Me escrita por Bruna Cezario


Capítulo 17
Capítulo 17 - Por que você não conversa com ela?


Notas iniciais do capítulo

Juro pra vocês, acho que esse foi o maior capítulo que já escrevi nas minhas histórias com fic. Mas como vocês falaram que gostam de capítulo grande não podem reclamar =P

Ótima leitura!



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“Aprendi a viver minha vida sem você”. Nem Maura sabia da onde que tinha vindo aquelas palavras e queria entender o que tinha acontecido com ela. Era a doutora gênio que pensava antes de falar qualquer inverdade devido ao seu problema com as urticárias. Então dentro do carro, sem conseguir dar partida ainda depois da “conversa” com Jane ela ficou se perguntando se era verdade ou mentira o que tinha acabado de dizer para a ex-namorada. Mas ela parou para analisar a sua frase e chegou a conclusão que não teria problema tê-la dita por que não era uma mentira o que ela falou, tinha sim aprendido a viver sem a Jane, não por que queria, mas por que foi obrigada, por que ela pensou que a namorada estava morta e que teria que seguir a vida sem ela e consequentemente aprender a viver sem ela.

A verdade é que Maura pode ter vivido esses três anos sem a Jane, sendo que o primeiro ano da morte falsa ela mal sabia como conseguia levantar da cama de manhã, mas depois de tudo que ela passou naquele ano ela entendeu que sua vida seguia mesmo se Jane não estivesse nela, mas seus mais saudosos pensamentos diziam que daria tudo para ter a Jane de volta, que ela podia ter aprendido a viver sua vida sem ela, mas não tinha desaprendido a viver com ela. Tinha aprendido que Jane não ia aparecer no final do dia a chamando para ir ao apartamento dela ou dizendo que encontrava ela mais tarde em sua casa. Tinha aprendido que não ouviria mais reclamações sobre coisas bestas. Tinha aprendido que não teria mais a figura morena em sua frente, então isso significava que tinha aprendido a viver sem a Jane, só que a verdade era completamente outra, ela tinha sim vivido sem a Jane por três anos, por que pensou na famosa frase “Eu já vivia sem ela antes de conhecê-la, não preciso dela para viver”, a frase até que funciona na maioria das vezes, ás pessoas aprendem mesmo a viver sem as outras, não por que quer, mas sim por que é necessário, mas se pudesse não passar por esse tipo de aprendizado, se pudesse escolher continuar vivendo com a pessoa em sua vida com toda certeza escolheria essa opção. Então Maura sabia viver sem Jane, até o momento que ela apareceu em sua porta lhe dizendo “Oi Maur...”, esqueceu tudo que tinha aprendido sobre viver sem Jane, por que voltou a imaginar tudo que tinha vivido com ela, como foi bom viver com Jane, como viver com a detetive a deixava feliz, como viver com Jane fazia mais sentindo em sua vida do que viver sem ela. Mas esses pensamentos ficaram de canto por que a raiva tomou conta de seus pensamentos. Passou três anos sofrendo pela morte de alguém que estava vivo, teve que aprender a viver sem alguém que estava vivo, mesmo não precisando disso por que óbvio que Jane não era alguém que ela queria tirar de sua vida com ela estando viva, não conseguiu tirar nem depois que pensou que estava morta. Por isso disse o que disse e não quis conversar, se já tinha aprendido a viver sua vida quando pensou que Jane estava morta, continuaria a viver sua vida sem a Jane com ela estando viva agora. Pelo menos pensava que conseguiria, mesmo com todos os momentos bons retornando em sua cabeça.

Finalmente conseguiu dar partida no carro e se surpreendeu por não ter derramado nenhuma lágrima, talvez a raiva que estava sentindo de Jane fosse tão grande que a impedia de chorar. Só queria ir para casa e nunca mais voltar naquele cemitério, tudo bem que não tinha mais motivos para voltar lá mesmo, Jane estava viva.

Antes que quebrasse o “túmulo que estava enterrada” resolveu sair daquele cemitério e ir para o departamento. Queria voltar ao trabalho, queria rever seus colegas de trabalho, queria voltar a pegar bandido, só isso a distrairia e faria com que ela demorasse para cair na realidade de que poderia ter perdido a Maura devido a sua mentira que ela nunca tinha sido a favor para começo da história.

Chegou ao departamento e assim que pisou na recepção percebeu o policial que tomava conta de lá a olhando estranho, parecia que tinha visto um fantasma. Não era possível que sua mãe, com a boca do tamanho do mundo que tinha não havia avisado que ela estava viva e que voltaria para o departamento? Ou pior, como Frankie não pode ter avisado o pessoal? Desejou um “bom dia” para o policial que só vez um aceno com a cabeça, não disse nenhuma palavra e não parou de encará-la e sem precisar mostrar o distintivo (que ela não tinha por que foi tirado quando fizeram ela se fingir de morta) ele a deixou passar. Jane apertou o botão do elevador e assim que chegou ao andar entrou e antes da porta fechar ainda pôde ver o policial a olhando de boca aberta.

Chegou ao andar do escritório e encontrou todos concentrados em seus computadores trabalhando, mesmo com raiva de duas pessoas daquele departamento que a fizeram perder três anos de sua vida, ela estava feliz por estar de volta, por pisar novamente de Departamento de Homicídios de Boston. Não via a hora de pegar de volta seu distintivo e sua arma e voltar ao trabalho.


– Qual o caso da vez?



Ao ouvirem aquela voz rouca ecoando em seus ouvidos todos que estavam naquele escritório pararam o que estavam fazendo e voltaram sua atenção para a entrada do escritório que era da onde estava vindo a voz. Jane pode ver a mesma expressão do policial da recepção neles, ninguém fazia a mínima ideia de que ela estava viva e que voltaria para o departamento naquela manhã.



– Você não contou para eles Frankie?



O irmão só deu de ombros. Como teve a surpresa de ter sua irmã viva também queria que todos se surpreendessem e que ela contasse que estava viva.



– É você mesma Jane? – Frost perguntou ainda perplexo.



Ela fez um positivo com a cabeça mandando um sorriso para o parceiro e sem nem pensar ele levantou da onde estava e deu um abraço apertado em Jane.



– O que aconteceu? – Frost perguntou se separando do abraço. – Você está viva!


– Eu estou viva.


Parecia que o choque foi passando aos poucos, por que os policias no escritório perceberam que não estavam vendo um fantasma e se aproximaram de Jane e todos começaram a falar, fazer perguntas e querer abraçar a detetive todos ao mesmo tempo. Frankie olhava aquela cena sorrindo, já tinha sonhando algumas vezes em ter a irmã de volta ao departamento e que ela chegaria assim de surpresa e que todos teriam essa mesma reação, então não podia modificar seu sonho, por isso não disse nada.



– Pessoal! – Cavanaugh fez com que todos ficassem em silêncio, mas ninguém saiu de perto de Jane. – Eu sei que vocês estão cheios de perguntas para fazer, mas eu queria dizer que é graças a vocês que a detetive Rizzoli está de volta. Todos vocês se empenharam em achar o atirador dela, que mesmo sem termos muitas pistas, sem sabermos onde encontrá-lo e pensando até que ele tinha saído de Boston por falha nossa não deixamos de procurá-lo e prendê-lo para que ele possa pagar pelo que fez. Obrigado a todos vocês. – Cavanaugh entregou o distintivo e a arma para Jane. – Bem vinda de volta Jane.



E o pequeno discurso de Cavanaugh foi finalizado com uma salva de palmas para Jane. Estavam felizes por tê-la de volta, mesmo não sabendo onde ela esteve esses últimos três anos quando era para ela estar morta. Jane queria ter ficado feliz com o discurso, mas não conseguiu, um dos culpados dos três anos dela fora foi Cavanaugh que veio com a ideia louca dela se fingir de morta, já tinha entendido que era para seu segurança, que Adam podia tentar matá-la novamente, mas sempre foi uma boa detetive e não querendo se achar melhor por que sabia que não era melhor que ninguém ali, mas se tivessem sua ajuda poderiam ter pegado Adam antes e mesmo se não tivessem, se tivesse demorado os três anos, pelo menos ela estaria nessa caçada junto com eles e não teria enganado ninguém.



– Obrigada Capitão. – Teve que agradecer, mesmo estando com raiva ele ainda era seu chefe e querendo ou não ele nunca tinha desistindo do caso, sabia que Cavanaugh se importava com ela, só não concordava com o que ele tinha feito. Ainda acreditava que ele poderia ter dito sim para Maura que ela estava viva.


– Jane... – Korsak foi para abraçá-la, mas ela desviou. Ele não era seu chefe, então podia ficar irritada com ele 100%, por que foi ele quem tinha dito que Maura a perdoaria e foi ele que tinha dito também que só seriam alguns dias e ela não viu nenhuma coisa nem outra sendo cumprida.


As perguntas e o falatório voltaram. Todos queriam saber o que tinha acontecido. Jane foi direcionada até sua mesa, não entendeu por que ainda tinha uma mesa sendo que estava morta. Sabia que Frankie tinha virado detetive, então o certo era ele ter ficado com a mesa dela, não? Mas não quis se atentar a isso agora, todos mereciam uma explicação.


Jane começou a contar a história, os policiais pareciam crianças do primeiro ano quando são todas sentadas no chão e a professora pega um livro de preferência deles para ler, ouviam sem fazer nenhuma pergunta e quando faziam era para perguntar como ela tinha aguentando, como que foi, se tinha sido difícil se fingir de morta. Jane queria tanto que Maura estivesse junto com todas e escutasse sua versão da história, tudo bem que, para eles a detetive não tinha dito que se fingiu de morta contrariada, mas pelo menos Maura poderia começar a entender o seu lado.

A conversa foi interrompida com uma ligação informando um homicídio. Não era normal Jane ficar feliz em receber esse tipo de ligação, por que as pessoas mortas a maioria das vezes eram inocentes e não mereciam morrer, mas ela queria voltar ao trabalho, então ficou ansiosa por esse novo homicídio, tinha esperado por isso há três anos.

Ao chegar a cena do crime, mais policias a olhando como se tivessem visto um fantasma, olhou para Frankie que só ria, se ele tinha tido essa mesma reação era justo todos terem. Passou pela fita amarela e se deparou com o corpo, bom...


– Cadê a cabeça dessa mulher? – Jane perguntou apontando para o corpo.


– O corpo foi encontrado assim. – Respondeu um policial. – Sem cabeça.


Jane olhou mais alguns segundos para o corpo sem cabeça. Era uma mulher, branca, não podia dizer idade, nem como morreu, nem a hora da morte, precisaria de Maura para isso. Seu coração acelerou e doeu ao mesmo tempo só de lembrar de Maura. Sentia tanta falta de trabalhar com ela, mas sabia que o clima não seria o mesmo. Seria o mesmo clima de quando elas brigavam e Cavanaugh e Phillips querem separá-las. Olhou ao redor e não viu nem vestígio de Maura.



– Cadê Maura? – Teve que perguntar, mesmo querendo evitar a legista até que ela se acalmasse e pudessem conversar de novo era trabalho.



Percebeu Frankie, Korsak e Frost se entreolharem. Ninguém havia dito a ela?



– Eu fiz uma pergunta... Cadê a Maura?


– Maura não trabalha mais para a homicídios. – Frost respondeu. Jane o encarou sem entender. – Ela se mudou para Los Angeles um ano depois da sua “morte”. Ela voltou para a cidade ontem, mas só vai ficar um mês.


E não tinha como ficar pior. Se já pensava que tinha perdido Maura com ela morando em Boston imagine morando em Los Angeles? Maura havia sofrido tanto assim com sua “morte” que foi obrigada até a se mudar? Cada segundo que passava se odiava mais por ter dito aquela mentira. Dito não, ter se envolvido naquela mentira.



– Esse legista novo é um irresponsável! – Reclamou Korsak. – Está com o celular desligado!


– Por Deus! Não temos mais legistas? – Jane perguntou.

– Temos. – Respondeu Frankie. – Mas nenhum que seja bom o suficiente para o trabalho. Alias, tínhamos o Parker, mas ele resolveu que tinha que escrever um artigo então pediu licença. Contratamos um temporário e ele nunca atende o telefone.

– Não tem legista disponível. – Avisou Korsak.

– Não podemos mandar tirar o corpo sem um legista. – Disse Jane. – E vocês já acharam a cabeça?

– Será que a Maura aceita vir só para a remoção de corpo? – Perguntou Frost. Percebeu a cara fechada da Jane. – Ela ainda não sabe que você está viva?

– Ela sabe, mas não quer falar comigo. Mas liga para ela, talvez ela venha só pra remoção do corpo.


Frost nem argumentou, precisavam mesmo tirar aquele corpo dali o quanto antes, então discou o número de Maura.



– Doutora Isles, é o detetive Frost. -... – Desculpa estar ligando, mas é que será que você podia fazer um favor pra gente? -... – É que estamos com problema com os legistas e estamos sem nenhum no momento, será que você podia só autorizar a remoção do corpo? -... – Muito, mas muito obrigado mesmo. -... – Tchau. – Desligou o telefone. – Ela já está vindo.



Foram os vinte minutos de espera mais sofridos de Jane. Sabia que Maura não deveria fazer a mínima ideia de que ela também estava na cena do crime e por isso aceitou fazer a remoção do corpo ou se soubesse que ela estava seria ignorada por todo o período. Jane só queria que por um momento as coisas voltassem a ser o que eram há três anos.



– Bom dia rapazes. – Ela viu a figura loira chegando com aquele imenso sorriso no rosto que sempre a derretia. – Como estão? – Passou pela fita amarela e assim que seu olhar cruzou com o de Jane o sorriso desapareceu. Passou por Jane como se não a tivesse visto e se encaminhou até o corpo. – Ela já estava sem cabeça quando vocês a encontraram?


– Sim. – Responderam juntos.


Maura se agachou e começou a examinar o corpo. Jane estava louca para enchê-la de perguntas, mas tinha medo de ser ignorada ou receber mais umas meia dúzias de palavras que terminaria de vez com seu dia.



– A morte ocorreu por volta de 10 e 11 horas da noite, a mulher tem por volta de 30/35 anos e lhe foi retirada a cabeça depois da morte.


– Então a retirada da cabeça não tem nada a ver com a causa da morte? – Jane finalmente perguntou. Maura sem a encarar respondeu:

– Não posso afirmar isso. Teria que levá-la até o necrotério para descobrir a causa da morte.


Como tinha sentindo a falta dessa frase. Se Maura tivesse prestando atenção em Jane com toda certeza teria visto o pequeno sorriso que a detetive esboçou. Tinha fico feliz de não ter sido ignorada.



– Se vocês estiverem com problemas em conseguir um legista hoje eu posso fazer a autópsia.


– Ficaríamos muito agradecidos. – Disse Frost.

– Então podem levar o corpo para o necrotério. Eu te atualizo sobre tudo, certo Frankie?


Frankie trocou olhares com a Jane e a detetive só fez um negativo com a cabeça. Sabia que isso ia acontecer, algumas coisas nunca mudavam.



– Tudo bem. – Ele respondeu, mas já tinha um pressentimento que ele não chegaria nem perto do necrotério.



Antes que Jane pudesse pensar em trocar alguma outra frase com Maura a legista já estava em seu carro indo para o departamento, não havia outro jeito, teria que esperar Maura se acostumar com a ideia de que ela não tinha morrido, que estava de volta e que queria conversar, mas o problema seria se Maura nunca quisesse conversar.


Todos chegaram ao departamento praticamente juntos. Maura com toda sua simpatia desejou bom dia ao policial e seguiu para o necrotério. Já Korsak, Frost e Frankie subiraram para o escritório, já Jane precisava de um café bem forte de preferência para viver a aquele dia e também precisava atualizar sua mãe que assim que a viu olhando para a cantina ficou fazendo sinal para ela ir até lá.


– Era a Maura que eu vi passando? – Angela perguntou ainda olhando para fora da cantina com a esperança de que Maura voltasse a qualquer momento e fosse falar com ela.


– Vai ajudar com a autópsia dessa nossa vitima.

– E como foi a conversa com ela?

– Não podia ter sido melhor. – Disse ironicamente. – Ela disse com todas as letras que aprendeu a viver a vida dela sem mim. – Jane sentou no banco de frente para o balcão. Estava desolada.

– Se coloca no lugar dela Jane... Maura pensou que você estava morta. Eu também tive que aprender a viver sem você, mesmo não querendo. Daqui a pouco ela se acalma e conversa com você, dê um tempo para ela.


Jane soltou um suspiro vencida. Sabia mesmo que teria que dar um tempo para Maura, mas só de saber que ela estava trabalhando no andar debaixo tinha uma vontade de ir até lá e ficar só a observando, como não podia beijá-la, como não podia tocá-la, como também não podia dizer como se sentia, a observar era o suficiente, era mais real do que ficar olhando uma única foto durante três anos, pelo menos ela se movimentava, falava, mesmo que dificilmente fosse trocar uma palavra com ela. Deveria estar enlouquecendo, já tinha observado uma foto de Maura esses três anos, não conseguiria só ficar a olhando, mesmo se ela se movimentasse, queria tocá-la, queria beijá-la, queria amá-la, mas tinham dois problemas: Maura não iria permitir e ela tinha um namorado. Tudo bem que o problema número dois não era bem um problema.


Desistiu de seus pensamentos, tomou o seu café e ao invés de ir para o escritório ver o que tinham descoberto sobre a vitima resolveu ir até o necrotério, tinha absoluta certeza de que Maura falaria mais algumas coisas que a faria se arrepender profundamente de não tê-la deixado em paz fazer a autópsia, mas precisava tentar uma última vez, se Maura não quisesse ouvi-la ficaria por conta dela quando conversariam.

Ao chegar ao andar encontrou a porta do necrotério fechada e uma luz vermelha acesa, na teoria aquilo indicava que a autópsia estava sendo feita e que não era para ninguém entrar enquanto a luz não se apagasse, mas em todos os seus anos que trabalhava com Maura nunca tinha visto aquela luz acesa, desde o primeiro caso juntos, quando Maura nem a conhecia ela nunca foi de acender aquela luz, já tinha pegado a luz acesa algumas vezes quando Parker queria irritá-la, mas nunca respeitou e como nunca respeitou não seria dessa vez que respeitaria. Estava disposta a abrir a porta quando Susie entrou em sua frente.


– Não está vendo a luz vermelha detetive Rizzoli?



Jane estranhou Susie falando com ela sem o olhar de que estava vendo um fantasma como teve por todo o caminho do elevador até a sala de autópsia.


A verdade era que Susie já tinha ouvido boatos de que Jane havia voltado dos mortos, a noticia já tinha circulado o departamento inteiro, mas quando Maura chegou ao necrotério dizendo que não era para deixar Jane se aproximar daquela sala de autópsia teve a confirmação de que a detetive estava realmente de volta, quer dizer, se só Maura tivesse chegado e falado aquilo com toda certeza pensaria que ela estava doida e que a vontade de ter Jane de volta era tão grande que estava vendo coisas, mas com o burburinho e uma Maura completamente irritada pode ter a confirmação de que era realmente verdade, então Susie teve tempo de se preparar e quando visse Jane não ter a expressão de que tinha acabado de ver um fantasma.


– Nunca liguei para essa luz vermelha. – Jane respondeu sem nem ao menos querer saber por que Susie não tinha feito cara de assustada com sua aparição, preferia assim. Jane tentou tirar Susie do caminho, mas parecia que ela tinha se colado na porta. – Me deixa passar!


– Ordem da doutora Isles, disse que não queria ninguém a incomodando enquanto realiza a autópsia.

– Eu não sou ninguém. – Jane tentou mais uma vez tirar Susie de frente da porta, mas não conseguiu. Bufou. – Qual o problema da Maura?

– Eu prefiro não responder essa pergunta detetive Rizzoli. – Jane a encarou com a cara fechada. Susie não tinha duvidas, não era um fantasma de Jane, aquela cara fechada a encarando nem o fantasma da Jane poderia fazer, ele seria mais angelical. – Você fingiu que morreu, agora voltou... Doutora Isles não estava pronta para isso, ela sofreu com a sua morte falsa.


O engraçado era que todas achavam que ela (Jane) era a vilã da história, ninguém viu também o quanto ela tinha sofrido por ficar três anos longe de casa, de sua família, longe de Maura. Não podia culpar quem tomava partido de Maura, dava até razão para eles, mas era só questão de sentarem, conversarem e tudo ser resolvido, pelo menos Jane pensava que fosse fácil assim. Suspirou derrotada, deixaria Maura trabalhar com sua luz vermelha acesa.


Foi até o escritório e se atualizou das informações que já haviam conseguido. Passaram a tarde pegando depoimentos de conhecidos e possíveis suspeitos, mas nada que levasse a teoria do assassinato ou por que o corpo não tinha a cabeça, por que os policias tinham procurado por toda a área que foi encontrado o corpo e nada de cabeça. Frankie recebia atualizações da autópsia pelo celular a todo tempo e repassava para eles, Jane estava até feliz por que graças a sua morte falsa seu irmão tinha realizado o seu sonho de virar detetive, mas não estava gostando dele ser o novo Rizzoli de Maura, mesmo que Maura tivesse todos os motivos do mundo para não querer atualizá-la de nada.


– Maura tem alguma coisa sobre a autópsia. Vou descer lá para ver o que é.


– Deixa que eu vou. – Disse Jane.

– Jane... – Frankie pensou em alertá-la que não seria uma boa ideia, mas sabia que Jane iria do mesmo jeito, só não queria ver sua irmã sofrendo.

– Deixa comigo. – Disse com um meio sorriso para Frankie. Mas antes que pudesse deixar o escritório Korsak segurou o seu braço. O encarou de cara fechada.

– Por que não da um tempo a ela Jane?

– Tempo que você já me fez dar obrigatoriamente? – Jane soltou seu braço das mãos de Korsak. – Me deixa Korsak!


E deixou o escritório. Korsak junto com Cavanaugh eram os causadores de tudo aquilo, então nenhum dos dois tinham o direito de pedir para ela dar um tempo, por que graças a esse tempo que ela tinha dado praticamente obrigada a estava fazendo perder Maura, se já não tinha feito.


Chegou ao necrotério e encontrou Maura anotando alguma coisa na prancheta. Avistou Susie a encarando, mas dessa vez sabia que ela não podia barrar sua entrar, sem luz vermelha acesa.


– O que temos? – Jane finalmente perguntou.



Percebeu a expressão de Maura que estava de serena enquanto escrevia algo na prancheta para uma expressão fechada, não tinha ficado nenhum pouco feliz em ver Jane ali.



– Pensei ter pedido para o Frankie vir.


– Ele pediu para eu vir. – Jane se aproximou da mesa de autópsia. – Encontrou alguma coisa?

– Os exames toxicológicos chegaram e indicaram uma significativa quantia de malonilureia em seu sistema.

– Que seria? – Três anos e Maura tinha continuado a mesma sempre, pelo menos na parte boca de Google.

– Uma substância que resulta da união do ácido malônico com a ureia. Mais conhecido como barbitúrico.

– De novo... Que seria?

– Seria o que vocês chamam de injeção letal.

– Ela foi morta por algo que é utilizado em pena de morte? – Maura fez um afirmativo com a cabeça. – Não me diz que estamos procurando alguém de dentro?

– Só se ele também for formado em medicina. – Maura fez sinal para que Jane se aproximasse mais do corpo e apontou para o pescoço. – Vê esse corte que foi feito para tirar a cabeça? – Jane fez um afirmativo com a cabeça. – Ninguém faria um corte com tanta precisão se não for um cirurgião.

– Mas você acabou de dizer que foi usada uma injeção letal para matá-la.

– Mas essas injeções também são utilizadas em hospitais com pacientes que sofrem de Mal de Alzheimer ou Mal de Parkinson.

– Alguma ideia do por que tiraram a cabeça dela? Por que não a achamos em lugar nenhum.

– Nenhuma. – Maura se limitou a dizer. Já estava pronta para despachar Jane quando viu Phillips parado na porta. – Posso ajudá-lo senhor?

– Só vim agradecê-la por estar se dedicando a essa autópsia e que estou feliz que está de volta detetive Rizzoli.

– Obrigada doutor. – Disse com um meio sorriso. - Encontrou o legista que era pra cuidar desse caso?

– Encontrei e já o demiti. Não preciso de ninguém atrasando os casos.

– Se não encontrou ninguém para o lugar doutor Phillips se quiser eu fico encarregada desse caso, vou passar um mês em Boston mesmo, não vejo problema algum.


Maura não sabia da onde tinha saído aquilo, mas quando se deu conta já estava se disponibilizando para ajudar no caso. Teria que lhe dar com Jane agora todos os dias durante aquele caso, por que sabia que mesmo que pedisse uma ordem de deixar Jane longe do necrotério a detetive iria.


Jane sentiu uma ponta de esperança ao ouvir aquilo, teria Maura por mais alguns dias no trabalho e essa seria a chance de se reaproximar da legista, mesmo já tendo dito pra si mesma que se Maura a despachasse mais uma vez não iria insistir, deixaria que a ex-namorada conversasse com ela em seu tempo, mas umas idas ao necrotério para ver se o coração da legista amolecia não ia fazer mal a ninguém.


– Muito obrigado doutora Isles. – Disse Phillips com um sorriso. – Fico feliz em ter vocês duas trabalhando juntas novamente. Era disso que estávamos precisando. – Phillips deixou o necrotério.



As duas se entreolharam. O que não sabiam é que desde que Jane tinha se fingido de morta e Maura tinha deixado o departamento para ir a Los Angeles o lugar tinha virado um caos. Não ficava um legista fixo, os mais antigos não eram tão minuciosos quanto Maura então demorava mais tempo para resolver um caso. Frankie, Frost e Korsak eram bons juntos, mas sem um legista bom tinham que atuar mais com seus lados teóricos. Um caso que demorava poucos dias para se resolver passaram a ser semanas, tirando alguns casos em aberto que não conseguiram concluir por falta de evidencias e suspeitos. Tendo Jane e Maura de volta já era de grande ajuda para o departamento e era um passo para que tudo voltasse a ser como era antes, na medida do possível.



– Maur...


– Era isso que eu tinha a dizer detetive Rizzoli. – Maura a cortou. – Se tiver mais alguma novidade eu aviso ao Frankie.

– Maura... – Jane a segurou pelo braço.

– Não Jane... – Ela soltou seu braço e deixou o necrotério.


Jane bufou. Não sabia mais o que fazer, o jeito seria deixar Maura em paz e quando quisesse conversar ela contaria toda a história.


Maura teve que deixar o necrotério, estava brava com Jane sim, mas o tempo que ficou sozinha fazendo a autópsia várias coisas passaram em sua cabeça e uma delas foi que se Jane cruzasse aquela porta não pensaria, correria para seus braços e a beijaria, por que estava com saudades dos lábios de Jane, de sentir seu corpo junto ao dela, mas não podia fazer isso, pelo fato de ainda estar brava com ela pela mentira que tinha contado e também por que namorava Thomas, não seria justo, logo mais com ele que tinha lhe dado todo o apoio durante esses dois anos, que foi paciente na hora de conquistá-la e respeitou sua vontade quando ela disse que não estava pronta para casar depois que ele fez o pedido. Thomas era um cara legal, não merecia que ela tivesse aquele tipo de pensamentos. Mas a cada segundo que Jane estava no necrotério a vontade que tinha de beijá-la se tornava mais forte e ela tinha que conter isso. Jane não merecia nem um beijo no rosto. Então resolveu deixar o necrotério antes que fizesse uma besteira. Foi até a cantina para tomar um café, um chá, uma água, qualquer coisa que a fizesse ficar longe do necrotério pelos próximos minutos.


– Oi querida. – Disse Angela com um sorriso. – Como está a volta do trabalho aqui em Boston?


– Só vou trabalhar nesse caso.


Ficaram algum tempo em silêncio. Maura tomava seu café procurando afastar seus pensamentos de “estou carente por Jane”.



– Por que você não conversa com ela? – Angela foi obrigada a perguntar. Sabia que Maura estava área por causa da detetive. – Ela tem tanta coisa para te contar Maura.


– Como você fica bem com isso Angela? Eu sei que ela é sua filha, mas ela mentiu para nós esse tempo todo.

– Mas eu dei ouvido as explicações dela. Não estou pedindo que você a perdoe pela mentira que contou Maura, eu só quero que você entenda por que ela contou. Se depois dela explicar e você ainda tiver raiva dela, tudo bem.


As palavras de Angela ficaram martelando o resto do dia na cabeça de Maura. Sabia que uma hora ou outra teria que conversar com Jane, teria que deixar ela explicar tudo que tinha acontecido, tudo que a levou fingir a morte, mas para isso precisaria se controlar para não colocar em pratica os seus desejos, tinha que colocar a raiva na frente de tudo.


Já tinha se passado das 20 horas e Jane finalizava um relatório, nunca pensou que sua volta seria tão movimentada, sentia saudade de tudo aquilo. Estava pronta para ir embora quando encontrou a figura loira que ela tanto amava parada na porta do escritório.


– Já está indo embora? – Maura perguntou.


– Eu... Bom... Eu... – Jane não conseguiu pronunciar a frase, estava surpresa por ver Maura ali e ainda falando com ela.

– Se já tiver será que podemos conversar?


A esperança que tinha perdido há muitas horas atrás tinha voltando a surgir. Maura querendo conversar? Encheu seu coração de alegria.



– Claro que podemos conversar. Já estava de saída.


– Ótimo.


Desceram o elevador em total silêncio, um segundo ou outro trocavam olhares, mas nada que as fizessem quebrar o gelo. Foram assim em total silêncio até chegarem ao lado de fora do prédio do departamento.



– Podemos ir ao Dirty Robber. – Jane sugeriu. – Claro, se você não quiser ir para outro lugar, quero dizer...


– Se estiver tudo bem para você ir ao Dirty Robber, podemos ir.

– Por que não estaria bem para mim?

– Devido a você ter levado três tiros no Dirty Robber ele poderia ter se tornado um ambiente traumático para você.

– O que é uma lembrança traumática dentre todas as ótimas lembranças que eu tenho? – Mandou um meio sorriso para Maura que não retribuiu.


Andaram até o bar também em silêncio. Ao entrar no bar Jane foi recebida com aplausos. A noticia de que ela estava viva já tinha chegado até lá?



– Eu sabia que você voltaria Rizzoli! – Disse Robber. – Pode pedir o que quiser, tudo por minha conta.


– Obrigada.


Estava feliz pelas pessoas pararem de lhe encarar como se fosse um fantasma, mas se sentia um pouco incomoda com as pessoas a aplaudindo como se ela fosse algum tipo de herói de guerra que enganou a morte. Não se achava mais que uma covarde que não conseguiu enfrentar o chefe e dizer que não ia para lugar nenhum e sim que ficaria e caçaria Adam, mas não, resolveu se fingir de morta.


Sentaram na mesma mesa que sentavam desde que começaram a frequentar aquele bar juntas. Tantas lembranças boas que até esquecia que foi naquela mesma mesa que levou os tiros que mudou sua vida.


– Quer beber alguma coisa? – Maura fez um negativo com a cabeça. – Tudo bem...



Jane começou a relatar a história completa como tinha feito para sua mãe e para Frankie. Maura ouvia só assentindo com a cabeça. Jane não conseguia saber o que se passava na cabeça da ex-namorada, se a história estava a fazendo reconsiderar sobre toda a raiva que estava sentindo, se elas podiam ter uma segunda chance.



– É aqui que você vai ficar Jane. – Disse Molly Storm. Uma das agentes do FBI que estava encarregada da segurança de Jane. – Pode assistir televisão, tem vários livros que você pode ler, só internet, nem telefone e nem celular vai poder usar para sua própria segurança.


– Por que o FBI foi envolvido nesse caso?

– Parece que você também é importante para nós. – Molly mandou um meio sorriso para Jane. – Qualquer coisa que quiser é só me pedir, tudo bem?

– Pode dizer a minha namorada que eu estou viva? – Molly vez um negativo com a cabeça.

– Isso é umas das exceções de “qualquer coisa”. Me desculpe.

– Será que eu podia ter pelo menos uma foto dela? Me mandaram pra cá só com a roupa do corpo.

– Isso eu acho que posso providenciar.

– Obrigada. – Jane sentou na cama. Estava completamente entristecida. O pior de fingir que estava morta era Maura não saber de nada. – Será que você também podia arrumar alguma coisa para eu fazer? Ajudar vocês em algum caso? Não sei... Se eu ficar aqui sem fazer nada eu vou enlouquecer.

– Vou ver o que eu posso fazer. Vê se descansa, não é todo dia que sobrevivemos a três tiros.


Molly ia deixando o quarto quando foi chamada pela voz rouca da detetive.



– Tem certeza que não pode mandar uma mensagem avisando a Maura que eu estou viva? Eu prometi para ela que não iria morrer.


– Sinto muito Jane.


A agente deixou o quarto.


Tentou socar a cama para descarregar a raiva que estava sentindo por ter que fingir sua morte, mas foi em vão, mesmo fazendo movimentos com o braço direito que não tinha sofrido nenhum dano o esquerdo que era seu “braço de guerra” estava imobilizado devido ao tiro que tinha levado no peito que quase acertou seu coração, um que tinha acertado seu ombro e o terceiro não tinha chegado a acertá-la, mal entendia por que tinham mandando dizer que ela tinha morrido com três tiros no peito, mas teria que conviver com aquilo até poder dizer toda a verdade.


– Eu prometi que não ia morrer Maura. – Jane disse após terminar a história que tinha guardado exclusivamente para contar a Maura. – Eu cumpri minha promessa.



Jane tentou pegar as mãos de Maura que estavam em cima da mesa, mas a legista não deixou e ainda se levantou para ir embora. Não podia ficar mais nenhum segundo perto de Jane, não por causa da vontade descontrolada que tinha de beijá-la, mas sim por que depois do dia inteiro sem chorar depois do que falaram no cemitério ela iria começar a chorar e não queria que Jane a visse, mas foi em vão, por que a detetive assim que a viu levantando e deixando o bar foi trás dela.



– Maura!


– Não! – A legista que estava de costas pronta para atravessar a rua e deixar aquele lugar, deixar Jane, parou e virou para Jane. A detetive pode perceber que as primeiras lagrimas começaram a cair de seus olhos. – Você não pode simplesmente aparecer, me contar toda essa história e dizer que você cumpriu sua promessa. VOCÊ NÃO PODE! Por que você me fez pensar por três anos que não tinha cumprido, você me fez pensar que eu teria que viver sem você, quando você me prometeu que não seria necessário. Então não, não venha me dizer que você cumpriu sua promessa.

– Mas eu cumpri minha promessa. – Jane caminhou lentamente até perto de Maura. – Me perdoa se não foi da melhor forma, que eu tive que fingir que estava morta para cumpri-la, mas eu cumpri.


A loira não conseguia formular mais nenhuma frase, sua cabeça só balançava em negativo, não queria aceitar o que Jane dizia e em consequência disso destrambelhou a chorar. Jane se aproximou mais com o propósito de abraçá-la, mas Maura a empurrou.



– Por favor, Maura...



Tentou puxar a loira para um abraço, mas a única coisa que conseguiu foi ela descontando sua revoltada com alguns socos em seu peito, mas Jane não desistiu, deixou com que ela depositasse os socos em seu peito, não era contra ela descarregar sua revolta, mesmo nunca ter visto Maura naquele estado, se sentia muito mal por ter sido a culpada de tudo aquilo. Quando Maura finalmente cansou de socá-la e começou a chorar mais ainda Jane a abraçou.



– Me perdoa, se eu pudesse voltar ao passado, eu juro para você Maura que não teria feito a escolha que eu fiz, eu jamais a faria passar por esse sofrimento. Eu te amo tanto, mas tanto.



Era tão bom ter Jane a envolvendo em seus braços novamente como só ela sabia fazer. Sentir o calor de seu corpo, seu coração batendo acelerado, seu cheiro, era tão bom ter Jane ali tão perto de si novamente. Passou a não entender como tinha vivido três anos sem tê-la por perto. A vontade que tinha era de se agarrar em Jane e nunca mais soltá-la, não podia correr o risco de perdê-la novamente. Mas não podia ter esses pensamentos, não podia se agarrar a Jane, por que tinha um namorado. Se separou do abraço e estava prestes a ir embora quando Jane a segurou pelo braço, terceira vez que ela fazia isso no dia, mas dessa vez trocaram olhares por alguns segundos até que Jane fez o que queria deveria ter feito desde a primeira vez que pegou Maura pelo braço, a puxou para um beijo.


De principio pensou que Maura ia empurrá-la e ainda lhe daria um tapa na cara, já tinha lhe dado socos no peito o que seria um tapa? Mas se surpreendeu quando a loira correspondeu ao beijo. Pode sentir novamente o gosto doce dos lábios de Maura, gosto que ela só lembrava quando fechava os olhos e imaginava quando beijaria Maura novamente. Era incrível como depois de todos esses três anos o sentimento de beijar Maura era o mesmo, para não dizer mais forte, o beijo continuava sendo o mais compatível. Se completavam.

Parecia que o coração de Maura ia sair pela boca, se Jane não a tivesse segurando com toda certeza teria se desequilibrado e caído devido as suas pernas bambas. Beijar Jane depois de três anos era como se a tivesse beijado pela primeira vez. Poderia passar a noite inteira, só naquele beijo.


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Notas finais do capítulo

Parei nessa parte por vingança a Rakely. Briguem com ela =)

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Até o próximo capítulo SUAS LINDAS!